Ele postou algumas artes em seu fórum, que achei muito bonitas.
Certo. Mas quem diabos é esse tal de DR. A:.?
O DR. A:. (escrito desse jeito mesmo) surgiu numa das minhas muitas viagens a trabalho. Em uma semana manuscrevi 34 páginas de roteiro (já com diálogos e divisão de painéis). Era, primordialmente, uma história de ação. Eu queria brincar com o conceito de "herói científico", e também com a idéia de um super-cientista que vez ou outra gosta de dar uns catiripapos em ciborgues, mutantes e outras cepas de super-vilões. Além disso, a história faria parte de algo maior (já que foi escrita numa época onde eu me dava ao luxo de alimentar minhas próprias esperanças quadrinísticas).
Como muitas outras coisas que comecei a desenvolver em diversos pontos da vida, acabei deixando de lado.
Mas então veio a mudança no início deste ano e das catacumbas do meu escritório surgiu o velho caderno laranja de capa dura onde comecei a delinear o personagem e seu universo.
Uns dias atrás, estava com coceira nos dedos, mas sem saber exatamente o que escrever, e acabou me ocorrendo a idéia de digitalizar aquele proto-roteiro que havia reencontrado.
Nesse processo, acabei integrando ao bolo algumas outras idéias esparsas que tive ao longo destes anos, podei aqui, poli ali, coisa e tal. No embalo, tive outras idéias mais curtinhas, que caberiam muito bem no meu adorado e idolatrado formato de 8 páginas, e deixei um pouco de lado a primogênita, até por motivos óbvios, já que é muito mais fácil se fazer uma hq de 8 páginas do que uma de 34.
E achei engraçado receber o email do Ellis logo no momento em que colocava o ponto final na sétima (de 8) página (s) da primeira hq do DR. A:., O GAFANHOTO TORNOU-SE PESADO.
Se você já leu o HOMEM DO CASTELO ALTO, pescou a referência (mas note a diferença no tempo verbal). Na verdade, eu deveria ter terminado esse roteiro hoje, mas estou seguindo à risca o meu MANUAL DO PROCRASTINADOR, então, amanhã termino no trabalho quando estiver no trabalho. Em minha hora de folga, claro.
Citei a obra do Ellis só pra fazer um contraponto. Acredito que as semelhanças vão pouco além dos nomes e do mal do qual nós dois padecemos: a tecnofilia. Vamos ver.
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