Ontem, depois de muito batucar o teclado do meu not-so-smartphone, decidi que era hora de migrar um documento para o notebook e finalizá-lo por lá. Você pode até não acreditar, mas eu escrevo muito no telefone, de um jeito, ou de outro.
Pois bem. Meu n-s-s tem o QuickOffice Premier (AM) 6, que pode criar e editar os novos formatos do Microsoft Office. Embora esses formatos sejam alvo de críticas pertinentes, eles tem muito em comum com o ODF, pelo menos em sua concepção estrutural.
O OpenOffice não costuma ter problemas de compatibilidade com os documentos que crio no telefone (até pela natureza franciscana do QuickOffice, que não permite muitas estrepolias).
Então, sempre que crio um documento no E63, opto por salvá-lo no Office Open XML, em vez dos formatos tradicionais (e já abandonados pela própria Microsoft). Depois converto para o subformato ODF equivalente e tá tudo certo.
Ontem transferi um documento de aproximadamente 720 palavras (duas páginas, mais ou menos) para o meu notebook. Esse documento já havia sido corrompido pelo próprio QuickOffice (algo que acontecia com muito mais frequência no E62), mas eu consegui fazer uma cópia, na qual vinha trabalhando desde então.
Ok. Copio o documento e tento abri-lo com o OpenOffice. Nada. Tento mais algumas vezes, tendo como resposta apenas mensagens de falha. Tento, então, importá-lo no Google Docs. Impossível importar o documento. Tento o Zoho Docs. Mesmo problema.
A situação não era desesperadora, veja bem. O documento original ainda estava no telefone, funcionando, e havia várias maneiras de extrair o conteúdo dele, salvando-o com outro formato ou, na pior das hipóteses, lançando mão do bom e velho Ctrl+C/Ctrl+V.
Mesmo assim, fiquei incomodado com aquilo e resolvi tentar uma outra alternativa: o Abiword, que para minha surpresa, foi a única ferramenta que conseguiu um resultado mais próximo daquilo que eu esperava.
Agora, um segredinho: nunca fui muito chegado no programa.
A ideia de um processador de textos stand-alone, rápido e multiplataforma sempre me soou muy interessante, entretanto, existem alguns aspectos técnicos - e até cosméticos - que me mantiveram à distância: a insistência deles em continuar com seu próprio formato específico, em vez de adotar o ODF foi uma delas. Também não gosto muito da cara do programa (frescura, eu sei).
Mesmo assim, até pouco tempo atrás sempre tive o Abiword instalado em minhas máquina. Mas, com exceção de umas poucas ocasiões, nunca usei o programa.
Como nos últimos tempos meu mantra é o KISS, recentemente fiz uma limpeza geral em meus computadores, e o Abiword foi uma das vítimas.
Contudo, dada essa nova descoberta, decidi que vou mantê-lo por perto, de agora em diante.
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