(ato falho: me esqueci de indicar a url do autor da imagem acima, Alan Bariani. É aqui, ó)
Bom, eu ia esperar para anunciar, mas fui no site agora há pouco vi que já colocaram a "capa" da história, então não vejo motivos para segurar a notícia.
Dentro em breve deve começar a ser publicada no site do Gralha uma aventura dele escrita por mim (clique em MACHINA EX DEUS ).
Escrevi esse roteiro há uns bons cinco anos, quando me convidaram para escrever algo para o Gralha pela primeira vez. Escrevi alguns roteiros e uma história chegou mesmo a ser desenhada, mas, por motivos que me fogem à memória, o destino desse material acabou sendo a gaveta.
No começo dessa semana, o Antonio me enviou uma mensagem e perguntou se eu não estaria a fim de escrever uma hq para o site. Nem preciso dizer que topei, né?
Por alguns minutos fiquei matutando sobre o assunto, à cata de alguma idéia boa o suficiente para martelar o meu tecladinho e então me ocorreu que, num diretório que eu batizei carinhosamente de "Velharia", havia uns três ou quatro roteiros inéditos do Gralha, remanescentes daquela época. Dei uma olhada rápida e entre aquele material, o que estava mais fácil de ser recuperado - e que tem mais a ver com meu estado de espírito atual - seria MACHINA EX DEUS.
Originalmente, MACHINA era uma hq de três páginas, mas no site do Gralha, as histórias vão sendo publicadas painel a painel, ou seja, fogem um pouco do esquema narrativo tradicional.
O primeiro passo seria adequar a minha história ao novo esquema de publicação. Quando escrevi o roteiro, lancei mão de alguns recursos narrativos (como balões de fala que atravessavam páginas, ou tiras fracionadas, por exemplo) que não poderia ser utilizados no site, então, tive que redimensionar a hq, que agora terá 16 painéis. Acabei achando a experiência interessante e, caso venha a surgir outra oportunidade, quero ver se consigo criar algo direto para esse formato.
Outra providência foi cortar do texto toda a gordura que pudesse, uma reminiscência da época em que eu achava que todo roteirista de quadrinhos tinha que descrever as cenas com as mesmas quantidades industriais de palavras que Alan Moore. E, se naquele momento cheguei perto das quantidades, passei longe da verve do Maconheiro Mágicko (não que tenha me aproximado muito mais, vejam bem...).
Bom agora resta esperar. Eu estou roendo as unhas para ver como isso ficará ilustrado. Fiquei mais ansioso ainda sabendo que serão vários ilustradores, entre eles o próprio Antonio e Tako X, outro dos pais do Gralha.
Agora é esperar.