domingo, 28 de novembro de 2010

domingo, 21 de novembro de 2010

O FIM DA CORRIDA

"O fim da corrida é apenas um marcador temporário sem muito significado. O mesmo se dá com nossas vidas. Só porque tem um fim, não quer dizer que a existência tenha significado."

Haruki Murakami, em Do que eu falo quando eu falo de corrida.

sábado, 20 de novembro de 2010

AH, AS OPERADORAS DE TELEFONIA CELULAR...

Isso não deveria ser surpresa para ninguém, muito menos para mim, que tenho um bom estoque de causos para contar, mas eu ainda fico estupefato com o despreparo dos funcionários das operadoras de telefonia celular.

Sei que devo estar ficando chato com essa história do Galaxy Tab e que, por causa disso já soltei a franga, digo, o fanboy que há dentro de mim há muito tempo. Mas as vezes eu me permito esse tipo de coisa.
O fato é que o lançamento oficial do Galaxy Tab no Brasil estava anunciado para ontem, 19/11/10. Outro fato é que, mal podendo me segurar de ansiedade, aproveitei que estava em Curitiba e fui à campo buscar mais informações. Só me esqueci de que, no misterioso mundo do marketing, a palavra Brasil costuma significar Rio/São Paulo.

Logo pela manhã tive que sair, e na volta aproveitei para passar em duas lojas GRANDES de duas operadoras diferentes. Na primeira, da qual sou cliente, fui observado como se fosse um mentecapto ao perguntar do aparelho. Tive que gesticular, aliás. Na segunda, da qual não sou cliente, por incrível que pareça, tive um tratamento um pouco melhor (o que, na verdade, faz sentido dentro das lógica das operadoras, que costumam dar mais valor a quem ainda não é cliente do que aqueles que já lhes encheran o rabo de dinheiro. De qualquer maneira...): ao menos uma pessoa sabia do que eu estava falando, mas me disse que não tinham previsão de recebimento do aparelho.

Chego em casa e ligo para as duas operadoras das quais sou cliente. Uma me garante que, SE (note a conjunção) o Galaxy Tab foi lançado no Brasil, com certeza estava disponível em Curitiba. Não estava. Na outra, fui enviado de um setor ao outro, até ser informado de que era melhor que eu verificasse a informação no site da empresa (que não funciona).

Não satisfeito, ainda tentei verificar a informação numa lojinha aqui perto de casa, só pra moça tentar me vender um Galaxy 3(!!!).

Nem digo que isso é falta de respeito por parte das operadoras. É burrice mesmo. Ao fazerem com que eu me sentisse um verdadeiro imbecil tendo que explicar quinhentas vezes como era o produto que eu queria comprar delas porque ELAS anunciaram aos quatro ventos que estariam vendendo naquele dia, elas perderam uma venda.

Elipses e melodramas à parte, se por alguns momentos eu considerei a hipótese de empenhar meu orKUt para pagar os exorbitantes dois milão que tão cobrando por esse baculejo, agora não considero mais. E se mudar de idéia e quiser comprá-lo depois, vou fazê-lo por outros canais.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

EDITORES DE TEXTO X PROCESSADORES DE TEXTO

Embora eu vá me estender em um assunto que talvez não seja interessante para a maioria de vocês, acho que dá para resumir o conteúdo vindouro em uma única frase:

O WORD NÃO É UM EDITOR DE TEXTOS, POOORRRRRRAAAAAAAAA!!!!!!!

Ok, agora que você já sabe uma das verdades ocultas do universo, pode contribuir para o aumento do meu bounce rate e vazar daqui. 

Quémboranão? Belê. Dá aqui a mãozinha e vamo lá.

Qualquer pessoa que use um computador, escreve com ele. Seja uma carta, um currículo, um cardápio ou um cartapácio, o ato de utilizar um computador como uma máquina de escrever anabolizada é tão corriqueiro que nem prestamos atenção nesse detalhe.

Existem diversas "filosofias", se posso dizer assim, no que tange à escrita em computadores, mas duas delas se destacam das demais. Não costumamos prestar atenção nisso mas, em inglês os programas para escrita mais utilizados são normalmente separados em dois grupos distindos: os WORD PROCESSORS (chamados por aqui de PROCESSADORES DE TEXTO) e os TEXT EDITORS (chamados por aqui de, hihihi, EDITORES DE TEXTO).

O ponto chave para se entender essa diferença de classes não é saber quais são as capacidades de um ou outro grupo, mas que tipo de arquivos eles geram.

EDITORES DE TEXTO são programas que tem suas raízes ainda na juventude (e não no início) da computação, lá nos anos 60. A função de um editor de textos é, bom, manipular os caracteres dentro de um arquivo. 

O Bloco de Notas do Windows é um editor de textos. O VIM é um editor de textos. O Emacs é um editor de textos. O Gedit é um editor de textos. O Notepad++ é um editor de textos. O UltraEdit é um editor de textos. O Textmate é um editor de textos. O Microsoft Word não é um editor de textos. Capisce?

Os editores de texto mais sofisticados podem destacar determinados tipos de sintaxe (normalmente em linguagens de programação e arquivos de configuração) ou exibir outros tipos de formatação no texto, mas aquilo é apenas uma máscara, um recurso visual que vai ajudar a pessoa que está escrevendo a identificar certos elementos na tela. O resultado final continua sendo o bom e velho texto plano (ou texto simples, ou texto não-formatado). Aquelas alterações visuais ficam registradas no programa, e não no arquivo. Se aquele arquivo for aberto em outro editor que não estiver devidamente configurado, as marcações visuais não serão exibidas. Entretanto, o texto continua podendo ser editado.

Já a função dos PROCESSADORES DE TEXTO é criar *documentos*, antigamente impressos, hoje em dia também distribuidos em formato eletrônico. Esse formato eletrônico pode ser tanto um .pdf quanto aquele gerado pelo processador de textos. Documentos gerados por um processador de textos levam suas características com eles. Se você coloca uma frase em negrito, ela vai continuar em negrito se for aberta em outro computador, porque essa informação ficará gravada dentro do documento.

Além disso, processadores de texto costumam dar muita ênfase ao WYSIWYG (What You See Is What You Get), ou seja, o que você está vendo na tela é exatamente o que você terá quando criar seu documento. E a operação de processadores de texto é calcada em uma metáfora visual bem conhecida: a folha de papel.

O OpenOffice Writer é um processador de textos. O Word é um processador de textos. O Abiword é um processador de textos. O Pages é um processador de textos. O TextMaker é um processador de textos. Capisce?

Algum tempo atrás, os processadores de texto costumavam produzir arquivos que, na maioria das vezes, só podiam ser lidos e editados por eles mesmos. Podiam, notem. Hoje em dia já é mais comum a preocupação com a interoperabilidade, e eles costumam ser mais espertos quando precisam manipular arquivos gerados em outros programas. Mesmo assim, não há compatibilidade absoluta entre os processadores e seus formatos, portanto, se na grande maioria das vezes você pode editar e até criar um documento com o formato .doc (Word 97 a 2003) no OpenOffice, em alguns casos - a presença de recursos mais sofisticados como macros, tabelas ou outro tipo de formatação pesada -  pode haver problemas de conversão/tratamento.

E qual o melhor, afinal?

Aí depende do que você quer fazer. Por mais que nos tenhamos acostumado, processadores de texto não são feitos para a escrita. São feitos para criação de documentos. Por isso a preocupação com a formatação e a impressão. Já os editores de texto, por sua natureza, lembram mais as antigas máquinas datilográficas, e costumam ficar fora do caminho na hora da escrita. Existe, inclusive, uma categoria especial dos editores que leva isso a sério demais

Se você precisa gerar um documento, com tabelas, cabeçalhos, figuras e sei lá mais qual tipo de formatação, então você precisa de um processador de textos (embora seja possível fazer isso com um editor de textos).

Se você quer escrever texto puro, apenas letra após letra, fique com um editor de textos. 

Há ainda um meio termo: escreva em um editor de textos. Finalize o documento em um processador de textos.

A minha implicância com esse detalhezinho besta é, bem, uma implicância mesmo. Mas me dói o coração quando vejo gente tentando fazer o trabalho de um editor de textos (alterar arquivos de configuração, por exemplo) no Word, que quebra linhas e tenta corrigir a gramática em um código que vai ser lido por uma máquina. E, acredite, já vi gente fazendo isso. Mais de uma vez.

Aliás, a discussão sobre formatos vai dar um post à parte. Depois falamos disso.

Sei que você não me perguntou, mas te digo assim mesmo. Meu arranjo atual de ferramentas é: 

EDITORES DE TEXTO:

Leafpad/Gedit/Ultraedit no Ubuntu, Notepad/PSPad no Windows, mas isso "vareia". Basicamente, uso o editor de textos nativo do sistema para tarefas mais simples, e um editor "esperto" para tarefas mais complexas. Entretanto, no caso do Ubuntu, o Gedit, que é o editor nativo, é "esperto demais", então ele foi substituído pelo Leafpad.

PROCESSADORES DE TEXTO:

OpenOffice Writer (em sua versão Go-OO) em todos os sistemas operacionais (e o Abiword, encostado ali no cantinho, como quem não quer nada). Ocasionalmente (e de uns anos pra cá, muito ocasionalmente), uso o Word no Windows. E, cada vez mais frequentemente, o GDocs.

Os posts desse blog?

Costumam nascer em editores de texto, e são finalizados no GDocs. Mas isso "vareia".

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

COMO IR DO JAPÃO PARA A CHINA, SEGUNDO O GOOGLE MAPS


Meu irmão me mandou isso agora há pouco.

Isso é bem interessante.

Vá ao google maps e selecione a opção "como chegar".

No ponto A, coloque japão
No ponto B, coloque china

Vá até a instrução de rota n° 43, rolando a tela pra baixo, e veja o que o google sugere. Atenção também para a distância... heheheh

Agora volte a trabalhar...



Se você é preguiçoso ou disperso demais, abaixo seguem dois screenshots (clique neles para vê-los em tamanho maior).




segunda-feira, 8 de novembro de 2010

ARMADILHA MORTAL

Revirando minha estante (é, só uma) me deparo com ARMADILHA MORTAL, de Roberto Arlt.

Tô falando daquela edição pocket da L&PM . Menos de 100 páginas. Na época, custou menos de 10 caraminguás. 7 pra ser mais exato. Sei disso porque a etiqueta com o preço ainda tava pregada nele.
Uma coisa sempre me incomodou nesse livro e hoje eu descobri o que é: o título.

Deixassem o título original, Un argentino entre gangsters, e soaria melhor. Bem melhor. Podiam até traduzir.

Tudo bem, de repente, houve alguma justificativa inexplicável (ou uma explicação injustificável) envolvendo antigas rivalidades internacionais. Mas, ARMADILHA MORTAL?

Chego a imaginar a voz do locutor que narra os comerciais da sessão da tarde: uma turminha da pesada aprontando todas na literatura policial argentina!

Já que era para pinçar o título de algum conto (os dois citados até agora, o são) por que não O MISTÉRIO DOS TRÊS SOBRETUDOS? Ou ainda, meu preferido: A VINGANÇA DO MACACO?

Ok, sei que para muita gente esse último evocaria símios enjaulados arremessando excrementos em crianças distraídas. Mas vai que alguém aí lembra da Rua Morgue, né?