Ontem me surpreendi com um cara, um leitor improvável, folheando uma edição surrada (e aparentemente pega numa biblioteca) de COMÉDIAS DA VIDA PRIVADA, do - se você ainda não sabe - Luis Fernando Verissimo.
Elegi o rapaz como "leitor improvável" baseado apenas nos meus próprios (pre)conceitos, que não vou ficar enumerando quais são. Não o conheço tão profundamente, mas, cá para nós, meu escrutínio e as teorias que brotam dele costumam ser preciso nesses casos.
O nosso leitor é um rapaz que acabou de passar dos vinte. Ele estava lendo no trabalho, em seu tempo ocioso.
O que me deixou intrigado foi o motivo dele ter escolhido justamente aquele livro. Nada contra o Verissimo, vejam. Se não sou fã, há pelo menos um de seus livros que gosto bastante. E fiquei curioso para ler um outro. [É, existe um padrão.]
De qualquer maneira, depois de matutar um pouco querendo saber porque catso o moleque foi escolher justo um dos livros do Verissimo, me ocorreu uma idéia: acho que ele deve ter sido atraído por um desses emails apócrifos, invariavelmente creditados ao Verrissimo, ao Jabor, e, vez ou outra, a Shakespeare.
Se for isso mesmo, é como dizem por aí: há males que vem para bem.
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