As roteiristas Steenz Stewart e Camilla Zhang estão sugerindo que, assim como ocorre no cinema, os quadrinhos também usem um modelo de roteiros padrão. Não sei se concordo nesse caso específico, mas achei bacana a iniciativa.
Eu mesmo já tentei me aventurar nessa seara, e já deixei dois modelos na (descobri agora) finada galeria de templates do Google Docs. Consertei o link e o bichão tá no ar de novo, caso alguém se interesse em tentar usar.
Dia desses, mexendo nas velharias aqui de casa, (re)encontro essa belezura aqui.
Quando essa edição foi lançada, no final 1990, eu tinha 14 anos, mas já estava contaminado pelo vírus dos quadrinhos já havia um bom tempo. Mais sobre isso em um futuro post.
Asilo Arkham foi um banho de emoção e estranhamento na minha mente de garotinho inocente, garotinho juvenil.
O nome do Morrison não me era estranho por causa das histórias do Homem-Animal que vinham sendo publicadas na DC2000 desde o início daquele ano. Já do Mckean, nunca tinha ouvido falar.
O que acontece é que, por mais vanguardista e por mais que eu gostasse daquela hq, aos 14 anos eu não tinha, digamos, todo o repertório para apreciar a obra em sua plenitude. Ou pelo menos na plenitude que me seja possível apreciar.
Outros títulos, como a mini do Gavião Negro - publicada alguns meses antes - ou então Marshal Law - publicado aqui no ano seguinte - estavam mais alinhados com a estética que fazia a minha cabeça naquele momento e, sinto dizer, revisitei Asilo Arkham poucas vezes depois da leitura original*.
O que ocorreu, ao longo dos anos, foi que eu li muito sobre a obra.
Aproveitei a oportunidade e, ainda sob o efeito do saudosismo, mergulhei de cabeça no mundo sombrio criado por Morrison e Mckean.
E é com grande satisfação que afirmo: a obra envelheceu bem.
Todos os detalhes que me deixaram chocado ainda estão lá. A cena do lápis, o Coringa passando a mão na bunda do Batman, a "predileção" do Chapeleiro Louco por garotinhas, a coprofagia de Maxi Zeus, ou a própria história do fundador do Asilo. Outros, como a suposta supersanidade do Coringa, ou a moeda do Duas Caras sendo substituída por um deck de tarô, foram esquecidos. E nem falo de todas as referências que na época eu não tive a mínima condição de pescar.
O letreiramento, as colagens inseridas no meio da arte, as narrativas que vão se intercalando à medida em que a história - e a loucura - avançam. Tudo isso se desvaneceu na minha memória ao longo desses anos todos, mas o resgate foi feito.
Fui pesquisar e descobri diversas reedições desse quitute, ou seja, Asilo Arkham ainda é facilmente encontrável em sebos e lojas.
A edição mais recente, a ABSOLUTA, é simplesmente maravilhosa, mas pelo preço de 230 caraminguás, vai continuar no reino das ideias, por enquanto.
Noves fora, se você, por um acaso, ainda não leu, fica a recomendação.
P.S.:
A cola da lombada acabou se ressecando, fazendo o miolo soltar da capa, e algumas páginas se soltarem do miolo. Mas o papel está bom. Não tem rasgos, mofo ou qualquer outro sinal de desgaste.
Tava vendo esse vídeo do Sobrecapa e talvez, um dia, eu me anime a tentar uma restauração caseira.
Enquanto isso não acontece, me contento em folhear a revista dentro dos limites do possível.
Eu uso bastante o Google Drive através da interface web, e recentemente, notei isso aqui.
Clique na imagem para ampliá-la.
O documento mais antigo, criado em 2015, não "consome" espaço dentro da minha cota de armazenamento. Já o documento mais recente está pegando 4 KB.
Convenhamos que 4 KB é um tamanho irrisório.
Para um documento.
Se você tem milhares de documentos, isso já começa a fazer a diferença. Também fiz alguns testes com documentos criados no formato do Google e que continham mais coisas, como imagens e tabelas, e o espaço consumido foi maior.
Até recentemente, documentos criados nos formatos do Google não
"ocupavam" espaço nas contas do Drive. Aparentemente, essa não é mais a
regra.
Essa política está alinhada com outras decisões recentes do Google, como também acabar com a infinitude do Google Photos, acabar com o Google Workspace Legacy (que era gratuito) ou mesmo aumentar a pressão para que os usuários adquiram os planos pagos dos seus serviços.
Consigo imaginar diversas razões para esse movimento - a principal sendo, claro, dinheiro - e, vou dizer pra vocês, até que demorou.
É como diz o ditado: a nuvem é só o computador de outra pessoa. Então mantenha seus backups em dia, e sempre tenha uma ou duas cartas na manga.
Como diria o aquele cara, daquele filme: eu tenho gostos peculiares. Vocês não entenderiam.
Sempre imaginei/quis ouvir a Marcha Imperial do Star Wars em ritmo de pagodinho dos anos 90, com direito a Stormtrooper fazendo passinho enquanto martela um bumbão, e tudo mais.
Pois bem.
Estou aqui ouvindo minhas musiquinhas enquanto labuto.
O escolhido - pelo algoritmo do YouTube - foi Masayoshi Takanaka, guitarrista japonês das antigas, que eu desconhecia até então. O disco - que tem uma capa sensacional - é o All of Me, de 1979.
Lá pelas tantas, começa a tocar um sambinha maroto.
Ok.
Esse sambinha me soa familiar.
Ok.
Ok não! Péra! Eu conheço essa música!
Vou lá ver o nome da dita cuja.
Não era a Marcha Imperial, e não era pagodinho dos anos 90. Mas passou perto.
Is it possible to locate a man given only his photograph and first name? The answer is YES!
In 2006, UK-based game company Mind Candy tested the theory of six degrees of separation as part of an Alternate Reality Game (ARG). They gave us a photograph of a man, a name, and the Japanese characters that translate to “Find me”.
Acabo de ler esse post no Interconnected, blog do Matt Webb, que por sua vez, cita um post do Cory Doctorrow e outro do Robin Sloan, que eu já tinha lido e que falam, entre outras coisas, da importância de se revisitar velhas anotações, e dos métodos que os dois usam pra fazer isso.
E isso se interconecta (#bdumtss) com um vídeo que assisti ontem, por acaso, que por sua vez me levou à página do Readwise, um serviço que vasculha as anotações que você faz no Kindle, e manda um email diário, com uma seleção aleatória das mesmas. Além disso, o Readwise permite que você exporte essas notas para algum outro serviço de anotações (ou Second Brain, como está na moda agora).
O fato é que atualmente estou tentando consolidar todas as minhas anotações textuais no mesmo lugar. É muito chato saber que eu escrevi alguma coisa mas não saber onde essa coisa está. E isso está acontecendo com uma frequência cada vez maior.
Eu podia estar roubando, eu podia estar matando, mas estou aqui na sua tela mandando mais um link de software de escrita que trabalha com arquivo de texto simples.