Nunca fui muito com a cara do gedit (assim, com minúsculas mesmo), pelo fato dele não estar nem lá, nem cá: acho ele pesado demais para trabalhos leves, e leve demais para trabalhos pesados.
Até que numa instalação limpa, funciona a contento, mas basta habilitar alguns plugins, que na minha opinião já deviam ser features, e o negócio desanda.
[Se você não faz a mínima idéia do que estou falando, imagine que o gedit é uma versão anabolizada do Bloco de Notas, do Windows]
Para muita gente essas diferenças de performance não fazem, hmmm..., diferença, mas, para mim, que passo boa parte do dia editando textos, tanto em casa quanto no trabalho, o buraco é mais embaixo.
Tudo o que eu escrevo nasce em arquivos .txt (achou que a epígrafe do blog fosse só pedantismo barato, né?), que depois é finalizado em outro programa/webapp. Emails, tópicos em fóruns, posts para blogs, roteiros, contos, relatórios, números de telefone, notas e seja lá mais o que for.
Talvez seja um resquício pavloviano de uma época em que a internet era bem mais instável, e uma conexão perdida era igual a um monte de trabalho perdido.
Pode parecer contraproducente para alguns, mas para mim é assim que funciona.
E me dá uma certa agonia clicar em um arquivo que não tem nem 1KB e esperar alguns segundos até que seu conteúdo surja na minha frente.
Então, no Ubuntu, que é onde passo a maior parte do tempo, uso o Leafpad para coisas rápidas e o Geany (substituído recentemente pelo UEX) para o trabalho pesado. No Windows, o arranjo é parecido, só que com o Bloco de Notas e o PSPad, respectivamente.
[Embora eu até seja capaz de passar uns minutos sem ouvir os beeps malditos do VIM, não conseguiria passar o dia inteiro trabalhando nele. Já tentei, sério. E o Emacs, pelo menos para mim, é carta fora do baralho]
Mas dia desses, olhando mais de perto, vi que, apesar da relativa lentidão, o gedit tem me parecido bem apetitoso quando o assunto é escrever prosa.
Gosto da visualização de impressão dele. Também há um corretor gramatical (meia-boca, mas vá lá). Interface com abas (item que devia ser obrigatório em TODOS os software do universo), snippets, contagem de caracteres e um modo fullscreen, que cai como uma luva para as viúvas do PyRoom (que se recusa a funcionar em máquinas com processadores de 64 bits).
Enfim, achei uma utilidade pra ele e vou experimentar.
Se funcionar, melhor, porque o gedit também está disponível para o Windows, e ferramenta multiplataforma é o que há.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
GEDIT
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
EPIFANIA
Tempos atrás, a Primeira Dama mandou converter algumas fitas de vídeo antigas que tínhamos em casa.
Semana passada, pouco antes de voltar para o exílio, estávamos vendo os DVDs resultantes do processo
A maioria deles continha cenas da vida intra e pós-uterina do Murilo, meu filho mais velho: várias sessões de ultrassonografia, o parto, a primeira mamada, o primeiro banho (com direito à cagada balística em cima do Poodle Satânico) e tudo mais. Enfim, sua chegada ao mundo.
Parece que foi ontem. E, enquanto assistíamos o vídeo, tive uma epifania paterna.
Só então me dei conta de que aquele protótipo de ser humano que víamos na tela, mal conseguindo controlar as próprias articulações, está prestes a iniciar o primeiro ano da escola. A partir de agora, ele vai fazer provas. PROVAS. Pois é. Aquele pedacinho de joelho agora é capaz de ficar implicando com o tamanho da minha - modéstia a parte - mastodôntica pança, na maior desenvoltura, ao mesmo tempo em que me concede o título de SEGUNDO MELHOR JOGADOR DE PLAYSTATION 2 DO MUNDO (porque o melhor é ele, evidentemente).
Nosso outrora bebezinho agora é um moleque bacana. E daqui algum tempo, será um homem bacana também.
Enquanto isso, os primeiros fiapos brancos despontam nas minhas têmporas.
O tempo passou.
Fiquei com os olhos cheio de lágrimas. Mas não deixei cair nenhuma, porque, cê sabe, homem não chora, né? ;)
Semana passada, pouco antes de voltar para o exílio, estávamos vendo os DVDs resultantes do processo
A maioria deles continha cenas da vida intra e pós-uterina do Murilo, meu filho mais velho: várias sessões de ultrassonografia, o parto, a primeira mamada, o primeiro banho (com direito à cagada balística em cima do Poodle Satânico) e tudo mais. Enfim, sua chegada ao mundo.
Parece que foi ontem. E, enquanto assistíamos o vídeo, tive uma epifania paterna.
Só então me dei conta de que aquele protótipo de ser humano que víamos na tela, mal conseguindo controlar as próprias articulações, está prestes a iniciar o primeiro ano da escola. A partir de agora, ele vai fazer provas. PROVAS. Pois é. Aquele pedacinho de joelho agora é capaz de ficar implicando com o tamanho da minha - modéstia a parte - mastodôntica pança, na maior desenvoltura, ao mesmo tempo em que me concede o título de SEGUNDO MELHOR JOGADOR DE PLAYSTATION 2 DO MUNDO (porque o melhor é ele, evidentemente).
Nosso outrora bebezinho agora é um moleque bacana. E daqui algum tempo, será um homem bacana também.
Enquanto isso, os primeiros fiapos brancos despontam nas minhas têmporas.
O tempo passou.
Fiquei com os olhos cheio de lágrimas. Mas não deixei cair nenhuma, porque, cê sabe, homem não chora, né? ;)
PÁSSAROS ARTIFICIAIS, DE NOVO
Lembra que eu falei de PÁSSAROS ARTIFICIAIS uns tempos atrás?
Pois é. O Diego e o Antonio resolveram criar um blog próprio e irem publicando as páginas aos poucos.
Mais detalhes por lá mesmo.
Vale a pena.
Pois é. O Diego e o Antonio resolveram criar um blog próprio e irem publicando as páginas aos poucos.
Mais detalhes por lá mesmo.
Vale a pena.
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