No programa HQ & Cia, exibido pela All TV, o editor da Pixel Odair Braz Junior finalmente explicou como funciona o processo de seleção para material nacional.
A Pixel não produz material, apenas publica material pronto (ou que esteja em vias de ficar). Isso significa que NÃO adianta enviar só roteiros para avaliação.
quinta-feira, 31 de maio de 2007
A PRINCESS OF MARS NO CELTX PROJECT CENTRAL & THE SECULAR WHOLENESS
Bandeando pelo Project Central do Celtx (só para refrescar sua memória: um lugar onde as pessoas postam os roteiros e projetos criados com o software) acabei esbarrando nesse aqui, baseado no livro A PRINCESS OF MARS, de Edgar Rice Bourroughs.
De cara, o que chamou a atenção foi toda a organização e a quantidade monstruosa de notas e material suplementar que o roteirista, David Cortesi, escreveu, coisa que é um prato cheio para quem gosta de ter uma idéia do processo criativo alheio.
Uma coisa leva a outra e acabei caindo no site do cara. Ele escreveu um livro, o SECULAR WHOLENESS aí do título. Tinha tudo para não me chamar a atenção, porque, aparentemente, é apenas mais um livro de auto-ajuda. Só que:
O cara é um programador aposentado. Me identifiquei.
Embora haja uma versão impressa, o livro está inteiramente disponibilizado online, em .pdf e .html
A introdução. Se liga:
This book is a long answer to a short question. Here's the question: Can you build a vital, fulfilling life experience using methods and ideas that are purely secular, not based in religious doctrine?
If that seems like a pointless question to you, you are probably one of the majority of Americans who profess a religious belief. You naturally assume that when you need an answer to one of life's big questions, you'll find it in that belief -- and probably you will. But some of us do not find any religion satisfactory, and I am one. Although I am content with my choice, when I watch people who diligently practice a religion, I see their practice yielding important benefits. I had to ask: are those benefits uniquely "religious" and so unavailable to people like me? Or do they have secular sources? Are all the routes to wholeness, to an integrated life practice, exclusively religious? Or can a secular life practice lead to a meaningful, satisfying life?
This book is my answer, to be shared with others who want to deepen their lives and who find religious ideas unhelpful.
If you are comfortable in a religious belief, understand that this book is about finding secular sources for things that your religious practice ought to be giving you. If you aren't getting them, I respectfully suggest you look deeper into your own faith. But you are certainly welcome to walk along with the rest of us on our quest!
Ainda não passei da introdução, mas me interessei bastante. Já baixei e quando puder, leio.
terça-feira, 29 de maio de 2007
OFFICE 2007
Umas semanas atrás instalei o Office 2007 no meu micro (um Centrino 1,73 GHz com 512 de RAM), que, se não é uma Ferrari, também não é nenhuma Romisetta.
Pois bem. Dois dias de uso, e resolvi voltar à boa e velha dupla MS Office 2003/Br Office 2.2.
Uma das coisas que mais estranhei foi o sumiço das barras de ferramentas e dos menus. Agora existe uma unica barra (que também substituiu os menus) que muda de acordo com o contexto.
Para quem, como eu, vive trabalhando com modelos, é meio difícil de se acostumar, mas aí é questão de hábito.
Achei muito útil o recurso de auto-completar fórmulas no Excel, gostei do novo Onenote, a adorei a ferramenta para realizar postagens de dentro do Word, mas, pelo que percebi, com menos de 1G de ram, não há negócio.
Pois bem. Dois dias de uso, e resolvi voltar à boa e velha dupla MS Office 2003/Br Office 2.2.
Uma das coisas que mais estranhei foi o sumiço das barras de ferramentas e dos menus. Agora existe uma unica barra (que também substituiu os menus) que muda de acordo com o contexto.
Para quem, como eu, vive trabalhando com modelos, é meio difícil de se acostumar, mas aí é questão de hábito.
Achei muito útil o recurso de auto-completar fórmulas no Excel, gostei do novo Onenote, a adorei a ferramenta para realizar postagens de dentro do Word, mas, pelo que percebi, com menos de 1G de ram, não há negócio.
segunda-feira, 28 de maio de 2007
domingo, 27 de maio de 2007
YANKEE, GO HOME! - QUADRINHO NOVO NO AR
Não é exatamente nova, mas é inédita.
Escrevi YANKEE, GO HOME! bem no início de 2005 a pedido do Gian Danton, que, junto com o Antonio Eder, estava organizando uma antologia de hqs cujo tema seriam as teorias da conspiração brasileiras.
A idéia era legal. Cada equipe de quadrinistas teria 5 páginas para falar (de maneira didática, se possível) sobre uma das nossas TCs. O modelo - guardadas as devidas proporções, evidentemente - era o BIG BOOK OF CONSPIRACIES, da série BIG BOOK.
O roteiro passou por algumas mãos, o assunto arrefeceu, e quando começaram a falar nisso novamente quem realmente pôs minhas idéias no papel (em pouco mais de uma semana!) foi o grande Élcio Chicanoski.
Bem, a antologia não deu muito certo, e como esse material estava engavetado por aqui, resolvi disponibilizá-lo lá no ComicSpace. Comentários serão sempre bem-vindos.
sábado, 26 de maio de 2007
OS DESENHISTAS DE "MACHINA EX DEUS"
Por um lapso terrível, não listei aqui todos os desenhistas que concretizaram a história MACHINA EX DEUS, que escrevi para o site do Gralha e terminou semana passada.
São eles:
Antonio Eder
Dispensa apresentações
Alan Bariani
Meu mais novo comparsa. Prestem atenção nesse cara.
Bira Dantas
Desenhista das antigas. Não conheço pessoalmente, mas sei que é grande amigo do meu camarada Luciano Leal.
Além deles, também contribuíram Dalton Tiepolo, Eduardo Junior Moreira, Fabian WLO e Natan SS. Ainda não conheço nenhum deles, mas espero ter a oportunidade de pelo menos trocar missivas eletrônicas com os mesmos dentro em breve.
São eles:
Antonio Eder
Dispensa apresentações
Alan Bariani
Meu mais novo comparsa. Prestem atenção nesse cara.
Bira Dantas
Desenhista das antigas. Não conheço pessoalmente, mas sei que é grande amigo do meu camarada Luciano Leal.
Além deles, também contribuíram Dalton Tiepolo, Eduardo Junior Moreira, Fabian WLO e Natan SS. Ainda não conheço nenhum deles, mas espero ter a oportunidade de pelo menos trocar missivas eletrônicas com os mesmos dentro em breve.
sexta-feira, 25 de maio de 2007
CELTX E SEUS USUÁRIOS
Óbvio até demais, só que a ficha me caiu apenas por estes dias.
O sucesso do Celtx sobre outros programas de formataçao de roteiros/pré-produção freeware que existem por aí (este, este, este, este e mais um zilhão de templates para o MS Word) é que o pessoal da Greyfirst, a empresa canadense que produziu o software, como toda empresa que se preze, criou um hype de responsa ao redor do produto.
Não que eu esteja dizendo que o programa é ruim ou deixe a desejar (apesar de ainda ter seus bugs aqui e acolá). Só o fato de ter criado uma categoria específica no blog já diz o quanto eu admiro a iniciativa deles.
Mas, vejam só: eles tem um blog onde costumam falar sobre usuários (nem tão) ilustres do software. Um fórum onde até as perguntas mais cretinas são respondidas pelos moderadores, que são da equipe que desenvolve o software, um manual wiki e um local onde os usuários podem fazer o upload dos seus roteiros e dar a cara a tapa.
Além disso o software é atualizado constantemente, o que leva os usuários antigos a falarem continuamente dele, o que, por sua vez, faz com que mais pessoas venham a conhecê-lo e se tornem usuárias, o que, por sua vez, cria um círculo vicioso e um boca-a-boca tremendo.
Aí, é só esperar os resultados.
O sucesso do Celtx sobre outros programas de formataçao de roteiros/pré-produção freeware que existem por aí (este, este, este, este e mais um zilhão de templates para o MS Word) é que o pessoal da Greyfirst, a empresa canadense que produziu o software, como toda empresa que se preze, criou um hype de responsa ao redor do produto.
Não que eu esteja dizendo que o programa é ruim ou deixe a desejar (apesar de ainda ter seus bugs aqui e acolá). Só o fato de ter criado uma categoria específica no blog já diz o quanto eu admiro a iniciativa deles.
Mas, vejam só: eles tem um blog onde costumam falar sobre usuários (nem tão) ilustres do software. Um fórum onde até as perguntas mais cretinas são respondidas pelos moderadores, que são da equipe que desenvolve o software, um manual wiki e um local onde os usuários podem fazer o upload dos seus roteiros e dar a cara a tapa.
Além disso o software é atualizado constantemente, o que leva os usuários antigos a falarem continuamente dele, o que, por sua vez, faz com que mais pessoas venham a conhecê-lo e se tornem usuárias, o que, por sua vez, cria um círculo vicioso e um boca-a-boca tremendo.
Aí, é só esperar os resultados.
REAGIU, FINALMENTE!
Agora o Widget do Technorati sobre o qual perguntei ali atrás está funcionando perfeitamente.
Meus sinceros agradecimentos à Nospheratt, que foi quem deu a letra.
E, caso você tenha curiosidade em saber como ficou o código, tome aí:
Meus sinceros agradecimentos à Nospheratt, que foi quem deu a letra.
E, caso você tenha curiosidade em saber como ficou o código, tome aí:
CRIVELLA E A OS TEMPLOS NA LEI ROUANET
No início do mês recebi um email vindo de uma das poucas listas de discussão que ainda frequento. A mensagem falava de um projeto de lei elaborado pelo Senador Marcelo Crivella, que visa incluir as igrejas como beneficiárias da Lei Rouanet.
Na época, por motivos diversos, confesso que, após o impacto inicial, acabei esquecendo o assunto. Só que de ontem para hoje, acabei recebendo a mesma informação de quatro vias diferentes. Decidi dar uma fuçada, e vi que já se fala do assunto até no site do Ministério da Cultura.
Então, é verdade.
E então, vamos lá.
Um projeto desses, além de ABSURDO, porque coloca duas coisas bem distintas no mesmo saco, não tem o mínimo cabimento. Desde quando o governo, que se declarou laico na última visita do Papa - não nos esqueçamos que a maioria da população ainda é, oficialmente, composta por católicos - tem que bancar a construção de templos?
É fato que a Lei Rouanet já beneficiou muita tosqueira, mas aí é que tá. Cultura, na acepção que a grande maioria das pessoas entende, deveria ser (e na grande maioria das vezes é) um negócio universal, que transcende qualquer inclinação espiritual que um indivíduo possa ter.
Há a possibilidade de um livro, hq, filme, cd, show ou qualquer outro tipo de manifestação coberta pela Lei não agrade a esse ou aquele grupo religioso, ou, mais precisamente, este ou aquele indivíduo que professe determinada religião, mas a recíproca é muito mais verdadeira. Porque antes de sermos católicos, evangélicos, umbandistas, xintoístas ou budistas, somos pessoas.
Já existe uma petição online que pode ser assinada rapidamente.
E não se esqueçam de lotar o caixa postal do homem de comentários. Afinal de contas, um político trabalha para a população. Inteira. Sem discriminações.
quarta-feira, 23 de maio de 2007
CAMPANHA FAÇA UM BLOGUEIRO FELIZ
ou ainda
COMO FUNCIONA ESSA PORRA DE LINK COUNTER DO TECHNORATI NO NOVO BLOGGER???
Senhoras, senhores e eventuais inteligências artificiais que por ventura vieram parar neste blog:
alguém saberia como funciona o script abaixo no novo blogger?
O que eu gostaria de saber é qual instrução eu coloco no lugar de <$BlogItemPermalinkUrl$>, que é o que gera o "permalink" do blog.
Esse template que estou utilizando já tem uma função parecida (LINKS PARA ESTA POSTAGEM), mas o do Technorati é mais dinâmico e eu gostaria de utilizá-lo.
Desde já, obrigado.
UM ADENDO: o Hector já tinha dado um toque nos comentários deste post, mas ele usa o Blogsome, cuja sintaxe é diferente.
COMO FUNCIONA ESSA PORRA DE LINK COUNTER DO TECHNORATI NO NOVO BLOGGER???
Senhoras, senhores e eventuais inteligências artificiais que por ventura vieram parar neste blog:
alguém saberia como funciona o script abaixo no novo blogger?
O que eu gostaria de saber é qual instrução eu coloco no lugar de <$BlogItemPermalinkUrl$>, que é o que gera o "permalink" do blog.
Esse template que estou utilizando já tem uma função parecida (LINKS PARA ESTA POSTAGEM), mas o do Technorati é mais dinâmico e eu gostaria de utilizá-lo.
Desde já, obrigado.
UM ADENDO: o Hector já tinha dado um toque nos comentários deste post, mas ele usa o Blogsome, cuja sintaxe é diferente.
C IS FOR LIFE
A descrição do projeto me chamou mais atenção do que o roteiro em si:
"Sex between men is very common in Thailand. All kind of men are involved and this phenomenon goes beyond the simplistic and often black & white western definition of sexualities. In Thailand, sex is “fun”, but condom’s use is not as common as it should be for various reasons."
principalmente no trecho em negrigo (meu).
Não sei se a Emilie Jeanne é realmente tailandesa, e se ela está ou não falando bobagem, mas a Tailândia tem lugar especial no meu imaginário desde que li Bangcoc 8, e é sempre interessante estar a par de outros pontos de vista.
SCRIPT FRENZY
Ano passado tentei encarar o Nanowrimo, sem grande sucesso.
O Script Frenzy, cria do mesmo pessoal, também segue o mesmo modelo, mas agora, ao invés de se escrever um romance de no mínimo 50.000 palavras em um mês, o objetivo é escrever um roteiro de no mínimo 20.000 palavras, também dentro do período de 30 dias.
Começa dia primeiro do mês que vem, aliás.
Eu não vou passar nem perto, mas se você quiser encarar, fica a dica.
O Script Frenzy, cria do mesmo pessoal, também segue o mesmo modelo, mas agora, ao invés de se escrever um romance de no mínimo 50.000 palavras em um mês, o objetivo é escrever um roteiro de no mínimo 20.000 palavras, também dentro do período de 30 dias.
Começa dia primeiro do mês que vem, aliás.
Eu não vou passar nem perto, mas se você quiser encarar, fica a dica.
terça-feira, 22 de maio de 2007
ZUMBIS NO PLANALTO
Um tempo atrás falei de dois filmes nacionais que têm como assunto os nossos comedores de massa encefálica preferidos.
No trailer de CAPITAL DOS MORTOS, uma sequência em especial me chamou muito a atenção: aquela onde os zumbis caminham em direção ao Congresso Nacional.
A cena dispara associações óbvias e, com o perdão do trocadilho, deliciosas – imagine nossos políticos votando mais um aumento de salários e, de repente, o plenário sendo invadido por um monte de antropófagos estropiados a fim de uma boquinha.
É claro que os zumbis somos nós, que continuamos não fazendo nada frente à balbúrdia que é o nosso governo. Mas é bom que a rapaziada do jetom fique esperta, porque pode ser que a “fome” aperte tanto, mas tanto, que, ao invés de um bando de ovelhas, vão ter é um mundaréu de degustadores de cérebros fungando em seus cangotes.
Enfim.
Lembro que tempos atrás, após assistir MADRUGADA DOS MORTOS na tv me deu uma pusta vontade de escrever alguma história com zumbis. BIZANGO (que está em banho-maria por prazo indeterminado), tecnicamente flerta com o tema, mas aí o relacionamento é mais discreto. Quando digo histórias com zumbis, me refiro a um pequeno grupo de pessoas desesperadas rodeado por hordas de mortos-vivos. Pancadaria, membros-decepados, situações-limite e tal. Então eis que me ocorreu uma idéia que cabe como uma luva no DR. A:.. A princípio, pensei em 16 páginas. Talvez redimensione tudo pra ficar menor, ainda não sei.
EL TOPO RE-RELEASED
Acho que já tinha ouvido algo a respeito, mas, vendo outras coisas, acabei esbarrando com esse vídeo promocional do novo DVD inglês de El Topo, filme pra lá de comentado do vovô Jodorowsky.
Aqui, o site dessa nova edição.
Aqui, o site dessa nova edição.
segunda-feira, 21 de maio de 2007
I WANT A WORD
Compre uma palavra por uma libra esterlina e ajude um escritor a fazer seu romance. Ou dificulte a vida dele, dependendo da palavra que você escolher.
A idéia é vender dez mil palavras, das sei lá quantas que vão compor o livro.
Até agora o cara vendeu treze.
Acompanharei essa história.
(Via Todoprosa)
A idéia é vender dez mil palavras, das sei lá quantas que vão compor o livro.
Até agora o cara vendeu treze.
Acompanharei essa história.
(Via Todoprosa)
ROTEIROS ULTRAMARINOS E UMA PRISÃO
Achei interessante o comentário feito por David Soares (que é roteirista E desenhista) em seu blog, a respeito da situação dos quadrinhos e dos roteiristas lusos.
Resumindo, ele afirma que uma das grandes reclamações em relação aos quadrinhos portugueses é a dos maus roteiros. Contudo, lá, o reconhecimento do papel do roteirista na feitura de uma hq ainda é - e fiquemos apenas nos eufemismos por aqui - incerto.
Parece que as similaridades entre os dois países não se resumem apenas ao idioma, né não?
Agora, mudando de assunto:
Prenderam três scaneadores de gibis no Japão. Fico pensando se vai ser um caso pontual ou se vai virar rotina. O tema dos scans de quadrinhos é controverso e ainda vai render muito assunto.
(via Neorama)
quarta-feira, 16 de maio de 2007
GRANADA!!!!!
GRANADA está em CONTRATEMPO.
Curiosos?
Aguardem.
Curiosos?
Aguardem.
terça-feira, 15 de maio de 2007
O MATRIMÔNIO DO MACONHEIRO MÁGICKO DE NORTHAMPTON
Ok, você já deve ter visto isso em tudo quanto é site e blog que fala sobre quadrinhos, mas fiquei com vontade de postar isso aqui também.
Direto do blog do Gaiman, que, ao que parece, foi o primeiro a publicar algo a respeito.
Parabéns aos... corvinhos?
quarta-feira, 9 de maio de 2007
A (MÁ) UTILIZAÇÃO DA INTERNET PELOS QUADRINISTAS BRASILEIROS
Eu ia escrever um loooooongo post, citando nomes e puxando orelhas, mas como sou apenas mais um leitor latino-americano sem dinheiro no bolso, resolvi que ao invés de dar um toque em algumas pessoas, vou fazer apenas uma observação genérica, destinada a quem queira ler.
Em qualquer negócio que se preze, sempre há quem produza o que vai ser vendido, e quem venda o que foi produzido, seja na produção de aeronaves, seja na produção de quadrinhos.
Mas, quando falamos em quadrinhos independentes, a coisa muda de figura, visto que os realizadores têm que assumir mais de uma função, para não falar dos caras que fazem TUDO sozinhos.
E é aí que a porca torce o rabo.
Na hora de vender a sua revista, alguns autores não conseguem comutar seu modo de operação de 'criador' para o de 'vendedor'.
O que tenho observado é que os criadores de algumas hqs das quais, paradoxalmente, tomei conhecimento na internet, não têm o devido cuidado na hora de divulgar seus trabalhos na rede.
Estou me referindo especificamente a uma revista e uma editora. Isso mesmo - Editora.
Ok. Consegui encontrar informações sobre ambas em vários sites, blogs, comunidades no orkut e afins. Mas, e os autores? O que eles têm a dizer a respeito dos próprios trabalhos? E, o principal, as amostras de páginas desenhadas? Porque, se eu vejo algumas páginas antes, posso ficar muito mais inclinado a comprar (ou não) aquela(s) revista(s).
"Pô, Massula! Não basta enviar um e-mail aos caras?"
Pode ser. Mas um e-mail presume o início de um colóquio cuja continuidade pode demorar dias, semanas ou que pode mesmo nem começar.
Por várias vezes já tive e-mails não respondidos e algumas vezes, quando tive saco para insistir no assunto, descobri que foi por que a conta não era mais utilizada, minha mensagem caiu num anti-spam ou a pessoa que deveria ter respondido simplesmente esqueceu.
Além disso, a informação (previews, descrições, extras, condições de pagamento) à mão ajuda a alavancar a compra por impulso (creio que há um nome técnico para isso, que me escapa à cabeça agora), aquela que o cidadão está muito a fim de fazer num determinado momento, mas que não faria cinco minutos depois. Por enquanto, esqueça a arte e o enaltecimento do quadrinista brasileiro como artista. Estamos falando de VENDER gibis, certo?
E nem precisa ser nada complicado. Um blogzinho já basta. Há cinco anos atrás, quando comecei isso aqui, ainda era um pouco chato dar uma garibada no blog e tomei couros e mais couros do meu html querido, que desconhecia até então. Mas hoje em dia existem diversos sistemas, inclusive em português, onde qualquer zé-ruela alfabetizado pode criar o seu próprio em questão de minutos.
"Ah, Massula, mas eu não tenho computador em casa!"
Ah, é, filisteu? E aqueles emails que cê mandou pro UNIVERSO HQ e pro BIGORNA (sei que cê também mandou pro OMELETE, mas salvo raras exceções, eles não costumam dar muita bola pro que convencionamos chamar de quadrinho independente. Pelo menos, não os nossos)? E os posts que cê colocou no Orkut e nas listas de discussão?
"Ah, mas um email é jogo rápido, né?"
É. Mas se você IMPRIMIU uma revista, pode muito bem pagar algumas horas numa lan-house e comprar um pen-drive vagabundo (vi um de 1 Giga dia desses no mercado que sei em 10x de 6,90). Problema logístico resolvido.
É claro os anúncios na internet não serão os únicos responsáveis por manter seu produto no mercado. Se o material não se sustenta por si só, não vai ser blog, flog ou site legal que fará isso por ele.
Mas, nos dias de hoje, onde surgem cada vez mais hqs (e isso porque desconsiderei os outros concorrentes), é mais do que interessante que seu gibi tenha um cantinho próprio nessa turba de informação que é a internet. Pois, afinal de contas, a grande objetivo da rede é justamente esse: APROXIMAR PESSOAS.
Claro, você pode cagar e andar para tudo o que eu disse. Mas quem tem mais interesse na venda da sua revista? Eu?
ATÉ O DIA EM QUE O CÃO MORREU
Daí, foi até natural eu não me interessar tanto assim por ATÉ O DIA EM QUE O CÃO MORREU na primeira vez que foi lançado, nos idos de 2003, pela LdM. Cheguei a enviar um email para eles, tempos depois, querendo saber como adquirir este e outros livros do catálogo que eu ainda não tinha, mas o email não foi respondido e acabei deixando o assunto de lado.
Ano passado, calhou de eu estar na região metropolitana de Porto Alegre justamente no dia do lançamento local de MÃOS DE CAVALO. Como disse acima, Galera não era uma das minhas prioridades ficcionais, mas achei por bem sair de Gravataí e baixar na Livraria Cultura (não me lembro em qual shopping fica). Afinal, livros são livros, a resenha me interessou e eu teria a oportunidade de, se me desse na veneta, trocar duas palavrinhas com o autor.
Fiz todo o ritual: peguei um exemplar em uma das pilhas montadas pela livraria, paguei, subi a escadinha do mezanino, entrei na fila - tentando me esquivar (com sucesso) de uma câmera de tv - e aguardei minha vez. Por fim, quando fiquei frente a frente com o Galera, não consegui pensar em nada de interessante para dizer ou perguntar, e me contentei em ouvir dele "espere que goste do livro". Agradeci e fui embora.
Não sei exatamente o motivo, mas o livro teve um efeito magnético. A capa, talvez.
(já te falei que ADORO capas de livro?)
Folheando a parada, não pude deixar de soltar uma risada quando vi que, nos créditos ao fim do livro, Galera citava TERRORISTAS DO MILÊNIO (cuja tradução foi publicada pela mesma editora, aliás), de J.G. BALLARD, que eu, sem saber, comprei no mesmo dia. A coincidência me pareceu boa demais, e resolvi iniciar a leitura de imediato.
E MÃOS DE CAVALO me arrebatou. Sério mesmo. Evocou um punhado de coisas esquecidas e enterradas, o que acabou fazendo com que eu enviasse um email ao Galera, elogiando o livro. Não que minha opinião valha alguma coisa, mas foi uma das poucas vezes que enviei correspondência a um escritor que eu não conheço. Embora não tenha perdido o gosto pela ficção excêntrica que tanto me agrada, estou menos refratário a histórias mais - e talvez esteja cometendo um deslize dizendo isso - naturalistas.
Então, quando fiquei sabendo que ATÉ O DIA... tinha sido relançado, não tive dúvidas e incluí o título na minha lista de aquisições vindouras.
E comprei.
E li.
E gostei.
É bem provável que, se eu tivesse lido em 2003, não percebesse o livro como percebo hoje. E também é bem provável que eu não fosse gostar dele.
Comparações são inevitáveis e, no meu caso, o que me veio à cabeça foi o subestimado TIMBUKTU, do Paul Auster.
A cena em que Churras , o cão do título, se despede de Marcela, a namorada do protagonista, me deu um aperto no coração. Isso para não falar de quando o personagem principal rememora o relacionamento que seu avô tinha com uma dupla de vira-latas. De gelar a espinha.
E quase ia me esquecendo da nova capa, que é linda.
Virou filme, que quero ver o mais rápido possível, junto com outro que veio das letras, O Cheiro do Ralo.
segunda-feira, 7 de maio de 2007
ESTÓRIAS GERAIS TERÁ EDIÇÃO PELA CONRAD
Já não era sem tempo. Achei até que demoraram para "descobrir" esse material. Talvez a publicação na Espanha tenha ajudado. Enfim. Um dos meus quadrinhos de cabeceira. Recomendo, e recomendo.
Visto no blog do Neorama.
sexta-feira, 4 de maio de 2007
PIXEL MAGAZINE 1
Comprei hoje.
Do material que preenche a revista, só não tinha lido ainda a hq do John Constantine e a da Cobweb. Na verdade, com exceção de SHOOT, desconheço totalmente o run do Ellis em Hellblazer.
Gostei da parte gráfica da revista, e acho que o preço tá em conta, levando-se em consideração o público ao qual esse material é destinado.
Também achei acertada o raciocínio dos editores: publicar material auto-contido para fisgar o leitor eventual, aquele que compra revista ocasionalmente, sem se importar muito com possíveis buracos na coleção, que muito provavelmente ele não tem. Os arcos serão publicados em formato livro.
Sei que isso está fazendo alguns puristas soltarem fogo pelas ventas, mas acho que, pelo menos até a revista se consolidar, é o melhor caminho. Os editores tomaram cuidado em colocar textos introdutórios, situando o leitor sobre qual material daquele personagem já foi publicado, por quem, e o que vai ser daqui para frente (embora tenha-se omitido a informação da publicação das primeiras 6 edições de FREQUÊNCIA GLOBAL pela defunta PANDORA. Por que será? }:-).
Só achei estranho não colocarem nenhuma referência ao que será publicado na número 2.
A melhor história? SÉCULO, do Planetary.
quinta-feira, 3 de maio de 2007
ASS 2
Além de ter o acrônimo mais legal do mundo dos quadrinhos (ASS, de All Star Superman, no original), essa revista, a única que acompanho fielmente todo mês, está se mostrando uma das coisas mais legais que se encontra nas bancas.
Dessa vez, Morrison e Quitely transformam Jimmy Olsen num jornalista gonzo e reinventam Apocalypse, o monstro que matou o Supa na continuidade "normal".
O ritmo é o mesmo: porrilhões de idéias correndo soltas por todos os lados, ação desenfreada, história fechada, etc, etc. E custa só 3,90.
Recomendo.
quarta-feira, 2 de maio de 2007
SPONGEBOB FROM HELL
Engraçado.
Ontem estava, pela milésima vez, revendo um episódio do Bob Esponja com o pequeno (onde a Sandy está prestes a hibernar), só então fui reparar - graças aos créditos do desenho, devo dizer - que a trilha sonora era do Pantera.
AGORA SIM - O GRALHA EM MACHINA EX DEUS
Vá até o site e você já vai cair direto na história, no último quadrinho publicado. Para ler desde o início, clique no número 1 que está logo acima do quadrinho.
Caso você esteja vendo isso após o fim da hq, basta procurar na coluna da direita por MACHINA EX DEUS e clicar lá.
E, caso você prefira ir direto ao ponto, clique aqui.
Eu gostei mais da primeira capa que estava lá, mas se o pessoal decidiu por esta outra, beleza.
Comentários são sempre bem-vindos, certo?
terça-feira, 1 de maio de 2007
CHUMA!
O Myspace é um lugar esquisito. Tenho mais contatos lá do que no Orkut, por exemplo, sendo que desconheço totalmente pelo menos 70% deles.
A explicação é fácil. Enquanto na rede preferida pelos brasileiros o foco é mais pessoal, na
outra, o negócio é, hmmm.... business.
outra, o negócio é, hmmm.... business.
Então basta ficar "parado" no Myspace para ser adicionado por tudo quanto é tipo de gente querendo vender seu peixe. Minha política é adicionar qualquer um que me peça, a menos que seja um perfil notadamente fake ou então, que eu não goste. Como sou um cara digitalmente simpático (já não diria que pessoalmente a situação se repita), poucos perfis ficam na peneira.
Dias atrás fui adicionado pelo 4uma (ou Chuma), um grupo de São Petesburgo que seria, à primeira vista, mais uma banda de new metal que tem músicas com nomes em inglês mas canta em russo (ou então, num inglês ininteligível).
Contudo, a diferença está na tecladeira espacial e na inserção de elementos da música tradicional russa no som dos caras. Ouça "Nowhere to Go" e "Breath", para entender do que estou falando.
Eu gostei.
Site oficial dos caras.
AFRICA ADDIO NO GOOGLE VIDEOS
NÃO é para toda a família, e muito menos para se ver no trabalho, antes que você me pergunte.
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