Já falei de LIBRA por aqui, antes. E esse post é particularmente esclarecedor.
Se você está com preguiça de ler velharia, recapitulo:
A idéia surgiu em 2005. LIBRA seria uma série de pequenas hqs de oito páginas, com histórias auto-contidas mas interligadas. Escrevi três roteiros (que hoje acho constrangedores), esbocei mais uns, e fiz o outline da série. Os roteiros passaram pelas mãos de três desenhistas, sendo que um deles chegou a fazer uns model sheets dos personagens e esboçar as primeiras páginas do primeiro capítulo. Como tudo em minha vida que envolve a feitura de quadrinhos - com raras exceções - não dá certo, o projeto acabou engavetado.
Depois, num arroubo de empolgação, decidi espremer tudo num roteiro de cinema para um filme de uma hora e meia. Escrevi trinta páginas. Então me dei conta de que, se para (não) produzir uma hq de oito páginas já tinha sido um verdadeiro parto, o que dizer de um filme. Engavetei.
O problema era que a história falava alto. Ficava cochichando nos meus ouvidos. Não me deixava dormir. Não me deixava em paz.
E só havia uma maneira, a meu alcance, de dar vazão a isso: a prosa. Mais uma vez, tentei dar sequência na história de Ramiro, Matilda e companhia. Juntei todo o material e comecei a castigar as teclinhas pretas. Saiu um capítulo. Depois outro. E parou. Por motivos que não vêm ao caso, deixei o material de lado.
Mas é aquela história. Recentemente a coceira recomeçou e me vi pensando em lugares, cenas, personagens, etc et al.
Decidi TENTAR (notem a caixa-alta), a partir do ano que vem, escrever um capítulo disso por mês. Para um wannabe normal, acho que não seria tão difícil assim desovar umas três mil palavras a cada trinta dias. Mas, para mim...
Obviamente, esse trabalho vai correr em paralelo com as outras coisas que pretendo publicar (com uma periodicidade menor) no TXT.
A idéia não é postar a história, capítulo a capítulo, mas dar ao leitor um vislumbre da coisa toda. Um capítulo aqui. Um perfil de personagem ali. Um excerto acolá. Uma idéia sendo considerada. Uma notícia. Uma notinha. Um comentário. Um link. Sei lá.
Enfim um, com o perdão do trocadilho, livro aberto (pero no mucho).
LÍNGUAS MORTAS, o primeiro capítulo, está repleto de erros e incongruências. Mas é um esboço , um rascunho, e até o fim da história, muita coisa pode e deve mudar. Como sempre, conto com a opinião de vocês.
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