terça-feira, 20 de dezembro de 2005

PAPAI NÓIA

Isso ainda tá na cabeça.

No último sábado, fomos eu, a patroa e rebento a um supermercado próximo aqui de casa para - não poderia ser diferente - fazer compras.

Desconfio que as crianças têm algum tipo de sentido extra e sazonal, dedicado à localização de qualquer simulacro da figura comemorativa da vez. Como não poderia deixar de ser, o pequeno encontrou o indefectível Papai Noel do mercado mais rápido do que eu, e partiu desgovernado em direção ao cara.

Chegando perto, por alguns momentos acreditei que o pessoal do mercado tivesse confundido a data: a primeira figura que me vem à cabeça quando vejo "olhos vermelhos" é o coelhinho da Páscoa. Mas era o Bom Velhinho mesmo. E o cara tava muito louco! Não falava coisa com coisa, e a prova inconteste foi o bafo de cachaça, que tava brabo, devo dizer:

Para alívio da moça do mercado que o acompanhava, ele se desvencilhou - muito educadamente, que fique bem claro- das crianças e foi repor o estoque de balas.

A situação, pelo menos em minha cabeça, não deixou de ter sua própria ironia: o cara tinha bebido antes do trabalho por que estava pouco se fodendo, ou estava bêbado por que estava
muito fodido?

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