terça-feira, 26 de janeiro de 2010

GEDIT

Nunca fui muito com a cara do gedit (assim, com minúsculas mesmo), pelo fato dele não estar nem lá, nem cá: acho ele pesado demais para trabalhos leves, e leve demais para trabalhos pesados.

Até que numa instalação limpa, funciona a contento, mas basta habilitar alguns plugins, que na minha opinião já deviam ser features, e o negócio desanda.

[Se você não faz a mínima idéia do que estou falando, imagine que o gedit é uma versão anabolizada do Bloco de Notas, do Windows]

Para muita gente essas diferenças de performance não fazem, hmmm..., diferença, mas, para mim, que passo boa parte do dia editando textos, tanto em casa quanto no trabalho, o buraco é mais embaixo.

Tudo o que eu escrevo nasce em arquivos .txt (achou que a epígrafe do blog fosse só pedantismo barato, né?), que depois é finalizado em outro programa/webapp. Emails, tópicos em fóruns, posts para blogs, roteiros, contos, relatórios, números de telefone, notas e seja lá mais o que for.

Talvez seja um resquício pavloviano de uma época em que a internet era bem mais instável, e uma conexão perdida era igual a um monte de trabalho perdido.

Pode parecer contraproducente para alguns, mas para mim é assim que funciona.

E me dá uma certa agonia clicar em um arquivo que não tem nem 1KB e esperar alguns segundos até que seu conteúdo surja na minha frente.

Então, no Ubuntu, que é onde passo a maior parte do tempo, uso o Leafpad para coisas rápidas e o Geany (substituído recentemente pelo UEX) para o trabalho pesado. No Windows, o arranjo é parecido, só que com o Bloco de Notas e o PSPad, respectivamente.

[Embora eu até seja capaz de passar uns minutos sem ouvir os beeps malditos do VIM, não conseguiria passar o dia inteiro trabalhando nele. Já tentei, sério. E o Emacs, pelo menos para mim, é carta fora do baralho]

Mas dia desses, olhando mais de perto, vi que, apesar da relativa lentidão, o gedit tem me parecido bem apetitoso quando o assunto é escrever prosa.

Gosto da visualização de impressão dele. Também há um corretor gramatical (meia-boca, mas vá lá). Interface com abas (item que devia ser obrigatório em TODOS os software do universo), snippets, contagem de caracteres e um modo fullscreen, que cai como uma luva para as viúvas do PyRoom (que se recusa a funcionar em máquinas com processadores de 64 bits).

Enfim, achei uma utilidade pra ele e vou experimentar.

Se funcionar, melhor, porque o gedit também está disponível para o Windows, e ferramenta multiplataforma é o que há.

Nenhum comentário:

Postar um comentário