segunda-feira, 1 de agosto de 2005

TRAINSPOTTING

Terminei.

Como era esperado, a leitura me agradou, até o fim. Talvez pelo fato de Welsh ter construído a narrativa daquela maneira caleidoscópica, obrigando o leitor a, na maioria das vezes, inferir qual é a seqüência lógica – que existe, mas está devidamente maquiada - na maçaroca tragicômica formada pelas vidas de Renton e cia. Eu acho que TRAINSPOTTING realmente se tornou um “romance” da metade pra frente. As coisas pareciam mais esparsas no início do livro, dando a impressão de que Welsh resolveu amontoar todas aquelas histórias sob o mesmo teto bem depois de tê-las iniciado. Mas, como disse, eu apenas acho. E não vou ao Google pra saber qual é que é. Prefiro continuar com meus achismos.

Às vezes, inclusive, acho que esses buscadores, mesmo com todas as vantagens óbvias que trouxeram prum monte de gente como eu e você, acabaram com a graça de se afirmar categoricamente algo que é de seu total desconhecimento.

Mas, voltando ao livro, recomendo. Divertidíssimo, se é que você é capaz de achar graça na desgraça de mentirinha dos outros. E eu sei que cometi um atentado à língua-mae na frase anterior. Aliteração, acho.

O filme está todo lá. John Hodge, autor do roteiro da adaptação, conseguiu pinçar ótimos momentos, embora tenha feito alguns ajustes pra deixar tudo mais redondinho, e claro, tenha deixado muita coisa boa de fora, em prol dos sagrados cento e vinte minutos cinematográficos. De gelar os ossos, especialmente, me vem à cabeça NÃO PRECISA NEM DIZER (que está no filme) e SANGUE RUIM (que não está).

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