(Ou de Ano-novo. Sempre me confundo com essas coisas)
Querido diário,
Dia desses eu tava pensando em fazer um ou dois apartes sobre as filigranas de se escrever um roteiro pra hq e, em meio a tudo, anunciar minha retirada estratégica do meio. Os motivos são muitos, e o Hector acabou tirando as palavras da minha boca, enumerando um bom punhado deles aqui.
E, afinal de contas, por que desisti?
Desisti de desistir, digo.
Simples.
Com minha aposentadoria já mentalmente decretada, me peguei burilando sobre uma hqzinha de três páginas (originalmente duas), que já tinha um plot escrito há muito tempo, mas que, por razões que já atingiram velocidade de escape e não se encontram mais na órbita de minha memória, engavetei. O lance é que eu gosto pra caralho de escrever roteiros. Não faço a mínima idéia se possuo ou não tino pra coisa, mas que eu gosto, gosto. Talvez esteja escrito em algum lugar que meu destino é ficar esmurrando ponta de faca. E, se tiver de ser, será.
Piegas é essa última frase, hein? Certo.
Então, com tudo devidamente esclarecido e reorganizado na cachola, decidi que focarei melhor minhas energias. Isso significa menos roteiros, menos ainda do que a quantidade ridícula que costumo produzir. Além disso, desencanei com um punhado de coisas que estavam em andamento há mais tempo do que deveriam, e estou apostando minhas poucas moedas em iniciativas mais modestas.
Mas, em contrapartida, voltei meus olhos novamente para a boa e velha PROSA. Nela, pelo menos, a responsabilidade pelo naufrágio de alguma idéia que eu julgue boa o suficiente para botar no papel será totalmente minha.
Vamos ver.
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