sábado, 24 de setembro de 2011

K.I.S.S.


K.I.S.S. = Keep It Simple, Stupid!

Quem frequenta as minhas plagas (0_0) digitais (você não esperou eu molhar o bico...) já deve saber do meu fetiche por ferramentas para escrita, especialmente softwares.

Basta eu tomar conhecimento de alguma novidade para começar mais uma epopéia envolvendo instalações, conversões, testes e elucubrações que normalmente não dão em nada. Mas ok, tudo em nome da ciência.

Isso também costuma ter outro nome: procrastinação. Se eu usasse o tempo que gasto correndo atrás da ferramenta ideal para produzir algo, produzindo algo (os vícios de linguagem são por conta da casa), é possível que meu output fosse maior, e com a prática vem a perfeição, vocês sabem.

Recentemente, me (re)enamorei com o yWriter. Eu já tinha usado o software uns anos atrás, mas naquela época eu não havia grokkado qual era a dele. Quando voltei a burilar uma história que vai exigir uma certa organização, voltei a utilizar o software. O yWriter é cumpre o que promete, mas eu vinha enfrentando um problema: o sistema operacional que eu uso é o Ubuntu. Apesar do yWriter ter sido escrito em .NET e, portanto, com alguns tweaks, ser possível executá-lo no Linux (através do MONO), há um bug envolvendo caracteres acentuados que destrói qualquer coisa escrita em nossa língua materna. A saída era rodar o programa dentro de um Windows virtualizado. Mas, cara, o simples ato de iniciar uma máquina virtual para usar um software que deveria funcionar nativamente em meu sistema operacional já me deixa meio brocha.

Sou da opinião que o melhor software para escrita é aquele que te mantém escrevendo. Aquele que não fica no caminho. Aquele que não aparece. E o yWriter tava aparecendo muito.

Então exportei o projeto - nada muito consistente, por enquanto -  para um arquivo .rtf, que depois converti em um arquivo .odt, e estou trabalhando à moda antiga, no LibreOffice Writer.

Os motivos de ter escolhido o LibO Writer são muitos: conheço bem o programa, ele é multiplataforma, posso instalar em quantos computadores eu quiser e, se for o caso, algumas de suas versões podem ser executadas a partir de um pendrive.

Também estou voltando às raízes no que diz respeito ao método. Agora há somente dois arquivos.

Um contém a história e as notas referentes ao texto, que são inseridas através do recurso Anotação. Quando o capítulo ou trecho não tem mais anotações, considero-o pronto e sigo em frente.

O outro tem as observações, perfis de personagens, descrições de objetos e todas as outras referências que vou utilizar (ou não) na história.

Normalmente prefiro trabalhar com arquivos .txt mas, nesse caso, o formato .odt tem alguns recursos que mais úteis, como as Anotações que mencionei aí em cima.

O Writer pode não ter todas as ferramentas de indexação e cruzamento de dados de um Scrivener ou de um yWriter, mas se pararmos para pensar que tanta gente já escreveu livros sem ao menos um Ctrl+F ou um Ctlr+Z, as facilidades de um processador de textos anabolizado são mais do que suficientes.

Agora só falta saber se vai dar certo.

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