Dia desses, num momento ocioso, dei uma espremida no teclado e
consegui arrancar NÃO ATENDA!, histórinha despretensiosa que preencheu
exatamente uma página de texto no meu editor de textos.
E que você pode ler, caso ainda não saiba, em:
http://txt.blogsome.com
O primeiro que me disser que "não há conflito" perde dez pontos.
terça-feira, 26 de dezembro de 2006
NÃO ATENDA!
Márcio Massula Jr.
Há seis meses, quando meu marido viajou a trabalho, ele, logo que chegou em seu destino, uma cidadezinha perdida no interior da África (da qual não me recordo o nome), me ligou e disse:
- Se o telefone tocar às onze e cinquenta e três da manhã, não atenda! Pegue as crianças e saia de casa imediatamente.
E então desligou. Fiquei confusa, claro. Mas não houve nenhuma ligação às onze e cinquenta e três da manhã. Ele ligou no outro dia, como se nada tivesse acontecido. Falou-me sobre a cidade, sobre os costumes do povo, sobre a comida, sobre o clima e sobre mais um punhado de amenidades que agora não me ocorrem. Falamo-nos por muito tempo (era sempre assim, começávamos com ligações extensas que iam diminuindo gradativamente à media em que se aproximava a data de sua volta) até que, quando meu “eu te amo” já estava na ponta da língua, ele disse:
- Querida, se o telefone tocar às onze e cinquenta e três da manhã, não atenda! Pegue as crianças e saia de casa imediatamente. Te amo. Tchau!
E então desligou.
Minha rotina continuou a mesma. Meu marido não era muito de ligar quando estava longe de casa, mas sempre fazia questão de afirmar que sabia que estávamos bem. E eu sempre acreditei nisso.
Um dia o telefone tocou. Atendi e só pude ouvir um chiado bem leve do outro lado. Disse alô algumas vezes, com um pingo de esperança de que fosse uma ligação intercontinental, mas a única resposta que tive foi um ligeiro aumento no volume do chiado, que ficou, não sei, modulado? Sincopado? Harmônico? Cheguei mesmo a pensar ter entendido uma palavra entre o ruído, mas desliguei.
Olhei para o relógio.
Eram onze e cinquenta e três.
Sem mais nem menos, a casa começou a vibrar inteira, a louça em uníssono com as paredes, a mobília em harmonia com os eletrodomésticos. Tirei as crianças lá de dentro, como meu marido disse. Quando saímos, os vizinhos já se agrupavam em frente à nossa casa. Olhamos para o céu e uma coisa que eu só posso descrever como uma moeda gigante (de um Real, pois as bordas diferiam do centro) pairava sobre nossa casa. Depois surgiu outra, um pouco além, sobre outra casa da rua. E mais outra. E mais outra. E mais outra, até que a visão de moedas gigantes flutuando sobre as residências de pessoas de bem se perdessem no horizonte.
Uma a uma, as maravilhosas telhas coloniais bolivianas que estamos pagando até hoje começaram a se desprender do teto em direção ao centro da moeda, como se estivessem caindo ao contrário. Depois foi o teto inteiro, seguido pela caixa d’água, a laje, o meu guarda-roupas, o computador das crianças, brinquedos, roupas, uma parte da escada que levava ao segundo andar e, por fim, o restante da casa, já reduzido a um monte de pedaços indefinidos de concreto, madeira, plástico e vidro. Nossa casa foi sugada por um disco voador.
Então, o único objeto que consegui salvar de dentro da casa começou a vibrar dentro do bolso da minha camisa, no lado esquerdo do peito, próximo ao coração. Era um número estranho. Atendi. Era o meu marido.
- Porra, benzinho! Eu disse que era para não atender!
segunda-feira, 25 de dezembro de 2006
JUST 1 PAGE
Depois de vários meses, finalmente tenho em mãos a edição 4 da JUST 1 PAGE, coletânea temática britânica de hqs com fins beneficientes, publicada todo ano, e invadida pela brasileirada nesta edição, da qual falei muito por aqui (ou por aqui, não me lembro) tempos atrás. Como não poderia deixar de ser, em ano de Copa do Mundo o assunto foi... futebol + quadrinhos.
Minha contribuição, ao lado do Antonio, foi KABBALAH FOOTBALL CLUB, que pode ser “lida” aqui (clica na lupa “All sizes” para ver maior).
Como toda boa coletânea, a qualidade dos trabalhos vai do sofrível ao sublime, mas como a J1P é um projeto de caridade, vale mais a boa-vontade dos envolvidos (que fizeram e que compraram) que qualquer linha editorial.
E, deixando de lado quaisquer considerações de cunho ético e/ou subjetivo de lado, a qualidade gráfica da revista ficou bacana, sabe?
sexta-feira, 22 de dezembro de 2006
O CUBO MÁGICO DE GONDRY
Aqui, Michel Gondry, diretor de BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS, resolvendo um Cubo de Rubick (conhecido carinhosamente por nós como Cubo Mágico) com os PÉS, em menos de DOIS minutos.
E aqui, um outro vídeo que mostra como ele realmente cometeu a proeza.
Legal.
quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
EMAIL NELES!
Tá, eu sei que devo estar ficando chato e repetitivo (sinal dos tempos?), mas o assunto interessa a todo mundo.
Aqui, alguém que levou às vias de fato a indignação que muita gente.
E lá no fim do post, a lista com os nomes, legendas e E-MAILS de todos os parlamentares que foram a favor do roub... quer dizer, do aumento salarial concedido a si mesmos. Interessante ver que, na hora de meter a mão, os alinhamentos políticos antípodas caem por terra e todo mundo fala a mesma língua: a do dinheiro (público).
Lembro que nessa eleição havia uma propaganda que afirmava que os políticos eram FUNCIONÁRIOS da população. Eu bem que queria trabalhar numa empresa dessas, viu?
A lista, a propósito:
Aldo Rebelo (PC do B-SP):
dep.aldorebelo@camara.gov.br
Renan Calheiros (PMDB-AL):
renan.calheiros@senador.gov.br
Ciro Nogueira (PP-PI):
dep.cironogueira@camara.gov.br
Jorge Alberto (PMDB-SE):
dep.jorgealberto@camara.gov.br
Luciano Castro (PL-RR):
dep.lucianocastro@camara.gov. br
José Múcio (PTB-PE):
dep.josemuciomonteiro@camara.gov.br
Wilson Santiago (PMDB-PB):
dep.wilsonsantiago@camara.gov.br
Miro Teixeira (PDT-RJ):
dep.miroteixeira@camara.gov.br
Sandra Rosado (PSB-RN):
dep.sandrarosado@camara.gov.br
Colbert Martins (PPS-BA):
colbertmartins@camara.gov.br
Bismarck Maia (PSDB-CE):
dep.bismarckmaia@camara.gov.br
Rodrigo Maia (PFL-RJ):
dep.rodrigomaia@camara.gov.br
José Carlos Aleluia (PFL-BA):
dep.josecarlosaleluia@camara.gov.br
Sandro Mabel (PL-GO):
dep.sandromabel@camara.gov.br
Givaldo Carimbão (PSB-AL):
dep.givaldocarimbao@camara.gov.br
Arlindo Chinaglia (PT-SP):
dep.arlindochinaglia@camara.gov.br
Inácio Arruda (PC do B-CE):
dep.inacioarruda@camara.gov.br
Carlos Willian (PTC-MG):
dep.carloswillian@camara.gov.br
Mário Heringer (PDT-MG):
dep.marioheringer@camara.gov.br
Inocêncio Oliveira (PL-PE):
dep.inocenciooliveira@camara.gov.br
Demóstenes Torres (PFL-GO):
demostenes.torres@senador.gov.br
Efraim Moraes (PFL-PB):
efraim.morais@senador.gov.br
Tião Viana (PT-AC):
tiao.viana@senador.gov.br
Ney Suassuna (PMDB-PB):
neysuassun@senador.gov.br
Benedito de Lira (PL-AL):
dep.beneditodelira@camara.gov.br
Ideli Salvatti (PT-SC):
ideli.salvatti@senadora.gov.br
Vão lá, pessoal, e encham as caixas postais desse pessoal de mensagens. E caso você também for boicotar o filme TURISTAS, esta pode ser uma ótima oportunidade para conseguir correligionários, não? ;-)
Aqui, alguém que levou às vias de fato a indignação que muita gente.
E lá no fim do post, a lista com os nomes, legendas e E-MAILS de todos os parlamentares que foram a favor do roub... quer dizer, do aumento salarial concedido a si mesmos. Interessante ver que, na hora de meter a mão, os alinhamentos políticos antípodas caem por terra e todo mundo fala a mesma língua: a do dinheiro (público).
Lembro que nessa eleição havia uma propaganda que afirmava que os políticos eram FUNCIONÁRIOS da população. Eu bem que queria trabalhar numa empresa dessas, viu?
A lista, a propósito:
Aldo Rebelo (PC do B-SP):
dep.aldorebelo@camara.gov.br
Renan Calheiros (PMDB-AL):
renan.calheiros@senador.gov.br
Ciro Nogueira (PP-PI):
dep.cironogueira@camara.gov.br
Jorge Alberto (PMDB-SE):
dep.jorgealberto@camara.gov.br
Luciano Castro (PL-RR):
dep.lucianocastro@camara.gov. br
José Múcio (PTB-PE):
dep.josemuciomonteiro@camara.gov.br
Wilson Santiago (PMDB-PB):
dep.wilsonsantiago@camara.gov.br
Miro Teixeira (PDT-RJ):
dep.miroteixeira@camara.gov.br
Sandra Rosado (PSB-RN):
dep.sandrarosado@camara.gov.br
Colbert Martins (PPS-BA):
colbertmartins@camara.gov.br
Bismarck Maia (PSDB-CE):
dep.bismarckmaia@camara.gov.br
Rodrigo Maia (PFL-RJ):
dep.rodrigomaia@camara.gov.br
José Carlos Aleluia (PFL-BA):
dep.josecarlosaleluia@camara.gov.br
Sandro Mabel (PL-GO):
dep.sandromabel@camara.gov.br
Givaldo Carimbão (PSB-AL):
dep.givaldocarimbao@camara.gov.br
Arlindo Chinaglia (PT-SP):
dep.arlindochinaglia@camara.gov.br
Inácio Arruda (PC do B-CE):
dep.inacioarruda@camara.gov.br
Carlos Willian (PTC-MG):
dep.carloswillian@camara.gov.br
Mário Heringer (PDT-MG):
dep.marioheringer@camara.gov.br
Inocêncio Oliveira (PL-PE):
dep.inocenciooliveira@camara.gov.br
Demóstenes Torres (PFL-GO):
demostenes.torres@senador.gov.br
Efraim Moraes (PFL-PB):
efraim.morais@senador.gov.br
Tião Viana (PT-AC):
tiao.viana@senador.gov.br
Ney Suassuna (PMDB-PB):
neysuassun@senador.gov.br
Benedito de Lira (PL-AL):
dep.beneditodelira@camara.gov.br
Ideli Salvatti (PT-SC):
ideli.salvatti@senadora.gov.br
Vão lá, pessoal, e encham as caixas postais desse pessoal de mensagens. E caso você também for boicotar o filme TURISTAS, esta pode ser uma ótima oportunidade para conseguir correligionários, não? ;-)
domingo, 17 de dezembro de 2006
QUERIDO PAPAI NOEL...
Fui um bom garoto este ano, então quero pedir de presente um superlaptop de 20.1 polegadas, com 4 giga de RAM, 600 de HD e sei lá mais o quê.
Assinado,
Eu.
Assinado,
Eu.
sábado, 16 de dezembro de 2006
O PIOR DO BRASIL É O BRASILEIRO
Gente, onde estão as correntes de email agora?
Acho estranho que as mesmas pessoas que afirmavam zelar pela boa imagem desse nosso Brasil varonil lá fora, que me chamaram de americanizado (e de coisas menos singelas) - porque, em tom de pilhéria, disse que não ia boicotar o filme TURISTAS nem repassar a tal mensagem que circulou por aí-, que soltaram fogo pelas ventas por causa de um filmeco de terceira, até agora não me mandaram nenhuma mensagem comentando o aumento abusivo (eu diria até extorsivo) que os nossos ilustríssimos deputados federais concederam a si mesmos nesta semana.
Isso só comprova que a massa acéfala que faz crescer esse tipo de “movimento”:
a) não tem a mínima noção do que se passa um palmo à sua frente.
b) não lê as mensagens antes de reencaminhá-las.
c) se lê, não reflete sobre a validade do que estão prestes a fazer.
Mas, acho que é mais fácil estar em dia com seus... aham!... deveres cívicos selecionando todos os contatos do catálogo de endereços apertando o fwd do que digitar duas linhas no corpo da mesma mensagem que vão enviar, não é?
sexta-feira, 15 de dezembro de 2006
DEPUTADOS FEDERAIS AUMENTAM OS PRÓPRIOS SALÁRIOS EM 91%
E passam a embolsar aproximadamente 24.000 R$.
Cês não têm vergonha na cara mesmo, né rapaziada?
Que lástima.
(Alguém aí conhece alguma dimensão paralela pertinho daqui?)
Cês não têm vergonha na cara mesmo, né rapaziada?
Que lástima.
(Alguém aí conhece alguma dimensão paralela pertinho daqui?)
sábado, 9 de dezembro de 2006
EDITAL PETROBRAS.
O Edital do Programa Petrobras de Cultura tem uma novidade este ano: a categoria CRIAÇÃO LITERÁRIA.
Só um adendo: o regulamento é bem específico e as inscrições só valem para quem já teve um livro publicado “oficialmente”, ou seja, com ISBN. Diletantes, como eu, estão fora do páreo, por enquanto.
As inscrições vão até dia 31/01/07.
TURISTAS 2 – A MISSÃO
Normalmente deixo esse tipo de coisa passar batido e me contento em siplesmente apagar as mensagens mas ontem, após a enxurrade de e-mails conclamando todos a boicotarem o filme TURISTAS - devido a meu mood atual, acho - não consegui me conter e respondi alguns (com cópia para todo mundo, como manda o figurino). Hoje começaram a chegar os hate-mails.
Engraçado como a retórica da oposição costuma se resumir a um grupo de vocábulos que costuma gravitar em torno de variações do “vai tomar no cú, seu americanizado vendido desgraçado!”. E como após a réplica, essas mesmas pessoas costumam desaparecer no limbo da internet.
Fico pensando se eu vivo numa realidade paralela, onde as pessoas realmente acreditam que um filmeco barato de terror vai queimar MAIS o filme do país do que os próprios brasileiros. Uma realidade paralela onde o resto do mundo NÃO sabe que a maior cidade do país ficou paralisada alguns dias por causa de uma organização criminosa, onde se executam policiais (e bombeiros!) a luz do dia, onde magistrados que executam seguranças de supermercado em frente à câmeras de segurança são punidos com aposentadorias milionárias enquanto mulheres que roubam um pote de manteiga por desespero pegam cana grossa, onde a corrupção dos políticos chega a ser tão escandalosa que passa a ser cômica (ou, melhor, tragicômica), onde é possível se encontrar, sem procurar muito, tudo quanto é tipo de mazela social imaginável e inimaginável (incluindo aí, tráfico de órgãos).
Como eu acho que eu NÃO vivo nesse mundo paralelo e o restante do planeta também sabe o que se passa por aqui, acho que um filme trash é o menor dos nossos problemas no que diz respeito à manutenção da nossa imagem junto à comunidade internacional.
Além do que, toda essa campanha de boicote está é dando mais uma prova de sua visão limitada dos seus partidários, fazendo uma puta publicidade para o filme.
Aos boicotadores: discordem, esperneiem, mas sejam elegantes.
sexta-feira, 8 de dezembro de 2006
TURISTAS
Um colega em uma lista de discussão enviou para lá o texto deste post, que Rodrigo Constantino colocou em seu blog, acerca do oba-oba desmesurado sobre o filme TURISTAS, que estréia por aqui ano que vem.
Concordo com o Rodrigo.
Isso me lembra o alvoroço que alguns leitore fizeram por causa de um pequeno trecho – que, se não me falha a memória, não passava de um parágrafo – aludindo a satanistas brasileiros ou algo assim no último livro de William Gibson, RECONHECIMENTO DE PADRÕES. Ou então, num episódio mais famoso ainda, que foi aquele dos Simpsons no Brasil.
Situação pífia.
UPDATE: pouco após postar as linhas acima, comecei a receber os tais e-mails convocando a nação brasileira a boicotar o filme. Como disse, situação pífia.
quinta-feira, 7 de dezembro de 2006
JOACY JAMIS
Sei lá porque o Blogger não está permitindo a edição do post que está logo atrás, então estou colocando a notícia aqui:
a informação a respeito da morte de Joacy Jamis, que postei aqui ontem, está incorreta. O blog do Universo HQ noticiou hoje (07/12/2006) que ele está em estado gravíssimo, mas vivo.
a informação a respeito da morte de Joacy Jamis, que postei aqui ontem, está incorreta. O blog do Universo HQ noticiou hoje (07/12/2006) que ele está em estado gravíssimo, mas vivo.
quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
ANARCOS
Descobri outra “blogovela”, nos mesmos moldes de A CASA CAIU (o primeiro capítulo, inclusive, é muito parecido em termos de imagem), só que, desta vez, a produção é venezuelana. Nem preciso dizer de onde roubei a notícia, né?
O SHOW DEVE CONTINUAR
Esse filme (ALL THAT JAZZ, no original) era a última coisa que eu esperaria ver exibido numa viagem de ônibus, onde o conteúdo programático costuma ser, digamos, mais familiar. Nunca tinha ouvido falar até então, mas já entrou na minha lista de preferidos. Embora seja, a princípio, classificado como musical, acho que vai além disso. Metalinguagem e montagem modernosa para a época. E o mais engraçado é que achei que o filme fosse mais recente. Dei uma olhada no IMDB agora e, ao contrário do que pensei, foi feito na década de 70 mesmo. Não teria chamado minha atenção anos atrás, mas as pessoas mudam, sabe como é. Se puder, assista.
UMA COISA LEVA À OUTRA
Trocando e-mails com um amigo hoje, me lembrei de uma coisa.
Tempos atrás, não me pergunte como, botei minhas mãos em alguns episódios da série GUINEA PIG, que, reza a lenda, teve um dos seus episódios (que, além do fato de terem sido produzidos pela mesma empresa, nada têm em comum) confundido com um snuff pelo ator Charlie Sheen, o que gerou, inclusive, investigações do FBI, muitos anos atrás. Gogleia aí que cê vai saber mais.
Pouco tempo atrás, comprei PANORAMA DO INFERNO, mangá de terror que deve ter feito muito otaku ter se mijado todo na década de 80, quando foi lançado, mas que hoje não me soa lá tão horrível assim. Descobri, para minha surpresa, que Hideshi Hino, autor do mangá, também foi o diretor do episódio 2 dos GUINEA, Flower of Flesh and Blood (Chiniku no hana, no original), o mais podrão dos que eu assisti.
E, neste sábado, numa noite de insônia num hotel que me fez passar muita raiva, acabei assistindo o programa ALTAS HORAS, onde o ator Caio Blatt revelou ao cantor Fábio Junior a intenção de fazer uma possível adaptação cinematográfica – com a participação do segundo - de um conto extraído do livro OU CLAVÍCULAS, de Cristiano Baldi. O nome do conto? Fábio Junior. Eu tenho esse livro e já li, mas não tenho nem vaga lembrança da história. Tá ali na estante. Pensei em reler. Quem sabe...
FALECEU JOACY JAMIS.
Fiquei sabendo agora há pouco que faleceu o quadrinista brasileiro JOACY JAMIS, mantenedor de um site bastante elogiado e bem conhecido no meio.
Embora não fosse íntimo do Joacy, esbarrei com ele por estas listas de discussão da vida várias vezes, e tenho aqui algumas hqs de sua lavra.
Uma pena, realmente.
Deixo aqui registrados meus pêsames.
EM TEMPO: a notícia que dei acima está incorreta. O blog do Universo HQ noticiou hoje (07/12/2006) que o Joacy está em estado gravíssimo, mas vivo.
Embora não fosse íntimo do Joacy, esbarrei com ele por estas listas de discussão da vida várias vezes, e tenho aqui algumas hqs de sua lavra.
Uma pena, realmente.
Deixo aqui registrados meus pêsames.
EM TEMPO: a notícia que dei acima está incorreta. O blog do Universo HQ noticiou hoje (07/12/2006) que o Joacy está em estado gravíssimo, mas vivo.
FALECEU JOACY JAMIS
Fiquei sabendo agora há pouco que faleceu o quadrinista brasileiro JOACY JAMIS, mantenedor de um site bastante elogiado e bem conhecido no meio.
Embora não fosse íntimo do Joacy, esbarrei com ele por estas listas de discussão da vida várias vezes, e tenho aqui algumas hqs de sua lavra.
Uma pena, realmente.
Deixo aqui registrados meus pêsames.
Embora não fosse íntimo do Joacy, esbarrei com ele por estas listas de discussão da vida várias vezes, e tenho aqui algumas hqs de sua lavra.
Uma pena, realmente.
Deixo aqui registrados meus pêsames.
93
93. Essse foi o número de páginas finalizadas de roteiros para hq que consegui escrever neste ano de 2006, até agora. Nada mal. Quero dizer, nada mal para os meus padrões, veja bem. Isso dá uma média de 1 página a cada quatro dias (quando minha média ideal seriam 4 páginas por dia), mas, para quem já vinha andando totalmente desanimado com o meio, até que foi uma boa contagem.
Desse montante, 56 (48+8) foram desenvolvidas dentro de um universo alheio. Escrevi um álbum nos moldes europeus (do qual já devo ter falado en passant por aqui), e não gostei do resultado final. Resolvi deixar na geladeira antes de entrar na fase do “cortar/modificar”, mas gostei o suficiente de um dos personagens que iam dançar na reescritura para resgatá-lo e fazer uma hqzinha de 8 páginas protagonizada por ele. Infelizmente, parece que o material não despertou muita atenção de quem deveria, então, foram 56 páginas para a lixeira. Ou não. Lei de Lavoisier, já ouviram falar?
5 foram uma hqzinha de terror/humor negro pra uma coletânea temática que nunca deve dar o ar da graça.
Outras 16 foram os capítulos 2 e 3 de LIBRA, série da qual vocês já devem estar carecas de saber. O capítulo 1 foi escrito ano passado.
E, por fim, as 16 últimas são para uma idéia que ressucitei essa semana. Tá, eu sei que alguns posts atrás disse que iria perder menos tempo fazendo roteiros, e que, com exceção de LIBRA, largaria mão disso. Mas, sabem como é, os dedos coçam, as sinapses estalam e lá vamos nós. Além disso, não é uma idéia nova. Foi algo que burilei por um bom tempo no ano passado e, por motivos variados, acabei deixando de lado. A grande mudança foi que acabei espremendo em 16 páginas o que teria sido originalmente pensado para preencher 30. Preciso revisar, e o desafio agora vai ser deixar tudo coerente e interessante.
Deu até vontade de dar um gás por aqui e escrever o quarto capítulo de LIBRA, pra fechar o ano em 101. Quem sabe?
Nem preciso dizer que até agora nenhuma desses textos viu a ponta de um lápis. LIBRA está sendo desenhada, mas o Leal está fazendo o capítulo 1, que não entra nesta contagem.
Ao que parece, continuarei esmurrando pontas de faca por aqui.
Desse montante, 56 (48+8) foram desenvolvidas dentro de um universo alheio. Escrevi um álbum nos moldes europeus (do qual já devo ter falado en passant por aqui), e não gostei do resultado final. Resolvi deixar na geladeira antes de entrar na fase do “cortar/modificar”, mas gostei o suficiente de um dos personagens que iam dançar na reescritura para resgatá-lo e fazer uma hqzinha de 8 páginas protagonizada por ele. Infelizmente, parece que o material não despertou muita atenção de quem deveria, então, foram 56 páginas para a lixeira. Ou não. Lei de Lavoisier, já ouviram falar?
5 foram uma hqzinha de terror/humor negro pra uma coletânea temática que nunca deve dar o ar da graça.
Outras 16 foram os capítulos 2 e 3 de LIBRA, série da qual vocês já devem estar carecas de saber. O capítulo 1 foi escrito ano passado.
E, por fim, as 16 últimas são para uma idéia que ressucitei essa semana. Tá, eu sei que alguns posts atrás disse que iria perder menos tempo fazendo roteiros, e que, com exceção de LIBRA, largaria mão disso. Mas, sabem como é, os dedos coçam, as sinapses estalam e lá vamos nós. Além disso, não é uma idéia nova. Foi algo que burilei por um bom tempo no ano passado e, por motivos variados, acabei deixando de lado. A grande mudança foi que acabei espremendo em 16 páginas o que teria sido originalmente pensado para preencher 30. Preciso revisar, e o desafio agora vai ser deixar tudo coerente e interessante.
Deu até vontade de dar um gás por aqui e escrever o quarto capítulo de LIBRA, pra fechar o ano em 101. Quem sabe?
Nem preciso dizer que até agora nenhuma desses textos viu a ponta de um lápis. LIBRA está sendo desenhada, mas o Leal está fazendo o capítulo 1, que não entra nesta contagem.
Ao que parece, continuarei esmurrando pontas de faca por aqui.
segunda-feira, 4 de dezembro de 2006
93
93. Essse foi o número de páginas finalizadas de roteiros para hq que consegui escrever neste ano de 2006, até agora. Nada mal. Quero dizer, nada mal para os meus padrões, veja bem. Isso dá uma média de 1 página a cada quatro dias (quando minha média ideal seriam 4 páginas por dia), mas, para quem já vinha andando totalmente desanimado com o meio, até que foi uma boa contagem.
Desse montante, 56 (48+8) foram desenvolvidas dentro de um universo alheio. Escrevi um álbum nos moldes europeus (do qual já devo ter falado en passant por aqui), e não gostei do resultado final. Resolvi deixar na geladeira antes de entrar na fase do “cortar/modificar”, mas gostei o suficiente de um dos personagens que iam dançar na reescritura para resgatá-lo e fazer uma hqzinha de 8 páginas protagonizada por ele. Infelizmente, parece que o material não despertou muita atenção de quem deveria, então, foram 56 páginas para a lixeira. Ou não. Lei de Lavoisier, já ouviram falar?
5 foram uma hqzinha de terror/humor negro pra uma coletânea temática que nunca deve dar o ar da graça.
Outras 16 foram os capítulos 2 e 3 de LIBRA, série da qual vocês já devem estar carecas de saber. O capítulo 1 foi escrito ano passado.
E, por fim, as 16 últimas são para uma idéia que ressucitei essa semana. Tá, eu sei que alguns posts atrás disse que iria perder menos tempo fazendo roteiros, e que, com exceção de LIBRA, largaria mão disso. Mas, sabem como é, os dedos coçam, as sinapses estalam e lá vamos nós. Além disso, não é uma idéia nova. Foi algo que burilei por um bom tempo no ano passado e, por motivos variados, acabei deixando de lado. A grande mudança foi que acabei espremendo em 16 páginas o que teria sido originalmente pensado para preencher 30. Preciso revisar, e o desafio agora vai ser deixar tudo coerente e interessante.
Deu até vontade de dar um gás por aqui e escrever o quarto capítulo de LIBRA, pra fechar o ano em 101. Quem sabe?
Nem preciso dizer que até agora nenhuma desses textos viu a ponta de um lápis. LIBRA está sendo desenhada, mas o Leal está fazendo o capítulo 1, que não entra nesta contagem.
Ao que parece, continuarei esmurrando pontas de faca por aqui.
CAFUNÉ
Para mim, CAFUNÉ já teria seus méritos só por ter me feito voltar às redes de P2P. Nada contra, mas não tenho muito saco de ficar pendurado na rede, rezando pela boa vontade do meu interservidor ser maior do que minha paciência e ele não me kickar por que meu “rate” - ou seja lá qual for o nome do sistema classificatório hoje em dia - não está de acordo com o que ele acredita ser o ideal. Enfim.
CAFUNÉ é um filme do diretor Bruno Vianna, que filmou tudo com recursos do governo. E, segundo o diretor, se o filme foi feito com dinheiro do povo, nada mais lógico do que liberá-lo de graça na internet. Ou, quase isso. Na verdade, ele liberou uma versão alternativa, com o final diferente da que foi exibida nos cinemas. Mas não foi só isso. Ele também liberou uma versão extendida, com várias cenas que não entrarm na edição final, para que o público pudesse – desde que dispusesse de conhecimento e recursos técnicos – montar sua própria versão.
Virou meu herói, Bruno.
E eu ainda nem assisti o filme.
Mais detalhes aqui. Leia até o final porque vale a pena
E aqui, o site do filme.
quinta-feira, 30 de novembro de 2006
domingo, 26 de novembro de 2006
sexta-feira, 24 de novembro de 2006
LIBRA: LÍNGUAS MORTAS.
Como o Leal – agora também membro da comuna blogspótica – já liberou as páginas, resolvi seguir o exemplo. Vão aí as duas primeiras páginas do primeiro capítulo da série LIBRA.
PÁGINA 1
A versão final deve sofrer pequenas alterações, como a pequena ilustração que está no painel reservado ao título. Ficou do grandecíssimo caralho, mas tá entregando o ouro.
PÁGINA 2
É interessante ver como o desenhista reinterpreta o que está no roteiro. O Leal fez pequenas alterações na distribuição dos painéis e dos diálogos. Neste caso, foram todas bem vindas. Meu painel preferido é o sexto, onde o descomunal Gládio se espreme embaixo de um guarda-sol fajuto. Acabou gerando um efeito cômico, involuntariamente.
Já falei disso antes, mas vá lá. LIBRA é composta por pequenos capítulos de 8 páginas, autocontidos, mas inseridos dentro de uma narrativa maior. Não faço a mínima idéia de onde e/ou como publicaremos isso. Concluí recentemente o terceiro roteiro, e o Leal está no lápis do primeiro. Agora é tocar o barco.
PÁGINA 1
A versão final deve sofrer pequenas alterações, como a pequena ilustração que está no painel reservado ao título. Ficou do grandecíssimo caralho, mas tá entregando o ouro.
PÁGINA 2
É interessante ver como o desenhista reinterpreta o que está no roteiro. O Leal fez pequenas alterações na distribuição dos painéis e dos diálogos. Neste caso, foram todas bem vindas. Meu painel preferido é o sexto, onde o descomunal Gládio se espreme embaixo de um guarda-sol fajuto. Acabou gerando um efeito cômico, involuntariamente.
Já falei disso antes, mas vá lá. LIBRA é composta por pequenos capítulos de 8 páginas, autocontidos, mas inseridos dentro de uma narrativa maior. Não faço a mínima idéia de onde e/ou como publicaremos isso. Concluí recentemente o terceiro roteiro, e o Leal está no lápis do primeiro. Agora é tocar o barco.
LIBRA: LÍNGUAS MORTAS.
Como o Leal – agora também membro da comuna blogspótica – já liberou as páginas, resolvi seguir o exemplo. Vão aí as duas primeiras páginas do primeiro capítulo da série LIBRA.
PÁGINA 1
A versão final deve sofrer pequenas alterações, como a pequena ilustração que está no painel reservado ao título. Ficou do grandecíssimo caralho, mas tá entregando o ouro.
PÁGINA 2
É interessante ver como o desenhista reinterpreta o que está no roteiro. O Leal fez pequenas alterações na distribuição dos painéis e dos diálogos. Neste caso, foram todas bem vindas. Meu painel preferido é o sexto, onde o descomunal Gládio se espreme embaixo de um guarda-sol fajuto. Acabou gerando um efeito cômico, involuntariamente.
Já falei disso antes, mas vá lá. LIBRA é composta por pequenos capítulos de 8 páginas, autocontidos, mas inseridos dentro de uma narrativa maior. Não faço a mínima idéia de onde e/ou como publicaremos isso. Concluí recentemente o terceiro roteiro, e o Leal está no lápis do primeiro. Agora é tocar o barco.
OCEANS ou FILMANDO VIDEOCLIPS COM CELULARES.
Este é o clipe de Oceans, do cantor inglês Rob Dickinson. Nunca ouviu falar? Nem eu. Mas, se você está achando o sobrenome parecido com o de outro vocalista britânico, saiba que suas suspeitas estão corretas: ele é primo do Bruce Dickinson.
O interessante MESMO nesse clipe é que ele foi totalmente filmado com um celular Nokia N93
Aqui está o Making Of:
Aê, favela. Agora cê não tem mais desculpa para não fazer o seu clipe.
(mais uma notícia surrupiada no Blogacine)
terça-feira, 21 de novembro de 2006
domingo, 19 de novembro de 2006
sábado, 18 de novembro de 2006
E O BAMBU?
Já queria ter postado há dias, mas o tempo e a disposição andaram escassos. Os hypes no Youtube costumam ter vida curta, mas esse tem que ficar registrado.
Japinha do bambu, se você estiver lendo isso, saiba que virei seu fã.
Japinha do bambu, se você estiver lendo isso, saiba que virei seu fã.
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
PORTAL DO LEITOR
Mais um site de social networking para consumir meu já escasso tempo online. Pelo menos, agora o foco é num negócio que eu REALMENTE gosto: Livros.
Se você já participa de algum orkut da vida, sabe como é: comunidades, amigos, perfis e tudo mais.
Se você já participa de algum orkut da vida, sabe como é: comunidades, amigos, perfis e tudo mais.
MANIOBRA 36
Achei num blog de um roteirista espanhol.
A "Maniobra 36" está, aliás, inclusa numa série de posts que o tal Pianista está reunindo sob o epíteto de MANUAL DE SUPERVIVENCIA PARA GUIONISTAS.
Impagável.
A "Maniobra 36" está, aliás, inclusa numa série de posts que o tal Pianista está reunindo sob o epíteto de MANUAL DE SUPERVIVENCIA PARA GUIONISTAS.
Impagável.
sexta-feira, 10 de novembro de 2006
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
BLOGACINE – BLOG VENEZUELANO DE CINEMA
Estou para falar disso há tempos, mas, como sempre, acabo me esquecendo.
O Blogacine sempre traz matérias interessantes, além de links para baixar uns filmes legais, motivo este, inclusive, que me fez vencer a inércia e digitar estas poucas linhas: disponibilizaram, desta vez, “Um cão andaluz”, curta de ninguém mais ninguém menos do que Luiz Buñuel e Salvador Dalí, famosíssimo pela cena da navalha, que, pelo frame apresentado no post, vocês podem imaginar qual é.
Além disso, pelo menos para mim, o cinema venezuelano era praticamente desconhecido.
O REI ARENQUE
O escritor português David Soares publicou em seu blog uma hq que escreveu especialmente para o catálogo do 17º Festival Internacional de Banda Desenhada de Amadora, O REI ARENQUE, que mescla lembranças pessoais, história ocidental e portuguesa, tudo gravitando em torno do número 17.
E, para manter o clima geral de delírio, a arte de Richard Câmara casa direitinho.
quarta-feira, 1 de novembro de 2006
A MÃO QUE CRIA
Não sei onde tava com a cabeça, por pensar que já tinha publicado uma notinha sobre isso aqui antes, mas ainda há tempo.
O designer carioca Octávio Aragão, criador do projeto Intempol, acaba de lançar o romance A MÃO QUE CRIA, pelo selo Únicórnio Azul, da editora Mercuryo, que tem como objetivo “incentivar a literatura nos gêneros ficção científica, fantasia, aventura, ficção histórica, história alternativa e romance histórico.”
Como eu sei que cê é o maior preguiçoso e não vai clicar no link aí de cima, reproduzo a sinopse que tá no site:
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Num mundo povoado por alguns dos mais célebres personagens da literatura fantástica, essa história leva o leitor ao cerne de uma luta secular entre duas famílias e dois ideais. Frutos da engenhosidade humana, o Ariano e Lours McKenzie vivem os últimos lances de um duelo iniciado por paixão e ódio no século XIX.
O conflito, porém, acontece numa Europa modificada pelos sonhos tecnológicos implementados durante o mandato de Júlio Verne como presidente da França. Com isso, submarinos inspirados na nau do capitão Nemo e armas maravilhosas desenvolvidas para combater as tropas alemãs durante a Segunda Guerra Mundial dividiam espaço com outros prodígios da tecnologia. Mas, uma luta maior e mais importante para o mundo acontece nas profundezas dos mares.
No romance, que pode ser considerado como a primeira aventura brasileira no ramo da ficção alternativa, Octavio Aragão, criador do projeto Intempol®, pede licença a autores com H.G. Wells, Mary Shelley e ao próprio Júlio Verne, que é um dos personagens-chave de A Mão que Cria.
Ação inteligente, pesquisa histórica e ficcional impecável e dois personagens marcantes dão o tom a esta história de tirar o fôlego do mais ávido dos leitores.
O conflito, porém, acontece numa Europa modificada pelos sonhos tecnológicos implementados durante o mandato de Júlio Verne como presidente da França. Com isso, submarinos inspirados na nau do capitão Nemo e armas maravilhosas desenvolvidas para combater as tropas alemãs durante a Segunda Guerra Mundial dividiam espaço com outros prodígios da tecnologia. Mas, uma luta maior e mais importante para o mundo acontece nas profundezas dos mares.
No romance, que pode ser considerado como a primeira aventura brasileira no ramo da ficção alternativa, Octavio Aragão, criador do projeto Intempol®, pede licença a autores com H.G. Wells, Mary Shelley e ao próprio Júlio Verne, que é um dos personagens-chave de A Mão que Cria.
Ação inteligente, pesquisa histórica e ficcional impecável e dois personagens marcantes dão o tom a esta história de tirar o fôlego do mais ávido dos leitores.
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Parece mui interessante. Vamos conferir, por certo.
terça-feira, 31 de outubro de 2006
NÃO MORREMOS
Apesar da paredeira geral, o TXT, minha caixinha de areia fictícia e ficcional, não morreu. Considere-o hibernando em carbonita.
Deixei BIZANGO meio de lado por enquanto porque estou me dedicando – não tanto quanto gostaria, é verdade – à MARRETA, folhetim escrito a quatro mãos, minhas e do por Abmael M. C.
Além disso, num acesso de entusiasmo deslavado, acabei me registrando no NANOWRIMO, que, sendo sucinto, trata-se de uma competição onde os participantes têm que escrever, entre os dias 1 e 30 de novembro, uma novela com no mínimo 50.000 palavras. O que dá um valor aproximado de 1650 palavras por dia. Se eu, com as minhas 300tinhas diárias às vezes já fico à beira de um colapso nervoso, nem imagino o que possa acontecer com 1650. Mas a vida é feita de experiências, então vamos lá. Na verdade estou encarando isso como um estímulo para dar o pontapé inicial em uma idéia que já está alcançando massa crítica aqui dentro da cachola. Veremos. Mas, só pra te dar um toque, não espere atividade por lá até o início de dezembro, certo? Nos encontramos por aquelas quebradas no mês do Papai Noel.
CENTRAL DE PROJETOS
Dia desses, dando uma bandeada pela central de projetos do Celtx (onde a rapaziada pode exibir seus roteiros e projetos), me deparei com dois exemplos que achei interessantes, por fugirem totalmente da cartilha de formatação que se vê por aí.
Um, chamado HARPER TOWN (se quiser ler o roteiro, clica lá em script, no canto inferior esquerdo da tela), escrito por Nij Holm, tem uma sinopse bem interessante:
"A new 21st century war horror. WWIII went wrong for the Americans, they lost, and the UN invaded. One Chinese tank and 6 troopers get lost in the Nevada desert. They roll into Harper Town, Nevada, USA. The poor Chinese boys never seen a week like it. "
Mas o que chamou a atenção mesmo foi o foda-se que Holm tocou para a tradicional formatação do roteiro (se bem que este foi feito para a tv, não faço idéia de que país).
Já no outro extremo (e pouparemos nomes aqui para evitar constragimentos), está uma história de horror, escrita em português, que é um dos piores roteiros que já li na minha vida. Erros crassos de português, e uma formatação que deve ter dado MAIS trabalho ao ter sido feita no Celtx, o que me leva à duas considerações:
a) a pessoa escreveu em outro programa - um editor de textos comum - e tentou importar, sem sucesso, obviamente, para o formato do Celtx.
b) foi escrito por um adolescente.
Um, chamado HARPER TOWN (se quiser ler o roteiro, clica lá em script, no canto inferior esquerdo da tela), escrito por Nij Holm, tem uma sinopse bem interessante:
"A new 21st century war horror. WWIII went wrong for the Americans, they lost, and the UN invaded. One Chinese tank and 6 troopers get lost in the Nevada desert. They roll into Harper Town, Nevada, USA. The poor Chinese boys never seen a week like it. "
Mas o que chamou a atenção mesmo foi o foda-se que Holm tocou para a tradicional formatação do roteiro (se bem que este foi feito para a tv, não faço idéia de que país).
Já no outro extremo (e pouparemos nomes aqui para evitar constragimentos), está uma história de horror, escrita em português, que é um dos piores roteiros que já li na minha vida. Erros crassos de português, e uma formatação que deve ter dado MAIS trabalho ao ter sido feita no Celtx, o que me leva à duas considerações:
a) a pessoa escreveu em outro programa - um editor de textos comum - e tentou importar, sem sucesso, obviamente, para o formato do Celtx.
b) foi escrito por um adolescente.
A CASA CAIU
sexta-feira, 27 de outubro de 2006
WOLVERINE: SAUDADE
Por esta eu não esperava.
Saiu uma matéria de duas páginas (com mais figuras do que texto, é verdade, mas, ora, estamos falando de quadrinhos!) na Superinteressante deste mês (edição 231, com Anarquismo como matéria de capa), sobre a hq WOLVERINE: SAUDADE, a primeira do personagem feita fora dos states, produzida pela Panini italiana – numa iniciativa bem legal e que podia ter suas ramificações no lado de baixo do equador -, de autoria do roteirista Jean-David Morvan e do desenhista Philippe Buchet (mais informações aqui, aqui e aqui).
No site da revista, existe um preview (cuja visualização tá meio ruim) com três páginas.
ROTEIRIZANDO.
Já antecipei uma das minhas decisões de fim de ano, e, depois de pensar bem, decidi (com uma única exceção) largar mão de vez desse negócio de fazer roteiros para hq.
Foram muitos roteiros não-lidos, não respondidos, não correspondidos, não desenhados, e é cada vez mais frustrante pensar que vou passar horas burilando algo cujo destino vai acabar sendo um diretório esquecido em meu computador.
Eu ADORO a linguagem dos quadrinhos. Até mantenho este blog só pra falar disso. É fascinante escrever roteiros: imaginar qual vai ser a melhor maneira de unir as palavras e as imagens sugeridas ao desenhista. Saber como o desenhista vai reinterpretar aquilo que você escreveu, o que ele cortou, o que ele mudou e o que ele agregou artisticamente. As conversas que virão na sequência, etc. Mas, vamos aos fatos.
O roteiro é a parte fácil da – com o perdão do trocadalho – história. Fácil porque é algo mais etéreo, ainda está mais no reino das idéias do que no nosso mundinho bunda-de-jaca. A gente pode escrever um roteiro de várias formas: num laptop de última geração, num palm, num caderno, em pedeços de papel de pão, guardanapos, no editor de textos do celular (haja paciência!), enfim, em qualquer meio onde seja possível gravar uma quantidade significativa de palavras. A gente pode escrever um roteiro enquanto espera a consulta, enquanto estamos em horário de almoço, enquanto estamos na praça de alimentação do shopping nos entupindo de quantidades insalubres de carboidratos e proteínas e, a minha preferida, no horário de trabalho (nestes casos, gosto de pensar que estou, indiretamente, sendo remunerado para isso).
Já com o desenho, o buraco é bem mais embaixo. O desenhista necessita de um espaço próprio, necessita de ferramentas específicas e, principalmente, necessita de tempo. A escrita pode ser fragmentada, mas o desenho não. Se o cara tiver desenhar algumas linhas e depois parar para fazer o que quer que seja, provavelmente vai deixar para outro dia. E como isso que a gente costuma chamar de vida não é nem um pouco condescendente com este tipo de divertimento, o outro dia vira outro mês, outro ano, e depois, nunca.
Claro, há também a hiper-bunda-molice que grassa no reino dos pretensos quadrinistas (coloquei no mesmo saco todos os envolvidos: quem junta letrinhas e quem faz linhas) nacionais, e não é nada incomum ter trocas calorosas de emails e mensagens instantâneas substituídas pelo silêncio total. O problema, a meu ver, nem é a desistência (por não poder ou por simplesmente não querer mais desenhar a história. Note que estou falando do ponto de vista de quem faz roteiros. Existem roteiristas furões também), mas sim a falta de transparência. A velha história de ir “enrolando” até quando der. De se comprometer sem saber se realmente vai poder cumprir a sua parte no trato. De não ter coragem de dizer que não sente mais tesão pela história e tá a fim de partir para outra. “Ah, mas eu não estou ganhando nada para fazer isso!” “É? Mas ningúem mentiu pra você. Por que aceitou, então?”. Criar expectativas à toa é a pior coisa que tem, vá por mim.
Por essas e por outras, tô pulando fora, enquanto ainda é tempo.
A exceção, claro, é LIBRA, que também pretendo levar num ritmo mais light. Terminei o segundo roteiro (serão hqs de 8 páginas) e vou tocar o terceiro bem devagar, na manha.
Um efeito colateral disso foi que – à guisa de esperiência -, antes de Libra ter ido parar nas mãos do Leal, tentei migrar o roteiro para um formato áudio-visual (minha desculpa para gastar algumas horas brincando com o Celtx). Escrevi dez páginas, que abarcam LÍNGUAS MORTAS, o primeiro capítulo, mais o que acabou se tornando a introdução de FIEL, o segundo, que eu não tinha iniciado na época. Achei uma delícia a oportunidade que tive para intertextualizar (como estamos chiques, não?) a história. Há coisas que funcionam em quadrinhos e não funcionariam em um filme. Além disso, já que era para meter o pé na jaca, mudei, para o hipotético roteiro cinematográfico, a história. Se nas hqs - e veja que só escrevi dois roteiros, mas já tenho todo o resto plotado por aqui – ficariam mais pontas soltas e buraquinhos para o leitor preencher com o que bem lhe aprouvesse, na versão cinematográfica seria tudo bem redondinho, bem auto-referente. Seria? Será? Sei lá.
Por outro lado, martelar prosa pura e simples tem se tornado bem mais compensador.
Quem sabe, um dia?
Foram muitos roteiros não-lidos, não respondidos, não correspondidos, não desenhados, e é cada vez mais frustrante pensar que vou passar horas burilando algo cujo destino vai acabar sendo um diretório esquecido em meu computador.
Eu ADORO a linguagem dos quadrinhos. Até mantenho este blog só pra falar disso. É fascinante escrever roteiros: imaginar qual vai ser a melhor maneira de unir as palavras e as imagens sugeridas ao desenhista. Saber como o desenhista vai reinterpretar aquilo que você escreveu, o que ele cortou, o que ele mudou e o que ele agregou artisticamente. As conversas que virão na sequência, etc. Mas, vamos aos fatos.
O roteiro é a parte fácil da – com o perdão do trocadalho – história. Fácil porque é algo mais etéreo, ainda está mais no reino das idéias do que no nosso mundinho bunda-de-jaca. A gente pode escrever um roteiro de várias formas: num laptop de última geração, num palm, num caderno, em pedeços de papel de pão, guardanapos, no editor de textos do celular (haja paciência!), enfim, em qualquer meio onde seja possível gravar uma quantidade significativa de palavras. A gente pode escrever um roteiro enquanto espera a consulta, enquanto estamos em horário de almoço, enquanto estamos na praça de alimentação do shopping nos entupindo de quantidades insalubres de carboidratos e proteínas e, a minha preferida, no horário de trabalho (nestes casos, gosto de pensar que estou, indiretamente, sendo remunerado para isso).
Já com o desenho, o buraco é bem mais embaixo. O desenhista necessita de um espaço próprio, necessita de ferramentas específicas e, principalmente, necessita de tempo. A escrita pode ser fragmentada, mas o desenho não. Se o cara tiver desenhar algumas linhas e depois parar para fazer o que quer que seja, provavelmente vai deixar para outro dia. E como isso que a gente costuma chamar de vida não é nem um pouco condescendente com este tipo de divertimento, o outro dia vira outro mês, outro ano, e depois, nunca.
Claro, há também a hiper-bunda-molice que grassa no reino dos pretensos quadrinistas (coloquei no mesmo saco todos os envolvidos: quem junta letrinhas e quem faz linhas) nacionais, e não é nada incomum ter trocas calorosas de emails e mensagens instantâneas substituídas pelo silêncio total. O problema, a meu ver, nem é a desistência (por não poder ou por simplesmente não querer mais desenhar a história. Note que estou falando do ponto de vista de quem faz roteiros. Existem roteiristas furões também), mas sim a falta de transparência. A velha história de ir “enrolando” até quando der. De se comprometer sem saber se realmente vai poder cumprir a sua parte no trato. De não ter coragem de dizer que não sente mais tesão pela história e tá a fim de partir para outra. “Ah, mas eu não estou ganhando nada para fazer isso!” “É? Mas ningúem mentiu pra você. Por que aceitou, então?”. Criar expectativas à toa é a pior coisa que tem, vá por mim.
Por essas e por outras, tô pulando fora, enquanto ainda é tempo.
A exceção, claro, é LIBRA, que também pretendo levar num ritmo mais light. Terminei o segundo roteiro (serão hqs de 8 páginas) e vou tocar o terceiro bem devagar, na manha.
Um efeito colateral disso foi que – à guisa de esperiência -, antes de Libra ter ido parar nas mãos do Leal, tentei migrar o roteiro para um formato áudio-visual (minha desculpa para gastar algumas horas brincando com o Celtx). Escrevi dez páginas, que abarcam LÍNGUAS MORTAS, o primeiro capítulo, mais o que acabou se tornando a introdução de FIEL, o segundo, que eu não tinha iniciado na época. Achei uma delícia a oportunidade que tive para intertextualizar (como estamos chiques, não?) a história. Há coisas que funcionam em quadrinhos e não funcionariam em um filme. Além disso, já que era para meter o pé na jaca, mudei, para o hipotético roteiro cinematográfico, a história. Se nas hqs - e veja que só escrevi dois roteiros, mas já tenho todo o resto plotado por aqui – ficariam mais pontas soltas e buraquinhos para o leitor preencher com o que bem lhe aprouvesse, na versão cinematográfica seria tudo bem redondinho, bem auto-referente. Seria? Será? Sei lá.
Por outro lado, martelar prosa pura e simples tem se tornado bem mais compensador.
Quem sabe, um dia?
VERY SHORT STORIES
Contos feitos com apenas 6 palavras, para a Wired. Tem Alan Moore, Howard Chaykin e mais um monte de gente.
(roubado do Hector)
quinta-feira, 26 de outubro de 2006
quarta-feira, 25 de outubro de 2006
ROTEIRIZANDO
Já antecipei uma das minhas decisões de fim de ano, e, depois de pensar bem, decidi (com uma única exceção) largar mão de vez desse negócio de fazer roteiros para hq.
Foram muitos roteiros não-lidos, não respondidos, não correspondidos, não desenhados, e é cada vez mais frustrante pensar que vou passar horas burilando algo cujo destino vai acabar sendo um diretório esquecido em meu computador.
Eu ADORO a linguagem dos quadrinhos. Até mantenho outro blog só pra falar disso. É fascinante escrever roteiros: imaginar qual vai ser a melhor maneira de unir as palavras e as imagens sugeridas ao desenhista. Saber como o desenhista vai reinterpretar aquilo que você escreveu, o que ele cortou, o que ele mudou e o que ele agregou artisticamente. As conversas que virão na sequência, etc. Mas, vamos aos fatos.
O roteiro é a parte fácil da – com o perdão do trocadalho – história. Fácil porque é algo mais etéreo, ainda está mais no reino das idéias do que no nosso mundinho bunda-de-jaca. A gente pode escrever um roteiro de várias formas: num laptop de última geração, num palm, num caderno, em pedeços de papel de pão, guardanapos, no editor de textos do celular (haja paciência!), enfim, em qualquer meio onde seja possível gravar uma quantidade significativa de palavras. A gente pode escrever um roteiro enquanto espera a consulta, enquanto estamos em horário de almoço, enquanto estamos na praça de alimentação do shopping nos entupindo de quantidades insalubres de carboidratos e proteínas e, a minha preferida, no horário de trabalho (nestes casos, gosto de pensar que estou, indiretamente, sendo remunerado para isso).
Já com o desenho, o buraco é bem mais embaixo. O desenhista necessita de um espaço próprio, necessita de ferramentas específicas e, principalmente, necessita de tempo. A escrita pode ser fragmentada, mas o desenho não. Se o cara tiver desenhar algumas linhas e depois parar para fazer o que quer que seja, provavelmente vai deixar para outro dia. E como isso que a gente costuma chamar de vida não é nem um pouco condescendente com este tipo de divertimento, o outro dia vira outro mês, outro ano, e depois, nunca.
Claro, há também a hiper-bunda-molice que grassa no reino dos pretensos quadrinistas (coloquei no mesmo saco todos os envolvidos: quem junta letrinhas e quem faz linhas) nacionais, e não é nada incomum ter trocas calorosas de emails e mensagens instantâneas substituídas pelo silêncio total. O problema, a meu ver, nem é a desistência (por não poder ou por simplesmente não querer mais desenhar a história. Note que estou falando do ponto de vista de quem faz roteiros. Existem roteiristas furões também), mas sim a falta de transparência. A velha história de ir “enrolando” até quando der. De se comprometer sem saber se realmente vai poder cumprir a sua parte no trato. De não ter coragem de dizer que não sente mais tesão pela história e tá a fim de partir para outra. “Ah, mas eu não estou ganhando nada para fazer isso!” “É? Mas ningúem mentiu pra você. Por que aceitou, então?”. Criar expectativas à toa é a pior coisa que tem, vá por mim.
Por essas e por outras, tô pulando fora, enquanto ainda é tempo.
A exceção, claro, é LIBRA, que também pretendo levar num ritmo mais light. Terminei o segundo roteiro (serão hqs de 8 páginas) e vou tocar o terceiro bem devagar, na manha.
Um efeito colateral disso foi que – à guisa de esperiência -, antes de Libra ter ido parar nas mãos do Leal, tentei migrar o roteiro para um formato áudio-visual (minha desculpa para gastar algumas horas brincando com o Celtx). Escrevi dez páginas, que abarcam LÍNGUAS MORTAS, o primeiro capítulo, mais o que acabou se tornando a introdução de FIEL, o segundo, que eu não tinha iniciado na época. Achei uma delícia a oportunidade que tive para intertextualizar (como estamos chiques, não?) a história. Há coisas que funcionam em quadrinhos e não funcionariam em um filme. Além disso, já que era para meter o pé na jaca, mudei, para o hipotético roteiro cinematográfico, a história. Se nas hqs - e veja que só escrevi dois roteiros, mas já tenho todo o resto plotado por aqui – ficariam mais pontas soltas e buraquinhos para o leitor preencher com o que bem lhe aprouvesse, na versão cinematográfica seria tudo bem redondinho, bem auto-referente. Seria? Será? Sei lá.
Por outro lado, martelar prosa pura e simples tem se tornado bem mais compensador.
Quem sabe, um dia?
terça-feira, 24 de outubro de 2006
O INSTITUTO
Osmarco Valladão, roteirista do álbum THE LONG YESTERDAY (que já foi comentado por aqui), gentilmente cedeu o release, a capa e duas páginas de sua última empreitada, O INSTITUTO, novamente ao lado de Manoel Magalhães, o mesmo responsável pela arte de THE LONG YESTERDAY. Já vá separando a grana!
EM TEMPO: O Osmarco mandou avisar que o preço do álbum será de 28,00 R$. Demorô!
O release:
=======
Uma misteriosa organização que aceita qualquer trabalho, é contratada para
resolver uma crise conjugal. Parece simples, mas o personagem que contrata o
Instituto descobrirá que não é bem assim. Os métodos do Instituto, como diz
seu sombrio representante, Sr. Joyce, são muito pouco convencionais e seus
objetivos, ainda mais misteriosos.
Envolvido numa trama onde nunca se sabe se as pessoas ou situações são o que
parecem, o personagem principal (que como todos os outros, excetuando o Sr.
joyce, não possui nome) tentará descobrir o que é realmente o Instituto...
se sobreviver à ele.
O novo álbum de Osmarco Valladão e Manoel Magalhães (The Long Yesterday) sai
pela editora carioca Aeroplano, que estréia em quadrinhos. Uma história de
suspense, um "noir contemporâneo" como define Osmarco, dessa vez sem os
elementos de ficção científica que haviam em The Long Yesterday, mas nem por
isso menos surpreendente. O traço limpo, de influência européia, de Manoel
Magalhães ganha mais sombras e contrastes, como pede o roteiro.
O Instituto - Osmarco Valladão e Manoel Magalhães - Aeroplano Editora - 52
páginas, 21x28 cm, preto & branco, lançamento em novembro de 2006.
EM TEMPO: O Osmarco mandou avisar que o preço do álbum será de 28,00 R$. Demorô!
O release:
=======
Uma misteriosa organização que aceita qualquer trabalho, é contratada para
resolver uma crise conjugal. Parece simples, mas o personagem que contrata o
Instituto descobrirá que não é bem assim. Os métodos do Instituto, como diz
seu sombrio representante, Sr. Joyce, são muito pouco convencionais e seus
objetivos, ainda mais misteriosos.
Envolvido numa trama onde nunca se sabe se as pessoas ou situações são o que
parecem, o personagem principal (que como todos os outros, excetuando o Sr.
joyce, não possui nome) tentará descobrir o que é realmente o Instituto...
se sobreviver à ele.
O novo álbum de Osmarco Valladão e Manoel Magalhães (The Long Yesterday) sai
pela editora carioca Aeroplano, que estréia em quadrinhos. Uma história de
suspense, um "noir contemporâneo" como define Osmarco, dessa vez sem os
elementos de ficção científica que haviam em The Long Yesterday, mas nem por
isso menos surpreendente. O traço limpo, de influência européia, de Manoel
Magalhães ganha mais sombras e contrastes, como pede o roteiro.
O Instituto - Osmarco Valladão e Manoel Magalhães - Aeroplano Editora - 52
páginas, 21x28 cm, preto & branco, lançamento em novembro de 2006.
OS 50 MELHORES ROTEIRISTAS DE QUADRINHOS
(segundo os leitores do Comic Book Resources)
É bom lembrar que, para a maioria daquele pessoal, não existem quadrinhos fora dos states, então nem perca seu tempo procurando por Jodorowsky, Trillo, Manfredi, Berardi, Pratt, Charlier e demais escritores cujos trabalhos não gravitem ao redor da indústria americana.
Ainda assim, concordo com os dois primeiros lugares.
A lista.
Via Pablo.
É bom lembrar que, para a maioria daquele pessoal, não existem quadrinhos fora dos states, então nem perca seu tempo procurando por Jodorowsky, Trillo, Manfredi, Berardi, Pratt, Charlier e demais escritores cujos trabalhos não gravitem ao redor da indústria americana.
Ainda assim, concordo com os dois primeiros lugares.
A lista.
Via Pablo.
IDÉIAS
A) menor, mais linear, mais caretinha, contudo, com mais chances de ver a luz do sol.
B) (que, na verdade, veio bem antes de A) maior, fragmentada, caretinha também, só que com visual modernoso (sempre existem os incautos), com um nível de dificuldade maior.
A questão é: fazer A, que veio primeiro, e ir aquecendo os motores para B, que, teoricamente, será mais difícil, ou já começar entrando de sola?
Existe ainda a opção C, que é desistir de tudo isso e colecionar experiências enaltecedoras como, não sei, passear mais com o poodle, talvez.
CRITÉRIOS
Hoje, após praticar um dos meus esportes favoritos – comprar livros a 9,90 nas banquinhas de promoção das Americanas – na companhia do Mu (que a cada cinco segundo tentava arrumar um jeitinho de escapar rumo à gaiolinha dos Hot Wheels. “Xâmo, pai! Xâmo vê Róti Uius!”), voltei pra casa com três livros. Foi o que o orçamento permitiu.
Trouxe O GRAU GRAUMANN, de Fernando Monteiro, RITUAIS, de Cees Nooteboom e CRIMES IMPERCEPTÍVEIS, de Guillermo Martínez. E isso me fez pensar a respeito do critério que utilizo (ou não) para comprar meus livros. Sou comprador compulsivo, já comprei livro pela capa, pelo título ou simplesmente porque podia comprar, ponto. Embora hoje eu esteja me policiando bem mais – mesmo pelo fato de ainda não ter lido metade dos livros que tenho. E nem tenho muitos -, às vezes tenho algumas recaídas, como essas.
O único do qual já tinha ouvido falar era o GRAU. Mesmo assim, en passant. Trouxe porque, em primeiro lugar, estava 9,90, e eu queria ler alguma coisa escrita originalmente em português. Além disso, o livro era o único que não estava lacrado e a sinopse, que tinha tudo para não me interessar, acabou interessando. O exemplar tá com a capa bem sambada, mas o miolo tá ok. Pelo menos, não dei falta de nenhuma letra.
Depois veio CRIMES IMPERCEPTÍVEIS. Esse tava empacotado, não dava para folhear. Então o que primeiramente me fisgou foi o título. Gostei dele. Na quarta capa, um parágrafo pinçado do miolo, onde algum dos personagens explana suas razões para acreditar que o assassino (sim, tem assassinatos) esteja tentando passar uma mensagem com as mortes que perpetra. Até aí, tudo bem (ou mal). Mas, bom, foi editado pela Planeta, que tem muita coisa bacana no catálogo, então resolvi conceder o benefício da dúvida. Depois, veio o nome do autor, Guillermo Martínez. Na hora pensei que era espanhol. Certo, era um livro policial espanhol. Não sei se pelo fato de estar escrevendo roteiros para uma série de pequenas hqs onde este tema reverbera, fiquei mesmerizado e também pus embaixo do sovaco.
A banquinha estava farta de títulos policiais, a grande maioria da Landscape, que tem uma linha extensa de coisas deste tipo, mas, entre os policiais yankees ascéticos fucker-and-sucker e o latino supostamente espanhol, fiquei com o último.
Errei na geografia (mas acertei na ascendência). Martínez não é espanhol. É argentino. Após libertar o volume do seu invólucro, também descobri que se tratava de um “mistério de academia”. Não sei se gosto disto. Na orelha, citam Wittgenstein, Gödel, matemática e magia. Disso eu sei que gosto. Exemplar novíssimo.
E, por último, RITUAIS, do escritor holandês Cees Nooteboom (que eu desconhecia totalmente até abrir o livro), que também tava lacrado. Começou também pelo título. Gosto de nomes simples e evocativos. Depois, veio a capa, que, na mesma linha do título, é simples, mas bacana. Acho que o sobrenome do autor também teve algo a ver com isso. Nooteboom me lembrou notebook (que não tem nada a ver com laptop). E o golpe de misericórdia veio com o textinho da quarta capa, onde as palavras arte, amor, religiões e suicídio aparecem na sequência, separadas apenas por vírgulas e seus respectivos artigos.
Exemplar surrado, e para minha surpresa, editado em 95.
Um brasileiro, um argentino e um holandês.
Fechou.
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
GRANDES SÍMIOS
Fica um barato depois que a história engata. Imagine se Kafka se entupisse de alcalóides e escrevesse O PLANETA DOS MACACOS. É por aí.
NAVEGAR É PRECISO
Hoje foi dia de instalar as novas versões do Firefox (2.0) e do Internet Explorer (7.0), para ver o que é que as bahianas têm.
Testando, ainda. Ainda continuo utilizando o IE como navegador “muleta”. Quer queira, quer não, muitas páginas infelizmente só rodam direito nessa bagaça. Mas se liga que agora, durante a instalação, ele verifica a validação do Windows, então cê pode correr o risco de ficar com aquela estrelinha pentelha te enchendo o saco, caso tenha uma versão corsária em sua máquina. Além disso, mesmo num micro – modéstia à parte – rapidinho, demorou uma carinha. Se eu fosse mais paranóico, poderia jurar que deram uma scaneada no meu hd. Mas, como eu não sou...
A princípio, as mudanças no IE foram mais cosméticas, nada que o Firefox já não tivesse. Mas, vejam, estou falando baseado apenas nas minhas fuçadas por aqui. Depois vou examinar com mais calma. Finalmente colocaram abas (já existia um plugin da Yahoo, mas eu nunca usei), só que achei que a interface ficou um pouco poluída, com aquele monte de ícones da Yahoo. A barra de ferramentas da Yahoo agora é default. Mas dá pra desinstalar.
CARA NOVA
Botando ordem na casa aos poucos. Ainda estão faltando alguns links aí do lado, mas eles virão.
Realmente o Blogger Beta ficou ainda mais intuitivo. Gostei especialmente da parte de customização dos templates. E, já não era sem tempo, agora se pode colocar tags nos posts.
Fuçarei mais.
ESSA É BOA
Acabei de migrar para o Beta Blogger e a única coisa que consegui foi perder os links para quatro anos de posts nesta bagaça.
Hora de mudar o template, talvez?
Hora de mudar o template, talvez?
DOMINGÃO
Tenho duas idéias que me assombram há uns dois anos, e que, presumo, bem alimentadas se transformariam em novelas. Quando não estou fazendo nada, costumo perder uns minutos digitando linhas, fazendo gráficos e praticando outras modalidades de procrastinação que estejam ligadas ao seu crescimento.
(mas, ecrever mesmo que é bom, nada, né?)
É.
[só agora vi que já estamos na segunda]
sexta-feira, 20 de outubro de 2006
QUADRINHÓPOLE
Hoje rola o lançamento oficial, mas ontem já tinha posto minhas mãos na primeira edição da revista revista independente QUADRINHÓPOLE.
A primeira edição traz 4 hqs, UNDEADMAN, INVISÍVEIS, SEQUESTRO RELÂMPAGO e CAMPO DE FEIJÃOTRAÇÃO, sendo que a primeira é o único título fixo na revista.
UNDEADMAN – 6 páginas
Roteiro de Leonardo Melo. Arte de André Caliman.
A verdade é que nunca fui chegado em aventuras do tipo capa-espada (existem as exceções, obviamente), contudo, como o Leonardo promete no editorial da revista, as histórias de Jason de Ely, o cavaleiro imortal que dá nome ao título, não se resumirão a um período histórico somente, o que já torna a coisa mais interessante aos meus olhos. Essa hq é só uma introdução ao personagem e seu universo. Aguardemos mais. O destaque da hq fica para a arte de André Caliman, a melhor da edição, IMHO.
INVISÍVEIS – 8 páginas
Roteiro de Pablo Casado. Arte de Thiago Oliveira. Tons de cinza por Renato Moraes.
O título já reverbera as influências Morrisonianas de Pablo, que vão história adentro, numa mistureba legal de conceitos (são quadrinhos, ora!) que me são muito caros. Para mim, foi a melhor hq desta edição. A Sci-Magic é legal e eu queria ver isso de novo.
SEQUESTRO RELÂMPAGO – 8 páginas
Roteiro de Leonardo Melo. Arte de Joelson Souza. Arte final de André Caliman.
Embora o roteiro precise de algumas revisões (o termo “minha cabeça” aparece três vezes seguidas onde poderia ter sido facilmente substituído) e o twist do final me tenha soado um pouco forçado, depois de Invisíveis, foi a hq que mais me agradou, pela escolha de se contar a história sob o ponto de vista da vítima do tal sequestro, literalmente. Os autores souberam explorar isso e criaram um efeito bem interessante.
CAMPO DE FEIJÃOTRAÇÃO – 4 páginas
Roteiro de Leonardo Melo. Arte de Anderson Xavier.
Não sei porque, mas ainda continuo achando que humor puro e simples não casa bem com histórias de outros gêneros, e justamente por isso tenho a impressão que esta hq ficou deslocada na edição, e foi a que menos gostei.
Além disso, na terceira capa, há duas tiras de Chico Félix, que funcionam, mas também me dão a impressão de estarem deslocadas na revista.
Quanto à parte gráfica, o pessoal da QUADRINHÓPOLE está de parabéns. 32 páginas em papel couchê, preço bom (3 mangos), e capa fodida de José Aguiar. Que venham mais.
Lançamento (corre que ainda dá tempo):
20 de Outubro (HOJE!!!!)
A partir das 19:00h, no Memorial do Largo da Ordem, em Curitiba - PR
terça-feira, 17 de outubro de 2006
COISAS DA VIDA
De ontem para hoje, fiquei sabendo que uma oportunidade que teria para publicar quadrinhos ao lado do Luciano miou.
Além disso, um concurso de contos fantásticos para o qual submeti um texto foi cancelado, segundo os organizadores, entre outros motivos, pela fraquíssima qualidade do material. Pena.
E, para completar, pela janela tenho a visão dantesca de um pedreiro que está trabalhando no teto do vizinho da frente, e que insiste em exibir o cofrão maior que o Fort Knox. Alguém tem um Real aí?
NOVA REVISTA SOBRE QUADRINHOS – E, MAIS IMPORTANTE – COM QUADRINHOS.
segunda-feira, 16 de outubro de 2006
sábado, 14 de outubro de 2006
NEXTWAVE 1 NA FAIXA
Vovô Ellis manda avisar que a Marvel liberou (em seu próprio site) a primeira edição de NEXTWAVE, para leitura online.
(e também reclama que utilizaram o telefoninho que fizeram para o piloto de GLOBAL FREQUENCY em um episódio de Smallville).
Em tempo: tem que se registrar no site da Marvel. Não sabia. Putões.
(e também reclama que utilizaram o telefoninho que fizeram para o piloto de GLOBAL FREQUENCY em um episódio de Smallville).
Em tempo: tem que se registrar no site da Marvel. Não sabia. Putões.
NEXTWAVE 1 NA FAIXA
[originalmente no OROBORO, mas o episódio do controle é bom demais pra passar batido]
Vovô Ellis manda avisar que a Marvel liberou (em seu próprio site) a primeira edição de NEXTWAVE, para leitua online.
(e também reclama que utilizaram o telefoninho que fizeram para o piloto de GLOBAL FREQUENCY em um episódio de Smallville).
Em tempo: tem que se registra no site da Marvel. Não sabia. Putões.
sexta-feira, 13 de outubro de 2006
NANOWRIMO
Já tá para começar a edição deste ano do Nanowrimo, espécie de competição maluca onde o participante tem que escrever um livro (só vale prosa) com no mínimo 50.000 palavras num prazo de no máximo 31 dias.
Pode ser uma boa oportunidade se você estiver com muita coceira nos dedos.
(aqui, o fórum em português).
A JORNADA DO ARTISTA (ou ainda, caiu na rede é peixe).
Na Comic Con deste ano, os gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá fizeram este vídeo, e, lógico, apareceu alguém e parodiou.
Engraçadinho.
quinta-feira, 12 de outubro de 2006
ABBEYARD, DE SCOTLAND YARD
Sempre pensei que, depois de FROM HELL, qualquer hq que tentasse desconstruir o mito de Jack, o Estripador, estaria fadada a entrar pelo cano.
ABBEYARD DE SCOTLAND YARD, com roteiros de Viviana Centol e desenhos de Carlos Vogt, publicada originalmente na Itália em treze capítulos e agora lançada na Argentina num único catatau de 168 páginas, felizmente conseguiu me provar que estava errado. E o ingrediente que, além de responsável por essa minha mudança de opinião, ainda consegue manter a hq a quilômetros da obra do Makonheiro Mágicko de Northampton é um velho conhecido nosso: o humor. Negro.
Sente o drama (trecho extraído da introdução escrita por Carlos Vogt, pitorescamente traduzido por mim):
“Muito tempo depois, numa mostra de quadrinhos em Buenos Aires, ao passar entre um grupinho e outro, cumprimentando roteiristas e desenhistas, me encontrei com aquela amiga de minha prima Anelli. ‘Eu te conheço’, lhe disse, sem me recordar de seu nome, obviamente. Nos sentamos com um pessoal para tomar um café. Da conversa surgiu o assunto de que ela estava burilando uma história policial que se passava em Londres, no final do séc. 19. ‘Vai ser uma hq com muito sangue, putas e fantasmas. Os ingleses adoram fantasmas!’, assegurou, empolgada. ‘Eu não’, respondi, sério. ‘Me dão medo.’Viviana Centol olhou para mim, incrédula. ‘Mas...vai ser uma comédia’, achou melhor esclarecer. Acendi um cigarro, com a mão tremendo, e suspirei: ‘Ah. Menos mal.’”
Archibald Abbeyard – que tem sempre o sobrenome confundido com Abellard – é um arquivista da Scotland Yard, sem muitas perpectivas profissionais, que acaba se envolvendo com o caso de Jack, o Estripador, quando Belle, uma prostituta com quem mantinha uma... hã... bela amizade, acaba sendo morta pelo assassino de Whitechapel.
A diferença é que Belle, ao invés de ser extripada como as demais, é arremessada pela janela, o faz com que a polícia acabe descartando qualquer relação deste crime com os demais, preferindo acreditar na hipótese de suicídio. E a história terminaria assim, se o fantasma de Belle não voltasse para azucrinar Abbeyard até que ele concordasse em tentar descobrir a identidade de Jack (e seus motivos), para que ela pudesse descansar em paz.
O humor, pastelão, mas não excessivo, é bem dosado e Viviana constrói uma história bacana, com direito a identidade do assassino revelada (mas só no final). Final este, inclusive, que foge às convenções e também constitui um caso à parte.
Já o traço de Vogt - bem caretão (ou clássico), mas muito bonito - cai como uma luva nessa história vitoriana. Ele capricha nas expressões faciais e não poupa Abbeyard de ser retratado como o paspalho de bom coração que realmente é.
ABELLARD foi publicado pela Thalos Editorial e está saindo por 19,90$ (pesos argentinos).
ABBEYARD DE SCOTLAND YARD, com roteiros de Viviana Centol e desenhos de Carlos Vogt, publicada originalmente na Itália em treze capítulos e agora lançada na Argentina num único catatau de 168 páginas, felizmente conseguiu me provar que estava errado. E o ingrediente que, além de responsável por essa minha mudança de opinião, ainda consegue manter a hq a quilômetros da obra do Makonheiro Mágicko de Northampton é um velho conhecido nosso: o humor. Negro.
Sente o drama (trecho extraído da introdução escrita por Carlos Vogt, pitorescamente traduzido por mim):
“Muito tempo depois, numa mostra de quadrinhos em Buenos Aires, ao passar entre um grupinho e outro, cumprimentando roteiristas e desenhistas, me encontrei com aquela amiga de minha prima Anelli. ‘Eu te conheço’, lhe disse, sem me recordar de seu nome, obviamente. Nos sentamos com um pessoal para tomar um café. Da conversa surgiu o assunto de que ela estava burilando uma história policial que se passava em Londres, no final do séc. 19. ‘Vai ser uma hq com muito sangue, putas e fantasmas. Os ingleses adoram fantasmas!’, assegurou, empolgada. ‘Eu não’, respondi, sério. ‘Me dão medo.’Viviana Centol olhou para mim, incrédula. ‘Mas...vai ser uma comédia’, achou melhor esclarecer. Acendi um cigarro, com a mão tremendo, e suspirei: ‘Ah. Menos mal.’”
Archibald Abbeyard – que tem sempre o sobrenome confundido com Abellard – é um arquivista da Scotland Yard, sem muitas perpectivas profissionais, que acaba se envolvendo com o caso de Jack, o Estripador, quando Belle, uma prostituta com quem mantinha uma... hã... bela amizade, acaba sendo morta pelo assassino de Whitechapel.
A diferença é que Belle, ao invés de ser extripada como as demais, é arremessada pela janela, o faz com que a polícia acabe descartando qualquer relação deste crime com os demais, preferindo acreditar na hipótese de suicídio. E a história terminaria assim, se o fantasma de Belle não voltasse para azucrinar Abbeyard até que ele concordasse em tentar descobrir a identidade de Jack (e seus motivos), para que ela pudesse descansar em paz.
O humor, pastelão, mas não excessivo, é bem dosado e Viviana constrói uma história bacana, com direito a identidade do assassino revelada (mas só no final). Final este, inclusive, que foge às convenções e também constitui um caso à parte.
Já o traço de Vogt - bem caretão (ou clássico), mas muito bonito - cai como uma luva nessa história vitoriana. Ele capricha nas expressões faciais e não poupa Abbeyard de ser retratado como o paspalho de bom coração que realmente é.
ABELLARD foi publicado pela Thalos Editorial e está saindo por 19,90$ (pesos argentinos).
HOJE
Dos 67 “amigos” que tenho no myspace, são poucos os que eu adicionei, e menos ainda os que conheço pessoal ou digitalmente. Mas, nada contra. Quem tá na chuva é pra se molhar, e participar desses lances de social networking é assim mesmo. Além do mais, podem surgir amizades interessantes desses contatos, mas o fato é que a gringaiada usa a parada mesmo é pra divulgar trabalhos. E dia desses, vejam só, bateu à minha porta um que achei muito interessante. Se trata de Perfume, uma música (sim, no myspace se encontra perfil de tudo que se possa imaginar, músicas, filmes, livros, quadrinhos, bandas e por aí vai) composta por Karin Fanous – de quem nunca ouvi falar - baseada num dos meu livros preferidos. A música é bacana. O livro é SOBERBO. E tá vindo o filme por aí, a propósito.
Gostei de LUNAR PARK. Deu até vontade de reler um ou dois trechos. Fica pra depois.
GRANDES SÍMIOS só engata depois da transformação de Simon Dykes, mas daí em diante fica bem legal. Quando terminar, comento. Ou não.
Meu presente de Dia das Crianças foi a primeira página (só o lápis) de LÍNGUAS MORTAS, o primeiro capítulo de LIBRA, pelas mãos mais que competentes do senhor Luciano Leal. Aguardem notícias nossas. Enquanto isso, vou aqui, a passo de tartaruga, concluindo o segundo capítulo, FIEL.
Ontem, voltando pra casa, vi Paulo Coelho. Na verdade, ele veio sentado na poltrona à minha frente. Só não digo que tenho certeza porque não bati na careca dele pra perguntar.
E, enquanto escrevo esse post, vejo, pela janela, mais uma das ceninhas relativamente frequentes que ocorrem aqui na rua. Drama familiar com cenas hollywoodianas. O protagonista é um babaca, e os coadjuvantes não mereciam isso. Pena.
sexta-feira, 6 de outubro de 2006
CELTX 0.98
terça-feira, 3 de outubro de 2006
(IN)VERSAO
Caiu na rede, é peixe!
Jean Okada disponibilizou em seu fotolog, na íntegra, a hq (IN)VERSAO, desenhada por ele e com roteiro do Velho da Baixada.
Começa aqui.
Jean Okada disponibilizou em seu fotolog, na íntegra, a hq (IN)VERSAO, desenhada por ele e com roteiro do Velho da Baixada.
Começa aqui.
LIBRA
Luciano Leal (que também está ministrando um curso de desenhos em Limeira, onde vive com a família ) continua postando os esboços fodidos que anda fazendo para LIBRA em seu fotolog. Vai lá que tá legal!
(segunda opçao: flickr)
(segunda opçao: flickr)
USB
Noite dessas sonhei que tinha uma entrada USB na pélvis, abaixo da barriga, logo onde a perna se encontra com o quadril. Passei todo o sonho tentando retirar a pele cicatrizada que cobria a entrada USB (que eu sabia estar lá) para descobrir qual era a utilidade dela, afinal. Como de praxe, o despertador tocou antes que eu tivesse conseguido algum resultado.
(dispenso quaisquer considerações metafísicas ou sexuais de sua parte, ok? Já tenho um bom punhado das minhas por aqui).
Câmbio.
Desligo.
(dispenso quaisquer considerações metafísicas ou sexuais de sua parte, ok? Já tenho um bom punhado das minhas por aqui).
Câmbio.
Desligo.
Ó O HYPE AÍ, GENTE!
LAPTOP
Dia desses, procurando emprego num site muito famoso, dei de frente com uma vaga que oferecia, entre outros benefícios (que nem eram tao bons assim), um laptop.
Meu deus do céu, será que tem gente no mundo que consideraria a possibilidade de ocasionalmente tirar onda com o laptop da empresa um benefício?
Vai saber.
Meu deus do céu, será que tem gente no mundo que consideraria a possibilidade de ocasionalmente tirar onda com o laptop da empresa um benefício?
Vai saber.
CHOCOLATE PSICOPATA
Nao.
Tava dando uma pesquisada no livro PSICOPATA AMERICANO (porque acabei de ler LUNAR PARK) e me deparo com uma das promoçoes mais bisonhas que eu já vi.
Aqui.
(pode ser que a dupla já tenha mudado quando você clicar no link).
Alguém me responda por favor qual a relaçao entre o PSICOPATA AMERICANO e o Chocolate Suíço Lindt Clássico ao Leite com Avelã?
(a menos que o chocolate seja parte da história, psicopata é o algoritmo que juntou esses dois produtos).
Tava dando uma pesquisada no livro PSICOPATA AMERICANO (porque acabei de ler LUNAR PARK) e me deparo com uma das promoçoes mais bisonhas que eu já vi.
Aqui.
(pode ser que a dupla já tenha mudado quando você clicar no link).
Alguém me responda por favor qual a relaçao entre o PSICOPATA AMERICANO e o Chocolate Suíço Lindt Clássico ao Leite com Avelã?
(a menos que o chocolate seja parte da história, psicopata é o algoritmo que juntou esses dois produtos).
sábado, 30 de setembro de 2006
CHANTAGEM
Acabei de receber a chantagem mais gostosa da minha vida.
Nada demais, seus pervertidos. Só um vídeo com meu filho dizendo que ia por fogo na minha coleçao de gibis se eu demorasse muito para voltar. Muito engraçado ver um moleque de 2 anos e meio falando isso.
(estao faltando acentos. é o teclado, camaradas).
De volta à bastilha...
Nada demais, seus pervertidos. Só um vídeo com meu filho dizendo que ia por fogo na minha coleçao de gibis se eu demorasse muito para voltar. Muito engraçado ver um moleque de 2 anos e meio falando isso.
(estao faltando acentos. é o teclado, camaradas).
De volta à bastilha...
domingo, 24 de setembro de 2006
GRANDES SÍMIOS
Se liga macacada, que tem novo do Will Self nas prateleiras. Preparem os bolsos, aliás.
sexta-feira, 22 de setembro de 2006
A JUSTIÇA É CEGA?
Primeiro esboço de Matilda, uma das personagens centrais de LIBRA, série com textos meus e arte do grande Luciano Leal. O figurino deve mudar um pouco, mas o rosto é esse aí.
Não se meta com essa mulher, porque a casa pode cair pro seu lado, certo?
Não se meta com essa mulher, porque a casa pode cair pro seu lado, certo?
ROTEIROS DE BRIAN BENDIS
Há quem ache o cara o deus das hqs, há quem não ache (eu! eu!), mas, independente disso, ele tá disponibilizando alguns roteiros dos seus quadrinhos em seu blog no myspace.
Interessante ver que ele utiliza a mesma formatação de um roteiro cinematográfico. Deve fazer no Final Draft, o malandrão.
Interessante ver que ele utiliza a mesma formatação de um roteiro cinematográfico. Deve fazer no Final Draft, o malandrão.
quinta-feira, 21 de setembro de 2006
NBC HEROES
Vi lá no site do Hector e achei o maior barato. Heroes é uma nova série de TV que tem tudo para se tornar a nova coqueluche pós-Lost.
JUNTANDO PALAVRAS
Depois de testar e experimentar duzentos mil softwares gratuitos (ou semi-gratuitos) para formatação de roteiros, vamos às considerações sobre os dois que resistiram à prova dos nove.
O primeiro foi o SCRIPTBUDDY, do qual já falei uns posts atrás. Mas como eu sei que você não vai se dar ao trabalho de acionar a barra de rolagem, recapitulemos: o Scriptbuddy é um software web-based, ou seja, não é necessário que você instale nada em seu computador, em contrapartida, a máquina na qual cê vai trabalhar tem que estar conectada à internet.
Fuçando melhor, descobri que a festa não é tão divertida e existem duas versões, a Free e a Pro, que faz com que ele caia na categoria dos semi-gratuitos.
Os recursos do pacote Pro, que é pago, com planos trimestrais, semestrais ou anuais (o plano anual sai por 49,50 US$), são a opção para exportar o roteiro para um arquivo.pdf, o corretor gramatical (não confirmei, mas presumo que seja só para o inglês), a tela livre de anúncios, e também a inclusão automática de novos recursos que vierem a ser disponibilizados no futuro.
Mas, então dá pra fazer alguma coisa no Free?
Dá. Só não espere muito.
Como a única opção de exportação é para PDF, que só está disponível na versão Pro, a única maneira de você ter seu roteiro em mãos é imprimindo direto do site, mas aí existe o problema – levantado pelo próprio site - de que podem haver diferenças de visualização entre um navegador e outro, então há a possibilidade de que o roteiro saia ligeiramente diferente do que aparece na tela, a despeito deles afirmarem a toda hora que o software é WYSIWYG, What You See Is What You Get, algo como, “o que você vê é o que você vai ter”, referindo-se justamente ao fato de que não haverão diferenças entre o que se visualiza na tela e o que se imprime. Achou estranho? Eu também.
Não, malandrinhos, nem pensem no bom e velho ctrl+c, ctrl+v. Por quê?
Porque você vai copiar um texto gerado em html, com zilhões de botões ocultos. E se você copiar prum editor de texto mais parrudo (como o Word, o OpenOffice Writer o ou Abiword), que aguenta html, virão de brinde células e mais células, só para aumentar sua dor de cabeça. E, óbvio, sua formatação vai pras trevas.
Quanto ao software em si, bem, a interface é meio pela-saco no começo, mas você acaba se acostumando. Tem tudo o que é necessário para a escrita do roteiro, e a formatação é toda automática. Se você, por exemplo, escreve um cabeçalho com letra minúscula, quando surgir na tela, será em letra maiúscula. Contudo, você tem que criar o personagem num campo específico antes de escrever algum diálogo com ele.
Também tem o lance de não haver como mudar os itens do cabeçalho, então, cê vai sempre ter que escrever DAY ao invés de DIA, por exemplo.
Além disso, há a janelinha de anúncios, que, sei lá por que, nunca veiculou nenhum enquanto eu estava utilizando o software.
Mas, o grande problema, a meu ver, é que a interface (ou workstation, como eles chamam) é baseada em caixas de diálogo que demoooooooram para abrir e fechar caso sua conexão esteja lenta. E estou falando de conexão banda-larga. Nem imagino a velocidade disso numa conexão discada.
Pra não dizerem que tô só marretando a parada, existe a vantagem evidente de se poder acessar o trampo de qualquer lugar do mundo. Mas não sei se existe a opção de compartilhamento de arquivo. Acho que não.
A conclusão é que, a menos que você queira pagar os quase 50 dólares de assinatura, não passa de uma curiosidade interessante.
(mesmo pagando, acho que não passa disso).
No outro canto do ringue, temos o CELTX, esse sim filha-da-puta de bom.
Pra começar, é totalmente free. E opensource. E é disponibilizado também em português.
O Celtx funciona da maneira clássica: você baixa o programa e instala na sua máquina.
A interface é bem intuitiva, e, como disse um membro de uma comunidade no orkut, “quando você acha que é aquilo, é aquilo mesmo”.
O programa conta com dois editores de texto: um principal, específico para roteiros, com todas as opções de formatação, e outro, para textos planos. O editor de textos planos já é bem interessante, porque possui alguns recursos que lhe tirariam da categoria básico.
Além disso, existem ferramentas para a descrição de personagens, cenas, figurino, objeto de cena, locações, etc.
Uma vez que a interface é baseada em guias, fica muito fácil administrar toda essa informação, sendo que é possível ter vários documentos abertos ao mesmo tempo, na mesma janela.
Na janela principal também existe um pequeno navegador, onde, além de se poder manipular todos os arquivos gerados dentro do programa, também é possível criar hiperlinks para sites ou arquivos dentro do computador.
O programa foi criado como um software para pré-produção, então conta com outros recursos, como a elaboração de cronogramas.
Existem opções de importação e exportação. Para importar, por enquanto, só arquivos em .txt. A opção de exportação já é um pouco mais generosa, e o roteiro pode ser convertido para .txt, .html ou .pdf.
Uma curiosidade – e o grande defeito do Celtx, a meu ver – é que a exportação para .pdf é do tipo server-side. O arquivo é enviado ao servidor do Celtx, é convertido lá e então devolvido. Isso gerou uma certa polêmica no fórum oficial, por conta da nóia de algumas pessoas com supostas brechas no procedimento que comprometeriam a privacidade da operação.
Eu também acho que é uma bunda-molice, mas por outro motivo: nem sempre existe uma conexão disponível. De qualquer maneira, deve haver motivos técnicos, e se você é paranóico o bastante para achar que seu roteiro vai ser roubado, existem opções para driblar isso. Exporta-se para .txt ou .html e converte-se para pdf com o auxílio de outro software qualquer, offline. Na verdade, você vai ter que dar uma corrigida aqui e ali. Mas nada que vá consumir muito tempo.
E é possível exportar somente documentos criados no editor de roteiros. Mas, no caso de algum documento gerado no editor de textos planos, um copiar/colar funciona muito bem.
Também há um modo de colaboração online. Mas tem que fazer o upload do projeto pro servidor dos caras.
Concluindo: como disse antes, o único defeito, a meu ver, é a conversão para pdf. De resto, tá de muitíssimo bom tamanho.
quarta-feira, 20 de setembro de 2006
=
1) Já está nas lojas a nova edição de O HOMEM DO CASTELO ALTO, petardo do andróide-paranóide PKD.
2) Mais um praga no orkut: "Meu Fotolog é Giga!! E o teu??"
3) SAMURAI CHAMPLOO, com seus samurais-capoeiristas, montagem nervosinha e trilha sonora regada a hip-hop é um desenho bem do legal. Isso, claro, se você estiver animado a ficar em frente à tv até a uma da manhã.
4) Voltando ao orkut, estou pensando em criar uma comunidade "Eu Adoro Flame Wars". E eu adoro mesmo (desde que eu não esteja envolvido, evidentemente). Estou acompanhando uma que está sendo especialmente divertida, contando com todos os elementos característicos de um bom certame verbal (sob os meus critérios, note): total DESconhecimento de causa em alguns momentos, participantes entrando de sola e descendo o sarrafo em quem não tinha nada a ver com a história ("ei, mas não fui eu quem disse isso!"), esgrima retórica, etc. e etc.
SE7EN 1: GLUTTONY
Não faço a mínima idéia se é uma adaptação, uma releitura, ou um spin-off do filme.
Mas esta primeira capa é do grande caralho.
Clique aqui para ver em tamanho maior as duas versões da capa (tem uma que é um pouquinho pior).
Mas esta primeira capa é do grande caralho.
Clique aqui para ver em tamanho maior as duas versões da capa (tem uma que é um pouquinho pior).
segunda-feira, 18 de setembro de 2006
BIZANGO – CAPÍTULO 7: JOGANDO CONVERSA FORA
Márcio Massula Jr.
Waleska estava lhe parecendo diferente. Seus fartos seios – o único detalhe, na opinião de Francisco, digno de nota - pareciam ainda maiores, mais vistosos. Ele não pôde evitar o olhar faminto que deu para o generoso decote da recepcionista, que deve ter percebido o interesse do colega, já que estava vermelha como um tomate ao cumprimentá-lo. Francisco acabou se debruçando sobre a mesa dela. Ela, ainda mais sem jeito, tratou logo de entabular conversa.
- Nossa, Francisco, você está....
- Já sei, já sei. Com uma cara...
- Também. Mas tá...cinza?
Francisco engoliu em seco e tratou logo de pensar numa resposta convincente, de preferência que o convencesse também.
- É. Eu acho que foi alguma coisa que eu comi ontem.
- E a reunião, como foi?
- Nem me fala. Acho que minha carreira aqui acabou hoje.
- Nossa!
- Pois é. Acho que estou passando pelo meu inferno astral.
- Credo, Francisco! Não fala assim! Isso é coisa séria. Atrai maus fluídos.
- Taí! Ei, Waleska, você vai nuns centros espíritas ou algo assim, né?
- Não é bem centro espírita...
- Mas é algo assim, né?
- Mais ou menos.
- Dá pra me levar lá?
- Por quê?
- Não sei. Acho que quero tentar entender o que tá acontecendo comigo.
- Você está falando sério, Francisco?
- Tô, ué!
- Está bem. Eu te levo. Mas promete que não vai contar pra ninguém? É que é uma coisa muito
particular.
Francisco ergueu a mão esquerda, mostrando a palma para Waleska e forçou o melhor sorriso que conseguiu.
- Palavra de escoteiro!
- Promete que não vai rir nem ficar me gozando?
- Pô Wal, por que essa preocupação toda?
- É que pode parecer meio esquisito assim, da primeira vez.
- Mais do que minha vida anda ultimamente? Pode ter certeza que não.
- Se você quebrar sua palavra eu nunca mais falo com você.
- Pode deixar.
- E suas chances de me comer vão por água abaixo.
- Hã! Que cê falou?
- Eu??? Nada.
- Achei que tivesse ouvido alguma coisa.
- Eu devo ter pensado alto.
- Ah, tá.
sexta-feira, 15 de setembro de 2006
WASTELAND 1 NA FAIXA
A Onipress disponibilizou online (e em quatro formatos) a primeira edição de Wasteland, hq pós-apocalíptica que tá fazendo certo barulho lá nos states. Ainda não li, mas gostei do traço.
Dica do Pablo
P.S.: a propósito: TENHO QUE BOTAR MINHAS MÃOS EM PHONOGRAM!
Dica do Pablo
P.S.: a propósito: TENHO QUE BOTAR MINHAS MÃOS EM PHONOGRAM!
quinta-feira, 14 de setembro de 2006
CASANOVA
Li os dois primeiros números de CASANOVA, título criado por Matt Fraction (roteiros) e pelo brasileiro Gabriel Bá (desenhos). Achei um barato!
As aventuras do super-espião Casanova Quinn, agente da E.M.P.I.R.E., uma super-polícia mundial levam o conceito de espionagem à enésima potência e é possível encontrar referências a tudo quanto é tipo de aventura do gênero que se possa imaginar (James Bond, o Nick Fury de Steranko, etc.).
CASANOVA vai na mesma direção de outro título publicado pela Image, FELL, ou seja, a proposta é apresentar singles, histórias fechadas em 16 páginas de quadrinhos (mais quatro com material extra), com um preço ligeiramente menor, se comparado aos demais comics americanos. Proposta muito feliz na minha opinião, se querem saber.
Na primeira edição, somos apresentados ao mundo de Casanova, com direito a todos os seus elementos bizarros (e legais!): uma super-agência de espionagem, um super-grupo terrorista, consciências enclausuradas em corpos robóticos, um gângster telepata de três cabeças chamado Fabula Berserko, um helicassino, viagens dimensionais e por aí vai.
Essa edição tem mais páginas de quadrinho (28) e uma pequena apresentação de Matt Fraction na terceira capa.
Já na segunda edição, a missão do agente Quinn é resgatar um agente infiltrado na nação sul-americana de Água Pesada. Isso mesmo. Água Pesada, em português. Um lugar onde um gerador de orgone, que está ligado há quatro anos mantém o país em estado de carnaval perpétuo.
Um detalhe interessante é que o agente infiltrado Winston Heath (aquele que deve ser salvo por Casanova), em seus anos de missão, começou a escrever um gibi chamado Minhas Confissões (sim, em português também), uma brincadeira óbvia com “Confessions of a Dangerous Mind”, autobiografia de Chuck Barris que gerou o bacanérrimo filme de George Clooney.
O que eu curti mesmo nesse gibi é que ele não se leva a sério, no sentido dos autores se entregarem ao absurdo de braços abertos. Não é somente uma revista de agentes secretos fodidos pra caralho detonando qualquer um que lhes cruze o caminho. Claro, esses elementos estão lá, mas os personagens não se fazem de rogados quando têm que dar suas piscadelas ao leitor, sacam? Esse é um recurso que normalmente fica chato se utilizado muitas vezes, mas aqui coube como uma luva.
Não acho improvável que este título seja publicado no Brasil, visto que outras coisas que os gêmeos publicaram nos states por editoras menores e menos conhecidas já deram as caras por aqui, mas preferi não esperar. E não me arrependi.
Matt Fraction mantém uma newletter que publica esporadicamente e que pode ser assinada pelo email casanovaquinn(arroba)gmail.com. Da última vez, a frase que tinha que estar no assunto da mensagem era “I WAITED FOUR MONTHS FOR *THIS??!”. De vez em quando ele manda umas coisas legais.
As aventuras do super-espião Casanova Quinn, agente da E.M.P.I.R.E., uma super-polícia mundial levam o conceito de espionagem à enésima potência e é possível encontrar referências a tudo quanto é tipo de aventura do gênero que se possa imaginar (James Bond, o Nick Fury de Steranko, etc.).
CASANOVA vai na mesma direção de outro título publicado pela Image, FELL, ou seja, a proposta é apresentar singles, histórias fechadas em 16 páginas de quadrinhos (mais quatro com material extra), com um preço ligeiramente menor, se comparado aos demais comics americanos. Proposta muito feliz na minha opinião, se querem saber.
Na primeira edição, somos apresentados ao mundo de Casanova, com direito a todos os seus elementos bizarros (e legais!): uma super-agência de espionagem, um super-grupo terrorista, consciências enclausuradas em corpos robóticos, um gângster telepata de três cabeças chamado Fabula Berserko, um helicassino, viagens dimensionais e por aí vai.
Essa edição tem mais páginas de quadrinho (28) e uma pequena apresentação de Matt Fraction na terceira capa.
Já na segunda edição, a missão do agente Quinn é resgatar um agente infiltrado na nação sul-americana de Água Pesada. Isso mesmo. Água Pesada, em português. Um lugar onde um gerador de orgone, que está ligado há quatro anos mantém o país em estado de carnaval perpétuo.
Um detalhe interessante é que o agente infiltrado Winston Heath (aquele que deve ser salvo por Casanova), em seus anos de missão, começou a escrever um gibi chamado Minhas Confissões (sim, em português também), uma brincadeira óbvia com “Confessions of a Dangerous Mind”, autobiografia de Chuck Barris que gerou o bacanérrimo filme de George Clooney.
O que eu curti mesmo nesse gibi é que ele não se leva a sério, no sentido dos autores se entregarem ao absurdo de braços abertos. Não é somente uma revista de agentes secretos fodidos pra caralho detonando qualquer um que lhes cruze o caminho. Claro, esses elementos estão lá, mas os personagens não se fazem de rogados quando têm que dar suas piscadelas ao leitor, sacam? Esse é um recurso que normalmente fica chato se utilizado muitas vezes, mas aqui coube como uma luva.
Não acho improvável que este título seja publicado no Brasil, visto que outras coisas que os gêmeos publicaram nos states por editoras menores e menos conhecidas já deram as caras por aqui, mas preferi não esperar. E não me arrependi.
Matt Fraction mantém uma newletter que publica esporadicamente e que pode ser assinada pelo email casanovaquinn(arroba)gmail.com. Da última vez, a frase que tinha que estar no assunto da mensagem era “I WAITED FOUR MONTHS FOR *THIS??!”. De vez em quando ele manda umas coisas legais.
COMIC CREATOR SERVICES.
Se você quer tentar a sorte lá nos “istázunidos” fazendo hq, aconselho a dar uma passada nesse blog antes.
A proposta é simples, mas interessante: listar todas as editoras (e quais suas condições) que aceitam propostas, venham elas de roteiristas ou desenhistas.
A proposta é simples, mas interessante: listar todas as editoras (e quais suas condições) que aceitam propostas, venham elas de roteiristas ou desenhistas.
quarta-feira, 13 de setembro de 2006
THE LAST EVE
Mais uma dessas coisas com as quais acabei esbarrando por aí, mas não dei a devida atenção no momento.
LAST EVE é o filme mais recente do diretor coreano Young Man Kang (não se assuste. O site do homem realmente tem mais publicidade do que conteúdo).
Saca só: ele reconta a história de Adão e Eva em versão Muay-Thai. Nem preciso falar mais nada.
Mas eu vou falar assim mesmo. Ó a sinopse aí em baixo:
“If an unclassifiable genre-bending, time-travelling, religious epic with kick-ass Muay Thai fighting, sexy evil seductresses, severed genitals, planetary death by comet, kung-fu demons, and the baby Jesus shows up at our doorstep.
Journeying backwards through history while telling, re-telling and re-imagining the story of Adam, Eve and that pesky snake (with a distinctively Buddhist spin on the proceedings - and New Testament quotations appear in a series of intertitles). The Last Eve consists of three contrasting tales (Eve's Secret, Cain & Abel, Snake's Temptation) which reveal the dark tragedies at the heart of all romance, the temptations of the flesh and the spirit, the loss of innocence - and amazingly choreographed old-school martial arts mayhem. Filmed in Death Valley and South Korea, Kang's film is (as you may imagine) quite a weird ride, and will surely find a cult following as it is seen more widely.”
Journeying backwards through history while telling, re-telling and re-imagining the story of Adam, Eve and that pesky snake (with a distinctively Buddhist spin on the proceedings - and New Testament quotations appear in a series of intertitles). The Last Eve consists of three contrasting tales (Eve's Secret, Cain & Abel, Snake's Temptation) which reveal the dark tragedies at the heart of all romance, the temptations of the flesh and the spirit, the loss of innocence - and amazingly choreographed old-school martial arts mayhem. Filmed in Death Valley and South Korea, Kang's film is (as you may imagine) quite a weird ride, and will surely find a cult following as it is seen more widely.”
Se eu não fosse preguiçoso demais, já estaria nos p2ps da vida atrás disso.
Vai lá no myspace do homem que tem o trailer do filme.
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