Nesse fim de semana dei um pulo em casa - para quem não sabe, o ramo épsilon-teta-gama do clã dos Massula, após muita deliberação, decidiu sediar sua base de operações, permanentemente, em Curitiba - e vi aceso novamente meu interesse pela anatomia de uma história em quadrinhos.
Talvez por ter achado NARRATIVAS GRÁFICAS, do Eisner, mais um dos bons livros que eu comecei e, sabe-se lá porque, larguei pela metade. Não me vejo, pelo menos não num futuro próximo, perdendo tempo digitando o que quer que seja que tenha a intenção de se transformar numa história em quadrinhos. Muito suór, sofrimento e decepção, vocês já devem ter lido a história alguma vez por aqui.
De qualquer maneira, eu já estava com o livro do Peter David aqui no hotel - outro que há certo tempo aguarda para ser lido - e não é que, no aeroporto, descubro que saiu DESENHANDO QUADRINHOS, o livro novo do McCloud?
Sim, eu sei, o livro saiu ano passado e foi anunciado em tudo quanto é blog/site de quadrinhos. Mas eu, que não tenho passado mais tanto tempo surfando por essas bandas, não vi. Comprei, obviamente.
Para muita gente, pode parecer estranho alguém que um dia se auto-proclamou “roteirista de quadrinhos” (hahaha...) mostrar interesse por um livro que tem a palavra *desenhando* no título, certo? Errado.
Primeiro: apesar do nome, o livro não é sobre desenho em si. É sobre narrativa, algo que todo roteirista wannabe deveria se preocupar em conhecer. Na verdade, a tradução do título foi meio infeliz, uma vez que o original - MAKING COMICS - cobre um espectro maior do que o ato de desenhar, somente..
Segundo: qualquer atividade, seja criativa ou técnica, está relacionada a outras. O mínimo que alguém que deseja ser bom em algo precisa fazer é saber o que se passa à volta do seu ofício.
Terceiro: Eu sou fã do McCloud.
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