terça-feira, 29 de setembro de 2009
ADOBE STORY
O Story é um primo especializado do Buzzword, o processador de textos online da Adobe (e agora parte do Acrobat.com).
Acessei o serviço de um notebook rodando o Ubuntu 9.04, com Firefox 3.0.13 e conexão 3G de 1Mb, e o Story, como seu primo mais velho, é lindo de morrer, mas é um pouco mais lento do que serviços similares.
Como todo bom formatador online, esse também tem recursos colaborativos. E autosalvamento. E ferramentas para exportar/importar documentos criados em outros programas. Um, que talvez vá chamar a atenção de alguns roteiristas, é a possibilidade de se exportar os roteiros feitos no Story para o formato do Final Draft (e, futuramente, para o Movie Magic).
Um detalhe interessante é que o formatador é apenas um dos recursos da ferramenta. Também há a possibilidade de se criar projetos, como no Celtx. E é possível incluir dentro desse projetos, além dos roteiros em si, perfis de personagens, sinopses e links.
A interface do editor possui abas, ou seja, caso haja mais de um documento aberto, dá para se alternar facilmente entre eles.
É possível também, através do Adobe AIR, instalar o editor localmente (o que tornará o processo um pouco mais rápido, presumo). Mas ainda sim será necessário ter uma conexão com a internet para acessar os documentos.
Aparentemente, nem todas as funcionalidades estão disponíveis nessa etapa inicial. E pode esquecer qualquer tipo de acentuação, o que torna a ferramenta (pelo menos por enquanto) inviável para qualquer um que queira utilizá-la para escrever em português.
Segundo o site, os browsers suportados são apenas o Iternet Explorer (7.0 ou superior), o Firefox (2.0 ou superior) e o Safari (3.0 ou superior).
Caso você ainda não tenha registro na Adobe, será necessário criá-lo, gratuitamente.
UHURU
Alexandre Lobão é um cara legal que escreve livros e quadrinhos bacanas.
É autor de, entre outros, O NOME DA ÁGUIA, e convida quem por um acaso estiver pelos os lados de Brasília para o lançamento de seu novo livro, UHURU, que vai ser na Livraria Cultura (no Shopping Casa Park), neste sábado, dia 03 de Outubro, a partir das 16:00h.
Abaixo, a sinopse do livro, enviada pelo próprio:
'Uhuru' é um romance curto, baseado no roteiro de cinema homônimo.
Nesta adaptação para livro, Uhuru é um menino magrelo, bom de bola e com um nome estranho, que à medida que cresce e enfrenta problemas na sua rotina de pré-adolescente, descobre aos poucos a história de seus antepassados e o segredo por trás de seu nome. Apesar do foco principal do livro ser o público jovem, Uhuru é uma história para todos, que fala sobre superação, amor e coragem, e sobre o verdadeiro valor dos seres humanos, que transcende nomes ou raças. Vale o destaque para a bela arte de E.C.Nickel, ilustrador e desenhista de quadrinhos, que completou de maneira brilhante a emoção do livro!
E tudo isso no estilo de 'O Nome da Águia' (http://www.ONomeDaAguia.com), com muita pesquisa histórica, ação e emoção!
Conheça outros livros meus em www.AlexandreLobao.com
e me siga no twitter: http://www.twitter.com/AlexandreLobao
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
RETALHOS
Aproveitei o fim do dia para sair da inércia no hotel e fui numa livraria nem tão próxima assim, atrás de dois livros em especial: MIGUEL E OS DEMÔNIOS, de Lourenço Mutarelli, que agora bloga (de novo) e MONSTROS INVISÍVEIS, do Chuka.
Fui bem sucedido em encontrar o primeiro, mas do segundo, nem notícia. Ou melhor, só depois de voltar ao hotel é que descobri que o livro AINDA não foi lançado.
Churumelas à parte, estava decidido a trazer dois volumes comigo, e assim o fiz. Quem não tem cão, caça com gato, e se não tinha o do Lourenço, tinha o Craig Thompson.
Estou falando de RETALHOS, um dos primeiros títulos lançados pela Quadrinhos na Cia., divisão de quadrinhos da Companhia das Letras.
Não vou negar: me deu uma pusta felicidade entrar numa livraria grande e logo dar de cara com uma HQ. Sim, com "H" maiúsculo, porque se ainda não li para tirar minhas próprias conclusões, o catatau de quase 600 páginas de quadrinhos é, no mínimo, impressionante.
Obviamente, o destaque de RETALHOS (e de outras Hqs da Cia.) se deve ao simples fato de terem sido lançados por uma das maiores editoras do país. E isso, provavelmente, não vai se repetir com a frequência que deveria. Além do mais, cá pra nós, desconfio que, devido ao formato e ao número de páginas, nem passe pela cabeça de alguns vendedores que aquilo seja uma Hq (ok, um comentário maldoso e infundado, mas não resisti).
Churumelas à parte 2, vou começar a ler o quanto antes. Tipo assim, daqui a pouco.
Já MONSTROS é outra história ;-) (fui só eu que percebi o trocadalho genial com direito à piscadela para o leitor?). Sou fã de longa data do Chucka, mas a verdade é que, para mim, seus últimos livros estavam perdendo um pouco do apelo, justamente pelo fato dele sempre apertar as mesmas teclas. A impressão que eu tinha era de ler uma relato anabolizado de uma partida de Lemmings. Tudo bem, PYGMY, seu último livro, tem uma premissa bacana. E foi escrito em *engrish*.
Mas, bom, voltando ao assunto principal, MONSTROS vem em terceiro lugar na bibliografia do Chuck, mas após a publicação dos dois primeiros livros, CLUBE DA LUTA e SOBREVIVENTE, pela Nova Alexandria, a ordem cronológica da publicação brasileira, já nas mãos da Rocco, pulou mais do que pipoca dentro de panela de pressão.
Se minha memória não me trai, primeiro a Rocco lançou CANTIGA DE NINAR (Lullaby, 5° livro na cronologia original dos livros de ficção do autor). Depois NO SUFOCO (Choke, 4° livro). Depois, DIÁRIO (Diary, 6° livro). E, por fim, ASSOMBRO (Haunted, 7° livro). MONSTROS INVISÍVEIS (Invisible Monsters) já tinha sido lançado em Portugal, mas até agora estava sendo solenemente ignorado pelos lados de cá.
Mas todo esse preâmbulo é para dizer o seguinte: MONSTROS é o terceiro livro de Chuck, escrito ainda no século passado, numa época onde, sei lá, o autor tinha mais sangue nos zóio, saca? Então, pode ser que eu venha a gostar mais dele.
Pela folheada que dei, também percebi que nesse livro ainda há um cacoete do Chuck: a história começa pelo final.
E, Rocco, pelamor, melhorem essas encadernações de vocês!
Churumelas à parte 3, começo MONSTROS assim que devorar RETALHOS.
Fui bem sucedido em encontrar o primeiro, mas do segundo, nem notícia. Ou melhor, só depois de voltar ao hotel é que descobri que o livro AINDA não foi lançado.
Churumelas à parte, estava decidido a trazer dois volumes comigo, e assim o fiz. Quem não tem cão, caça com gato, e se não tinha o do Lourenço, tinha o Craig Thompson.
Estou falando de RETALHOS, um dos primeiros títulos lançados pela Quadrinhos na Cia., divisão de quadrinhos da Companhia das Letras.
Não vou negar: me deu uma pusta felicidade entrar numa livraria grande e logo dar de cara com uma HQ. Sim, com "H" maiúsculo, porque se ainda não li para tirar minhas próprias conclusões, o catatau de quase 600 páginas de quadrinhos é, no mínimo, impressionante.
Obviamente, o destaque de RETALHOS (e de outras Hqs da Cia.) se deve ao simples fato de terem sido lançados por uma das maiores editoras do país. E isso, provavelmente, não vai se repetir com a frequência que deveria. Além do mais, cá pra nós, desconfio que, devido ao formato e ao número de páginas, nem passe pela cabeça de alguns vendedores que aquilo seja uma Hq (ok, um comentário maldoso e infundado, mas não resisti).
Churumelas à parte 2, vou começar a ler o quanto antes. Tipo assim, daqui a pouco.
Já MONSTROS é outra história ;-) (fui só eu que percebi o trocadalho genial com direito à piscadela para o leitor?). Sou fã de longa data do Chucka, mas a verdade é que, para mim, seus últimos livros estavam perdendo um pouco do apelo, justamente pelo fato dele sempre apertar as mesmas teclas. A impressão que eu tinha era de ler uma relato anabolizado de uma partida de Lemmings. Tudo bem, PYGMY, seu último livro, tem uma premissa bacana. E foi escrito em *engrish*.
Mas, bom, voltando ao assunto principal, MONSTROS vem em terceiro lugar na bibliografia do Chuck, mas após a publicação dos dois primeiros livros, CLUBE DA LUTA e SOBREVIVENTE, pela Nova Alexandria, a ordem cronológica da publicação brasileira, já nas mãos da Rocco, pulou mais do que pipoca dentro de panela de pressão.
Se minha memória não me trai, primeiro a Rocco lançou CANTIGA DE NINAR (Lullaby, 5° livro na cronologia original dos livros de ficção do autor). Depois NO SUFOCO (Choke, 4° livro). Depois, DIÁRIO (Diary, 6° livro). E, por fim, ASSOMBRO (Haunted, 7° livro). MONSTROS INVISÍVEIS (Invisible Monsters) já tinha sido lançado em Portugal, mas até agora estava sendo solenemente ignorado pelos lados de cá.
Mas todo esse preâmbulo é para dizer o seguinte: MONSTROS é o terceiro livro de Chuck, escrito ainda no século passado, numa época onde, sei lá, o autor tinha mais sangue nos zóio, saca? Então, pode ser que eu venha a gostar mais dele.
Pela folheada que dei, também percebi que nesse livro ainda há um cacoete do Chuck: a história começa pelo final.
E, Rocco, pelamor, melhorem essas encadernações de vocês!
Churumelas à parte 3, começo MONSTROS assim que devorar RETALHOS.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
O VERBO
Se minhas notas não estão incorretas, o embrião do que viria a se tornar o roteiro d'O VERBO surgiu por volta de 2003. Em 2004 escrevi a primeira versão do roteiro. Em 2005, postei esse mesmo roteiro numa (das poucas) listas de discussão brasileiras sobre roteiros de quadrinhos que existem por aí. Após alguns comentários e críticas, pensei em mexer no roteiro, que na época tinha um desenhista mais ou menos certo. O desenhista sumiu, e eu acabei deixando a idéia de lado.
Mas, sempre gostei dessa história. E essa semana, remexendo em meus arquivos, encontrei o dito cujo e resolvi dar um facelift nele
Mesmo após a faxina, vai ser fácil notar como era minha maneira de escrever em 2003. Acredito que hoje meus roteiros sejam menos prolixos. De lá pra cá, mesmo não tendo muitas páginas de hq escritas por mim sendo desenhadas, pude ter um contato maior com outras pessoas que escrevem/desenham, e minha visão sobre dinâmica da feitura de uma hq mudou bastante. Há determinadas indicações que agora acho desnecessárias, mas na época me pareciam imprescindíveis.
Outra mudança é em relação à página 3, anteriormente muito carregada com diálogos. Tentei tirar a gordura no texto, mas acabei dividindo-a em duas.
Bom, a versão 2 do roteiro taí. Se você tiver "as moral" com o lápis e quiser tentar a sorte, me dá um toque.
Mas, sempre gostei dessa história. E essa semana, remexendo em meus arquivos, encontrei o dito cujo e resolvi dar um facelift nele
Mesmo após a faxina, vai ser fácil notar como era minha maneira de escrever em 2003. Acredito que hoje meus roteiros sejam menos prolixos. De lá pra cá, mesmo não tendo muitas páginas de hq escritas por mim sendo desenhadas, pude ter um contato maior com outras pessoas que escrevem/desenham, e minha visão sobre dinâmica da feitura de uma hq mudou bastante. Há determinadas indicações que agora acho desnecessárias, mas na época me pareciam imprescindíveis.
Outra mudança é em relação à página 3, anteriormente muito carregada com diálogos. Tentei tirar a gordura no texto, mas acabei dividindo-a em duas.
Bom, a versão 2 do roteiro taí. Se você tiver "as moral" com o lápis e quiser tentar a sorte, me dá um toque.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
KANYE WEST NOTIFY
Um pouco de senso de humor não faz mal a ninguém.
Segundo o autor do Linux Hater's blog (de onde roubei a foto e a idéia), isso é o mockup de uma aplicação que pode ser útil a usuários do Linux (eu, por exemplo) que, por diversos motivos, ainda são obrigados a continuarem utilizando o Windows.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
SOZINHO NO ESCURO
Em seu livro O PODER DO CLÍMAX, Luis Carlos Maciel faz uma afirmação interessante sobre os americanos e sua relação com o mundo: eles transformam ABSOLUTAMENTE tudo em know-how.
No livro, Luis Carlos faz essa afirmação em relação aos roteiros de cinema, que, apesar de serem textos dramáticos, estão revestidos por toda uma carga técnica. Mas isso se aplica também a outras áreas da escrita.
Basta perder alguns momentos em fóruns americanos cujo tema seja escrita criativa ou técnica para perceber a diferença. Enquanto por aqui as pessoas ainda estão atrás da eterna musa, por lá a atitude é mais de botar a mão na massa. Boa parte dos tópicos abordam aspectos puramente técnicos, que invariavelmente acabam descambando na direção de ferramentas para melhorar a produtividade do escritor e deixar o texto fluindo: software. Acredito que isso se deva, em parte, pelo fato de ser mais comum pelos lados de lá encararem a escrita como uma profissão. Enfim.
E uma dessas ferramentas é justamente a categoria dos Editores de Texto que partem da premissa "distraction free". Segundo ela, quanto menos botões, menus, barras de ferramentas e quaisquer outros elementos que possam tirar a atenção do escritor, melhor.
É verdade que a grande maioria dos programas de escrita, sejam Editores, sejam Processadores de Texto, têm, em maior ou menor grau, recursos para despoluir a tela.
No OpenOffice Writer, por exemplo, pressiona-se a combinação Ctrl+Shift+J. No Abiword é a tecla F11. No Microsoft Word há essa opção, através do menu EXIBIR > TELA INTEIRA.
Mesmo assim, ainda permanecem alguns elementos, como as réguas, a barra de tarefas do sistema operacional ou as bordas das janelas.
E é aí que entram os Editores "distraction free". Eles tem uma abordagem mais radical, e eliminam tudo o que há na tela, deixando espaço apenas para o texto.
Os programas são, em sua maioria, Editores, pois editam apenas arquivos .txt. Isso, obviamente, tem uma explicação: com são arquivos de texto plano, não é possível formatar o texto para deixá-lo em negrito, itálico ou seja lá como for. E isso, em teoria, obriga o escritor a focar-se no ato de jogar suas idéias na tela, deixando a formatação para um outro momento. Por alguns momentos, seu computador vai se transformar numa máquina de escrever.
Sinceramente, não sei até onde isso é realmente válido. Já usei essas ferramentas algumas vezes e o texto realmente fluiu. Em outras ocasiões, contudo, eu simplesmente dei um ALT+TAB e me dispersei em outra atividade qualquer.
Abaixo, segue uma lista - que não pretende ser completa - sobre algumas dessas aplicações.
WRITEROOM
O WRITEROOM foi o precursor desse tipo de aplicação. É apenas para MACs.
Como não tenho um MAC a meu alcance, nunca testei e não sei quais são seus features.
Da última vez em que olhei o site, o programa custava 20 dólares.
DARK ROOM
O DARK ROOM é um clone do WRITEROOM, feito para Windows. Aparentemente, ele não é mais desenvolvido. A última versão é a 0.8b, de 2006. A vantagem é que ele dispensa a instalação, mas necessita do framework .NET (2.0 ou superior) para ser executado. Tentei executá-lo no Ubuntu com o auxílio do MONO (2.4), mas não consegui.
JDARK ROOM
O JDARK ROOM é outro clone (e, daqui em diante, vamos assumir que todos os outros programas são clones) do WRITEROOM. A diferença é que ele é executado através do Java, ao invés do .NET, o que melhora a compatibilidade com outros sistemas operacionais. Rodou bem tanto no Ubuntu quanto no Windows XP. O programa continua sendo desenvolvido e sua versão mais atual é a 14.
Q10 (é o do screenshot aí de cima)
O meu preferido. Infelizmente, parece ter se tornado abandonware, visto que a última versão é de 2007, e os fóruns também andam meio parados.
Acho a interface do Q10 mais polida, mesmo que a idéia seja OCULTÁ-LA. Ele, exibe, por exemplo, algumas informações como número de palavras, caracteres e páginas no rodapé da tela. Além disso, é possível escolher temas sonoros. Há a opção de configurar o programa para deixar sua interface em português brasileiro, e também há dicionários disponíveis para o nosso idioma.
Também conta com uma versão para o PortableApps. Só para Windows.
WRITEMONKEY
O WRITEMONKEY é bem parecido com o Q10. Também tem uma interface polida e é possível customizá-lo - dentro de determinados limites - com sons e temas. Mas entre os programas testados, de longe é o que apresenta mais opções.
A biblioteca de temas sonoros, aliás, é mais farta que a do Q10. Dos barulhinhos, o tema que mais me agradou foi o "Click Keyboard", que imita o som daqueles teclados antigos, onde era necessário martelar, literalmente, as teclas.
Outro recurso legal do WRITEMONKEY é a possibilidade de criar perfis diferentes, cada um com suas próprias configurações.
No livro, Luis Carlos faz essa afirmação em relação aos roteiros de cinema, que, apesar de serem textos dramáticos, estão revestidos por toda uma carga técnica. Mas isso se aplica também a outras áreas da escrita.
Basta perder alguns momentos em fóruns americanos cujo tema seja escrita criativa ou técnica para perceber a diferença. Enquanto por aqui as pessoas ainda estão atrás da eterna musa, por lá a atitude é mais de botar a mão na massa. Boa parte dos tópicos abordam aspectos puramente técnicos, que invariavelmente acabam descambando na direção de ferramentas para melhorar a produtividade do escritor e deixar o texto fluindo: software. Acredito que isso se deva, em parte, pelo fato de ser mais comum pelos lados de lá encararem a escrita como uma profissão. Enfim.
E uma dessas ferramentas é justamente a categoria dos Editores de Texto que partem da premissa "distraction free". Segundo ela, quanto menos botões, menus, barras de ferramentas e quaisquer outros elementos que possam tirar a atenção do escritor, melhor.
É verdade que a grande maioria dos programas de escrita, sejam Editores, sejam Processadores de Texto, têm, em maior ou menor grau, recursos para despoluir a tela.
No OpenOffice Writer, por exemplo, pressiona-se a combinação Ctrl+Shift+J. No Abiword é a tecla F11. No Microsoft Word há essa opção, através do menu EXIBIR > TELA INTEIRA.
Mesmo assim, ainda permanecem alguns elementos, como as réguas, a barra de tarefas do sistema operacional ou as bordas das janelas.
E é aí que entram os Editores "distraction free". Eles tem uma abordagem mais radical, e eliminam tudo o que há na tela, deixando espaço apenas para o texto.
Os programas são, em sua maioria, Editores, pois editam apenas arquivos .txt. Isso, obviamente, tem uma explicação: com são arquivos de texto plano, não é possível formatar o texto para deixá-lo em negrito, itálico ou seja lá como for. E isso, em teoria, obriga o escritor a focar-se no ato de jogar suas idéias na tela, deixando a formatação para um outro momento. Por alguns momentos, seu computador vai se transformar numa máquina de escrever.
Sinceramente, não sei até onde isso é realmente válido. Já usei essas ferramentas algumas vezes e o texto realmente fluiu. Em outras ocasiões, contudo, eu simplesmente dei um ALT+TAB e me dispersei em outra atividade qualquer.
Abaixo, segue uma lista - que não pretende ser completa - sobre algumas dessas aplicações.
WRITEROOM
O WRITEROOM foi o precursor desse tipo de aplicação. É apenas para MACs.
Como não tenho um MAC a meu alcance, nunca testei e não sei quais são seus features.
Da última vez em que olhei o site, o programa custava 20 dólares.
DARK ROOM
O DARK ROOM é um clone do WRITEROOM, feito para Windows. Aparentemente, ele não é mais desenvolvido. A última versão é a 0.8b, de 2006. A vantagem é que ele dispensa a instalação, mas necessita do framework .NET (2.0 ou superior) para ser executado. Tentei executá-lo no Ubuntu com o auxílio do MONO (2.4), mas não consegui.
JDARK ROOM
O JDARK ROOM é outro clone (e, daqui em diante, vamos assumir que todos os outros programas são clones) do WRITEROOM. A diferença é que ele é executado através do Java, ao invés do .NET, o que melhora a compatibilidade com outros sistemas operacionais. Rodou bem tanto no Ubuntu quanto no Windows XP. O programa continua sendo desenvolvido e sua versão mais atual é a 14.
Q10 (é o do screenshot aí de cima)
O meu preferido. Infelizmente, parece ter se tornado abandonware, visto que a última versão é de 2007, e os fóruns também andam meio parados.
Acho a interface do Q10 mais polida, mesmo que a idéia seja OCULTÁ-LA. Ele, exibe, por exemplo, algumas informações como número de palavras, caracteres e páginas no rodapé da tela. Além disso, é possível escolher temas sonoros. Há a opção de configurar o programa para deixar sua interface em português brasileiro, e também há dicionários disponíveis para o nosso idioma.
Também conta com uma versão para o PortableApps. Só para Windows.
WRITEMONKEY
O WRITEMONKEY é bem parecido com o Q10. Também tem uma interface polida e é possível customizá-lo - dentro de determinados limites - com sons e temas. Mas entre os programas testados, de longe é o que apresenta mais opções.
A biblioteca de temas sonoros, aliás, é mais farta que a do Q10. Dos barulhinhos, o tema que mais me agradou foi o "Click Keyboard", que imita o som daqueles teclados antigos, onde era necessário martelar, literalmente, as teclas.
Outro recurso legal do WRITEMONKEY é a possibilidade de criar perfis diferentes, cada um com suas próprias configurações.
O WRITEMONKEY continua em desenvolvimento (a versão atual é a 0.9.5.0) e parece ter adotado todos os órfãos do Q10. Lembro-me, inclusive, de que o criador do programa anunciou o primeiro release no antigo fórum do Q10 e a recepção não foi das mais calorosas. Mas, como dizem por aí, o mundo dá voltas.
Winows only. Necessita do .NET (2.0 ou superior) para funcionar e também não funciona através do MONO 2.4.
PYROOM
O PYROOM é a contraparte "linúxica" desse tipo de aplicação, e, como o próprio nome já denuncia, necessita do ambiente de execução do Python (ubíquo em quase tudo quanto é distro Linux) para funcionar.
Uma característica da qual eu não gosto é que existe uma borda ao redor da área utilizada para escrita, o que descaracteriza um pouco o elemento "distraction free". Some isso ao fato da área em si ser pequena, ou seja, o espaço do monitor é mal-aproveitado.Também não é possível configurar o programa de uma maneira intuitiva.
Apenas para Linux, por enquanto. No site do projeto, contudo, já está prometida uma versão para Windows.
UPDATE (24/09/09): O PyRoom TEM a opção para configurar o programa através de uma caixa de diálogos. Contudo, a quantidade de configurações é bem mais modesta se comparada ao Q10 ou ao WriteMonkey.
======
A título de curiosidade, li recentemente num blog da Microsoft um procedimento, deveras arcano, para deixar o Microsoft Word 2007 com ares de WRITEROOM. Tente por sua própria conta e risco.
E antes que você me pergunte: esse post foi escrito no Q10.
Winows only. Necessita do .NET (2.0 ou superior) para funcionar e também não funciona através do MONO 2.4.
PYROOM
O PYROOM é a contraparte "linúxica" desse tipo de aplicação, e, como o próprio nome já denuncia, necessita do ambiente de execução do Python (ubíquo em quase tudo quanto é distro Linux) para funcionar.
Uma característica da qual eu não gosto é que existe uma borda ao redor da área utilizada para escrita, o que descaracteriza um pouco o elemento "distraction free". Some isso ao fato da área em si ser pequena, ou seja, o espaço do monitor é mal-aproveitado.
Apenas para Linux, por enquanto. No site do projeto, contudo, já está prometida uma versão para Windows.
UPDATE (24/09/09): O PyRoom TEM a opção para configurar o programa através de uma caixa de diálogos. Contudo, a quantidade de configurações é bem mais modesta se comparada ao Q10 ou ao WriteMonkey.
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A título de curiosidade, li recentemente num blog da Microsoft um procedimento, deveras arcano, para deixar o Microsoft Word 2007 com ares de WRITEROOM. Tente por sua própria conta e risco.
E antes que você me pergunte: esse post foi escrito no Q10.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
ALAN MOORE'S WRITING FOR COMICS
(mais um post resgatado no limbo do GDocs. Escrevi isso há muito tempo, mas sei lá porquê, deixei de lado. Recentemente, esbarrei nesse post e me lembrei da minha própria resenha. Ei-la.)
Tempos atrás, enquanto encomendava alguns livros na Amazon, acabei me deparando com o Alan Moore's Writing for Comics, publicado pela Avatar Press.
O livro, uma coleção de insights do Maconheiro Mágicko de Northampton, nada mais é do que uma republicação do já mítico ensaio escrito por ele para a revista britânica Fantasy Advertise, na década de 80. É moleza encontrar esse texto internet afora, inclusive em bom português.
Já tinha lido esse ensaio diversas vezes, tanto no original quanto as versões traduzidas (além da que indiquei acima, chegou a rolar outra tradução - não concluída - na rede). De qualquer maneira, achei que seria legal ter esse material impresso. O preço, pouco menos de 6 dólares, não seria nenhum impedimento.
É um livro fininho - 48 páginas no miolo. Ainda não entendo porque a Avatar insiste em dizer que aquilo é uma graphic novel, mas, enfim. Outra coisa que me chamou a atenção foi um VOLUME ONE na capa. Até onde me lembro, o ensaio está lá, completinho. O que leva a crer que no mínimo a AVATAR tentou convencê-lo a escrever um novo ensaio para ser um, ahem!, ALAN MOORE'S WRITING FOR COMICS - VOLUME TWO. Mas acho pouco provável, e daqui a pouco, você vai saber porquê.
Como disse, o livro se limitaria a ser uma versão impressa do famoso ensaio que Moore escreveu alguns anos atrás, não fosse um capítulo extra de 5 páginas, chamado, vejam só vocês, AFTERWORDS (epílogo).
Nele, escrito especialmente para essa edição, o velho Moore simplesmente destrói tudo o que tinha dito nas 43 páginas anteriores. Ele fala sobre algumas das armadilhas que costumam pegar escritores neófitos ou simplesmente ineptos, e uma delas se chama "estilo" (alguém aí disse Garth Ennis?)
O "estilo" é, como Moore coloca ironicamente, uma coleção de cacoetes de alguns escritores que, por motivos diversos, acabam se tornando populares entre os leitores. E o autor, por sua vez, acaba por utilizá-los como muletas criativas. O Estilo, segundo Moore, é a antítese da criatividade. E se não há criatividade, não há razão (pelo menos moral) para se escrever.
Sim, eu sei. Mr. Moore também tem seus cacoetes e seu telhado de vidro. Mas acredito que entendi onde ele quis chegar.
O último parágrafo do texto (numa tradução muito livre):
Tempos atrás, enquanto encomendava alguns livros na Amazon, acabei me deparando com o Alan Moore's Writing for Comics, publicado pela Avatar Press.
O livro, uma coleção de insights do Maconheiro Mágicko de Northampton, nada mais é do que uma republicação do já mítico ensaio escrito por ele para a revista britânica Fantasy Advertise, na década de 80. É moleza encontrar esse texto internet afora, inclusive em bom português.
Já tinha lido esse ensaio diversas vezes, tanto no original quanto as versões traduzidas (além da que indiquei acima, chegou a rolar outra tradução - não concluída - na rede). De qualquer maneira, achei que seria legal ter esse material impresso. O preço, pouco menos de 6 dólares, não seria nenhum impedimento.
É um livro fininho - 48 páginas no miolo. Ainda não entendo porque a Avatar insiste em dizer que aquilo é uma graphic novel, mas, enfim. Outra coisa que me chamou a atenção foi um VOLUME ONE na capa. Até onde me lembro, o ensaio está lá, completinho. O que leva a crer que no mínimo a AVATAR tentou convencê-lo a escrever um novo ensaio para ser um, ahem!, ALAN MOORE'S WRITING FOR COMICS - VOLUME TWO. Mas acho pouco provável, e daqui a pouco, você vai saber porquê.
Como disse, o livro se limitaria a ser uma versão impressa do famoso ensaio que Moore escreveu alguns anos atrás, não fosse um capítulo extra de 5 páginas, chamado, vejam só vocês, AFTERWORDS (epílogo).
Nele, escrito especialmente para essa edição, o velho Moore simplesmente destrói tudo o que tinha dito nas 43 páginas anteriores. Ele fala sobre algumas das armadilhas que costumam pegar escritores neófitos ou simplesmente ineptos, e uma delas se chama "estilo" (alguém aí disse Garth Ennis?)
O "estilo" é, como Moore coloca ironicamente, uma coleção de cacoetes de alguns escritores que, por motivos diversos, acabam se tornando populares entre os leitores. E o autor, por sua vez, acaba por utilizá-los como muletas criativas. O Estilo, segundo Moore, é a antítese da criatividade. E se não há criatividade, não há razão (pelo menos moral) para se escrever.
Sim, eu sei. Mr. Moore também tem seus cacoetes e seu telhado de vidro. Mas acredito que entendi onde ele quis chegar.
O último parágrafo do texto (numa tradução muito livre):
Okay, é isso. Basicamente, a mensagem é "Ignore tudo o que eu disse na seção anterior do livro. Eu era jovem, confuso, e não estava nem perto de ser velho ou louco o bastante". Esteja avisado que eu provavelmente escreverei um adendo a este ensaio, por volta de 2020, que dirá exatamente as mesmas coisas a respeito dos conselhos que estou lhe dando agora.Recomendo, atesto e dou fé.
Até lá, você está por sua própria conta parceiro.
sábado, 12 de setembro de 2009
VRMS
O Virtual Richard M. Stallman é um meme/piada que só vai ter graça para determinados tipos de geeks.
Cheguei atrasado, mas eis minha, ahã, contribuição.
Cheguei atrasado, mas eis minha, ahã, contribuição.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
CELTX NA LINUX MAGAZINE (GRINGA)
Vi hoje, no twitter do Celtx (que descobri há pouco tempo): na Linux Magazine inglesa de fevereiro de 2009 foi publicada uma matéria sobre o programa.
Enquanto o texto (que pode ser baixado gratuitamente em formato pdf) não traz muitas novidades para usuários calejados, sua leitura não deixa de ser interessante uma vez que a matéria foi originalmente escrita para uma audiência, em geral, mais técnica do que criativa.
Além disso, o autor, Andreas Kneib, descreve o programa como uma ferramenta para escritores em geral, fugindo um pouco do estereótipo de "formatador de roteiros cinematográficos" que ainda grassa por aí. O Celtx começou como um formatador de roteiros cinematográficos, mas hoje é bem mais do que isso.
Enquanto o texto (que pode ser baixado gratuitamente em formato pdf) não traz muitas novidades para usuários calejados, sua leitura não deixa de ser interessante uma vez que a matéria foi originalmente escrita para uma audiência, em geral, mais técnica do que criativa.
Além disso, o autor, Andreas Kneib, descreve o programa como uma ferramenta para escritores em geral, fugindo um pouco do estereótipo de "formatador de roteiros cinematográficos" que ainda grassa por aí. O Celtx começou como um formatador de roteiros cinematográficos, mas hoje é bem mais do que isso.
PAPA-LÍNGUAS
Certo. Se você costuma ficar bandeando pela internet, provavelmente já viu a foto abaixo:
Se tivesse ficado apenas no site da BBC, onde a notícia foi originalmente divulgada, talvez não causasse tanto frisson. Mas aí vovô Ellis resolveu publicar em seu blog, e pronto! tá todo mundo comentando. (Inclusive eu, já sei)
De qualquer maneira, a história é velha e me lembro de já ter lido sobre esse bicho antes. Mas isso não muda o fato de que isso é, *extremamente*, nojento.
(tchã!)
Se tivesse ficado apenas no site da BBC, onde a notícia foi originalmente divulgada, talvez não causasse tanto frisson. Mas aí vovô Ellis resolveu publicar em seu blog, e pronto! tá todo mundo comentando. (Inclusive eu, já sei)
De qualquer maneira, a história é velha e me lembro de já ter lido sobre esse bicho antes. Mas isso não muda o fato de que isso é, *extremamente*, nojento.
(tchã!)
SOLOMON KANE, O FILME
Pelo (pouco) que me lembro, costumava me cagar de medo muito mais pelas hqs do Solomon Kane do que pelas do Conan, publicadas na saudosa ESPADA SELVAGEM DE CONAN.
Vendo agora o trailer do filme (abaixo), ainda não me decidi se gostei ou não do material.
Porque me lembra muito Van Helsing, filme execrado por grande maioria da humanidade. E filme do qual, com as devidas reservas, gostei. Mas aí é que tá.
O personagem Van Helsing não tinha um background tão forte na minha cabeça, e, portanto, a fruição do filme rolou desvinculada de qualquer idéia preconcebida. Já Solomon Kane me apavorou durante boa parte da minha infância e, se minha memória não me engana, a pegada das histórias era bem mais, hmm, soturna.
Mesmo assim, fiquei curioso.
(fiquei sabendo isso no GOMA)
Vendo agora o trailer do filme (abaixo), ainda não me decidi se gostei ou não do material.
Porque me lembra muito Van Helsing, filme execrado por grande maioria da humanidade. E filme do qual, com as devidas reservas, gostei. Mas aí é que tá.
O personagem Van Helsing não tinha um background tão forte na minha cabeça, e, portanto, a fruição do filme rolou desvinculada de qualquer idéia preconcebida. Já Solomon Kane me apavorou durante boa parte da minha infância e, se minha memória não me engana, a pegada das histórias era bem mais, hmm, soturna.
Mesmo assim, fiquei curioso.
(fiquei sabendo isso no GOMA)
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
PUSSY
Já está saindo do forno o primeiro single do novo disco do Rammstein.
Mas o que me chamou mesmo a atenção foi a imagem que veio na newsletter. Terei pesadelos pelo resto da semana.
Mas o que me chamou mesmo a atenção foi a imagem que veio na newsletter. Terei pesadelos pelo resto da semana.
FAITH DIVIDE US - DEATH UNITES US
Bolachinha nova do Paradise Lost despontando no horizonte.
Há 3 músicas para audição no Myspace dos caras.
Não curti muito a baladeenha que dá nome ao disco. Mas achei legal THE RISE OF DENIAL e AS HORIZONS ENDS.
E gostei da capa.
UPDATE: Post enviado antes da hora. Agora está devidamente linkado e tudo mais.
Há 3 músicas para audição no Myspace dos caras.
Não curti muito a baladeenha que dá nome ao disco. Mas achei legal THE RISE OF DENIAL e AS HORIZONS ENDS.
E gostei da capa.
UPDATE: Post enviado antes da hora. Agora está devidamente linkado e tudo mais.
PERDIDO STREET STATION, PARA DOWONLOAD.
Um dos livros-mais-foda-que-AINDA-não-li está disponível para leitura online ou ainda download, livre leve e solto.
E antes que acendam as tochas, foi a própria editora quem publicou.
Perdido Street Station by China Mieville (full book)
E ainda há outras opções de download.
E antes que acendam as tochas, foi a própria editora quem publicou.
Perdido Street Station by China Mieville (full book)
E ainda há outras opções de download.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
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