Como vive observando (e com razão) minha esposa, sou, para ficarmos só nos eufemismos, meio desleixado no que tange à manutenção do próprio corpo, e fazer a barba está entre uma das coisas que adoro NÃO fazer, e de tempos pra cá, a tal barba - farta - e uma cabeleira que fica cada vez mais escassa, vinham trabalhando em conjunto, deixando as partes de baixo e de cima do meu rosto com uma estranha - ou, terrível - simetria.
Então, seguindo seus conselhos, e no afã de redescobrir o verdadeiro formato do meu queixo, resolvi dar uma capinada na cara.
Mas sou preguiçosão, lembram?
Se a tarefa fosse exequível com um daqueles bics de lâmina única que vêm num pacote com duas unidades (1 real!) eu até encararia a empreitada, mas como não era o caso, resolvi terceirizar.
O que nos leva ao barbeiro, aquele homem que fica passando uma lâmina afiadíssima a poucos milímetros de um monte de artérias e veias com nomes complicados demais para serem lembrados assim, na lata. E aí eu estou lá, sentado na cadeira, tendo o pescoço pelado (do verbo - se é que existe - pelar) como um frango (que na verdade não é pelado, mas depenado, mas, bem, cês entenderam, né?), e fico imaginando se aquele carinha resolve se mostrar um “zíriquíli” e sei lá, dá um talho ali só pra ver até onde o sangue espirra, ou tenta arrancar algum dos meus globos oculares pra levar de presente pra mãe morta há quinze anos.
Caras, como eu detesto lâminas.
E ISSO É TUDO CULPA SUA, HOLLYWOOD DO CACETE!!!
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