Mostrando postagens com marcador editores de texto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador editores de texto. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

TIM MCMORRIS E OS EDITORES DE TEXTO DO IPAD

Eu não uso um iPad, mas sou viciado em editores de texto, então tempos atrás, acabei esbarrando na MARAVILHOSA lista compilada pelo Brett Terpstra, mas acho que lá ainda falta uma categoria: aplicativos que não tenham seus comerciais embalados pelas músicas do Tim McMorris

:P

Em tempo: eu gosto dessa música. E dessa aqui também.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

EDITORES DE TEXTO X PROCESSADORES DE TEXTO

Embora eu vá me estender em um assunto que talvez não seja interessante para a maioria de vocês, acho que dá para resumir o conteúdo vindouro em uma única frase:

O WORD NÃO É UM EDITOR DE TEXTOS, POOORRRRRRAAAAAAAAA!!!!!!!

Ok, agora que você já sabe uma das verdades ocultas do universo, pode contribuir para o aumento do meu bounce rate e vazar daqui. 

Quémboranão? Belê. Dá aqui a mãozinha e vamo lá.

Qualquer pessoa que use um computador, escreve com ele. Seja uma carta, um currículo, um cardápio ou um cartapácio, o ato de utilizar um computador como uma máquina de escrever anabolizada é tão corriqueiro que nem prestamos atenção nesse detalhe.

Existem diversas "filosofias", se posso dizer assim, no que tange à escrita em computadores, mas duas delas se destacam das demais. Não costumamos prestar atenção nisso mas, em inglês os programas para escrita mais utilizados são normalmente separados em dois grupos distindos: os WORD PROCESSORS (chamados por aqui de PROCESSADORES DE TEXTO) e os TEXT EDITORS (chamados por aqui de, hihihi, EDITORES DE TEXTO).

O ponto chave para se entender essa diferença de classes não é saber quais são as capacidades de um ou outro grupo, mas que tipo de arquivos eles geram.

EDITORES DE TEXTO são programas que tem suas raízes ainda na juventude (e não no início) da computação, lá nos anos 60. A função de um editor de textos é, bom, manipular os caracteres dentro de um arquivo. 

O Bloco de Notas do Windows é um editor de textos. O VIM é um editor de textos. O Emacs é um editor de textos. O Gedit é um editor de textos. O Notepad++ é um editor de textos. O UltraEdit é um editor de textos. O Textmate é um editor de textos. O Microsoft Word não é um editor de textos. Capisce?

Os editores de texto mais sofisticados podem destacar determinados tipos de sintaxe (normalmente em linguagens de programação e arquivos de configuração) ou exibir outros tipos de formatação no texto, mas aquilo é apenas uma máscara, um recurso visual que vai ajudar a pessoa que está escrevendo a identificar certos elementos na tela. O resultado final continua sendo o bom e velho texto plano (ou texto simples, ou texto não-formatado). Aquelas alterações visuais ficam registradas no programa, e não no arquivo. Se aquele arquivo for aberto em outro editor que não estiver devidamente configurado, as marcações visuais não serão exibidas. Entretanto, o texto continua podendo ser editado.

Já a função dos PROCESSADORES DE TEXTO é criar *documentos*, antigamente impressos, hoje em dia também distribuidos em formato eletrônico. Esse formato eletrônico pode ser tanto um .pdf quanto aquele gerado pelo processador de textos. Documentos gerados por um processador de textos levam suas características com eles. Se você coloca uma frase em negrito, ela vai continuar em negrito se for aberta em outro computador, porque essa informação ficará gravada dentro do documento.

Além disso, processadores de texto costumam dar muita ênfase ao WYSIWYG (What You See Is What You Get), ou seja, o que você está vendo na tela é exatamente o que você terá quando criar seu documento. E a operação de processadores de texto é calcada em uma metáfora visual bem conhecida: a folha de papel.

O OpenOffice Writer é um processador de textos. O Word é um processador de textos. O Abiword é um processador de textos. O Pages é um processador de textos. O TextMaker é um processador de textos. Capisce?

Algum tempo atrás, os processadores de texto costumavam produzir arquivos que, na maioria das vezes, só podiam ser lidos e editados por eles mesmos. Podiam, notem. Hoje em dia já é mais comum a preocupação com a interoperabilidade, e eles costumam ser mais espertos quando precisam manipular arquivos gerados em outros programas. Mesmo assim, não há compatibilidade absoluta entre os processadores e seus formatos, portanto, se na grande maioria das vezes você pode editar e até criar um documento com o formato .doc (Word 97 a 2003) no OpenOffice, em alguns casos - a presença de recursos mais sofisticados como macros, tabelas ou outro tipo de formatação pesada -  pode haver problemas de conversão/tratamento.

E qual o melhor, afinal?

Aí depende do que você quer fazer. Por mais que nos tenhamos acostumado, processadores de texto não são feitos para a escrita. São feitos para criação de documentos. Por isso a preocupação com a formatação e a impressão. Já os editores de texto, por sua natureza, lembram mais as antigas máquinas datilográficas, e costumam ficar fora do caminho na hora da escrita. Existe, inclusive, uma categoria especial dos editores que leva isso a sério demais

Se você precisa gerar um documento, com tabelas, cabeçalhos, figuras e sei lá mais qual tipo de formatação, então você precisa de um processador de textos (embora seja possível fazer isso com um editor de textos).

Se você quer escrever texto puro, apenas letra após letra, fique com um editor de textos. 

Há ainda um meio termo: escreva em um editor de textos. Finalize o documento em um processador de textos.

A minha implicância com esse detalhezinho besta é, bem, uma implicância mesmo. Mas me dói o coração quando vejo gente tentando fazer o trabalho de um editor de textos (alterar arquivos de configuração, por exemplo) no Word, que quebra linhas e tenta corrigir a gramática em um código que vai ser lido por uma máquina. E, acredite, já vi gente fazendo isso. Mais de uma vez.

Aliás, a discussão sobre formatos vai dar um post à parte. Depois falamos disso.

Sei que você não me perguntou, mas te digo assim mesmo. Meu arranjo atual de ferramentas é: 

EDITORES DE TEXTO:

Leafpad/Gedit/Ultraedit no Ubuntu, Notepad/PSPad no Windows, mas isso "vareia". Basicamente, uso o editor de textos nativo do sistema para tarefas mais simples, e um editor "esperto" para tarefas mais complexas. Entretanto, no caso do Ubuntu, o Gedit, que é o editor nativo, é "esperto demais", então ele foi substituído pelo Leafpad.

PROCESSADORES DE TEXTO:

OpenOffice Writer (em sua versão Go-OO) em todos os sistemas operacionais (e o Abiword, encostado ali no cantinho, como quem não quer nada). Ocasionalmente (e de uns anos pra cá, muito ocasionalmente), uso o Word no Windows. E, cada vez mais frequentemente, o GDocs.

Os posts desse blog?

Costumam nascer em editores de texto, e são finalizados no GDocs. Mas isso "vareia".

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

GEDIT

Nunca fui muito com a cara do gedit (assim, com minúsculas mesmo), pelo fato dele não estar nem lá, nem cá: acho ele pesado demais para trabalhos leves, e leve demais para trabalhos pesados.

Até que numa instalação limpa, funciona a contento, mas basta habilitar alguns plugins, que na minha opinião já deviam ser features, e o negócio desanda.

[Se você não faz a mínima idéia do que estou falando, imagine que o gedit é uma versão anabolizada do Bloco de Notas, do Windows]

Para muita gente essas diferenças de performance não fazem, hmmm..., diferença, mas, para mim, que passo boa parte do dia editando textos, tanto em casa quanto no trabalho, o buraco é mais embaixo.

Tudo o que eu escrevo nasce em arquivos .txt (achou que a epígrafe do blog fosse só pedantismo barato, né?), que depois é finalizado em outro programa/webapp. Emails, tópicos em fóruns, posts para blogs, roteiros, contos, relatórios, números de telefone, notas e seja lá mais o que for.

Talvez seja um resquício pavloviano de uma época em que a internet era bem mais instável, e uma conexão perdida era igual a um monte de trabalho perdido.

Pode parecer contraproducente para alguns, mas para mim é assim que funciona.

E me dá uma certa agonia clicar em um arquivo que não tem nem 1KB e esperar alguns segundos até que seu conteúdo surja na minha frente.

Então, no Ubuntu, que é onde passo a maior parte do tempo, uso o Leafpad para coisas rápidas e o Geany (substituído recentemente pelo UEX) para o trabalho pesado. No Windows, o arranjo é parecido, só que com o Bloco de Notas e o PSPad, respectivamente.

[Embora eu até seja capaz de passar uns minutos sem ouvir os beeps malditos do VIM, não conseguiria passar o dia inteiro trabalhando nele. Já tentei, sério. E o Emacs, pelo menos para mim, é carta fora do baralho]

Mas dia desses, olhando mais de perto, vi que, apesar da relativa lentidão, o gedit tem me parecido bem apetitoso quando o assunto é escrever prosa.

Gosto da visualização de impressão dele. Também há um corretor gramatical (meia-boca, mas vá lá). Interface com abas (item que devia ser obrigatório em TODOS os software do universo), snippets, contagem de caracteres e um modo fullscreen, que cai como uma luva para as viúvas do PyRoom (que se recusa a funcionar em máquinas com processadores de 64 bits).

Enfim, achei uma utilidade pra ele e vou experimentar.

Se funcionar, melhor, porque o gedit também está disponível para o Windows, e ferramenta multiplataforma é o que há.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

SOZINHO NO ESCURO

Em seu livro O PODER DO CLÍMAX, Luis Carlos Maciel faz uma afirmação interessante sobre os americanos e sua relação com o mundo: eles transformam ABSOLUTAMENTE tudo em know-how.

No livro, Luis Carlos faz essa afirmação em relação aos roteiros de cinema, que, apesar de serem textos dramáticos, estão revestidos por toda uma carga técnica. Mas isso se aplica também a outras áreas da escrita.

Basta perder alguns momentos em fóruns americanos cujo tema seja escrita criativa ou técnica para perceber a diferença. Enquanto por aqui as pessoas ainda estão atrás da eterna musa, por lá a atitude é mais de botar a mão na massa. Boa parte dos tópicos abordam aspectos puramente técnicos, que invariavelmente acabam descambando na direção de ferramentas para melhorar a produtividade do escritor e deixar o texto fluindo: software. Acredito que isso se deva, em parte, pelo fato de ser mais comum pelos lados de lá encararem a escrita como uma profissão. Enfim.

E uma dessas ferramentas é justamente a categoria dos Editores de Texto que partem da premissa "distraction free". Segundo ela, quanto menos botões, menus, barras de ferramentas e quaisquer outros elementos que possam tirar a atenção do escritor, melhor.

É verdade que a grande maioria dos programas de escrita, sejam Editores, sejam Processadores de Texto, têm, em maior ou menor grau, recursos para despoluir a tela.

No OpenOffice Writer, por exemplo, pressiona-se a combinação Ctrl+Shift+J. No Abiword é a tecla F11. No Microsoft Word há essa opção, através do menu EXIBIR > TELA INTEIRA.

Mesmo assim, ainda permanecem alguns elementos, como as réguas, a barra de tarefas do sistema operacional ou as bordas das janelas.

E é aí que entram os Editores "distraction free". Eles tem uma abordagem mais radical, e eliminam tudo o que há na tela, deixando espaço apenas para o texto.

Os programas são, em sua maioria, Editores, pois editam apenas arquivos .txt. Isso, obviamente, tem uma explicação: com são arquivos de texto plano, não é possível formatar o texto para deixá-lo em negrito, itálico ou seja lá como for. E isso, em teoria, obriga o escritor a focar-se no ato de jogar suas idéias na tela, deixando a formatação para um outro momento. Por alguns momentos, seu computador vai se transformar numa máquina de escrever.

Sinceramente, não sei até onde isso é realmente válido. Já usei essas ferramentas algumas vezes e o texto realmente fluiu. Em outras ocasiões, contudo, eu simplesmente dei um ALT+TAB e me dispersei em outra atividade qualquer.

Abaixo, segue uma lista - que não pretende ser completa - sobre algumas dessas aplicações.

WRITEROOM

O WRITEROOM foi o precursor desse tipo de aplicação. É apenas para MACs.

Como não tenho um MAC a meu alcance, nunca testei e não sei quais são seus features.

Da última vez em que olhei o site, o programa custava 20 dólares.

DARK ROOM

O DARK ROOM é um clone do WRITEROOM, feito para Windows. Aparentemente, ele não é mais desenvolvido. A última versão é a 0.8b, de 2006. A vantagem é que ele dispensa a instalação, mas necessita do framework .NET (2.0 ou superior) para ser executado. Tentei executá-lo no Ubuntu com o auxílio do MONO (2.4), mas não consegui.

JDARK ROOM

O JDARK ROOM é outro clone (e, daqui em diante, vamos assumir que todos os outros programas são clones) do WRITEROOM. A diferença é que ele é executado através do Java, ao invés do .NET, o que melhora a compatibilidade com outros sistemas operacionais. Rodou bem tanto no Ubuntu quanto no Windows XP. O programa continua sendo desenvolvido e sua versão mais atual é a 14.

Q10 (é o do screenshot aí de cima)

O meu preferido. Infelizmente, parece ter se tornado abandonware, visto que a última versão é de 2007, e os fóruns também andam meio parados.

Acho a interface do Q10 mais polida, mesmo que a idéia seja OCULTÁ-LA. Ele, exibe, por exemplo, algumas informações como número de palavras, caracteres e páginas no rodapé da tela. Além disso, é possível escolher temas sonoros. Há a opção de configurar o programa para deixar sua interface em português brasileiro, e também há dicionários disponíveis para o nosso idioma.

Também conta com uma versão para o PortableApps. Só para Windows.

WRITEMONKEY

O WRITEMONKEY é bem parecido com o Q10. Também tem uma interface polida e é possível customizá-lo - dentro de determinados limites - com sons e temas. Mas entre os programas testados, de longe é o que apresenta mais opções.

A biblioteca de temas sonoros, aliás, é mais farta que a do Q10. Dos barulhinhos, o tema que mais me agradou foi o "Click Keyboard", que imita o som daqueles teclados antigos, onde era necessário martelar, literalmente, as teclas.

Outro recurso legal do WRITEMONKEY é a possibilidade de criar perfis diferentes, cada um com suas próprias configurações.

O WRITEMONKEY continua em desenvolvimento (a versão atual é a 0.9.5.0) e parece ter adotado todos os órfãos do Q10. Lembro-me, inclusive, de que o criador do programa anunciou o primeiro release no antigo fórum do Q10 e a recepção não foi das mais calorosas. Mas, como dizem por aí, o mundo dá voltas.

Winows only. Necessita do .NET (2.0 ou superior) para funcionar e também não funciona através do MONO 2.4.

PYROOM

O PYROOM é a contraparte "linúxica" desse tipo de aplicação, e, como o próprio nome já denuncia, necessita do ambiente de execução do Python (ubíquo em quase tudo quanto é distro Linux) para funcionar.

Uma característica da qual eu não gosto é que existe uma borda ao redor da área utilizada para escrita, o que descaracteriza um pouco o elemento "distraction free". Some isso ao fato da área em si ser pequena, ou seja, o espaço do monitor é mal-aproveitado. Também não é possível configurar o programa de uma maneira intuitiva.

Apenas para Linux, por enquanto. No site do projeto, contudo, já está prometida uma versão para Windows.

UPDATE (24/09/09): O PyRoom TEM a opção para configurar o programa através de uma caixa de diálogos. Contudo, a quantidade de configurações é bem mais modesta se comparada ao Q10 ou ao WriteMonkey.

======

A título de curiosidade, li recentemente num blog da Microsoft um procedimento, deveras arcano, para deixar o Microsoft Word 2007 com ares de WRITEROOM. Tente por sua própria conta e risco.

E antes que você me pergunte: esse post foi escrito no Q10.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

UEx



A IDM Software quer dominar o mundo!

Primeiro, anunciam o UEX, uma versão *nix (Linux e Mac) do UltraEdit, o melhor editor de textos proprietário para Windows.

Depois, pegam o antigo UE3, uma outra versão desenvolvida para rodar na irritante plataforma U3 e transformam-na na UEm, adaptando-na para rodar também na plataforma PortableApps, que tem meu aval.

Usei o UltraEdit durante muito tempo, mas, por motivos técnicos e pessoais, acabei largando mão dele para tentar a sorte com outros editores de texto. Contudo, no meu ramo profissional, Windowscêntrico por natureza, o UltraEdit parece ser o ÚNICO editor de textos que a rapaziada conhece.

Então, na hora de trocar dicas, pequenos truques, syntax highlighters, macros ou qualquer outro suplemento útil, ninguém tá querendo saber de VIM, Emacs, Notepad++ ou PSPad. E, a César o que é de César: o programa é bom mesmo.

Fiquei SERIAMENTE tentado a comprar o UEX. Aguardarei o demo pra ver se ficou a contento. Mas acredito que ficará.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

JUNTANDO PALAVRAS

Depois de testar e experimentar duzentos mil softwares gratuitos (ou semi-gratuitos) para formatação de roteiros, vamos às considerações sobre os dois que resistiram à prova dos nove.
O primeiro foi o SCRIPTBUDDY, do qual já falei uns posts atrás. Mas como eu sei que você não vai se dar ao trabalho de acionar a barra de rolagem, recapitulemos: o Scriptbuddy é um software web-based, ou seja, não é necessário que você instale nada em seu computador, em contrapartida, a máquina na qual cê vai trabalhar tem que estar conectada à internet.
Fuçando melhor, descobri que a festa não é tão divertida e existem duas versões, a Free e a Pro, que faz com que ele caia na categoria dos semi-gratuitos.
Os recursos do pacote Pro, que é pago, com planos trimestrais, semestrais ou anuais (o plano anual sai por 49,50 US$), são a opção para exportar o roteiro para um arquivo.pdf, o corretor gramatical (não confirmei, mas presumo que seja só para o inglês), a tela livre de anúncios, e também a inclusão automática de novos recursos que vierem a ser disponibilizados no futuro.
Mas, então dá pra fazer alguma coisa no Free?
Dá. Só não espere muito.
Como a única opção de exportação é para PDF, que só está disponível na versão Pro, a única maneira de você ter seu roteiro em mãos é imprimindo direto do site, mas aí existe o problema – levantado pelo próprio site - de que podem haver diferenças de visualização entre um navegador e outro, então há a possibilidade de que o roteiro saia ligeiramente diferente do que aparece na tela, a despeito deles afirmarem a toda hora que o software é WYSIWYG, What You See Is What You Get, algo como, “o que você vê é o que você vai ter”, referindo-se justamente ao fato de que não haverão diferenças entre o que se visualiza na tela e o que se imprime. Achou estranho? Eu também.
Não, malandrinhos, nem pensem no bom e velho ctrl+c, ctrl+v. Por quê?
Porque você vai copiar um texto gerado em html, com zilhões de botões ocultos. E se você copiar prum editor de texto mais parrudo (como o Word, o OpenOffice Writer o ou Abiword), que aguenta html, virão de brinde células e mais células, só para aumentar sua dor de cabeça. E, óbvio, sua formatação vai pras trevas.
Quanto ao software em si, bem, a interface é meio pela-saco no começo, mas você acaba se acostumando. Tem tudo o que é necessário para a escrita do roteiro, e a formatação é toda automática. Se você, por exemplo, escreve um cabeçalho com letra minúscula, quando surgir na tela, será em letra maiúscula. Contudo, você tem que criar o personagem num campo específico antes de escrever algum diálogo com ele.
Também tem o lance de não haver como mudar os itens do cabeçalho, então, cê vai sempre ter que escrever DAY ao invés de DIA, por exemplo.
Além disso, há a janelinha de anúncios, que, sei lá por que, nunca veiculou nenhum enquanto eu estava utilizando o software.
Mas, o grande problema, a meu ver, é que a interface (ou workstation, como eles chamam) é baseada em caixas de diálogo que demoooooooram para abrir e fechar caso sua conexão esteja lenta. E estou falando de conexão banda-larga. Nem imagino a velocidade disso numa conexão discada.
Pra não dizerem que tô só marretando a parada, existe a vantagem evidente de se poder acessar o trampo de qualquer lugar do mundo. Mas não sei se existe a opção de compartilhamento de arquivo. Acho que não.
A conclusão é que, a menos que você queira pagar os quase 50 dólares de assinatura, não passa de uma curiosidade interessante.
(mesmo pagando, acho que não passa disso).


No outro canto do ringue, temos o CELTX, esse sim filha-da-puta de bom.
Pra começar, é totalmente free. E opensource. E é disponibilizado também em português.
O Celtx funciona da maneira clássica: você baixa o programa e instala na sua máquina.
A interface é bem intuitiva, e, como disse um membro de uma comunidade no orkut, “quando você acha que é aquilo, é aquilo mesmo”.
O programa conta com dois editores de texto: um principal, específico para roteiros, com todas as opções de formatação, e outro, para textos planos. O editor de textos planos já é bem interessante, porque possui alguns recursos que lhe tirariam da categoria básico.
Além disso, existem ferramentas para a descrição de personagens, cenas, figurino, objeto de cena, locações, etc.
Uma vez que a interface é baseada em guias, fica muito fácil administrar toda essa informação, sendo que é possível ter vários documentos abertos ao mesmo tempo, na mesma janela.
Na janela principal também existe um pequeno navegador, onde, além de se poder manipular todos os arquivos gerados dentro do programa, também é possível criar hiperlinks para sites ou arquivos dentro do computador.
O programa foi criado como um software para pré-produção, então conta com outros recursos, como a elaboração de cronogramas.
Existem opções de importação e exportação. Para importar, por enquanto, só arquivos em .txt. A opção de exportação já é um pouco mais generosa, e o roteiro pode ser convertido para .txt, .html ou .pdf.
Uma curiosidade – e o grande defeito do Celtx, a meu ver – é que a exportação para .pdf é do tipo server-side. O arquivo é enviado ao servidor do Celtx, é convertido lá e então devolvido. Isso gerou uma certa polêmica no fórum oficial, por conta da nóia de algumas pessoas com supostas brechas no procedimento que comprometeriam a privacidade da operação.
Eu também acho que é uma bunda-molice, mas por outro motivo: nem sempre existe uma conexão disponível. De qualquer maneira, deve haver motivos técnicos, e se você é paranóico o bastante para achar que seu roteiro vai ser roubado, existem opções para driblar isso. Exporta-se para .txt ou .html e converte-se para pdf com o auxílio de outro software qualquer, offline. Na verdade, você vai ter que dar uma corrigida aqui e ali. Mas nada que vá consumir muito tempo.
E é possível exportar somente documentos criados no editor de roteiros. Mas, no caso de algum documento gerado no editor de textos planos, um copiar/colar funciona muito bem.
Também há um modo de colaboração online. Mas tem que fazer o upload do projeto pro servidor dos caras.
Concluindo: como disse antes, o único defeito, a meu ver, é a conversão para pdf. De resto, tá de muitíssimo bom tamanho.

quarta-feira, 31 de maio de 2006

O BLOCO DE NOTAS DO WINDOWS COMO INSTRUMENTO DE LIBERTAÇÃO

Uma das coisas mais interessantes da internet é que você é livre para dizer qualquer tipo de bobagem, saindo, na grande maioria das vezes, ileso.

Então, exercitemos nosso direito.

Sou só eu que prefere o Bloco de Notas ao Word?

(frescura, todos sabemos).

segunda-feira, 2 de dezembro de 2002

EDITPAD

Putardos!
Se vocês digitam bastante mas acham o Word meio pesadão, experimentem esse carinha aqui ó. É bacaninha, embora não tenha todos os recursos do editor da Microsoft.
But, é de grátis.
Fui.