quarta-feira, 22 de junho de 2016

Troquei o Google Chrome pelo Vivaldi


Uso um sistema operacional “antigo” (mas ainda suportado), em um computador mais antigo ainda. O Linux Mint 13 (que é baseado no Ubuntu 12.04), tem suporte até Abril de 2017. Porém o Google decidiu puxar os fios um ano antes, e o Chrome não é mais atualizado nessas distribuições.

Com a minha idade e com meu tempo disponível, não sinto mais a mesma emoção em perder algumas horas formatando e azeitando um computador para deixar tudo funcionando como antes. Uso “até acabar”. Então optei pelo caminho mais rápido, que seria trocar de browser, em vez de sistema operacional.

Estou ciente de que terei que formatar o computador ano que vem. Mas ainda há muito tempo pela frente. E nesse interim, provavelmente haverá um computador novo.

Então, há algumas semanas, troquei o Chrome pelo Vivaldi.

O Vivaldi, como as versões mais recentes do Opera, divide o DNA com o Google Chrome, pois todos são baseados no Chromium. Ou seja, no frigir dos ovos, é o Chrome, sem maquiagem. Entretanto, enquanto o browser da Google se transformou em um verdadeiro Cavalo de Troia, espalhando coisas por todo o computador, o Vivaldi continua sendo “apenas” um browser, que é o que eu sempre quis.

Mas, e o Firefox?

Existem alguns serviços do Google que funcionam melhor no Vivaldi do que na raposa de fogo. Além disso, o Firefox também tem seus momentos rebeldes na minha máquina, como, por exemplo, não conseguir capturar conteúdo da área de transferência dentro de alguns serviços do Google, ou fechar inesperadamente na minha cara.

Eu gosto muito do Firefox e do que ele representa, e continuo usando em algumas situações específicas, mas minha navegação casual é toda feita através do Vivaldi.

A mudança, entretanto, não veio sem um custo. O Chrome traz o Flash embutido, na forma do PepperFlash. O Vivaldi, não. E a própria instalação do Flash em sistemas Linux sempre foi meio chata. Ou seja, no Vivaldi, boa parte da internet parou de funcionar. Não posso mais ouvir músicas no SoundCloud e ver gifs animados no Facebook. Até existem maneiras de se colocar o Flash no Vivaldi, mas eu nem tentei. Nos piores casos, onde não há escapatória, eu tenho o Flash instalado no Mint, e ele funciona relativamente bem através do Firefox.

Além disso, o Vivaldi é reconhecido como um browser não suportado por diversos serviços, então não posso, por exemplo, postar no Medium.

Os efeitos colaterais - e benignos - disso são que eu passo menos tempo no Facebook, e na internet, de modo geral.

Outra coisa que está me fazendo mudar de hábitos é o motor de busca padrão do Vivaldi, que é o Bing. Não mudei as configurações. Então, normalmente minhas buscas começam no Bing, e somente em caso de resultados insatisfatórios, vou para o Google.

Ainda sinto falta de diversos recursos do Chrome, como a possibilidade de se configurar perfis diferentes para acessar diversas contas do Google, ou outras facilidades que eles implementaram ao longo dos anos.

Mas, é como eu disse lá em cima: não me sinto mais inclinado a ficar perdendo tempo para me adaptar a novas tecnologias que não sejam realmente necessárias.

E, em tempo: ainda há a questão do Chrome barbarizar a bateria dos notebooks.

EM TEMPO: a preguiça falou mais alto, e ontem, 27/06/2016, acabei habilitando essa caralha desse Flash player no Vivaldi. Vejamos quanto tempo vai funcionar...