Mostrando postagens com marcador quadrinhos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador quadrinhos. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Comic Script Template

An image from the comics standard script describes how to lay out a panel 

Não me vejo escrevendo roteiros de hq novamente, pelo menos não em um futuro próximo. Ainda assim, tento acompanhar o que acontece na área.

https://womenwriteaboutcomics.com/2022/05/may-10th-930amest-introducing-the-comics-standard-script/

As roteiristas Steenz Stewart e Camilla Zhang estão sugerindo que, assim como ocorre no cinema, os quadrinhos também usem um modelo de roteiros padrão. Não sei se concordo nesse caso específico, mas achei bacana a iniciativa.

Eu mesmo já tentei me aventurar nessa seara, e já deixei dois modelos na (descobri agora) finada galeria de templates do Google Docs. Consertei o link e o bichão tá no ar de novo, caso alguém se interesse em tentar usar.

Link direto pro Doc aqui.


domingo, 6 de março de 2022

Asilo Arkham, 32 anos depois

Dia desses, mexendo nas velharias aqui de casa, (re)encontro essa belezura aqui.



Quando essa edição foi lançada, no final 1990, eu tinha 14 anos, mas já estava contaminado pelo vírus dos quadrinhos já havia um bom tempo. Mais sobre isso em um futuro post.

Asilo Arkham foi um banho de emoção e estranhamento na minha mente de garotinho inocente, garotinho juvenil.

O nome do Morrison não me era estranho por causa das histórias do Homem-Animal que vinham sendo publicadas na DC2000 desde o início daquele ano. Já do Mckean, nunca tinha ouvido falar.

O que acontece é que, por mais vanguardista e por mais que eu gostasse daquela hq, aos 14 anos eu não tinha, digamos, todo o repertório para apreciar a obra em sua plenitude. Ou pelo menos na plenitude que me seja possível apreciar.

Outros títulos, como a mini do Gavião Negro - publicada alguns meses antes - ou então Marshal Law - publicado aqui no ano seguinte - estavam mais alinhados com a estética que fazia a minha cabeça naquele momento e, sinto dizer, revisitei Asilo Arkham poucas vezes depois da leitura original*.

O que ocorreu, ao longo dos anos, foi que eu li muito sobre a obra.

Aproveitei a oportunidade e, ainda sob o efeito do saudosismo, mergulhei de cabeça no mundo sombrio criado por Morrison e Mckean.

E é com grande satisfação que afirmo: a obra envelheceu bem.

Todos os detalhes que me deixaram chocado ainda estão lá. A cena do lápis, o Coringa passando a mão na bunda do Batman, a "predileção" do Chapeleiro Louco por garotinhas, a coprofagia de Maxi Zeus, ou a própria história do fundador do Asilo. Outros, como a suposta supersanidade do Coringa, ou a moeda do Duas Caras sendo substituída por um deck de tarô, foram esquecidos. E nem falo de todas as referências que na época eu não tive a mínima condição de pescar.

O letreiramento, as colagens inseridas no meio da arte, as narrativas que vão se intercalando à medida em que a história - e a loucura - avançam. Tudo isso se desvaneceu na minha memória ao longo desses anos todos, mas o resgate foi feito.

Fui pesquisar e descobri diversas reedições desse quitute, ou seja, Asilo Arkham ainda é facilmente encontrável em sebos e lojas.

A edição mais recente, a ABSOLUTA, é simplesmente maravilhosa, mas pelo preço de 230 caraminguás, vai continuar no reino das ideias, por enquanto.

Noves fora, se você, por um acaso, ainda não leu, fica a recomendação.

P.S.:

A cola da lombada acabou se ressecando, fazendo o miolo soltar da capa, e algumas páginas se soltarem do miolo. Mas o papel está  bom. Não tem rasgos, mofo ou qualquer outro sinal de desgaste.

Tava vendo esse vídeo do Sobrecapa e talvez, um dia, eu me anime a tentar uma restauração caseira.

  

Enquanto isso não acontece, me contento em folhear a revista dentro dos limites do possível.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Visões de 20x20

Yeah, yeah!

Não, caro leitora. Apesar da referência óbvia, não vou falar sobre a maravilhosa série (às vezes grafada como Visões de 20/20) concebida por Jamie Delano, Frank Quitely, Warren Pleece, James Romberger e Steve Pugh.

Entretanto, se você já leu alguma das quatro minis que compõem a saga, sabe que em alguns aspectos, estamos bem próximos da visão (hehehe) apocalíptica daquelas histórias.

E hoje me ocorreu uma ideia, que deixo registrada nesse bloco de notas virtual e público: fazer uma revista com 40 páginas de HQ (e talvez alguns extras), com duas histórias de exatas 20 páginas, com temáticas que resvalem nessa loucura que está sendo esse ano.

Só para você saber.

sexta-feira, 27 de março de 2020

PISCES


Encontrei revirando meus arquivos.

Não faço a mínima ideia do que trata a hq (agora eu faço), e essa imagem é de 2016.

Boa demais pra ficar largada por aí.

sábado, 20 de abril de 2019

Fake News, ou ainda: distribuindo quadrinhos pelo WhatsApp

Eu não gosto do WhatsApp. Nunca gostei.

Mas uso. E uso bastante. Assim como boa parte da população brasileira.

E dia desses, pensando sobre uma das coisas que mais gosto (histórias em quadrinhos), me ocorreu a possibilidade de serializar quadrinhos no WhatsApp.

Como?

Não sei. Mas tenho algumas ideias.

A principal inspiração?  Os memes.

Cada "página" seria basicamente, uma imagem vertical, com uma ou duas caixas de texto.

Tipo isso



(que não é bem vertical, mas acho que você entendeu)

Ou isso



Poderiam ser até usados balões de fala*.

A ideia é que não fosse necessário que o leitor desse zoom nem precisasse virar a tela do celular**.

Além da ilustração e do texto, cada painel traria outras informações relevantes.

No topo do painel, uma faixa com o título da hq. Na parte inferior, outra faixa contendo os nomes (ou sobrenomes) dos autores, e algum tipo de indicação sequencial, como 1 de 60, por exemplo. Afinal essas hqs seriam divididas somente em painéis, não em páginas.

O canal de distribuição oficial provavelmente seria um grupo no WhatsApp. Mas como os grupos de WhatsApp tem uma limitação de permitir no máximo 256 membros, o sucesso (ou não) dessas hqs se daria basicamente através dos compartilhamentos que as pessoas fossem fazendo.

Ainda dentro da plataforma WhatsApp, existem outras maneiras de se distribuir essas hqs, seja através de listas de transmissão, seja através dos status (aliás, hqs efêmeras distribuídas via status do WhatsApp. Hmmm...).

Mas, de novo, esses outros meios também tem limitações, então, mais uma vez, a história teria que de, alguma maneira, viralizar.

Imagino ainda as páginas vazando para outras redes/apps associados, como o Facebook  (que, aliás, nos deu o Doutrinador), o Instagram ou mesmo o Telegram.

Quadrinhos distribuídos à conta-gotas não são exatamente novidades. Estão aí desde as tiras de jornal do início do século XX. Eu também poderia citar diversos exemplos disponíveis na internet.

Mas o ethos do WhatsApp (e de outros instant messengers) é diferente do ethos do Facebook, ou da internet, de modo geral, e acho que atomizar as histórias em quadrinhos e distribuí-las através desses canais poderia criar possibilidades interessantes.

No caso de hqs seriadas, por exemplo, boa parte do público provavelmente iria receber os painéis fora de ordem (alguém aí falou Pássaros Artificiais?). Ou nem receberia todos. Ou alguns autores sacanas poderiam simplesmente publicar fora de ordem. Pular números. Ou ignorar a numeração.

Enfim, possibilidades.

Comecei a escrever um pequeno roteiro, tendo isso em mente. Se chama Fake News (contexto, lembrem-se). É estranho escrever um roteiro sem considerar um dos pilares da estrutura das hqs, a página. Sei lá quando vai ficar pronto, e muito menos se conseguirei um herói/heroína para abraçar a causa e ilustrar a história. Mas é um passo de cada vez.

E, claro, gostaria de ver outras pessoas tentando experiências parecidas.

Quem sabe?

---

* Infelizmente não encontrei nenhuma imagem de um tubarão "pisando em uma peça de Lego", com balões de fala.

** Embora ache isso meio difícil, devido às variações dos tamanhos e das resoluções das telas dos dispositivos recentes.

sábado, 13 de outubro de 2018

Bienal dos Quadrinhos de Curitiba - 2018

Motivos de força maior me impediram de participar da Bienal de Quadrinhos de Curitiba 2018, da maneira que eu gostaria.

Então só pude aparecer lá no domingo, dia 09, por volta das 16:00h. Quase no final do evento.

Não falei com todo mundo que gostaria, mas tive oportunidade de reencontrar o grande Antonio Eder, e trocar dois dedos de prosa com ele e com o Leonardo Melo.

Mesmo assim, essas poucas horas de Bienal me fizeram voltar pra casa com algumas sacolas cheias. O que me acalenta a alma é que levei minha esposa e meus filhos, então note que foram 5 pessoas escolhendo quadrinhos.

Entre mimos e compras (que me custaram quase um rim), o saldo foi:


Undeadman Volume 1 - Leonardo Melo e vários artistas

Cangaço Overdrive - Zé Wellington e Walter Geovani

Se meu cão falasse, tudo seria poesia - Antonio Eder, Carol Sakura e Walkir Fernandes

Hacking Wave - Larissa Palmieri, Pedro Okuyama e Zaheer

Bichos - Daniel Esteves, Alex Rodrigues e Al Stefano

Zémurai - Ricardo Sousa e Bando

Thorvand - Maria Leal e Crisrobert Caires

Astronauta: Magnetar - Danilo Beyruth

As Flores Falam - Val Armanelli

Razão vs Emoção - Guilherme Bandeira

Turma da Mônica: Lições - Victor e Lu Caffagi

Gibi Quântico 2 - Vários

DestiNatioN #1 - Alessio Esteves e Lob Loss


De tudo isso aí em cima, por enquanto, li Bichos, Zémurai e Hacking Wave (mais sobre essas hqs depois).

Mas uma das melhores surpresas foi descobrir que Airton Marinho, meu velho companheiro de Midraxe, está escrevendo e publicando hqs como se não houvesse amanhã.

Aproveite e dê uma olhada no Tumblr dele.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Escrevendo roteiros de quadrinhos em smartphones


Ray Spass, se preparando para continuar escrevendo seu roteiro (cinematográfico) em seu celular.
Annihilator 4, Grant Morrison e Frazer Irving.

Um livro, ou no nosso caso, um roteiro, pode ser escrito em um caderno, uma caderneta, um computador, um notebook, um tablet ou mesmo num smartphone.

(Tem gente que escreve em guardanapos também, mas não é o escopo desse post :P )

Ultimamente, existem apenas dois objetos que ficam nos meus bolsos praticamente o dia inteiro: minha carteira e meu smartphone, sendo que algumas vezes é apenas o smartphone.

Minhas leituras também estão concentradas em alguns poucos aplicativos que estão... no meu smartphone.

Na grande maioria das vezes, meu acesso à internet é feito através do meu smartphone.

Enfim, passo muito tempo com esses aparelhinho por perto.

Por outro lado, tenho uma vida um pouco atribulada: crianças pequenas e um trabalho com horários estranhos e que me faz viajar bastante. Fica difícil programar a minha "hora de escrever".

Roteiros de hq, pelo menos do jeito que escrevo, com divisão de páginas e painéis, são documentos segmentados. Podem ir sendo construídos aos poucos. Um painel aqui, um diálogo ali. O importante é não perder o ritmo.

E já que estamos condicionados a passar bastante tempo teclando em smartphones, por que não tentar unir o útil ao agradável?

Se não me engano, foi o roteirista brasileiro David França Mendes quem disse que o melhor programa de escrita é aquele que te mantém escrevendo.

Qualquer aplicativo pode ser utilizado: Google Docs, Simplenote, iA Writer, Microsoft Word, Evernote ou mesmo o bloco de notas do seu celular.

Mas penso que duas características devem ser levadas em conta:

  • Algum tipo de sincronização com a "nuvem", porque smartphones são equipamentos com alta probabilidade de quebra/desaparecimento.
  • Funcionar offline.
Eu uso o Quip.

É meio estranho tentar explicar como ele funciona, mas poderíamos dizer que é uma mistura de Office com WhatsApp.

Gosto do Quip porque:

  • É muiltiplataforma (Android, iOS, macOS, Web e Windows).
  • Funciona bem em um smartphone.
  • Funciona bem em desktops/notebooks, tanto via browser quando via clientes nativos.
  • Tem sincronização com a "nuvem", mas...
  • Funciona bem offline (com algumas poucas limitações).
  • Permite a inserção de elementos como links, imagens, tabelas, checklists e listas.
  • Permite que o roteiro seja rapidamente exportado para .docx ou .pdf, no próprio smartphone.
  • Permite que documentos sejam linkados entre si.
  • Caso o desenhista também use o Quip, ele pode ter acesso a um "diff" do documento, vendo o que foi alterado.
  • Ainda dentro da possibilidade do desenhista usar o Quip, também existe uma ferramenta de bate-papo/mensagem que cria uma conversa que fica amarrada àquele documento específico.
  • Interface bonita e simples.
Há alguns pequenos detalhes que me incomodam, mas para efeitos desse artigo, o principal “contra” é o fato dele ser um aplicativo pesadão, tanto em processamento quanto em espaço ocupado no dispositivo. Aparelhos Android mais modestos vão ter dificuldade para rodá-lo, se rodarem.

Voltando ao roteiro, tudo começa a partir de um modelo, criado no próprio Quip, que é duplicado, renomeado, e ajustado conforme necessidade.

Links, imagens, notas e a própria escaleta são colocados dentro do roteiro, e vão sendo reorganizados/absorvidos à medida em que o ele é construído.

Embora no Quip seja fácil criar links entre documentos, evito ficar criando arquivos diferentes para armazenar anotações, visto que a multitarefa não é exatamente uma prioridade no design de sistemas operacionais móveis.

Embora eu já tenha tentado usar tecladinhos bluetooth e outros apetrechos, hoje em dia não fico esquentando a cabeça com isso. A partir do momento em que se faz necessário levar outros acessórios, o lance de escrever com um negócio que cabe no seu bolso perde o sentido.

A escrita no celular é a fase do output. É onde a ideia tem que ser expelida o quanto antes da cabeça, para que não desapareça.

Depois, obviamente, é necessário revisar o texto no aconchego de um teclado e monitor normais.

Sinceramente, não sei qual seriam os limites desse método.

Estou escrevendo uma hq de vinte páginas assim, e acho pouco provável que um roteiro mais extenso pudesse ser composto dessa maneira, a despeito de alguns casos como o do escritor Taiyo Fujii, que afirma ter escrito boa parte de seu primeiro romance em seu iPhone.

Mas como levo a sério a 1º LEI DA EXEQUIBILIDADE QUADRINÍSTICA BRASILEIRA, acredito que ainda vou escrever muitos roteiros no meu smartphone. :D

RESUMINDO:

  • Um aplicativo que te mantenha escrevendo.
  • Um modelo (template) para agilizar um pouco as coisas.
  • Uma escaleta (outline) para servir de mapa.
  • Um jeito fácil e rápido para sincronizar com um "computador de verdade", para não sair do fluxo.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Pássaros Artificiais - A Missão

Já falei de Pássaros Artificiais aqui e aqui

Essa HQ vem sendo gestada pelo Diego e pelo Antonio há sabe Deus quanto tempo.

Pois bem, ficou pronta.

De novo.

Porque o Antonio redesenhou a bicha.

Inteira.

Inteirinha!

Recebi esse artefato, ou melhor, essa relíquia, na semana passada.



Pássaros Artificiais é um projeto inovador. Subversivo até.

São 32 páginas de hq. O detalhe ao qual se deve prestar atenção é que essas páginas, apesar de numeradas, estão soltas. A numeração é só pra não deixar o leitor *muito* desorientado, pois a proposta é que a narrativa seja lida na sequência que melhor lhe aprouver. E que o leitor reembaralhe essas páginas e as leia outra seqüência. E em outra. E em outras, tal qual um tarô hipertrofiado.

Se não estou cometendo nenhuma bobagem matemática, calculando as permutações, são 263130836933693530167218012160000000 leituras possíveis. É.

E isso porque estou considerando apenas as páginas de hq propriamente ditas, já que no verso de todas as lâminas existem textos, depoimentos, trechos de roteiros e livros, que complementam a narrativa.

Mas, não é só isso!

Na compra de um dos 100 exemplares existentes, você também leva uma página, *datilografada* e exclusiva de um romance escrito especialmente para ser distribuído junto com a hq.

Pássaros Artificiais me lembra o Mutus Liber, na humilde opinião deste que vos escreve, a primeira história em quadrinhos feita (sem querer).

Mais informações podem ser encontradas no blog do projeto, ou então no Facebook.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

WARREN ELLIS, SOBRE A ESCRITA DE QUADRINHOS. DE NOVO.

Embora meu relacionamento recente com a feitura de histórias em quadrinhos esteja sendo, no mínimo, supérfluo, eu ainda costumo prestar atenção nesse assunto.

Na última edição da sua newsletter, Orbital Operations, Warren Ellis decidiu, mais uma vez, falar um pouco sobre seu processo para escrever quadrinhos.

Ele menciona dois pontos, en passant, mas acho que são dois conselhos, se posso dizer assim, muito úteis a quem pretende se aventurar no meio.

O primeiro assunto são pitchs, as propostas que os autores fazem às editoras.
But. There are simple rules to consider. Like this one -- the entire first page is not the useful part of your pitch. 90% of your pitch happens in the first three or four lines. You need to understand that most pitches are shit. The one that has an arresting, crackling opening paragraph is the one that gets read all the way through.

Above the title TREES in the pitch for that book is

What if aliens landed on Earth and just didn’t notice the human race?

That, then the title, then my name and Jason's, then into sketching out the idea.

Once upon a time

there were five crazy people

and they poisoned

the 21st Century.


That's the top of the INJECTION pitch document.
Em seguida, ele fala sobre construir roteiros a partir de anotações brutas, ou melhor, sobre jogar as ideias no papel o quanto antes, e deixar a formatação para depois.
Here's a bit of the rough from INJECTION 8:
FLASHBACK -

INT. A SCHOOLROOM - desks and chairs. VERY YOUNG VIVEK, a teenager, sitting on a chair next to the teacher's desk up front by the blackboard. Snow at the windows on the right of the panel, late winter afternoon. The TEACHER is female, 30s, attractive, dressed in black, somewhat severe, black hair.

Your method of reason is interesting, but flawed.

How? I've been turning the entire structure of the method around in my mind for six months. I see no flaw.

This is because you are unconsciously tainted by scientism, fiction and the arrogance of youth.

I mean, it's a fascinating revamp of inductive detection. But I can show you the flaw if you give me... thirty minutes of your time.

She passes him a large KEY.

Go and lock the door.


I know who's talking. I have an idea of how many panels that will break into. But it's in its raw form, just the information - I can fly through a job like that and then go back and break it down and rewrite it into script. Sometimes it's the best way to get it down, while it's all fresh and happening, without pausing for formatting and pacing and all that. Getting it down is the main thing. The fixing can happen later.
Para se ter uma ideia, o trecho descrito acima, roteirizado e desenhado, ficou assim:


É uma cena onde predominam os diálogos, então a versão formatada não deve ter mudado tanto em relação às notas.

Mesmo assim, é possível observar que todas as informações que importam para essa página estão lá.

Aliás, recomendo fortemente INJECTION. Ellis, Shalvey e Bellaire, todo mês me deixando curioso sobre o que acontecerá na próxima edição.

domingo, 1 de março de 2015

FRANCISCO IWERTEN, EX-MESTRE DO QUADRINHO NACIONAL


OU AINDA: THE ZUÊRA MUST GO ON
Logo surrupiado no site do personagem

Em 2006, Francisco Iwerten foi galardoado pela AQC (Associação dos Quadrinistas e Cartunistas do Estado de São Paulo), na categoria Mestres do Quadrinho Nacional.

Iwerten, até então um completo desconhecido, foi nada mais nada menos que o criador do Capitão Gralha, o primeiro super-herói paranaense, que décadas depois serviu de inspiração para a criação do Gralha, personagem que foi primeiramente publicado em tiras no jornal curitibano Gazeta do Povo, depois por algumas editoras como a Metal Pesado e a Via Lettera, e por fim na internet. Até eu escrevi roteiro para hq do Gralha, vejam vocês.

Dois dias atrás, a AQC (Associação dos Quadrinistas e Cartunistas do Estado de São Paulo), divulgou uma retratação à homenagem concedida a Iwerten, cancelando a mesma.

O motivo?

Iwerten nunca existiu.

Em um vídeo publicado recentemente no Youtube, o quadrinista Antonio Eder, um dos pais do Gralha, explica a treta toda.

Basicamente, Iwerten e o Capitão Gralha foram inventados para dar um estofo histórico, ¨um plus a mais¨ para o recém-criado personagem. A lorota foi contada ao pessoal da Gazeta e acabou se espalhando.
Que atire o primeiro spam quem nunca deu uma tunada no currículo.
Eu já tinha ouvido a história tempos atrás, da boca do próprio Antonio. Acredito que outros quadrinistas, alguns membros da própria AQC, também. Mas como esse assunto só veio à tona agora, houve toda essa movimentação para colocar os pingos nos ¨is¨, tanto da parte da Associação, quanto da parte dos próprios criadores.

Entendo a posição da AQC, mas como foi um prêmio póstumo e nenhum ser humano vivo foi lesado pela mancada geral, gostaria que a história tivesse outro desfecho, mais no espírito da coisa toda.

Por exemplo, mudar o nome da homenagem a Iwerten, em vez de simplesmente cancelá-la.

¨Mestre do Quadrinho Nacional em Quadrinho¨, talvez?

Ou, simplesmente, ¨Mestre da Zuêra¨.

Ia ser mais legal. ☺

domingo, 13 de abril de 2014

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

OS ZUMBIS FILOSÓFICOS DA CIDADE SORRISO - AGORA VAI!

Tá aí. Uma palhinha de OS ZUMBIS FILOSÓFICOS DA CIDADE SORRISO, hq que escrevi para o álbum Cidade Sorriso dos Mortos-Vivos, em mais uma parceria com o incrível Antonio Eder.

Estou me CORROENDO de ansiedade pra botar as mãos nesse álbum, e muito orgulhoso de estar no meio dessa patota toda.

O álbum está sendo lançado no FIQ 2013, em BH.

Se você está nas redondezas, vá lá e garanta seu exemplar!


domingo, 10 de novembro de 2013

BATMAN: THE DEAL

A melhor hq do Batman que você vai ler em muito tempo. Vai por mim.

P.S.: E nem te conto que é um fanfic, hahahahahahahaahahahahhahahaha!!!!!!!


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

MODELO PARA ROTEIRO DE HQ NO GOOGLE DRIVE

Já há certo tempo, publiquei um modelo para escrita de roteiros de hq no Google Drive.

O link é esse.

Tentei automatizar um pouco a formatação, usando os atalhos padrão do Google Docs. As instruções estão no próprio documento.

Teste aí e me diga o que achou.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

INKSHOT - AGORA FOI!

INKSHOT, coletânea de quadrinhos brasileiros da qual participo, desencantou e JÁ ESTÁ em pré-venda na Comixology:


Compre a sua AGORA!

Abaixo, a capa, feita pelo Felipe Sobreiro.


quarta-feira, 19 de junho de 2013

THE ASSEMBLY 01

Esses quadrinhos indie comercializados no DriveThru COMICS costumam ser medonhos (no mau sentido), mas alguns tem premissas bem legais. Tipo essa:

THE ASSEMBLY 01

For years, anything that might potentially cause philosophical trouble or emotional unrest for the ordinary people of the world has been kept hidden from them. All manner of monster and malcontent are policed by The Assembly, a globe-spanning organization tasked with keeping the unreal at bay. Lately, they've been busy. With a growing number of incidents and a dwindling number of able bodies, their ranks need bolstering.

(grifo meu)

Menção honrosa pra esse SuperFrankensteinAlienigena aí de baixo:

DISCORD 01

sábado, 8 de junho de 2013

OS ZUMBIS FILOSÓFICOS DA CIDADE SORRISO

Entreguei ontem um roteiro de hq.

O título é o mesmo do post. Não sei se posso falar mais disso agora (sim, existem NDAs no quadrinho independente brasileiro também, pô!).

Deixei passar várias coisinhas, que foram pegas por uns camaradas que leram e me deram uns toques. Já foram feitas correções. Provavelmente ainda restaram mais algumas arestas a serem aparadas. Ficarei mais esperto da próxima vez.

Fazia tempo que eu não escrevia um, do começo ao fim.

Enfim, foi legal. Não tenho mais aquela gana de escrever quadrinhos, mas quem sabe não sai mais coelho desse mato?

quarta-feira, 24 de abril de 2013

THE PRIVATE EYE

Já tava sabendo de THE PRIVATE EYE, nova hq do BKV e do Marcos Martín.

O que eu NÃO tava sabendo é que também ia teria versão traduzida para o bom e velho pt-BR, trabalho feito por Érico Assis e Fabiano Denardin, já conhecidos pelos leitores de quadrinhos brasileiros.

O engraçado é que fiquei sabendo desse detalhe pelo Zé Wellington, através do Facebook. E só baixei a versão traduzida pela curiosidade de saber quem tinha traduzido. E pouco depois de baixá-la, fico sabendo da notícia pela falanges do próprio Érico, através de uma mensagem na EuroQuadrinhos.

(Tudo bem, sei que sua vida não vai mudar por causa disso)

A hq é interessante, e o título é bem pertinente. A arte de Marcos também é bacana e instiga a visão. Depois que digerir tudo, talvez eu me arrisque a fazer uma resenha.

Resumo da ópera. Li, gostei, e pagarei.

P.S.: como a hq foi pensada para ser lida em dispositivos eletrônicos, o formato das páginas é horizontal  (ou paisagem, se você preferir). E isso faz com que a leitura em tablets de 7 polegadas seja tolerável, o que para mim é um bom sinal.

quarta-feira, 27 de março de 2013

A 1º LEI DA EXEQUIBILIDADE QUADRINÍSTICA BRASILEIRA

No Brasil, a EXEQUIBILIDADE QUADRINÍSTICA é inversamente proporcional ao NÚMERO DE PÁGINAS DA SUA HQ.

Esta relação pode ser representada da seguinte maneira:

EQ = FD*(1/NPHQ)

Onde:

FD = FATOR AINDA DESCONHECIDO. Variável que, para ilustres desconhecidos, malucos, esmurradores de ponta de faca e demais pobres coitados, sempre tem valor 1. Entretanto, alguns poucos ilustres desconhecidos, malucos, esmurradores de ponta de faca, iluminados e batalhadores conseguem com que esse valor seja MAIOR do que 1, elevando, consequentemente, seu índice de EXEQUIBILIDADE QUADRINÍSTICA.

EQ = EXEQUIBILIDADE QUADRINÍSTICA

NPHQ = NÚMERO DE PÁGINAS DA SUA HQ

Então, caso você seja um ilustre desconhecido, maluco, esmurrador de ponta de faca, iluminado e batalhadorsegundo a 1° LdEQB, quanto MENOS páginas tiver sua HQ, MAIS chances ela terá de ser finalizada!

quarta-feira, 20 de março de 2013

CONSTANTINE #1

Faz tempo que deixei de acompanhar de perto o que as "majors" andam publicando.

Mesmo assim, não sei se rio ou se choro...

Lançaram hoje a primeira edição de Constantine, já integrado ao "universo regular" da DC.

Embora ele tenha sido criado dentro desse mesmo universo, como coadjuvante na revista de outro personagem (que acabou tendo a mesma trajetória), com o passar do tempo John Constantine ganhou popularidade suficiente para ganhar um título próprio, HELLBLAZER, e os autores que se sucederam na revista conseguiram manter uma distância saudável do core da DC.

Mas decisões editoriais que estão aos poucos implodindo a Vertigo fizeram com que o título anterior fosse cancelado, e o Mago do Proletariado fosse reintegrado ao universo DC, ou seja, espere encontros com o Super-Homem, Mxyzptlk e o Homem-Borracha.

É possível ler as três primeiras páginas aqui. De repente, o título pode até ser legal, mas só de ver esse hadouken pentagramático na capa, eu me desanimei.