Mostrando postagens com marcador DR. A:.. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador DR. A:.. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 22 de maio de 2007

ZUMBIS NO PLANALTO

Um tempo atrás falei de dois filmes nacionais que têm como assunto os nossos comedores de massa encefálica preferidos.

No trailer de CAPITAL DOS MORTOS, uma sequência em especial me chamou muito a atenção: aquela onde os zumbis caminham em direção ao Congresso Nacional.

A cena dispara associações óbvias e, com o perdão do trocadilho, deliciosas – imagine nossos políticos votando mais um aumento de salários e, de repente, o plenário sendo invadido por um monte de antropófagos estropiados a fim de uma boquinha.

É claro que os zumbis somos nós, que continuamos não fazendo nada frente à balbúrdia que é o nosso governo. Mas é bom que a rapaziada do jetom fique esperta, porque pode ser que a “fome” aperte tanto, mas tanto, que, ao invés de um bando de ovelhas, vão ter é um mundaréu de degustadores de cérebros fungando em seus cangotes.

Enfim.

Lembro que tempos atrás, após assistir MADRUGADA DOS MORTOS na tv me deu uma pusta vontade de escrever alguma história com zumbis. BIZANGO (que está em banho-maria por prazo indeterminado), tecnicamente flerta com o tema, mas aí o relacionamento é mais discreto. Quando digo histórias com zumbis, me refiro a um pequeno grupo de pessoas desesperadas rodeado por hordas de mortos-vivos. Pancadaria, membros-decepados, situações-limite e tal. Então eis que me ocorreu uma idéia que cabe como uma luva no DR. A:.. A princípio, pensei em 16 páginas. Talvez redimensione tudo pra ficar menor, ainda não sei.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

DR. A:. VS DOKTOR SLEEPLESS

Vi hoje mais cedo que Warren Ellis já deixou online a página wiki (onde o conteúdo é criado pelos usuários) sobre seu mais novo brinquedinho: DOKTOR SLEEPLESS, uma série de ficção científica. Do jeito que ele vem falando nesse assunto ultimamente, parece que ele tem um carinho tão grande por ela como tinha por TRANSMETROPOLITAN. Será uma revista mensal, colorida, publicada pela Avatar.
Ele postou algumas artes em seu fórum, que achei muito bonitas.
Certo. Mas quem diabos é esse tal de DR. A:.?
O DR. A:. (escrito desse jeito mesmo) surgiu numa das minhas muitas viagens a trabalho. Em uma semana manuscrevi 34 páginas de roteiro (já com diálogos e divisão de painéis). Era, primordialmente, uma história de ação. Eu queria brincar com o conceito de "herói científico", e também com a idéia de um super-cientista que vez ou outra gosta de dar uns catiripapos em ciborgues, mutantes e outras cepas de super-vilões. Além disso, a história faria parte de algo maior (já que foi escrita numa época onde eu me dava ao luxo de alimentar minhas próprias esperanças quadrinísticas).
Como muitas outras coisas que comecei a desenvolver em diversos pontos da vida, acabei deixando de lado.
Mas então veio a mudança no início deste ano e das catacumbas do meu escritório surgiu o velho caderno laranja de capa dura onde comecei a delinear o personagem e seu universo.
Uns dias atrás, estava com coceira nos dedos, mas sem saber exatamente o que escrever, e acabou me ocorrendo a idéia de digitalizar aquele proto-roteiro que havia reencontrado.
Nesse processo, acabei integrando ao bolo algumas outras idéias esparsas que tive ao longo destes anos, podei aqui, poli ali, coisa e tal. No embalo, tive outras idéias mais curtinhas, que caberiam muito bem no meu adorado e idolatrado formato de 8 páginas, e deixei um pouco de lado a primogênita, até por motivos óbvios, já que é muito mais fácil se fazer uma hq de 8 páginas do que uma de 34.
E achei engraçado receber o email do Ellis logo no momento em que colocava o ponto final na sétima (de 8) página (s) da primeira hq do DR. A:., O GAFANHOTO TORNOU-SE PESADO.
Se você já leu o HOMEM DO CASTELO ALTO, pescou a referência (mas note a diferença no tempo verbal). Na verdade, eu deveria ter terminado esse roteiro hoje, mas estou seguindo à risca o meu MANUAL DO PROCRASTINADOR, então, amanhã termino no trabalho quando estiver no trabalho. Em minha hora de folga, claro.
Citei a obra do Ellis só pra fazer um contraponto. Acredito que as semelhanças vão pouco além dos nomes e do mal do qual nós dois padecemos: a tecnofilia. Vamos ver.