Continuando a falar de quadrinhos, tentei me manter afastados das HQs de supers, mas como todo vício que se preze, a vontade de ver marmanjos fantasiados se espancando foi mais forte do que eu e não resisti. Comprei.
Batman (como a grande maioria dos supers gringos) é um personagem que me agrada pelo conceito, mas não pelas histórias. Fiquei sem acompanhar suas histórias por anos, mas quando soube que a dupla Azzarello e Risso - criadores da série 100 BALAS, sobre a qual já falei em algum lugar por aqui. Tente láááááááá atrás - faria um arco na revista do homem-morcego fiquei ansioso pra saber o que sairia daquelas cabeças, e não me decepcionei.
O arco, publicado originalmente em seis edições americanas, numa sacada genial -contrariando as tendências editoriais brazucas - foi condensado aqui em duas revistas (BATMAN 22 e 23, Setembro e Outubro de 2004, respectivamente) e não traz nada demais. Apenas uma boa história do Batman, objetivo que a maioria da nova safra de criadores pareceu ter esquecido. Azzarello e Risso não se preocuparam em reinventar a roda nem em mexer no que já estava lá (embora uma nova dupla de vilões tenha surgido e, convenientemente, colocada na geladeira logo em seguida). O texto de Azzarello é bom (meio verborrágico, uma tendência atual nos comics, mas ainda sim destaca-se com louvor das suas contrapartes estelares, como Millar, Rucka ou Bendis) e o traço de Risso é fenomenal. Na falta de uma palavra melhor, plástico. E o final da história foi um dos melhores que li nos últimos tempos.
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