sábado, 29 de outubro de 2005

MANDRÁGORA & LIBRA

Costumo ser reservado no que diz respeito a idéias em andamento, mesmo porquê elas costumam ficar pelo meio do caminho, mas estou me sentindo especialmente empolgado com dois pequenos conceitos que venho desenvolvendo, e, não há motivos pra ficar escondendo o leite, não é mesmo?

MANDRÁGORA é minha tentativa de brincar com o conceito de “mulher-misteriosa-com-poderes-paranormais/vegetais-que-foge-de-organização-milenar-que-tem-planos-escusos-envolvendo-o-destino-do-mundo”. Nenhuma novidade, como você já deve ter notado, mas embebido em minha própria vaidade, só fui notar que a idéia era MUITO parecida com a da ORQUÍDEA NEGRA, do Gaiman, agora. Corri para as minhas caixas de papelão e tive que reler o material (mais comentários depois), mas para meu alívio, os conceitos são quase antípodas, se podemos dizer assim. Fui traído pela memória, talvez pelo fato de só ter lido ORQUÍDEA uma vez na vida.

Mandrágora vai ser uma sériezinha de terror/gore e pretendo ir construindo tudo em pequenos capítulos de 8 páginas, um número que eu considero bem adequado: nem grande demais - pra ficar inviável tecnicamente, nem pequeno demais - pra ser insípido ou confuso.

O primeiro tratamento do primeiro capítulo já está pronto, mas é necessário que eu apare várias arestas e pesquise um pouco mais sobre determinados assuntos. Também não existe desenhista na jogada, mas isso vai ser uma preocupação que só quero ter quando tiver algo mais sólido nas mãos (e se alguém vier com piadinhas fálicas sobre minha última frase vai tomar umas piabas, hein!).

LIBRA já vai na contramão da sua irmã mais velha. O roteiro do primeiro capítulo também já está pronto, e estou em negociações com um desenhista que vai acrescentar muito, acredito. Se ele topar mesmo, vocês ficarão sabendo quem é. O conceito da série é bem mais simples, resumindo-se a uma pergunta (que por, enquanto, não vou dizer qual é), e aqui pretendo fazer algo diferente de Mandrágora. Os capítulos também terão 8 páginas, mas as histórias, serão, na medida do possível, auto-contidas. Não deixei de lado meus devaneios megalomaníacos, e é óbvio que a perspectiva de quem ler tudo vai ser diferente de quem ler um só capítulo, mas aqui, até por tratar de um conceito bem mais simples, quero fazer algo mais “reader-friendly”. Além disso, em Libra trabalharemos com as rédeas mais soltas, e não há a vontade de fidelizar a série a um gênero específico. Vamos ver se dá certo.

Além das semelhanças óbvias, uma coisa engraçada que aconteceu - talvez por eu ter escrito ambas em paralelo - foi a repetição, ou melhor, reverberação de algumas idéias. Mas nada que diminua uma ou outra.

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