segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

IMPRESSÕES DE TAUBATÉ – N° 1

Seguindo as sugestão do Jean, começarei.
Se você já passou do peso há muito tempo e costuma transpirar como se estivesse num comercial de Gatorade assim que a temperatura aumenta um grau centígrado, NÃO VENHA para cá.

DOMINGÃO

Domingão é dia de ir almoçar em churrascaria ao som da música tema de Carruagens de Fogo (só no tecladinho) e dar um role pelas Americanas pra ver se tem alguma coisa interessante que pode ser comprada com uma nota de dez reais. Sempre tem. Hoje tinha um monte, no caso, filmes. Mas eu gastei mais de uma rosinha. Por 12,90 achei OLDBOY, um dos filmes que mais me agradou nos últimos anos. Trouxe pra casa outras coisas legais, como Vanilla Sky e A Viagem de Chihiro. Tenho que voltar lá depois.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

VALOR

CAFÉ fica em banho maria até a poeira da mudança assentar. Contudo, a coceira na ponta dos dedos é muita e, meio de brincadeira, desenterrei uma idéia antiga e estou tentando executá-la com um personagem novo (que nem é meu, diga-se). A propósito, é um roteiro. É, eu sei o que disse ano passado, mas ninguém é de ferro, certo? E até por ficar com no máximo 5 páginas, creio que as chances de ver isso desenhado são maiores. Vamos ver se fecho a parada até o fim da semana.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

VOCÊ ESTÁ NA FREQUÊNCIA GLOBAL

Tomei coragem e comprei um smartphone, juntamente com um pacote de dados ilimitado (o que significa daqui para frente, entre outras coisas, menos gibis e lúpulo).
Engraçado que justamente a característica propalada como sendo a grande desvantagem do bichinho é que me atraiu. Na minha área de trabalho, a combinação “celular + câmera” não costuma ser bem vista.
Com o bichinho dá para acessar a grande maioria dos sites que costumo freqüentar (embora não dê para assistir vídeos no Youbute ou ouvir música no Myspace ou no Last.FM), ler responder emails, editar documentos diversos, e a parada ainda serve de modem (embora a conexão seja bem instável).
Agora é juntar dinheiro para o miniSD de 2 Giga...

sábado, 17 de fevereiro de 2007

CELTX 0.99

Já está disponível para download a mais nova versão do Celtx. Vou esperar a versão em português para fazer o upgrade, mas, a princípio, o que mais me chamou a atenção até agora foi o recurso para formatação de roteiros (ou esquetes) para peças de teatro e a ferramenta de manipulação de storyboards. Mais uma vez, recomendo. E não custa nada lembrar, é freeware e opensource.
Baixe aqui.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

TAUBATEXAS, AQUI ESTAMOS NÓS

Já estamos estabelecidos por aqui, pessoal, mas ainda estamos na correria, e sem conexão definitiva, então, continuarei vindo pouco por aqui.
Té!

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

PIOR DO QUE A FICÇÃO

Quando digo que quero me mudar para uma dimensão paralela, todo mundo ri na minha cara.
Mas, o que resta fazer quando o repertório das atrocidades cometidas pelos criminosos brasileiros parece não ter mais fim? Quando incendiar ônibus com pessoas dentro se torna corriqueiro?
Ainda estou passado com este crime, onde assaltantes arrastaram uma CRIANÇA de 6 anos por quinze minutos, não dando a mínima para o que estava acontecendo. Como dizem por aí, cadeia pra esse pessoal é pouco.
Minhas condolências a estes e todos os outros pais que perderam suas crianças pelas mãos da nossa bandidagem covarde e calhorda e das nossas autoridades incompetentes.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

FOMOS PARA CROATAN 2 (OU, TAUBATEXAS CHAINSAW MASSACRE)

Estamos de mudança. De novo.
Depois de muito sangue, suor e lágrimas, conseguimos, a três dias da mudança, alugar uma casa em Taubaté, cidade onde as imobiliárias praticam um tipo de capitalismo diferente do que é feito no resto do mundo, onde se vendem casas que já estão alugadas ou se exige garantias que fariam enrubescer o rei da Jordânia. De qualquer maneira, arrumamos nosso cafofo.
Isso significa que pelo menos nas próximas duas semanas estarei sem internet. Quando restabelecermos as comunicações novamente, dou as caras por aqui.

SUPER

Pegando o vácuo do post anterior, acabei de ler hoje o último capítulo (só o roteiro) da graphic novel de um camarada e, porra, como eu queria ver isto desenhado e publicado.

EDITANDO QUADRINHOS NO BRASIL

Senta que lá vem história.
Como disse ontem, a declaração que o diretor da Pixel, André Forastieri (que já foi um dos donos da Conrad) deu na entrevista ao site UniversoHQ me causou certa estranheza, somando mais um ponto ao já bizarro caso da edição de quadrinhos brasileiros no... Brasil.
Quando digo edição, estou me referindo ao aspecto totalmente profissional do trabalho, excluindo quaisquer publicações feitas na base de camaradagem e/ou de maneira independente. Vou me referir aqui à edição de quadrinhos brasileiros por parte de editoras sedimentadas no mercado, que podem colocar ISBN no produto e, consequentemente, podem disponibilizá-lo em qualquer livraria ou site, e que tem condições de pagar os autores, nem que sejam somente os famélicos e usuais 8-10% de direitos autorais.
Agora me diga você: quantos quadrinhos nacionais publicados nesse regime lhe vêm à cabeça agora?
Poucos, né?
Pois é, também acho.
Na tal entrevista, Forastieri afirma que são poucas as pessoas que mandam trabalhos para as editoras. Será mesmo? Porque na própria comunidade da Pixel no Orkut existe um tópico que fala justamente sobre envio de material, e não me pareceram poucos os que se manifestaram (donde podemos concluir que, seguindo a prática que se observa nos fóruns da internet, existe uma parcela muito maior que NÃO se manifestou, mas deve ter enviado material ou no mínimo se interessado no assunto). Eu mesmo cheguei a enviar material, na época em que ainda era só Ediouro, mas, no meu caso em particular, admito minha parcela de culpa na condenação do meu material ao limbo eterno.
Então, mesmo que poucas pessoas enviem, algumas enviam, certo? E depois?
A meu ver, os três piores defeitos da edição profissional de quadrinhos brasileiros são:
“Só aceitamos material pronto”
Se você costuma vir por aqui de vez em quando ou me conhece pessoalmente, deve saber que eu não consigo desenhar nem uma linha torta. Então, quando disse que enviei material à Ediouro, estava me referindo à roteiros de hq. Em duas outras circunstâncias, quando questionei outras editoras sobre envio de roteiros, a resposta que recebi é que só avaliavam histórias prontas. Conversando com pessoas por aí, é fácil perceber que essa é a regra em quase todas as casas que se prestam a publicar material nacional.
E agora eu pergunto: onde está o trabalho de edição aí, afinal de contas?
Porque, embora eu não queira desmerecer todo o trabalho que dá publicar um livro ou revista nessas condições, não acho que haja *edição*, de fato.
Sinto que as coisas seriam diferentes caso houvesse alguma empresa que estivesse interessada em desenvolver IDÉIAS. Que estivesse interessada em pegar um roteiro, um argumento ou mesmo uma storyline e ver se aquilo dá samba ou não. Que estivesse interessada em avaliar portfolios. Que estivesse interessada em aparar arestas. Que estivesse interessada em unir escritores e artistas. Que estivesse interessada em CRIAR histórias.
A avaliação de material pronto é mais cômoda para a editora, mas será que é a melhor maneira de fazer as coisas caminharem?
Nos países onde existe um mercado real para hqs nacionais, as coisas costumam funcionar um pouco diferente. Mesmo tendo o material todo pronto ou engatilhado, vai-se apresentando a idéia aos poucos. Normalmente envia-se um “pitch”, que é um resumão de tudo o que vai acontecer, mais amostras da arte, talvez as primeiras quatro ou cinco páginas desenhadas. Em cima disso a editora questiona os autores, pede mais amostras, até sentir que a história tem potencial. Só então é dado o sinal verde para a produção. Isso é legal porque economiza tempo e energia dos autores e da editora.
“Envie para nós seu material...”
Oba!
Mas... que material?
Quando há abertura para mandar as “partes” de uma hq, seja o roteiro, sejam os desenhos, não há especificação de como.
Ok, você aceita roteiros, mas, como eu vou enviá-los? Tem que ser em papel, ou posso mandar um pdf para o email da editora? Como ele deve estar formatado? Texto corrido (full script) ou aquelas tabelinhas horrorozas? E os desenhos? Qual o tamanho dos arquivos que devo enviar? Em qual definição? Em qual formato?
Em qualquer site de grande editora estrangeira que aceita material não-solicitado, existe uma parte específica para submissão de material, onde estão detalhados todos os procedimentos, tanto para histórias completas, como para roteiros ou desenhos em separado. A da editora francesa Delcourt é um bom exemplo. Explicações simples (até para meu parcíssimo francês), informação totalmente visual, e instruções também sobre o que NÃO se deve fazer.
Outra coisa que me chama a atenção é a falta de linhas editoriais. Normalmente o argumento “mande pra nós e, se for legal a gente publica” é visto com bons olhos, mas também pode ser um tiro no pé (dos quadrinistas). Sem uma linha editorial definida, os critérios seletivos serão única e exclusivamente os gostos pessoais de quem selecionará as histórias, e de que adianta enviar aquele álbum maneiro de supas que você levou dois anos para fazer se o máximo em quadrinho americano que o editor tolera são os irmãos Hernandez?
“Obrigado por ter enviado seu material, mas...”
A espera e a angústia. Você envia aquela história que fez com tanto carinho e passa a primeira semana checando seus emails à cada 5 minutos, à beira de um colapso nervoso. Se passam duas semanas. Três. Um mês. Dois. Seis. Um ano. E nada. Ninguém te responde. Ninguém lhe dá uma satisfação, nem que seja para dizer que você deve escolher outro meio para expressar suas idéias. Foda, né?
Foi, por exemplo, o caso dos roteiros que enviei para a Ediouro. Foi no fim de 2005, há bem mais de um ano. Sei que pouco tempo depois houve a fusão com a Futuro, que gerou a Pixel, então provavelmente esse material ficou esquecido por lá. Sei também que não apresentei o material (um punhado mal-organizado de roteiros) como deveria, então, no meu caso, mea-culpa. De qualquer maneira, gostaria sim de ter tido uma resposta. Que fosse negativa, mas que me respondessem.
Uma resposta negativa, acompanhada de uma breve descrição dos motivos que levaram aquele material a ser rejeitado fariam muito bem ao(s) autor(es). Serviria de norte para seu trabalho, e lhe daria a escolha de tentar adaptá-lo ao que a editora propõe, ou ir na contramão e continuar fazendo as coisas como gosta, tentando publicá-las em outro lugar.
Para dar um exemplo concreto (mas sem citar nomes), um amigo, em meados do ano passado, enviou uma proposta à Image Comics. Recebeu a resposta em menos de um mês. Não iam publicar o gibi dele, mas explicaram porque, e, consequentemente, evitou-se que ele alimentasse expectativas à toa.
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Depois de tudo o que escrevi, pode ficar parecendo que tenho a maior birra da Pixel, mas não tenho não, viu? Muito pelo contrário. Citei-a várias vezes porque o estopim deste post foi justamente uma entrevista com seus editores, e também por eu mesmo ter enviado material à uma encarnação anterior da editora.
Mas que podiam melhorar a parte de avaliação, ah, podiam.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

VERTIGO, ABC E WILDSTORM NA PIXEL

Nerds do Brasil, regozijai-vos!
André Forastieri, Odair Brás e Cassius Medauar, os três cabeças por trás da Pixel Editora deram uma entrevista ao site Universo HQ ontem, comentando sobre o contrato de exclusividade da editora para distribuir os títulos dos selos alternativos da DC Comics.
Pra quem tem memória de peixe, a Pixel caiu na boca do povo no fim do ano passado, quando ventilou-se pela internet a notícia que eles estavam concorrendo com a Panini Comics pelos direitos de publicarem toda a linha DC no Brasil. No frigir dos ovos, a DC continuou na Panini, mas as negociações com a editora americana renderam outros frutos, no caso, a aquisição de publicar, exclusivamente, um material que estava espalhado por diversas editoras daqui.
Da entrevista, separo alguns pontos que achei interessantes:
1) a publicação de uma revista mix com títulos da Vertigo e da Wildstorm, cujos carros-chefes seriam os títulos Hellblazer e Planetary. Por conseguinte, isso quer dizer que uma parte do novo catálogo da Pixel , que há muito tempo só é encontrado em livrarias e comic shops agora vai voltar a dar as caras nas bancas, a preços mais acessíveis, evidentemente.
Até que não achei estranho juntar materiais de selos diferentes na mesma revista, mesmo porque, guardadas as devidas proporções, os materiais que eles citaram estão próximos tematicamente, e um pouco de diversidade seria bacana. Tudo a um preço convidativo, claro.
Geralmente não sou de ficar implicando com os preços dos quadrinhos. Afinal, vivemos numa sociedade capitalista, e existe velha lei da oferta e da procura: a editora coloca o preço que quiser, mas também só vai comprar quem puder e quiser. Como existem mais variáveis na segunda parte da equação, o bom-senso diz que seria prudente da parte de quem vende tentar facilitar as coisas ao consumidor na parte que lhe compete, o preço. Contudo, da última vez que fui numa loja de quadrinhos, vi um álbum, 100 Balas, se não me engano, que estava beirando os 70 paus, e isso foi meio brochante, já que mostrava a total falta de contato das editoras com o público dos seus materiais. Não vejo sentido em se vender algo num formato luxuosíssimo se não foi publicado originalmente assim.
2) a volta da publicação da série Wild.C.A.T.S, a partir do volume 2, ou talvez, até da fase Alan Moore no volume 1. Mas não são essas as encarnações que me interessam.
O que eu gostaria de ver publicado mesmo seria o volume 3, ou 3.0, gerado pelas mãos do escritor Joe Casey e do desenhista Dustin Nguyen, simplesmente um dos melhores gibis de supas lançados ultimamente. Esta fase da revista foi o motivo de eu passar a prestar atenção nestes personagens e no próprio Casey, que ao lado de Nguyen, extrapolou legal a idéia de pessoas lutando por um mundo melhor.
A premissa da série é que, para melhorar o mundo, os heróis primeiro teriam que dominá-lo. Se o mote não era tão novo assim, o viés que os autores utilizaram foi. O domínio mundial viria através dos produtos high-tech da Corporação Halo, cujo produto principal seria uma pilha infinita. Tudo regado, claro, com muito tiroteio e pancadaria.
Por mim, a Pixel já poderia iniciar a publicação a partir desta fase (que tem pouco a ver com as duas anteriores) que já tava de bom tamanho. Infelizmente, a revista foi cancelada nos states na edição 24, mas até lá rolou muita história.
3) a volta de títulos legais que andavam esquecidos (Invisíveis) e a estréia de alguns já anunciados mas nunca publicados (Promethea).
Pra não dizerem que só elogiei, achei dois trechos da entrevista um pouco estranhos.
O primeiro é quando se comenta sobre a não-publicação de mais autores nacionais. Mas isso vai merecer um post à parte, hoje ou amanhã.
O segundo é, depois de todo o discurso pró-banca/leitor casual (o que significa preços mais baixos), no fim da entrevista, falarem que o futuro estava nas livrarias.

sábado, 3 de fevereiro de 2007

A MÃO QUE CRIA

Tempos atrás postei aqui uma notinha sobre o lançamento de A MÃO QUE CRIA, novela escrita por Octávio Aragão, criador do projeto Intempol®, entre outras coisas.
Pois bem. Ontem terminei a leitura do livrinho. E quando digo livrinho me refiro única e exclusivamente à sua duração, 150 páginas que a gente lê em uma ou duas sentadas, fácil, fácil. Mas, veja bem, o livro é curto, mas não é raso.
O ponto de partida de Octávio é a eleição de Jules Verne para a prefeitura de Paris. Daí em diante, o resto é história. Ou melhor, ficção. Alternativa.
O que tinha tudo para ser um samba-de-criolo-doido, sem pé nem cabeça, acaba sendo uma peça muito bem costurada, com uma história rápida, fluída, que passeia por vários gêneros e acaba criando identidade própria. As referências estão lá, aos borbotões, mas isso não impede que um leitor que as desconheça possa fruir o livro.
Um ponto interessante a se destacar é que a versão original desse texto surgiu como um fanfic do Aquaman, publicado no site Hyperfan, tempos atrás.
O ponto negativo ficou por conta da edição propriamente dita, que veio com algumas informações erradas. O livro que comprei contém um pequeno cartãozinho, com a errata, mas pelo menos uma das datas que estão incorretas ficou de fora.
O site Omelete publicou, recentemente, uma matéria sobre o livro e uma entrevista com o autor, onde são dados mais detalhes sobre o livro e sua futura continuação.
E o livro ainda é baratinho, saindo, em média, por 19 mangos. Demorô, hein!

COMIC SPACE – A MISSÃO

Conforme informação providencial de Mr. Jean Okada, agora finalmente habilitaram o recurso para exposição de galerias no Comic Space, que foi o que atraiu a maioria do pessoal no começo.
Coloquei algumas hqs que eu escrevi . Mais tarde, talvez suba mais alguma coisa.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

RIO BODY COUNT

O Zander pediu para avisar e o nome já é auto-explicativo. Uma das nossas guerras civis, em números.

COMIC JOBZ

O Celso Luiz, camarada de longa data avisou via orkut: existe MAIS uma rede de social network para quadrinistas, chamada COMIC JOBZ.

A idéia é a mesma dos já conhecidos ComicSpace e CreatorCon, contudo, o foco é mais na parte de classificados, ou seja, oferta e procura de trabalho na área. Evidentemente, é trabalho em regime freelancer e é bom tomar sempre tomar cuidado antes de fechar qualquer negócio. E, por enquanto, desista de procurar trabalho na Marvel ou na DC lá, cabeção.
O Omelete publicou uma nota a respeito do site hoje, afirmando que o site tinha mais de trezentos associados e que não havia nenhum brasileiro. Agora já tem um monte! :-)