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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

MODELO PARA ROTEIRO DE HQ NO GOOGLE DRIVE

Já há certo tempo, publiquei um modelo para escrita de roteiros de hq no Google Drive.

O link é esse.

Tentei automatizar um pouco a formatação, usando os atalhos padrão do Google Docs. As instruções estão no próprio documento.

Teste aí e me diga o que achou.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

THE TYPEWRITER AND THE PENCIL

"The Typewriter and the pencil force the writer to slow down. You can't use the first thought that comes out the top of your head" (ou algo que o valha). 

Will Self afirmou algo parecido uns tempos atrás. 

Embora eu não me veja martelando novamente as teclas de uma máquina de escrever (já fiz curso de datilografia, caso você queira saber), ainda gosto de escrever à mão, e costumo preferir editores a processadores de texto. Menos é mais, e todo esse jazz.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

JOHN AUGUST'S WORKSPACES

O roteirista/diretor John August, que tem em seu currículo coisas como Peixe Grande, As Panteras 2, Noiva Cadáver e mais um monte de coisas pelas quais acabou não assinando (Hollywood, Hollywood...), é também o dono de um dos blogs mais legais sobre o assunto.

Há pouco tempo ele estreou uma seção chamada Workspaces, onde "abre o microfone" para que outros roteiristas falem em detalhe sobre seus hábitos profissionais. É uma espécie de The Setup (como ele mesmo afirma) de nicho.

Para quem se interessa sobre o assunto (como eu), recomendo a leitura.

sábado, 24 de setembro de 2011

K.I.S.S.


K.I.S.S. = Keep It Simple, Stupid!

Quem frequenta as minhas plagas (0_0) digitais (você não esperou eu molhar o bico...) já deve saber do meu fetiche por ferramentas para escrita, especialmente softwares.

Basta eu tomar conhecimento de alguma novidade para começar mais uma epopéia envolvendo instalações, conversões, testes e elucubrações que normalmente não dão em nada. Mas ok, tudo em nome da ciência.

Isso também costuma ter outro nome: procrastinação. Se eu usasse o tempo que gasto correndo atrás da ferramenta ideal para produzir algo, produzindo algo (os vícios de linguagem são por conta da casa), é possível que meu output fosse maior, e com a prática vem a perfeição, vocês sabem.

Recentemente, me (re)enamorei com o yWriter. Eu já tinha usado o software uns anos atrás, mas naquela época eu não havia grokkado qual era a dele. Quando voltei a burilar uma história que vai exigir uma certa organização, voltei a utilizar o software. O yWriter é cumpre o que promete, mas eu vinha enfrentando um problema: o sistema operacional que eu uso é o Ubuntu. Apesar do yWriter ter sido escrito em .NET e, portanto, com alguns tweaks, ser possível executá-lo no Linux (através do MONO), há um bug envolvendo caracteres acentuados que destrói qualquer coisa escrita em nossa língua materna. A saída era rodar o programa dentro de um Windows virtualizado. Mas, cara, o simples ato de iniciar uma máquina virtual para usar um software que deveria funcionar nativamente em meu sistema operacional já me deixa meio brocha.

Sou da opinião que o melhor software para escrita é aquele que te mantém escrevendo. Aquele que não fica no caminho. Aquele que não aparece. E o yWriter tava aparecendo muito.

Então exportei o projeto - nada muito consistente, por enquanto -  para um arquivo .rtf, que depois converti em um arquivo .odt, e estou trabalhando à moda antiga, no LibreOffice Writer.

Os motivos de ter escolhido o LibO Writer são muitos: conheço bem o programa, ele é multiplataforma, posso instalar em quantos computadores eu quiser e, se for o caso, algumas de suas versões podem ser executadas a partir de um pendrive.

Também estou voltando às raízes no que diz respeito ao método. Agora há somente dois arquivos.

Um contém a história e as notas referentes ao texto, que são inseridas através do recurso Anotação. Quando o capítulo ou trecho não tem mais anotações, considero-o pronto e sigo em frente.

O outro tem as observações, perfis de personagens, descrições de objetos e todas as outras referências que vou utilizar (ou não) na história.

Normalmente prefiro trabalhar com arquivos .txt mas, nesse caso, o formato .odt tem alguns recursos que mais úteis, como as Anotações que mencionei aí em cima.

O Writer pode não ter todas as ferramentas de indexação e cruzamento de dados de um Scrivener ou de um yWriter, mas se pararmos para pensar que tanta gente já escreveu livros sem ao menos um Ctrl+F ou um Ctlr+Z, as facilidades de um processador de textos anabolizado são mais do que suficientes.

Agora só falta saber se vai dar certo.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

EDITORES DE TEXTO X PROCESSADORES DE TEXTO

Embora eu vá me estender em um assunto que talvez não seja interessante para a maioria de vocês, acho que dá para resumir o conteúdo vindouro em uma única frase:

O WORD NÃO É UM EDITOR DE TEXTOS, POOORRRRRRAAAAAAAAA!!!!!!!

Ok, agora que você já sabe uma das verdades ocultas do universo, pode contribuir para o aumento do meu bounce rate e vazar daqui. 

Quémboranão? Belê. Dá aqui a mãozinha e vamo lá.

Qualquer pessoa que use um computador, escreve com ele. Seja uma carta, um currículo, um cardápio ou um cartapácio, o ato de utilizar um computador como uma máquina de escrever anabolizada é tão corriqueiro que nem prestamos atenção nesse detalhe.

Existem diversas "filosofias", se posso dizer assim, no que tange à escrita em computadores, mas duas delas se destacam das demais. Não costumamos prestar atenção nisso mas, em inglês os programas para escrita mais utilizados são normalmente separados em dois grupos distindos: os WORD PROCESSORS (chamados por aqui de PROCESSADORES DE TEXTO) e os TEXT EDITORS (chamados por aqui de, hihihi, EDITORES DE TEXTO).

O ponto chave para se entender essa diferença de classes não é saber quais são as capacidades de um ou outro grupo, mas que tipo de arquivos eles geram.

EDITORES DE TEXTO são programas que tem suas raízes ainda na juventude (e não no início) da computação, lá nos anos 60. A função de um editor de textos é, bom, manipular os caracteres dentro de um arquivo. 

O Bloco de Notas do Windows é um editor de textos. O VIM é um editor de textos. O Emacs é um editor de textos. O Gedit é um editor de textos. O Notepad++ é um editor de textos. O UltraEdit é um editor de textos. O Textmate é um editor de textos. O Microsoft Word não é um editor de textos. Capisce?

Os editores de texto mais sofisticados podem destacar determinados tipos de sintaxe (normalmente em linguagens de programação e arquivos de configuração) ou exibir outros tipos de formatação no texto, mas aquilo é apenas uma máscara, um recurso visual que vai ajudar a pessoa que está escrevendo a identificar certos elementos na tela. O resultado final continua sendo o bom e velho texto plano (ou texto simples, ou texto não-formatado). Aquelas alterações visuais ficam registradas no programa, e não no arquivo. Se aquele arquivo for aberto em outro editor que não estiver devidamente configurado, as marcações visuais não serão exibidas. Entretanto, o texto continua podendo ser editado.

Já a função dos PROCESSADORES DE TEXTO é criar *documentos*, antigamente impressos, hoje em dia também distribuidos em formato eletrônico. Esse formato eletrônico pode ser tanto um .pdf quanto aquele gerado pelo processador de textos. Documentos gerados por um processador de textos levam suas características com eles. Se você coloca uma frase em negrito, ela vai continuar em negrito se for aberta em outro computador, porque essa informação ficará gravada dentro do documento.

Além disso, processadores de texto costumam dar muita ênfase ao WYSIWYG (What You See Is What You Get), ou seja, o que você está vendo na tela é exatamente o que você terá quando criar seu documento. E a operação de processadores de texto é calcada em uma metáfora visual bem conhecida: a folha de papel.

O OpenOffice Writer é um processador de textos. O Word é um processador de textos. O Abiword é um processador de textos. O Pages é um processador de textos. O TextMaker é um processador de textos. Capisce?

Algum tempo atrás, os processadores de texto costumavam produzir arquivos que, na maioria das vezes, só podiam ser lidos e editados por eles mesmos. Podiam, notem. Hoje em dia já é mais comum a preocupação com a interoperabilidade, e eles costumam ser mais espertos quando precisam manipular arquivos gerados em outros programas. Mesmo assim, não há compatibilidade absoluta entre os processadores e seus formatos, portanto, se na grande maioria das vezes você pode editar e até criar um documento com o formato .doc (Word 97 a 2003) no OpenOffice, em alguns casos - a presença de recursos mais sofisticados como macros, tabelas ou outro tipo de formatação pesada -  pode haver problemas de conversão/tratamento.

E qual o melhor, afinal?

Aí depende do que você quer fazer. Por mais que nos tenhamos acostumado, processadores de texto não são feitos para a escrita. São feitos para criação de documentos. Por isso a preocupação com a formatação e a impressão. Já os editores de texto, por sua natureza, lembram mais as antigas máquinas datilográficas, e costumam ficar fora do caminho na hora da escrita. Existe, inclusive, uma categoria especial dos editores que leva isso a sério demais

Se você precisa gerar um documento, com tabelas, cabeçalhos, figuras e sei lá mais qual tipo de formatação, então você precisa de um processador de textos (embora seja possível fazer isso com um editor de textos).

Se você quer escrever texto puro, apenas letra após letra, fique com um editor de textos. 

Há ainda um meio termo: escreva em um editor de textos. Finalize o documento em um processador de textos.

A minha implicância com esse detalhezinho besta é, bem, uma implicância mesmo. Mas me dói o coração quando vejo gente tentando fazer o trabalho de um editor de textos (alterar arquivos de configuração, por exemplo) no Word, que quebra linhas e tenta corrigir a gramática em um código que vai ser lido por uma máquina. E, acredite, já vi gente fazendo isso. Mais de uma vez.

Aliás, a discussão sobre formatos vai dar um post à parte. Depois falamos disso.

Sei que você não me perguntou, mas te digo assim mesmo. Meu arranjo atual de ferramentas é: 

EDITORES DE TEXTO:

Leafpad/Gedit/Ultraedit no Ubuntu, Notepad/PSPad no Windows, mas isso "vareia". Basicamente, uso o editor de textos nativo do sistema para tarefas mais simples, e um editor "esperto" para tarefas mais complexas. Entretanto, no caso do Ubuntu, o Gedit, que é o editor nativo, é "esperto demais", então ele foi substituído pelo Leafpad.

PROCESSADORES DE TEXTO:

OpenOffice Writer (em sua versão Go-OO) em todos os sistemas operacionais (e o Abiword, encostado ali no cantinho, como quem não quer nada). Ocasionalmente (e de uns anos pra cá, muito ocasionalmente), uso o Word no Windows. E, cada vez mais frequentemente, o GDocs.

Os posts desse blog?

Costumam nascer em editores de texto, e são finalizados no GDocs. Mas isso "vareia".

terça-feira, 12 de outubro de 2010

ABIWORD, SALVANDO A LAVOURA [OU QUASE]

Ontem, depois de muito batucar o teclado do meu not-so-smartphone, decidi que era hora de migrar um documento para o notebook e finalizá-lo por lá. Você pode até não acreditar, mas eu escrevo muito no telefone, de um jeito, ou de outro.

Pois bem. Meu n-s-s tem o QuickOffice Premier (AM) 6, que pode criar e editar os novos formatos do Microsoft Office. Embora esses formatos sejam alvo de críticas pertinentes, eles tem muito em comum com o ODF, pelo menos em sua concepção estrutural.

O OpenOffice não costuma ter problemas de compatibilidade com os documentos que crio no telefone (até pela natureza franciscana do QuickOffice, que não permite muitas estrepolias).

Então, sempre que crio um documento no E63, opto por salvá-lo no Office Open XML, em vez dos formatos tradicionais (e já abandonados pela própria Microsoft). Depois converto para o subformato ODF equivalente e tá tudo certo.

Ontem transferi um documento de aproximadamente 720 palavras (duas páginas, mais ou menos) para o meu notebook. Esse documento já havia sido corrompido pelo próprio QuickOffice (algo que acontecia com muito mais frequência no E62), mas eu consegui fazer uma cópia, na qual vinha trabalhando desde então.

Ok. Copio o documento e tento abri-lo com o OpenOffice. Nada. Tento mais algumas vezes, tendo como resposta apenas mensagens de falha. Tento, então, importá-lo no Google Docs. Impossível importar o documento. Tento o Zoho Docs. Mesmo problema.

A situação não era desesperadora, veja bem. O documento original ainda estava no telefone, funcionando, e havia várias maneiras de extrair o conteúdo dele, salvando-o com outro formato ou, na pior das hipóteses, lançando mão do bom e velho Ctrl+C/Ctrl+V.

Mesmo assim, fiquei incomodado com aquilo e resolvi tentar uma outra alternativa: o Abiword, que para minha surpresa, foi a única ferramenta que conseguiu um resultado mais próximo daquilo que eu esperava.

Agora, um segredinho: nunca fui muito chegado no programa.

A ideia de um processador de textos stand-alone, rápido e multiplataforma sempre me soou muy interessante, entretanto, existem alguns aspectos técnicos - e até cosméticos - que me mantiveram à distância: a insistência deles em continuar com seu próprio formato específico, em vez de adotar o ODF foi uma delas. Também não gosto muito da cara do programa (frescura, eu sei).

Mesmo assim, até pouco tempo atrás sempre tive o Abiword instalado em minhas máquina. Mas, com exceção de umas poucas ocasiões, nunca usei o programa.

Como nos últimos tempos meu mantra é o KISS, recentemente fiz uma limpeza geral em meus computadores, e o Abiword foi uma das vítimas.

Contudo, dada essa nova descoberta, decidi que vou mantê-lo por perto, de agora em diante.

domingo, 1 de agosto de 2010

CELTX NO IPHONE

Caro(a) roteirista: se você está do lado do Adversário e também usa produtos que rodem o iOS, regozijai-vos!
Agora há uma versão do Celtx para seu iPhone/iPod Touch/iPad.

MAS, au contraire de seus irmãos do desktop, essa versão é paga. Entretanto, mesmo não tendo nenhum desses dispositivos, acho que 9,9 US$ é um preço justo por uma aplicação desse tipo.


UPDATE: o que esqueci de observar é que, se saiu uma app para iOS, com certeza há uma para Android a caminho.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

TO BUILD, OR NOT TO BUILD

Um assunto que te me interessado bastante nos últimos tempos é o que os americanos (sempre eles) chama de worldbuilding: a construção de mundos.

Mundos ficcionais, veja bem.

Por enquanto, não me refiro a nada de magnitude Tolkeniana. Falo de ramificações, derivações e conexões. Falo de personagens secundários que viram protagonistas e de protagonistas que viram notas de rodapé. Essas coisas.

Engraçado que essa minha curiosidade vai em direção ao material que um camarada tem me enviado. Material que estou lendo à guisa de beta reader, aliás. Me surpreende a maneira como ele interconecta personagens e plots antigos, dos quais tomei conhecimento em outros carnavais. Tudo parece fazer sentido. E ficou bonito, viu?

E isso nos leva a uma resenha sobre IMPERIAL BEDROOMS, livro mais recente de Bret Easton Ellis, onde há uma observação que me chamou a atenção: o autor recicla personagens e canibaliza outros trabalhos. 


As conotações do primeiro verbo são boas (ainda mais em tempos de sustentabilidade). As do segundo, ruins. No frigir dos ovos, ambos tem o mesmo sentido.

Conheço outros caras que usam desse artifício e, convenhamos, isso não é nenhuma novidade na ficção. Personagens e cenários recorrentes são quase uma tradição à parte na literatura. Ou nos quadrinhos. Ou no cinema. Ou nos games. Até na música aparece uma ou outra experiência interessante.

Mas até pouco tempo atrás eu - na qualidade de autointitulado ficcionista de fim de semana - não tinha, pelo menos conscientemente, me dado conta da graça toda de se ficar ligando pontos aparentemente distantes.

quinta-feira, 25 de março de 2010

ZHURA UNE-SE AO SCRIPPED

Duas das mais utilizadas ferramentas online para formatação de roteiros se juntarão, e o filhote deles dará as caras no dia 31 de Março, mas a partir da próxima segunda, dia 29, todos os acessos ao Zhura (que desaparecerá) levarão ao site do Scripped.

Pelo que entendi dos comunicados enviados por ambos os sites (com poucos minutos de diferença), a marca será do Scripped, mas o "motor" será o do Zhura, que na minha opinião, é o melhor da "catiguria".

Segundo as duas empresas, os roteiros hospedados no Zhura permanecerão intactos, e o usuário poderá se logar com as credenciais do Zhura no site do Scripped.

Com exceção dos comunicados propriamente ditos, as únicas menções ao negócio estão na página do Scripped no Facebook e num post no Socaltech.

O primeiro tratamento de A BREVE HISTÓRIA DE FARADAY SILVA, minha história pro Inkshot, foi escrita no Zhura.

Aguardemos a segunda-feira.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

SCRIPT MAGAZINE PARA LEITURA ONLINE E DONWLOAD

Já fui leitor e assinante da Script Magazine (Scr(i)pt, antes de ter sido comprada pela Final Draft, Inc.), e isso não deveria ser surpresa para ninguém, já que me amarro nesse tal de "how-to-write".

Contudo, se assinar revistas nacionais já nos rende boas dores de cabeça (exemplares que não chegam, ou, quando chegam, estão aos pedaços), imagina uma revista de outro país?

Não tenho do que reclamar do pessoal da Script. Toda vez que enviei email reclamando - o que ocorreu com bastante frequência, notem - eles me respondiam e repunham as revistas. Mas isso vai fazendo a gente meio que perder o tesão, e, cá pra nós, esse é um tipo de publicação que, depois de um tempo, fica meio entediante.

Então, não renovei minha assinatura.

Mas, qual não é minha surpresa ao receber a última newsletter deles e descobrir que (quase) todas as edições a partir Janeiro/Fevereiro de 2004 (a revista é bimestral) foram legalmente disponibilizadas para leitura online e/ou download?

A ferramenta de leitura é até legal, e como há uma opção share por lá, acho que não é crime divulgar isso.

Então, se você se interessa pelo assunto, run!

P.S.: Não me pergunte porque a edição de Janeiro/Fevereiro de 2010 não está lá. Eu não sei. E a edição de Setembro/Outubro de 2007 dá pau no player.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

GEDIT, DE NOVO

Falei, falei, mas me esqueci de uma outra característica que me fez rever minha simpatia pelo gedit:

Quando você abre um arquivo, ele se lembra de onde estava o cursor. Assaz útil.

Agora, uns screenshots.

Gedit, à paisana


Gedit, fullscreen

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

GEDIT

Nunca fui muito com a cara do gedit (assim, com minúsculas mesmo), pelo fato dele não estar nem lá, nem cá: acho ele pesado demais para trabalhos leves, e leve demais para trabalhos pesados.

Até que numa instalação limpa, funciona a contento, mas basta habilitar alguns plugins, que na minha opinião já deviam ser features, e o negócio desanda.

[Se você não faz a mínima idéia do que estou falando, imagine que o gedit é uma versão anabolizada do Bloco de Notas, do Windows]

Para muita gente essas diferenças de performance não fazem, hmmm..., diferença, mas, para mim, que passo boa parte do dia editando textos, tanto em casa quanto no trabalho, o buraco é mais embaixo.

Tudo o que eu escrevo nasce em arquivos .txt (achou que a epígrafe do blog fosse só pedantismo barato, né?), que depois é finalizado em outro programa/webapp. Emails, tópicos em fóruns, posts para blogs, roteiros, contos, relatórios, números de telefone, notas e seja lá mais o que for.

Talvez seja um resquício pavloviano de uma época em que a internet era bem mais instável, e uma conexão perdida era igual a um monte de trabalho perdido.

Pode parecer contraproducente para alguns, mas para mim é assim que funciona.

E me dá uma certa agonia clicar em um arquivo que não tem nem 1KB e esperar alguns segundos até que seu conteúdo surja na minha frente.

Então, no Ubuntu, que é onde passo a maior parte do tempo, uso o Leafpad para coisas rápidas e o Geany (substituído recentemente pelo UEX) para o trabalho pesado. No Windows, o arranjo é parecido, só que com o Bloco de Notas e o PSPad, respectivamente.

[Embora eu até seja capaz de passar uns minutos sem ouvir os beeps malditos do VIM, não conseguiria passar o dia inteiro trabalhando nele. Já tentei, sério. E o Emacs, pelo menos para mim, é carta fora do baralho]

Mas dia desses, olhando mais de perto, vi que, apesar da relativa lentidão, o gedit tem me parecido bem apetitoso quando o assunto é escrever prosa.

Gosto da visualização de impressão dele. Também há um corretor gramatical (meia-boca, mas vá lá). Interface com abas (item que devia ser obrigatório em TODOS os software do universo), snippets, contagem de caracteres e um modo fullscreen, que cai como uma luva para as viúvas do PyRoom (que se recusa a funcionar em máquinas com processadores de 64 bits).

Enfim, achei uma utilidade pra ele e vou experimentar.

Se funcionar, melhor, porque o gedit também está disponível para o Windows, e ferramenta multiplataforma é o que há.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

CELTX 2.5

Acabou de sair do forno a mais nova encarnação do meu formatador de roteiros preferido.

A quantidade de novos features é pequena e não pude testá-lo ainda.

Talvez eu faça um review mais elaborado na próxima semana.

De qualquer maneira, o programa pode ser baixado gratuitamente (e, por enquanto, só em inlgês) aqui .

Divirtam-se!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

SOZINHO NO ESCURO

Em seu livro O PODER DO CLÍMAX, Luis Carlos Maciel faz uma afirmação interessante sobre os americanos e sua relação com o mundo: eles transformam ABSOLUTAMENTE tudo em know-how.

No livro, Luis Carlos faz essa afirmação em relação aos roteiros de cinema, que, apesar de serem textos dramáticos, estão revestidos por toda uma carga técnica. Mas isso se aplica também a outras áreas da escrita.

Basta perder alguns momentos em fóruns americanos cujo tema seja escrita criativa ou técnica para perceber a diferença. Enquanto por aqui as pessoas ainda estão atrás da eterna musa, por lá a atitude é mais de botar a mão na massa. Boa parte dos tópicos abordam aspectos puramente técnicos, que invariavelmente acabam descambando na direção de ferramentas para melhorar a produtividade do escritor e deixar o texto fluindo: software. Acredito que isso se deva, em parte, pelo fato de ser mais comum pelos lados de lá encararem a escrita como uma profissão. Enfim.

E uma dessas ferramentas é justamente a categoria dos Editores de Texto que partem da premissa "distraction free". Segundo ela, quanto menos botões, menus, barras de ferramentas e quaisquer outros elementos que possam tirar a atenção do escritor, melhor.

É verdade que a grande maioria dos programas de escrita, sejam Editores, sejam Processadores de Texto, têm, em maior ou menor grau, recursos para despoluir a tela.

No OpenOffice Writer, por exemplo, pressiona-se a combinação Ctrl+Shift+J. No Abiword é a tecla F11. No Microsoft Word há essa opção, através do menu EXIBIR > TELA INTEIRA.

Mesmo assim, ainda permanecem alguns elementos, como as réguas, a barra de tarefas do sistema operacional ou as bordas das janelas.

E é aí que entram os Editores "distraction free". Eles tem uma abordagem mais radical, e eliminam tudo o que há na tela, deixando espaço apenas para o texto.

Os programas são, em sua maioria, Editores, pois editam apenas arquivos .txt. Isso, obviamente, tem uma explicação: com são arquivos de texto plano, não é possível formatar o texto para deixá-lo em negrito, itálico ou seja lá como for. E isso, em teoria, obriga o escritor a focar-se no ato de jogar suas idéias na tela, deixando a formatação para um outro momento. Por alguns momentos, seu computador vai se transformar numa máquina de escrever.

Sinceramente, não sei até onde isso é realmente válido. Já usei essas ferramentas algumas vezes e o texto realmente fluiu. Em outras ocasiões, contudo, eu simplesmente dei um ALT+TAB e me dispersei em outra atividade qualquer.

Abaixo, segue uma lista - que não pretende ser completa - sobre algumas dessas aplicações.

WRITEROOM

O WRITEROOM foi o precursor desse tipo de aplicação. É apenas para MACs.

Como não tenho um MAC a meu alcance, nunca testei e não sei quais são seus features.

Da última vez em que olhei o site, o programa custava 20 dólares.

DARK ROOM

O DARK ROOM é um clone do WRITEROOM, feito para Windows. Aparentemente, ele não é mais desenvolvido. A última versão é a 0.8b, de 2006. A vantagem é que ele dispensa a instalação, mas necessita do framework .NET (2.0 ou superior) para ser executado. Tentei executá-lo no Ubuntu com o auxílio do MONO (2.4), mas não consegui.

JDARK ROOM

O JDARK ROOM é outro clone (e, daqui em diante, vamos assumir que todos os outros programas são clones) do WRITEROOM. A diferença é que ele é executado através do Java, ao invés do .NET, o que melhora a compatibilidade com outros sistemas operacionais. Rodou bem tanto no Ubuntu quanto no Windows XP. O programa continua sendo desenvolvido e sua versão mais atual é a 14.

Q10 (é o do screenshot aí de cima)

O meu preferido. Infelizmente, parece ter se tornado abandonware, visto que a última versão é de 2007, e os fóruns também andam meio parados.

Acho a interface do Q10 mais polida, mesmo que a idéia seja OCULTÁ-LA. Ele, exibe, por exemplo, algumas informações como número de palavras, caracteres e páginas no rodapé da tela. Além disso, é possível escolher temas sonoros. Há a opção de configurar o programa para deixar sua interface em português brasileiro, e também há dicionários disponíveis para o nosso idioma.

Também conta com uma versão para o PortableApps. Só para Windows.

WRITEMONKEY

O WRITEMONKEY é bem parecido com o Q10. Também tem uma interface polida e é possível customizá-lo - dentro de determinados limites - com sons e temas. Mas entre os programas testados, de longe é o que apresenta mais opções.

A biblioteca de temas sonoros, aliás, é mais farta que a do Q10. Dos barulhinhos, o tema que mais me agradou foi o "Click Keyboard", que imita o som daqueles teclados antigos, onde era necessário martelar, literalmente, as teclas.

Outro recurso legal do WRITEMONKEY é a possibilidade de criar perfis diferentes, cada um com suas próprias configurações.

O WRITEMONKEY continua em desenvolvimento (a versão atual é a 0.9.5.0) e parece ter adotado todos os órfãos do Q10. Lembro-me, inclusive, de que o criador do programa anunciou o primeiro release no antigo fórum do Q10 e a recepção não foi das mais calorosas. Mas, como dizem por aí, o mundo dá voltas.

Winows only. Necessita do .NET (2.0 ou superior) para funcionar e também não funciona através do MONO 2.4.

PYROOM

O PYROOM é a contraparte "linúxica" desse tipo de aplicação, e, como o próprio nome já denuncia, necessita do ambiente de execução do Python (ubíquo em quase tudo quanto é distro Linux) para funcionar.

Uma característica da qual eu não gosto é que existe uma borda ao redor da área utilizada para escrita, o que descaracteriza um pouco o elemento "distraction free". Some isso ao fato da área em si ser pequena, ou seja, o espaço do monitor é mal-aproveitado. Também não é possível configurar o programa de uma maneira intuitiva.

Apenas para Linux, por enquanto. No site do projeto, contudo, já está prometida uma versão para Windows.

UPDATE (24/09/09): O PyRoom TEM a opção para configurar o programa através de uma caixa de diálogos. Contudo, a quantidade de configurações é bem mais modesta se comparada ao Q10 ou ao WriteMonkey.

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A título de curiosidade, li recentemente num blog da Microsoft um procedimento, deveras arcano, para deixar o Microsoft Word 2007 com ares de WRITEROOM. Tente por sua própria conta e risco.

E antes que você me pergunte: esse post foi escrito no Q10.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

ALAN MOORE'S WRITING FOR COMICS

(mais um post resgatado no limbo do GDocs. Escrevi isso há muito tempo, mas sei lá porquê, deixei de lado. Recentemente, esbarrei nesse post e me lembrei da minha própria resenha. Ei-la.)



Tempos atrás, enquanto encomendava alguns livros na Amazon, acabei me deparando com o Alan Moore's Writing for Comics, publicado pela Avatar Press.

O livro, uma coleção de insights do Maconheiro Mágicko de Northampton, nada mais é do que uma republicação do já mítico ensaio escrito por ele para a revista britânica Fantasy Advertise, na década de 80. É moleza encontrar esse texto internet afora, inclusive em bom português.

Já tinha lido esse ensaio diversas vezes, tanto no original quanto as versões traduzidas (além da que indiquei acima, chegou a rolar outra tradução - não concluída - na rede). De qualquer maneira, achei que seria legal ter esse material impresso. O preço, pouco menos de 6 dólares, não seria nenhum impedimento.

É um livro fininho - 48 páginas no miolo. Ainda não entendo porque a Avatar insiste em dizer que aquilo é uma graphic novel, mas, enfim. Outra coisa que me chamou a atenção foi um VOLUME ONE na capa. Até onde me lembro, o ensaio está lá, completinho. O que leva a crer que no mínimo a AVATAR tentou convencê-lo a escrever um novo ensaio para ser um, ahem!,  ALAN MOORE'S WRITING FOR COMICS - VOLUME TWO. Mas acho pouco provável, e daqui a pouco, você vai saber porquê.

Como disse, o livro se limitaria a ser uma versão impressa do famoso ensaio que Moore escreveu alguns anos atrás, não fosse um capítulo extra de 5 páginas, chamado, vejam só vocês, AFTERWORDS (epílogo).

Nele, escrito especialmente para essa edição, o velho Moore simplesmente destrói tudo o que tinha dito nas 43 páginas anteriores. Ele fala sobre algumas das armadilhas que costumam pegar escritores neófitos ou simplesmente ineptos, e uma delas se chama "estilo" (alguém aí disse Garth Ennis?)

O "estilo" é, como Moore coloca ironicamente, uma coleção de cacoetes de alguns escritores que, por motivos diversos, acabam se tornando populares entre os leitores. E o autor, por sua vez, acaba por utilizá-los como muletas criativas. O Estilo, segundo Moore, é a antítese da criatividade. E se não há criatividade, não há razão (pelo menos moral) para se escrever.

Sim, eu sei. Mr. Moore também tem seus cacoetes e seu telhado de vidro. Mas acredito que entendi onde ele quis chegar.

O último parágrafo do texto (numa tradução muito livre):
    Okay, é isso. Basicamente, a mensagem é "Ignore tudo o que eu disse na seção anterior do livro. Eu era jovem, confuso, e não estava nem perto de ser velho ou louco o bastante". Esteja avisado que eu provavelmente escreverei um adendo a este ensaio, por volta de 2020, que dirá exatamente as mesmas coisas a respeito dos conselhos que estou lhe dando agora.
    Até lá, você está por sua própria conta parceiro.
Recomendo, atesto e dou fé.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

CELTX NA LINUX MAGAZINE (GRINGA)

Vi hoje, no twitter do Celtx (que descobri há pouco tempo): na Linux Magazine inglesa de fevereiro de 2009 foi publicada uma matéria sobre o programa.

Enquanto o texto (que pode ser baixado gratuitamente em formato pdf) não traz muitas novidades para usuários calejados, sua leitura não deixa de ser interessante uma vez que a matéria foi originalmente escrita para uma audiência, em geral, mais técnica do que criativa.

Além disso, o autor, Andreas Kneib, descreve o programa como uma ferramenta para escritores em geral, fugindo um pouco do estereótipo de "formatador de roteiros cinematográficos" que ainda grassa por aí. O Celtx começou como um formatador de roteiros cinematográficos, mas hoje é bem mais do que isso.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

GREENWRITER.ORG



Não sei se há quanto tempo o serviço está no ar, mas a proposta é bem bacana.

Basicamente, você cria um perfil lá e faz o upload de um roteiro REGISTRADO NA WGA, a entidade que cuida das questões legais e criativas relacionadas à escrita de roteiros nos Estados Unidos. Pode subir também, se quiser, o argumento desse mesmo roteiro, desde que tenha no máximo 5 páginas. Daí você preenche um formulário detalhando o roteiro um pouco mais, associando tags, colocando uma sinopse, definindo o tipo do protagonista e, opcionalmente, indicando o ator que você tinha em mente quando escreveu a história.

Desse ponto em diante, produtores cadastrados no site podem, mediante pagamento ao Greenwriter, vasculhar a base de dados e, caso encontrem o que desejam, fazem o download do roteiro para avaliação e posterior contato com o autor.

Além disso, o Greenwriter, como o próprio nome indica, tem um cunho sustentável. Segundo a home do site, anualmente são impressas 180 milhões de folhas de roteiros nos Estados Unidos e o objetivo deles é, em seis meses, reduzir esse número pela metade.

Nem preciso dizer que o roteiro tem que estar escrito/traduzido em inglês, né? Primeiro porque não sei se a WGA aceita textos escritos em outros idiomas (embora aceite textos de autores que não sejam americanos). Segundo porque o texto em inglês vai atingir um número muito maior de leitores.

Como eu disse lá em cima, em TEORIA, a idéia é bacana e funcionaria muito bem. O fato de exigirem o registro na WGA também denota idoneidade. Além disso, quem paga pelo serviço são apenas os produtores interessados em novos talentos, e não o roteirista morto de fome.

Mas é aquela história: se por um lado o serviço poderia encurtar o caminho para muitos estrangeiros que querem se arriscar em Hollywood e não sabem como, é fato notório e conhecido que a preferência da indústria, por diversas razões, sempre vai ser dos nativos.

Detalhe inconveniente: tentei acessar o site - que é bem simples - de vários browsers, em dois sistemas operacionais, mas, por incrível que pareça (ou não), o que melhor renderiza a página é o Opera.

EM TEMPO: uma observação que me esqueci de fazer é que nos states a idéia de "bancos de roteiros" é até bem comum, mas normalmente quem paga é o autor e poucos desses serviços trazem algum benefício concreto (fora as picaretagens mil).

sábado, 23 de junho de 2007

TEXT BLOCK WRITER



Uma ferramentinha que tenho instalada aqui há certo tempo mas para a qual nunca dei muita bola, até o início desta semana.

O Text Block Writer é um "organizador de idéias" que trabalha com cartões virtuais. Ao primeiro contato pode parecer estranho mas é um programa bem simples e amistoso. Ele também consegue exportar o conteúdo dos cartões (mas, na forma de uma lista).

O TBW é freeware, mas existe uma versão Pro que sai por 49 dólares. No meu caso, a versão free tá de bom tamanho.

Recomendo.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

JUNTANDO PALAVRAS

Depois de testar e experimentar duzentos mil softwares gratuitos (ou semi-gratuitos) para formatação de roteiros, vamos às considerações sobre os dois que resistiram à prova dos nove.
O primeiro foi o SCRIPTBUDDY, do qual já falei uns posts atrás. Mas como eu sei que você não vai se dar ao trabalho de acionar a barra de rolagem, recapitulemos: o Scriptbuddy é um software web-based, ou seja, não é necessário que você instale nada em seu computador, em contrapartida, a máquina na qual cê vai trabalhar tem que estar conectada à internet.
Fuçando melhor, descobri que a festa não é tão divertida e existem duas versões, a Free e a Pro, que faz com que ele caia na categoria dos semi-gratuitos.
Os recursos do pacote Pro, que é pago, com planos trimestrais, semestrais ou anuais (o plano anual sai por 49,50 US$), são a opção para exportar o roteiro para um arquivo.pdf, o corretor gramatical (não confirmei, mas presumo que seja só para o inglês), a tela livre de anúncios, e também a inclusão automática de novos recursos que vierem a ser disponibilizados no futuro.
Mas, então dá pra fazer alguma coisa no Free?
Dá. Só não espere muito.
Como a única opção de exportação é para PDF, que só está disponível na versão Pro, a única maneira de você ter seu roteiro em mãos é imprimindo direto do site, mas aí existe o problema – levantado pelo próprio site - de que podem haver diferenças de visualização entre um navegador e outro, então há a possibilidade de que o roteiro saia ligeiramente diferente do que aparece na tela, a despeito deles afirmarem a toda hora que o software é WYSIWYG, What You See Is What You Get, algo como, “o que você vê é o que você vai ter”, referindo-se justamente ao fato de que não haverão diferenças entre o que se visualiza na tela e o que se imprime. Achou estranho? Eu também.
Não, malandrinhos, nem pensem no bom e velho ctrl+c, ctrl+v. Por quê?
Porque você vai copiar um texto gerado em html, com zilhões de botões ocultos. E se você copiar prum editor de texto mais parrudo (como o Word, o OpenOffice Writer o ou Abiword), que aguenta html, virão de brinde células e mais células, só para aumentar sua dor de cabeça. E, óbvio, sua formatação vai pras trevas.
Quanto ao software em si, bem, a interface é meio pela-saco no começo, mas você acaba se acostumando. Tem tudo o que é necessário para a escrita do roteiro, e a formatação é toda automática. Se você, por exemplo, escreve um cabeçalho com letra minúscula, quando surgir na tela, será em letra maiúscula. Contudo, você tem que criar o personagem num campo específico antes de escrever algum diálogo com ele.
Também tem o lance de não haver como mudar os itens do cabeçalho, então, cê vai sempre ter que escrever DAY ao invés de DIA, por exemplo.
Além disso, há a janelinha de anúncios, que, sei lá por que, nunca veiculou nenhum enquanto eu estava utilizando o software.
Mas, o grande problema, a meu ver, é que a interface (ou workstation, como eles chamam) é baseada em caixas de diálogo que demoooooooram para abrir e fechar caso sua conexão esteja lenta. E estou falando de conexão banda-larga. Nem imagino a velocidade disso numa conexão discada.
Pra não dizerem que tô só marretando a parada, existe a vantagem evidente de se poder acessar o trampo de qualquer lugar do mundo. Mas não sei se existe a opção de compartilhamento de arquivo. Acho que não.
A conclusão é que, a menos que você queira pagar os quase 50 dólares de assinatura, não passa de uma curiosidade interessante.
(mesmo pagando, acho que não passa disso).


No outro canto do ringue, temos o CELTX, esse sim filha-da-puta de bom.
Pra começar, é totalmente free. E opensource. E é disponibilizado também em português.
O Celtx funciona da maneira clássica: você baixa o programa e instala na sua máquina.
A interface é bem intuitiva, e, como disse um membro de uma comunidade no orkut, “quando você acha que é aquilo, é aquilo mesmo”.
O programa conta com dois editores de texto: um principal, específico para roteiros, com todas as opções de formatação, e outro, para textos planos. O editor de textos planos já é bem interessante, porque possui alguns recursos que lhe tirariam da categoria básico.
Além disso, existem ferramentas para a descrição de personagens, cenas, figurino, objeto de cena, locações, etc.
Uma vez que a interface é baseada em guias, fica muito fácil administrar toda essa informação, sendo que é possível ter vários documentos abertos ao mesmo tempo, na mesma janela.
Na janela principal também existe um pequeno navegador, onde, além de se poder manipular todos os arquivos gerados dentro do programa, também é possível criar hiperlinks para sites ou arquivos dentro do computador.
O programa foi criado como um software para pré-produção, então conta com outros recursos, como a elaboração de cronogramas.
Existem opções de importação e exportação. Para importar, por enquanto, só arquivos em .txt. A opção de exportação já é um pouco mais generosa, e o roteiro pode ser convertido para .txt, .html ou .pdf.
Uma curiosidade – e o grande defeito do Celtx, a meu ver – é que a exportação para .pdf é do tipo server-side. O arquivo é enviado ao servidor do Celtx, é convertido lá e então devolvido. Isso gerou uma certa polêmica no fórum oficial, por conta da nóia de algumas pessoas com supostas brechas no procedimento que comprometeriam a privacidade da operação.
Eu também acho que é uma bunda-molice, mas por outro motivo: nem sempre existe uma conexão disponível. De qualquer maneira, deve haver motivos técnicos, e se você é paranóico o bastante para achar que seu roteiro vai ser roubado, existem opções para driblar isso. Exporta-se para .txt ou .html e converte-se para pdf com o auxílio de outro software qualquer, offline. Na verdade, você vai ter que dar uma corrigida aqui e ali. Mas nada que vá consumir muito tempo.
E é possível exportar somente documentos criados no editor de roteiros. Mas, no caso de algum documento gerado no editor de textos planos, um copiar/colar funciona muito bem.
Também há um modo de colaboração online. Mas tem que fazer o upload do projeto pro servidor dos caras.
Concluindo: como disse antes, o único defeito, a meu ver, é a conversão para pdf. De resto, tá de muitíssimo bom tamanho.

domingo, 10 de setembro de 2006

WRITELY

Acho que estou ficando repetitivo, mas passei esse fim de semana fuçando na rede à cata de novas ferramentas que pudesse utilizar no meu passatempo predileto. E encontrei mais uma.
O WRITELY é um editor de texto bem bacaninha, também web-based. Recapitulando: não necessita instalar no seu micro, mas necessita que o micro onde você está trabalhando esteja conectado à internet.
O WRITELY só trabalha com arquivos HTML, mas tem diversas opções de importação/exportação (.rtf, .pdf *, .doc., .txt e .odf).
Por enquanto está na versão beta, e até pouco tempo atrás exigia convite, mas agora a associação é livre. Num futuro próximo algumas funções (como a exportação para PDF) só estarão disponíveis a usuários que migrarem para o modo pago, mas as funções principais continuam habilitadas para quem tem contas gratuitas.
O que me chamou a atenção foi o modo de co-edição online, onde duas ou mais pessoas podem editar o documento ao mesmo tempo. Isso me deu algumas idéias. Alguém aí tá lendo MARRETA?
P.S.: através das minhas andanças pela internet atrás dessas traquitanas virtuais, acabei esbarrando neste blog, que versa sobre o tema e é muito bacana.