quarta-feira, 30 de junho de 2004
MUDANÇA
Estou deixando um emprego do qual gosto bastante mas que me mantém afastado de minha família por outro que nao vai fazer isso, mas que também nao sei se me agradará. De qualquer maneira, o lado bom é que estarei de volta à Cidade Sorriso, um dos (vários) lugares onde morei que mais gostei. Assim devo desaparecer da rede até o fim da semana e reestabelecerei comunicaçoes, com sorte, dentro de vinte dias.
Até mais para os que ficam. Olá para os que chegam.
Até mais para os que ficam. Olá para os que chegam.
terça-feira, 29 de junho de 2004
HANNIBAL
Confesso que começou bem. Uma montagem modernosa e o nome do David Mamet nos créditos do roteiro ajudaram muito.
Um aparte: já falei da minha defasagem cinematográfica? Adoro cinema, mas a verdade é que não me dou ao trabalho de assistir a tantos filmes quanto realmente gostaria. E esse foi um dos que passou batido. De qualquer maneira, a TV aberta, na maioria das vezes, acaba resolvendo meu problema uma boa meia-dúzia de anos depois.
O lance é que eu sempre fui curioso pra ver as novas travessuras do Dr. Hannibal Lecter, um homem que poderia sustentar sem problemas a alcunha de O Médico e o Monstro.
Gostei bastante do SILÊNCIO DOS INOCENTES, um filme que deu outros contornos ao arquétipo do serial-killer. O livro também é legal, mas o filme funcionou melhor pra mim (talvez por eu tê-lo assitido primeiro, e talvez por ter sido adaptado pelo próprio autor do livro, que saberia melhor do que ninguém o que cortar – com o perdao do trocadilho).
Vendo assim, tem todos os ingredientes que me agradariam num filme. Sim, gosto de filmes policiais e de coisas meio freak. Mas a verdade é que talvez eu tenha ficado um pouco decepcionado. Só um pouco.
O SILÊNCIO DOS INOCENTES deu um upgrade na figura do serial-killer, utilizada à exaustao nos anos subsequentes, e essa continuaçao parece um tributo a isso. HANNIBAL é um filme descolado, correto, no sentido de execuçao hollywoodiana, dentro do cânone, se podemos dizer assim, mas meio sem sal, enquanto seu predecessor era um tanto maciço. Tá certo, naquela época ainda não existia todo esse glamour e consequente banalizaçao dos canibais (que agora dao as caras até pela internet), e a falta de concorrentes pode ser responsável por uma parte substancial da fama do SILÊNCIO. Mas que ele foi melhor, foi.
E não podemos esquecer a antológica cena do banquete final, que eu já sabia de cor (de tanto terem me contado) mas que ainda sim me impressionou.
De qualquer maneira, ainda quero muito assistir ao DRAGAO VERMELHO, tanto a versao original dos anos 80, como a refilmagem com o Hopkins. O mais antigo passou na TV esses dias, mas eu perdi. Pena.
Um aparte: já falei da minha defasagem cinematográfica? Adoro cinema, mas a verdade é que não me dou ao trabalho de assistir a tantos filmes quanto realmente gostaria. E esse foi um dos que passou batido. De qualquer maneira, a TV aberta, na maioria das vezes, acaba resolvendo meu problema uma boa meia-dúzia de anos depois.
O lance é que eu sempre fui curioso pra ver as novas travessuras do Dr. Hannibal Lecter, um homem que poderia sustentar sem problemas a alcunha de O Médico e o Monstro.
Gostei bastante do SILÊNCIO DOS INOCENTES, um filme que deu outros contornos ao arquétipo do serial-killer. O livro também é legal, mas o filme funcionou melhor pra mim (talvez por eu tê-lo assitido primeiro, e talvez por ter sido adaptado pelo próprio autor do livro, que saberia melhor do que ninguém o que cortar – com o perdao do trocadilho).
Vendo assim, tem todos os ingredientes que me agradariam num filme. Sim, gosto de filmes policiais e de coisas meio freak. Mas a verdade é que talvez eu tenha ficado um pouco decepcionado. Só um pouco.
O SILÊNCIO DOS INOCENTES deu um upgrade na figura do serial-killer, utilizada à exaustao nos anos subsequentes, e essa continuaçao parece um tributo a isso. HANNIBAL é um filme descolado, correto, no sentido de execuçao hollywoodiana, dentro do cânone, se podemos dizer assim, mas meio sem sal, enquanto seu predecessor era um tanto maciço. Tá certo, naquela época ainda não existia todo esse glamour e consequente banalizaçao dos canibais (que agora dao as caras até pela internet), e a falta de concorrentes pode ser responsável por uma parte substancial da fama do SILÊNCIO. Mas que ele foi melhor, foi.
E não podemos esquecer a antológica cena do banquete final, que eu já sabia de cor (de tanto terem me contado) mas que ainda sim me impressionou.
De qualquer maneira, ainda quero muito assistir ao DRAGAO VERMELHO, tanto a versao original dos anos 80, como a refilmagem com o Hopkins. O mais antigo passou na TV esses dias, mas eu perdi. Pena.
segunda-feira, 28 de junho de 2004
EINE NEUER BLOG
O Matusa resolveu aderir ao movimento e criou um blog. Disponibilizou lá os primeiros capítulos de Doppelganger, conto fantástico que é...fantástico. Tive a honra de ler o manuscrito num passado nao muito remoto e recomendo a leitura. Passar bem.
sábado, 26 de junho de 2004
LINKAIADA
Coloquei mais alguns, mudei outros de lugar e atualizei mais uma porção. Fatalmente houveram aqueles que foram esquecidos, falha a ser corrigida daqui para a frente. Divirtam-se.
quinta-feira, 24 de junho de 2004
E PRA NAO PERDER O EMBALO
Engraçado como aquela máxima de que "alguém sempre disse algo que você quer dizer melhor do que você" é totalmente válida nas mais diversas situaçoes.
Eu ia dizer isso aqui.
Embora, EU seja um dos xiitas, que fique bem claro.
Eu ia dizer isso aqui.
Embora, EU seja um dos xiitas, que fique bem claro.
AINDA FALANDO EM MÚSICA
Fizeram a versao em Flash do site do Lacuna Coil, outra das minhas preferidas.
Bonito, muito bonito.
Bonito, muito bonito.
HMMM...NAO SEI NAO...
E nao é que eu visito o site de uma das minhas bandas preferidas, vejo que disponibilizaram o novo clipe e, para minha surpresa, vejo que a banda que DEVERIA realmente ostentar o título de NEW METAL está fazendo algo parecido com...NEW METAL.
Cornuttos!!!
Cornuttos!!!
quarta-feira, 23 de junho de 2004
PERPETUANDO A ESPÉCIE
É interessante, se é que posso dizer assim, como a paternidade muda nossa percepçao da realidade, e do tempo, em especial. A perpetuaçao da espécie deve, de alguma maneira que ainda me é desconhecida, ligar algumas chaves no cérebro, fazendo a sensaçao de urgência aumentar 1200 vezes. A obrigaçao está cumprida, não há mais nada o que fazer sobre a terra, entao, carpe diem. O tempo parece comprimido, a sensação de imortalidade vinda na juventude já foi embora. Tudo tem que ser pra ontem. Não existe mais espaço, ou melhor, tempo, para a perda de tempo.
Esquisito.
Esquisito.
segunda-feira, 21 de junho de 2004
QUEM TEM MEDO DA FICÇAO?
Discussoes recentes em listas de discussao (boa essa né?) e comunidades do Orkut me fizeram atentar para algo que sentia em relaçao a alguns escritores mas ainda não tinha me dado conta: a FICÇAO dá medo.
Utilizo esta palavra na acepçao exata do termo. Não me refiro apenas a Ficçao Científica, embora ela também esteja no balaio. A literatura confessional, verdadeira coqueluche (sempre quis usar essa palavra) nos dias atuais já vem de longa data e se institucionalizou, creio (e notem que não sou nenhum professor de literatura) com os beatniks - ou um pouco antes, com Bukowiski e Fante. Como nossos amigos eram americanos, obviamente era questao de anos, ou no caso de alguns, décadas até que isso se espalhasse. Claro, eu não seria tolo de supor que eles inventaram isso. O advento da narrativa em primeira pessoa foi o passo inicial da coisa toda, e se alguém se atrever a datar isso pra mim, ganha um doce.
A questao que me incomoda é a literatura super-real ou confessional. Cada vez mais o habitat natural das histórias, a imaginaçao, está sendo jogado para escanteio.
Como assim?
Sei lá. Só acho que o pessoal tem medo de ousar um pouquinho. Tem medo de parecer inverossímel – lembrando que “suspensao de descrença” é algo muito mais importante no cinema do que na literatura - ou qualquer outra coisa do tipo. Querem que suas histórias sejam tao normais, tao reais, que possam ser agraciadas com observaçoes do tipo “poderia ter acontecido com você”. Onde estao as viagens no tempo? Onde estao as coincidências malucas demais para serem possíveis (se bem que aqui o terreno é espinhoso e requer mais cuidado, mas enfim...)? Onde estao as coisas sem...nexo?
Não precisamos dar nomes aos bois, mas muita coisa nova, ou surgida nos últimos tempos padece da síndrome do personagem jovem, universitário (publicidade ou qualquer outra área de humanas) descontente com a vida, entediado, mas que ainda sim consegue protagonizar algumas cenas de sexo dignas dos melhores filmes pornôs. Cá pra nós, você daria pra/comeria uma pessoa que passa 200 páginas reclamando da sua vida fictícia? Onde estao os hamsters que falam, as chuvas de vacas, os homens que se engolem (como a criatura que batiza este blog), os buracos que surgem sem motivo nas mais variadas partes do corpo?
Só pra ninguém ficar perdido, essas idéias aí do parágrafo anterior não são minhas, e sim de um cara que admiro muito. É um dos novos escritores que não tem medo de pisar nesse terreno pantanoso, e consegue até mesmo fazer isso com classe. O cara é o maligno editor da Livros do Mal, Daniel Pellizzari.
Cansei. Depois falo mais. Ou talvez não.
Utilizo esta palavra na acepçao exata do termo. Não me refiro apenas a Ficçao Científica, embora ela também esteja no balaio. A literatura confessional, verdadeira coqueluche (sempre quis usar essa palavra) nos dias atuais já vem de longa data e se institucionalizou, creio (e notem que não sou nenhum professor de literatura) com os beatniks - ou um pouco antes, com Bukowiski e Fante. Como nossos amigos eram americanos, obviamente era questao de anos, ou no caso de alguns, décadas até que isso se espalhasse. Claro, eu não seria tolo de supor que eles inventaram isso. O advento da narrativa em primeira pessoa foi o passo inicial da coisa toda, e se alguém se atrever a datar isso pra mim, ganha um doce.
A questao que me incomoda é a literatura super-real ou confessional. Cada vez mais o habitat natural das histórias, a imaginaçao, está sendo jogado para escanteio.
Como assim?
Sei lá. Só acho que o pessoal tem medo de ousar um pouquinho. Tem medo de parecer inverossímel – lembrando que “suspensao de descrença” é algo muito mais importante no cinema do que na literatura - ou qualquer outra coisa do tipo. Querem que suas histórias sejam tao normais, tao reais, que possam ser agraciadas com observaçoes do tipo “poderia ter acontecido com você”. Onde estao as viagens no tempo? Onde estao as coincidências malucas demais para serem possíveis (se bem que aqui o terreno é espinhoso e requer mais cuidado, mas enfim...)? Onde estao as coisas sem...nexo?
Não precisamos dar nomes aos bois, mas muita coisa nova, ou surgida nos últimos tempos padece da síndrome do personagem jovem, universitário (publicidade ou qualquer outra área de humanas) descontente com a vida, entediado, mas que ainda sim consegue protagonizar algumas cenas de sexo dignas dos melhores filmes pornôs. Cá pra nós, você daria pra/comeria uma pessoa que passa 200 páginas reclamando da sua vida fictícia? Onde estao os hamsters que falam, as chuvas de vacas, os homens que se engolem (como a criatura que batiza este blog), os buracos que surgem sem motivo nas mais variadas partes do corpo?
Só pra ninguém ficar perdido, essas idéias aí do parágrafo anterior não são minhas, e sim de um cara que admiro muito. É um dos novos escritores que não tem medo de pisar nesse terreno pantanoso, e consegue até mesmo fazer isso com classe. O cara é o maligno editor da Livros do Mal, Daniel Pellizzari.
Cansei. Depois falo mais. Ou talvez não.
quarta-feira, 16 de junho de 2004
O HOMEM QUE COMIA PAPEL CELOFANE
já está no ar no Garganta da Serpente. Apesar de ser um crítico ferrenho do personagem-escritor, também cometi meus deslizes e fiz essa (e mais outra) história utilizando-me da técnica que insisto em execrar. Está ainda com alguns erros de português (vindos de uma revisao infeliz), mas de qualquer maneira, me agrada bastante essa história.
quarta-feira, 9 de junho de 2004
DESENHISTA, BICHO ARREDIO!
Assim que entrei no Orkut, minhas expectativas foram à Lua com esse negócio de “social networking”. O motivo é simples: dentre os milhares de fóruns existentes lá dentro, alguns (um inclusive criado por mim) se dedicam aos quadrinhos, de um jeito ou de outro. Achei que finalmente encontraria alguém disposto a transformar as palavrinhas e descriçoes - que demorei tanto a fazer – na forma de pictogramas bacaninhas. Fiz contatos, enviei roteiros, aguardei respostas e...nada. Das cinco pessoas que se mostraram “interessadas” apenas uma manteve algo próximo a uma conversa, mas desapareceu no limbo da internet. Outros se prontificavam, mas na hora do vamo vê, nada. E outros aceitavam os convites (que invariavelmente partiam de mim) e depois nem se davam ao trabalho de responder.
Claro, se isso acontece uma vez, tudo bem. Você nunca sabe o que está acontecendo do outro lado da sua placa de rede. Pode ser que a pessoa esteja passando por dificuldades e tenha dado uma sumida. Perfeitamente normal e compreensível. Mas quando isso acontece 5 ou mais vezes, com pessoas diferentes, a desconfiança surge. Cheguei a pensar mesmo na hipótese da minha inépcia como protótipo de roteirista. Um texto ruim pode afugentar alguém em instantes. Mas partindo do princípio que a maioria desses desaparecimentos se deu antes mesmo do envio dos textos, surge uma segunda hipótese: a da empolgaçao. Você coloca um anúncio procurando desenhistas para trabalho conjunto (deixando bem claro que não vai rolar dinheiro), neguinho responde todo eufórico que topa, que vai tentar, etc e tal, mas quando percebe que vai ser uma coisa séria, que vai consumir boa parte do seu tempo (presumo), some.
Enfim, ainda não desisti da minha busca. Mas fiquei meio decepcionado com as atitudes de alguns artistas da net.
Não quer fazer mais, avisa, pô!
Claro, se isso acontece uma vez, tudo bem. Você nunca sabe o que está acontecendo do outro lado da sua placa de rede. Pode ser que a pessoa esteja passando por dificuldades e tenha dado uma sumida. Perfeitamente normal e compreensível. Mas quando isso acontece 5 ou mais vezes, com pessoas diferentes, a desconfiança surge. Cheguei a pensar mesmo na hipótese da minha inépcia como protótipo de roteirista. Um texto ruim pode afugentar alguém em instantes. Mas partindo do princípio que a maioria desses desaparecimentos se deu antes mesmo do envio dos textos, surge uma segunda hipótese: a da empolgaçao. Você coloca um anúncio procurando desenhistas para trabalho conjunto (deixando bem claro que não vai rolar dinheiro), neguinho responde todo eufórico que topa, que vai tentar, etc e tal, mas quando percebe que vai ser uma coisa séria, que vai consumir boa parte do seu tempo (presumo), some.
Enfim, ainda não desisti da minha busca. Mas fiquei meio decepcionado com as atitudes de alguns artistas da net.
Não quer fazer mais, avisa, pô!
sexta-feira, 4 de junho de 2004
RING 2
Já está no ar o site da parte 2 do THE RING. Embora eu tenha achado a primeira parte (americana. O japa é estratosfericamente melhor) meio cagalhona, essa continuaçao promete. Parece que o diretor vai ser o japonês que criou a série. Classe. Vi isso no Omelete, mas estou com preguiça de voltar la pra procurar o link. Se virem.
quinta-feira, 3 de junho de 2004
NADA DE NOVO NO FRONT
Estou me tornando um especialista na escrita de rascunhos. Terminei 600 palavras agora (feito hercúleo se tratando da minha pessoa) de uma história que até segunda ordem, deve se chamar MIDRAXE. Dia desses também terminei os rabiscos de TEMPUS ERIT. Ainda estou me debatendo com o segundo tratamento de uma HQ de dez páginas que está nas minhas maos há meses sem qualquer resultado positivo. Além disso, me comprometi ainda com um fanfic (falo disso qualquer dia) que, pasmem, já tem alguns rascunhos prontos.
E é só.
E é só.
terça-feira, 1 de junho de 2004
ANTOLOGIAS
Ah, as antologias!
Estou cada vez mais convencido de que esta é o formato supremo. Provavelmente, na outra semana estarei dizendo o contrário, mas vamos assumir que eu seja um homem de palavra, certo?
Recentemente, terminei a leitura da coletânea FUTURO PROIBIDO, da editora Conrad, uma jóia que ficou longe das minhas maos durante muito tempo. Lembro que na época do lançamento não dei muita bola, e só depois é que eu vi quem tava no recheio. Nomes como Bruce Sterling, Robert Anton Wilson, William Burroughs, William Gibson e outros mais. Esse livro é a metade de uma coletânea de FC realizada pela revista americana Semiotext(e), e vindo de quem veio, só podia sair coisa boa mesmo. O único requisito dos editores americanos da Semiotext(e) era que os textos tivessem sido recusados em outras publicaçoes, por serem violentos, pornográficos, subversivos ou qualquer combinaçao entre os três. Mais detalhes sobre os contos serao dados quando eu estiver com a ediçao em maos. Um detalhe que achei interessante foi o fato dos contos mais fraquinhos (na minha opniao de mortal desconhecedor de FC) terem vindo de homens que admiro e que sao admirados pelo povo. Sim estou falando de Anton Wilson, meu herói, e William Burroughs, de quem nunca li nada mas muito ouvi falar.
Também iniciei a leitura de uma das quatro novelas que compoem o livro DEPOIS DA MEIA-NOITE, do Stephen King. A história em questao é a JANELA SECRETA, JARDIM SECRETO, que deu origem ao mais recente filme do Jhonny Deep, JANELA SECRETA, exibido nos cinemas recentemente, o que, no frigir dos ovos, foi o motivo de eu ter posto as minhas maos nesse volume após deixá-lo tantos anos pegando poeira na minha estante. Apesar da traduçao sofrível, e de uns anacronismos esquisitos (o livro foi editado aqui no início da década de noventa, e alguns termos referentes a informática, tao comuns hoje em dia, ali ficaram engraçados) a história é interessante. Só que está caminhando para um final, a meu ver prevísivel. Se for o que estou pensando, vai se utilizar de um recurso muito comum nos dias de hoje, contudo, a história foi escrita há uns quinze anos atrás, o que me obrigaria a tirar o chapéu para o Senhor King, de um jeito ou de outro.
Por último, temos a TRILOGIA DO NOVA YORK, do magnífico Paul Auster. É quase um sacrilégio alguém que se diz fa afirmar não ter lido a maior obra do seu ídolo. É o que aconteceu comigo. Embora eu já tivesse o livro há anos, eu ainda não o tinha lido. Talvez por já conhecer uma das três histórias que copoem o livro. Li a versao quadrinizada (também fantástica) de CIDADE DE VIDRO há alguns anos. Por enquanto, do livro, só li a prrópria CIDADE DE VIDRO, e não restam dúvidas de que Auster é um DOS caras. Vai sair livro novo dele, no qual já estou de olho. Auster é realmente um mestre em misturar sua vida pessoal com fatos fictícios, deixando isso claro, mas ainda assim bem costurado. Ele abusa de um recurso, o personagem-escritor, que acho meio chato, pedante até, mas sob a batuta do homem isso tem o efeito de uma bomba atômica no giroscópio mental de leitores incautos.
E pra não dizer que não falei das flores, li também o CANTIGA DE NINAR, do senhor Chuck “Clube da Luta” Palanihuk. Um livro simples com uma história bacana. Um jornalista, investigando um misterioso surto de mortes infantis súbitas, ganha o poder de matar uma pessoa apenas pensando numa cantiga africana que aprendeu num livro infantil. Daí, ele se une a uma corretora de imóveis que só negociava casas mal-assombradas, a sua secretraia, uma bruxa moderna e ao namorado da última, uma mistura de ecoterrorista barato e estelionatário. Juntos, eles vagam pelo interior dos Estados Unidos, em busca de todos os exemplares do livro, para destruírem a tal cantiga de uma vez por todas. O desenrolar dos fatos é frenético e algumas passagens conseguem ser incisivas, apesar de minúsculas. Na cabeça do Palahniuk, ninguém é normal, e ele faz questao de deixar isso bem claro. Os cacoetes de Carl Streator, o protagonista, são um show a parte. Desde os neologismos que cunha ao longo do livro, até o destino que costuma dar as miniaturas que monta.
Bem, é isso aí. P-por enquanto é só, p-pessoal.
Estou cada vez mais convencido de que esta é o formato supremo. Provavelmente, na outra semana estarei dizendo o contrário, mas vamos assumir que eu seja um homem de palavra, certo?
Recentemente, terminei a leitura da coletânea FUTURO PROIBIDO, da editora Conrad, uma jóia que ficou longe das minhas maos durante muito tempo. Lembro que na época do lançamento não dei muita bola, e só depois é que eu vi quem tava no recheio. Nomes como Bruce Sterling, Robert Anton Wilson, William Burroughs, William Gibson e outros mais. Esse livro é a metade de uma coletânea de FC realizada pela revista americana Semiotext(e), e vindo de quem veio, só podia sair coisa boa mesmo. O único requisito dos editores americanos da Semiotext(e) era que os textos tivessem sido recusados em outras publicaçoes, por serem violentos, pornográficos, subversivos ou qualquer combinaçao entre os três. Mais detalhes sobre os contos serao dados quando eu estiver com a ediçao em maos. Um detalhe que achei interessante foi o fato dos contos mais fraquinhos (na minha opniao de mortal desconhecedor de FC) terem vindo de homens que admiro e que sao admirados pelo povo. Sim estou falando de Anton Wilson, meu herói, e William Burroughs, de quem nunca li nada mas muito ouvi falar.
Também iniciei a leitura de uma das quatro novelas que compoem o livro DEPOIS DA MEIA-NOITE, do Stephen King. A história em questao é a JANELA SECRETA, JARDIM SECRETO, que deu origem ao mais recente filme do Jhonny Deep, JANELA SECRETA, exibido nos cinemas recentemente, o que, no frigir dos ovos, foi o motivo de eu ter posto as minhas maos nesse volume após deixá-lo tantos anos pegando poeira na minha estante. Apesar da traduçao sofrível, e de uns anacronismos esquisitos (o livro foi editado aqui no início da década de noventa, e alguns termos referentes a informática, tao comuns hoje em dia, ali ficaram engraçados) a história é interessante. Só que está caminhando para um final, a meu ver prevísivel. Se for o que estou pensando, vai se utilizar de um recurso muito comum nos dias de hoje, contudo, a história foi escrita há uns quinze anos atrás, o que me obrigaria a tirar o chapéu para o Senhor King, de um jeito ou de outro.
Por último, temos a TRILOGIA DO NOVA YORK, do magnífico Paul Auster. É quase um sacrilégio alguém que se diz fa afirmar não ter lido a maior obra do seu ídolo. É o que aconteceu comigo. Embora eu já tivesse o livro há anos, eu ainda não o tinha lido. Talvez por já conhecer uma das três histórias que copoem o livro. Li a versao quadrinizada (também fantástica) de CIDADE DE VIDRO há alguns anos. Por enquanto, do livro, só li a prrópria CIDADE DE VIDRO, e não restam dúvidas de que Auster é um DOS caras. Vai sair livro novo dele, no qual já estou de olho. Auster é realmente um mestre em misturar sua vida pessoal com fatos fictícios, deixando isso claro, mas ainda assim bem costurado. Ele abusa de um recurso, o personagem-escritor, que acho meio chato, pedante até, mas sob a batuta do homem isso tem o efeito de uma bomba atômica no giroscópio mental de leitores incautos.
E pra não dizer que não falei das flores, li também o CANTIGA DE NINAR, do senhor Chuck “Clube da Luta” Palanihuk. Um livro simples com uma história bacana. Um jornalista, investigando um misterioso surto de mortes infantis súbitas, ganha o poder de matar uma pessoa apenas pensando numa cantiga africana que aprendeu num livro infantil. Daí, ele se une a uma corretora de imóveis que só negociava casas mal-assombradas, a sua secretraia, uma bruxa moderna e ao namorado da última, uma mistura de ecoterrorista barato e estelionatário. Juntos, eles vagam pelo interior dos Estados Unidos, em busca de todos os exemplares do livro, para destruírem a tal cantiga de uma vez por todas. O desenrolar dos fatos é frenético e algumas passagens conseguem ser incisivas, apesar de minúsculas. Na cabeça do Palahniuk, ninguém é normal, e ele faz questao de deixar isso bem claro. Os cacoetes de Carl Streator, o protagonista, são um show a parte. Desde os neologismos que cunha ao longo do livro, até o destino que costuma dar as miniaturas que monta.
Bem, é isso aí. P-por enquanto é só, p-pessoal.
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