Tempos atrás, a Primeira Dama mandou converter algumas fitas de vídeo antigas que tínhamos em casa.
Semana passada, pouco antes de voltar para o exílio, estávamos vendo os DVDs resultantes do processo
A maioria deles continha cenas da vida intra e pós-uterina do Murilo, meu filho mais velho: várias sessões de ultrassonografia, o parto, a primeira mamada, o primeiro banho (com direito à cagada balística em cima do Poodle Satânico) e tudo mais. Enfim, sua chegada ao mundo.
Parece que foi ontem. E, enquanto assistíamos o vídeo, tive uma epifania paterna.
Só então me dei conta de que aquele protótipo de ser humano que víamos na tela, mal conseguindo controlar as próprias articulações, está prestes a iniciar o primeiro ano da escola. A partir de agora, ele vai fazer provas. PROVAS. Pois é. Aquele pedacinho de joelho agora é capaz de ficar implicando com o tamanho da minha - modéstia a parte - mastodôntica pança, na maior desenvoltura, ao mesmo tempo em que me concede o título de SEGUNDO MELHOR JOGADOR DE PLAYSTATION 2 DO MUNDO (porque o melhor é ele, evidentemente).
Nosso outrora bebezinho agora é um moleque bacana. E daqui algum tempo, será um homem bacana também.
Enquanto isso, os primeiros fiapos brancos despontam nas minhas têmporas.
O tempo passou.
Fiquei com os olhos cheio de lágrimas. Mas não deixei cair nenhuma, porque, cê sabe, homem não chora, né? ;)
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