terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Está lá.

Dia desses, num momento ocioso, dei uma espremida no teclado e
consegui arrancar NÃO ATENDA!, histórinha despretensiosa que preencheu
exatamente uma página de texto no meu editor de textos.

E que você pode ler, caso ainda não saiba, em:

http://txt.blogsome.com

O primeiro que me disser que "não há conflito" perde dez pontos.

NÃO ATENDA!

Márcio Massula Jr.

Há seis meses, quando meu marido viajou a trabalho, ele, logo que chegou em seu destino, uma cidadezinha perdida no interior da África (da qual não me recordo o nome), me ligou e disse:

- Se o telefone tocar às onze e cinquenta e três da manhã, não atenda! Pegue as crianças e saia de casa imediatamente.

E então desligou. Fiquei confusa, claro. Mas não houve nenhuma ligação às onze e cinquenta e três da manhã. Ele ligou no outro dia, como se nada tivesse acontecido. Falou-me sobre a cidade, sobre os costumes do povo, sobre a comida, sobre o clima e sobre mais um punhado de amenidades que agora não me ocorrem. Falamo-nos por muito tempo (era sempre assim, começávamos com ligações extensas que iam diminuindo gradativamente à media em que se aproximava a data de sua volta) até que, quando meu “eu te amo” já estava na ponta da língua, ele disse:

- Querida, se o telefone tocar às onze e cinquenta e três da manhã, não atenda! Pegue as crianças e saia de casa imediatamente. Te amo. Tchau!

E então desligou.

Minha rotina continuou a mesma. Meu marido não era muito de ligar quando estava longe de casa, mas sempre fazia questão de afirmar que sabia que estávamos bem. E eu sempre acreditei nisso.

Um dia o telefone tocou. Atendi e só pude ouvir um chiado bem leve do outro lado. Disse alô algumas vezes, com um pingo de esperança de que fosse uma ligação intercontinental, mas a única resposta que tive foi um ligeiro aumento no volume do chiado, que ficou, não sei, modulado? Sincopado? Harmônico? Cheguei mesmo a pensar ter entendido uma palavra entre o ruído, mas desliguei.

Olhei para o relógio.

Eram onze e cinquenta e três.

Sem mais nem menos, a casa começou a vibrar inteira, a louça em uníssono com as paredes, a mobília em harmonia com os eletrodomésticos. Tirei as crianças lá de dentro, como meu marido disse. Quando saímos, os vizinhos já se agrupavam em frente à nossa casa. Olhamos para o céu e uma coisa que eu só posso descrever como uma moeda gigante (de um Real, pois as bordas diferiam do centro) pairava sobre nossa casa. Depois surgiu outra, um pouco além, sobre outra casa da rua. E mais outra. E mais outra. E mais outra, até que a visão de moedas gigantes flutuando sobre as residências de pessoas de bem se perdessem no horizonte.

Uma a uma, as maravilhosas telhas coloniais bolivianas que estamos pagando até hoje começaram a se desprender do teto em direção ao centro da moeda, como se estivessem caindo ao contrário. Depois foi o teto inteiro, seguido pela caixa d’água, a laje, o meu guarda-roupas, o computador das crianças, brinquedos, roupas, uma parte da escada que levava ao segundo andar e, por fim, o restante da casa, já reduzido a um monte de pedaços indefinidos de concreto, madeira, plástico e vidro. Nossa casa foi sugada por um disco voador.

Então, o único objeto que consegui salvar de dentro da casa começou a vibrar dentro do bolso da minha camisa, no lado esquerdo do peito, próximo ao coração. Era um número estranho. Atendi. Era o meu marido.

- Porra, benzinho! Eu disse que era para não atender!

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

E JÁ QUE ESTAMOS AQUI...

Desejei Feliz Natal pra vocês?

Não?

Então, Feliz Natal, pô!

JUST 1 PAGE

Depois de vários meses, finalmente tenho em mãos a edição 4 da JUST 1 PAGE, coletânea temática britânica de hqs com fins beneficientes, publicada todo ano, e invadida pela brasileirada nesta edição, da qual falei muito por aqui (ou por aqui, não me lembro) tempos atrás. Como não poderia deixar de ser, em ano de Copa do Mundo o assunto foi... futebol + quadrinhos.
Minha contribuição, ao lado do Antonio, foi KABBALAH FOOTBALL CLUB, que pode ser “lida” aqui (clica na lupa “All sizes” para ver maior).
Como toda boa coletânea, a qualidade dos trabalhos vai do sofrível ao sublime, mas como a J1P é um projeto de caridade, vale mais a boa-vontade dos envolvidos (que fizeram e que compraram) que qualquer linha editorial.
E, deixando de lado quaisquer considerações de cunho ético e/ou subjetivo de lado, a qualidade gráfica da revista ficou bacana, sabe?

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

O CUBO MÁGICO DE GONDRY

Aqui, Michel Gondry, diretor de BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS, resolvendo um Cubo de Rubick (conhecido carinhosamente por nós como Cubo Mágico) com os PÉS, em menos de DOIS minutos.
E aqui, um outro vídeo que mostra como ele realmente cometeu a proeza.
Legal.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

EMAIL NELES!

Tá, eu sei que devo estar ficando chato e repetitivo (sinal dos tempos?), mas o assunto interessa a todo mundo.

Aqui, alguém que levou às vias de fato a indignação que muita gente.

E lá no fim do post, a lista com os nomes, legendas e E-MAILS de todos os parlamentares que foram a favor do roub... quer dizer, do aumento salarial concedido a si mesmos. Interessante ver que, na hora de meter a mão, os alinhamentos políticos antípodas caem por terra e todo mundo fala a mesma língua: a do dinheiro (público).

Lembro que nessa eleição havia uma propaganda que afirmava que os políticos eram FUNCIONÁRIOS da população. Eu bem que queria trabalhar numa empresa dessas, viu?

A lista, a propósito:

Aldo Rebelo (PC do B-SP):
dep.aldorebelo@camara.gov.br
Renan Calheiros (PMDB-AL):
renan.calheiros@senador.gov.br
Ciro Nogueira (PP-PI):
dep.cironogueira@camara.gov.br
Jorge Alberto (PMDB-SE):
dep.jorgealberto@camara.gov.br
Luciano Castro (PL-RR):
dep.lucianocastro@camara.gov. br
José Múcio (PTB-PE):
dep.josemuciomonteiro@camara.gov.br
Wilson Santiago (PMDB-PB):
dep.wilsonsantiago@camara.gov.br
Miro Teixeira (PDT-RJ):
dep.miroteixeira@camara.gov.br
Sandra Rosado (PSB-RN):
dep.sandrarosado@camara.gov.br
Colbert Martins (PPS-BA):
colbertmartins@camara.gov.br
Bismarck Maia (PSDB-CE):
dep.bismarckmaia@camara.gov.br
Rodrigo Maia (PFL-RJ):
dep.rodrigomaia@camara.gov.br
José Carlos Aleluia (PFL-BA):
dep.josecarlosaleluia@camara.gov.br
Sandro Mabel (PL-GO):
dep.sandromabel@camara.gov.br
Givaldo Carimbão (PSB-AL):
dep.givaldocarimbao@camara.gov.br
Arlindo Chinaglia (PT-SP):
dep.arlindochinaglia@camara.gov.br
Inácio Arruda (PC do B-CE):
dep.inacioarruda@camara.gov.br
Carlos Willian (PTC-MG):
dep.carloswillian@camara.gov.br
Mário Heringer (PDT-MG):
dep.marioheringer@camara.gov.br
Inocêncio Oliveira (PL-PE):
dep.inocenciooliveira@camara.gov.br
Demóstenes Torres (PFL-GO):
demostenes.torres@senador.gov.br
Efraim Moraes (PFL-PB):
efraim.morais@senador.gov.br
Tião Viana (PT-AC):
tiao.viana@senador.gov.br
Ney Suassuna (PMDB-PB):
neysuassun@senador.gov.br
Benedito de Lira (PL-AL):
dep.beneditodelira@camara.gov.br
Ideli Salvatti (PT-SC):
ideli.salvatti@senadora.gov.br
Vão lá, pessoal, e encham as caixas postais desse pessoal de mensagens. E caso você também for boicotar o filme TURISTAS, esta pode ser uma ótima oportunidade para conseguir correligionários, não? ;-)

sábado, 16 de dezembro de 2006

O PIOR DO BRASIL É O BRASILEIRO

Gente, onde estão as correntes de email agora?
Acho estranho que as mesmas pessoas que afirmavam zelar pela boa imagem desse nosso Brasil varonil lá fora, que me chamaram de americanizado (e de coisas menos singelas) - porque, em tom de pilhéria, disse que não ia boicotar o filme TURISTAS nem repassar a tal mensagem que circulou por aí-, que soltaram fogo pelas ventas por causa de um filmeco de terceira, até agora não me mandaram nenhuma mensagem comentando o aumento abusivo (eu diria até extorsivo) que os nossos ilustríssimos deputados federais concederam a si mesmos nesta semana.
Isso só comprova que a massa acéfala que faz crescer esse tipo de “movimento”:
a) não tem a mínima noção do que se passa um palmo à sua frente.
b) não lê as mensagens antes de reencaminhá-las.
c) se lê, não reflete sobre a validade do que estão prestes a fazer.
Mas, acho que é mais fácil estar em dia com seus... aham!... deveres cívicos selecionando todos os contatos do catálogo de endereços apertando o fwd do que digitar duas linhas no corpo da mesma mensagem que vão enviar, não é?

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

DEPUTADOS FEDERAIS AUMENTAM OS PRÓPRIOS SALÁRIOS EM 91%

E passam a embolsar aproximadamente 24.000 R$.

Cês não têm vergonha na cara mesmo, né rapaziada?

Que lástima.

(Alguém aí conhece alguma dimensão paralela pertinho daqui?)

sábado, 9 de dezembro de 2006

EDITAL PETROBRAS.

O Edital do Programa Petrobras de Cultura tem uma novidade este ano: a categoria CRIAÇÃO LITERÁRIA.
Só um adendo: o regulamento é bem específico e as inscrições só valem para quem já teve um livro publicado “oficialmente”, ou seja, com ISBN. Diletantes, como eu, estão fora do páreo, por enquanto.
As inscrições vão até dia 31/01/07.

TURISTAS 2 – A MISSÃO

Normalmente deixo esse tipo de coisa passar batido e me contento em siplesmente apagar as mensagens mas ontem, após a enxurrade de e-mails conclamando todos a boicotarem o filme TURISTAS - devido a meu mood atual, acho - não consegui me conter e respondi alguns (com cópia para todo mundo, como manda o figurino). Hoje começaram a chegar os hate-mails.
Engraçado como a retórica da oposição costuma se resumir a um grupo de vocábulos que costuma gravitar em torno de variações do “vai tomar no cú, seu americanizado vendido desgraçado!”. E como após a réplica, essas mesmas pessoas costumam desaparecer no limbo da internet.
Fico pensando se eu vivo numa realidade paralela, onde as pessoas realmente acreditam que um filmeco barato de terror vai queimar MAIS o filme do país do que os próprios brasileiros. Uma realidade paralela onde o resto do mundo NÃO sabe que a maior cidade do país ficou paralisada alguns dias por causa de uma organização criminosa, onde se executam policiais (e bombeiros!) a luz do dia, onde magistrados que executam seguranças de supermercado em frente à câmeras de segurança são punidos com aposentadorias milionárias enquanto mulheres que roubam um pote de manteiga por desespero pegam cana grossa, onde a corrupção dos políticos chega a ser tão escandalosa que passa a ser cômica (ou, melhor, tragicômica), onde é possível se encontrar, sem procurar muito, tudo quanto é tipo de mazela social imaginável e inimaginável (incluindo aí, tráfico de órgãos).
Como eu acho que eu NÃO vivo nesse mundo paralelo e o restante do planeta também sabe o que se passa por aqui, acho que um filme trash é o menor dos nossos problemas no que diz respeito à manutenção da nossa imagem junto à comunidade internacional.
Além do que, toda essa campanha de boicote está é dando mais uma prova de sua visão limitada dos seus partidários, fazendo uma puta publicidade para o filme.
Aos boicotadores: discordem, esperneiem, mas sejam elegantes.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

TURISTAS

Um colega em uma lista de discussão enviou para lá o texto deste post, que Rodrigo Constantino colocou em seu blog, acerca do oba-oba desmesurado sobre o filme TURISTAS, que estréia por aqui ano que vem.
Concordo com o Rodrigo.
Isso me lembra o alvoroço que alguns leitore fizeram por causa de um pequeno trecho – que, se não me falha a memória, não passava de um parágrafo – aludindo a satanistas brasileiros ou algo assim no último livro de William Gibson, RECONHECIMENTO DE PADRÕES. Ou então, num episódio mais famoso ainda, que foi aquele dos Simpsons no Brasil.
Situação pífia.
UPDATE: pouco após postar as linhas acima, comecei a receber os tais e-mails convocando a nação brasileira a boicotar o filme. Como disse, situação pífia.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

JOACY JAMIS

Sei lá porque o Blogger não está permitindo a edição do post que está logo atrás, então estou colocando a notícia aqui:

a informação a respeito da morte de Joacy Jamis, que postei aqui ontem, está incorreta. O blog do Universo HQ noticiou hoje (07/12/2006) que ele está em estado gravíssimo, mas vivo.

COMICSPACE

Sei lá onde eu vi isso, mas, dizem alguns, é o "myspace dos quadrinhos".

É claro que já estou lá.

COMICSPACE

Sei lá onde eu vi isso mas, dizem alguns, é o "myspace dos quadrinhos".

É claro que já estou lá.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

ANARCOS

Descobri outra “blogovela”, nos mesmos moldes de A CASA CAIU (o primeiro capítulo, inclusive, é muito parecido em termos de imagem), só que, desta vez, a produção é venezuelana. Nem preciso dizer de onde roubei a notícia, né?

O SHOW DEVE CONTINUAR

Esse filme (ALL THAT JAZZ, no original) era a última coisa que eu esperaria ver exibido numa viagem de ônibus, onde o conteúdo programático costuma ser, digamos, mais familiar. Nunca tinha ouvido falar até então, mas já entrou na minha lista de preferidos. Embora seja, a princípio, classificado como musical, acho que vai além disso. Metalinguagem e montagem modernosa para a época. E o mais engraçado é que achei que o filme fosse mais recente. Dei uma olhada no IMDB agora e, ao contrário do que pensei, foi feito na década de 70 mesmo. Não teria chamado minha atenção anos atrás, mas as pessoas mudam, sabe como é. Se puder, assista.

UMA COISA LEVA À OUTRA

Trocando e-mails com um amigo hoje, me lembrei de uma coisa.
Tempos atrás, não me pergunte como, botei minhas mãos em alguns episódios da série GUINEA PIG, que, reza a lenda, teve um dos seus episódios (que, além do fato de terem sido produzidos pela mesma empresa, nada têm em comum) confundido com um snuff pelo ator Charlie Sheen, o que gerou, inclusive, investigações do FBI, muitos anos atrás. Gogleia aí que cê vai saber mais.
Pouco tempo atrás, comprei PANORAMA DO INFERNO, mangá de terror que deve ter feito muito otaku ter se mijado todo na década de 80, quando foi lançado, mas que hoje não me soa lá tão horrível assim. Descobri, para minha surpresa, que Hideshi Hino, autor do mangá, também foi o diretor do episódio 2 dos GUINEA, Flower of Flesh and Blood (Chiniku no hana, no original), o mais podrão dos que eu assisti.
E, neste sábado, numa noite de insônia num hotel que me fez passar muita raiva, acabei assistindo o programa ALTAS HORAS, onde o ator Caio Blatt revelou ao cantor Fábio Junior a intenção de fazer uma possível adaptação cinematográfica – com a participação do segundo - de um conto extraído do livro OU CLAVÍCULAS, de Cristiano Baldi. O nome do conto? Fábio Junior. Eu tenho esse livro e já li, mas não tenho nem vaga lembrança da história. Tá ali na estante. Pensei em reler. Quem sabe...

FALECEU JOACY JAMIS.

Fiquei sabendo agora há pouco que faleceu o quadrinista brasileiro JOACY JAMIS, mantenedor de um site bastante elogiado e bem conhecido no meio.

Embora não fosse íntimo do Joacy, esbarrei com ele por estas listas de discussão da vida várias vezes, e tenho aqui algumas hqs de sua lavra.

Uma pena, realmente.

Deixo aqui registrados meus pêsames.

EM TEMPO: a notícia que dei acima está incorreta. O blog do Universo HQ noticiou hoje (07/12/2006) que o Joacy está em estado gravíssimo, mas vivo.

FALECEU JOACY JAMIS

Fiquei sabendo agora há pouco que faleceu o quadrinista brasileiro JOACY JAMIS, mantenedor de um site bastante elogiado e bem conhecido no meio.

Embora não fosse íntimo do Joacy, esbarrei com ele por estas listas de discussão da vida várias vezes, e tenho aqui algumas hqs de sua lavra.

Uma pena, realmente.

Deixo aqui registrados meus pêsames.

93

93. Essse foi o número de páginas finalizadas de roteiros para hq que consegui escrever neste ano de 2006, até agora. Nada mal. Quero dizer, nada mal para os meus padrões, veja bem. Isso dá uma média de 1 página a cada quatro dias (quando minha média ideal seriam 4 páginas por dia), mas, para quem já vinha andando totalmente desanimado com o meio, até que foi uma boa contagem.

Desse montante, 56 (48+8) foram desenvolvidas dentro de um universo alheio. Escrevi um álbum nos moldes europeus (do qual já devo ter falado en passant por aqui), e não gostei do resultado final. Resolvi deixar na geladeira antes de entrar na fase do “cortar/modificar”, mas gostei o suficiente de um dos personagens que iam dançar na reescritura para resgatá-lo e fazer uma hqzinha de 8 páginas protagonizada por ele. Infelizmente, parece que o material não despertou muita atenção de quem deveria, então, foram 56 páginas para a lixeira. Ou não. Lei de Lavoisier, já ouviram falar?

5 foram uma hqzinha de terror/humor negro pra uma coletânea temática que nunca deve dar o ar da graça.

Outras 16 foram os capítulos 2 e 3 de LIBRA, série da qual vocês já devem estar carecas de saber. O capítulo 1 foi escrito ano passado.

E, por fim, as 16 últimas são para uma idéia que ressucitei essa semana. Tá, eu sei que alguns posts atrás disse que iria perder menos tempo fazendo roteiros, e que, com exceção de LIBRA, largaria mão disso. Mas, sabem como é, os dedos coçam, as sinapses estalam e lá vamos nós. Além disso, não é uma idéia nova. Foi algo que burilei por um bom tempo no ano passado e, por motivos variados, acabei deixando de lado. A grande mudança foi que acabei espremendo em 16 páginas o que teria sido originalmente pensado para preencher 30. Preciso revisar, e o desafio agora vai ser deixar tudo coerente e interessante.

Deu até vontade de dar um gás por aqui e escrever o quarto capítulo de LIBRA, pra fechar o ano em 101. Quem sabe?

Nem preciso dizer que até agora nenhuma desses textos viu a ponta de um lápis. LIBRA está sendo desenhada, mas o Leal está fazendo o capítulo 1, que não entra nesta contagem.

Ao que parece, continuarei esmurrando pontas de faca por aqui.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

93

93. Essse foi o número de páginas finalizadas de roteiros para hq que consegui escrever neste ano de 2006, até agora. Nada mal. Quero dizer, nada mal para os meus padrões, veja bem. Isso dá uma média de 1 página a cada quatro dias (quando minha média ideal seriam 4 páginas por dia), mas, para quem já vinha andando totalmente desanimado com o meio, até que foi uma boa contagem.
Desse montante, 56 (48+8) foram desenvolvidas dentro de um universo alheio. Escrevi um álbum nos moldes europeus (do qual já devo ter falado en passant por aqui), e não gostei do resultado final. Resolvi deixar na geladeira antes de entrar na fase do “cortar/modificar”, mas gostei o suficiente de um dos personagens que iam dançar na reescritura para resgatá-lo e fazer uma hqzinha de 8 páginas protagonizada por ele. Infelizmente, parece que o material não despertou muita atenção de quem deveria, então, foram 56 páginas para a lixeira. Ou não. Lei de Lavoisier, já ouviram falar?
5 foram uma hqzinha de terror/humor negro pra uma coletânea temática que nunca deve dar o ar da graça.
Outras 16 foram os capítulos 2 e 3 de LIBRA, série da qual vocês já devem estar carecas de saber. O capítulo 1 foi escrito ano passado.
E, por fim, as 16 últimas são para uma idéia que ressucitei essa semana. Tá, eu sei que alguns posts atrás disse que iria perder menos tempo fazendo roteiros, e que, com exceção de LIBRA, largaria mão disso. Mas, sabem como é, os dedos coçam, as sinapses estalam e lá vamos nós. Além disso, não é uma idéia nova. Foi algo que burilei por um bom tempo no ano passado e, por motivos variados, acabei deixando de lado. A grande mudança foi que acabei espremendo em 16 páginas o que teria sido originalmente pensado para preencher 30. Preciso revisar, e o desafio agora vai ser deixar tudo coerente e interessante.
Deu até vontade de dar um gás por aqui e escrever o quarto capítulo de LIBRA, pra fechar o ano em 101. Quem sabe?
Nem preciso dizer que até agora nenhuma desses textos viu a ponta de um lápis. LIBRA está sendo desenhada, mas o Leal está fazendo o capítulo 1, que não entra nesta contagem.
Ao que parece, continuarei esmurrando pontas de faca por aqui.

CAFUNÉ

Para mim, CAFUNÉ já teria seus méritos só por ter me feito voltar às redes de P2P. Nada contra, mas não tenho muito saco de ficar pendurado na rede, rezando pela boa vontade do meu interservidor ser maior do que minha paciência e ele não me kickar por que meu “rate” - ou seja lá qual for o nome do sistema classificatório hoje em dia - não está de acordo com o que ele acredita ser o ideal. Enfim.
CAFUNÉ é um filme do diretor Bruno Vianna, que filmou tudo com recursos do governo. E, segundo o diretor, se o filme foi feito com dinheiro do povo, nada mais lógico do que liberá-lo de graça na internet. Ou, quase isso. Na verdade, ele liberou uma versão alternativa, com o final diferente da que foi exibida nos cinemas. Mas não foi só isso. Ele também liberou uma versão extendida, com várias cenas que não entrarm na edição final, para que o público pudesse – desde que dispusesse de conhecimento e recursos técnicos – montar sua própria versão.
Virou meu herói, Bruno.
E eu ainda nem assisti o filme.
Mais detalhes aqui. Leia até o final porque vale a pena
E aqui, o site do filme.