sexta-feira, 20 de outubro de 2006
QUADRINHÓPOLE
Hoje rola o lançamento oficial, mas ontem já tinha posto minhas mãos na primeira edição da revista revista independente QUADRINHÓPOLE.
A primeira edição traz 4 hqs, UNDEADMAN, INVISÍVEIS, SEQUESTRO RELÂMPAGO e CAMPO DE FEIJÃOTRAÇÃO, sendo que a primeira é o único título fixo na revista.
UNDEADMAN – 6 páginas
Roteiro de Leonardo Melo. Arte de André Caliman.
A verdade é que nunca fui chegado em aventuras do tipo capa-espada (existem as exceções, obviamente), contudo, como o Leonardo promete no editorial da revista, as histórias de Jason de Ely, o cavaleiro imortal que dá nome ao título, não se resumirão a um período histórico somente, o que já torna a coisa mais interessante aos meus olhos. Essa hq é só uma introdução ao personagem e seu universo. Aguardemos mais. O destaque da hq fica para a arte de André Caliman, a melhor da edição, IMHO.
INVISÍVEIS – 8 páginas
Roteiro de Pablo Casado. Arte de Thiago Oliveira. Tons de cinza por Renato Moraes.
O título já reverbera as influências Morrisonianas de Pablo, que vão história adentro, numa mistureba legal de conceitos (são quadrinhos, ora!) que me são muito caros. Para mim, foi a melhor hq desta edição. A Sci-Magic é legal e eu queria ver isso de novo.
SEQUESTRO RELÂMPAGO – 8 páginas
Roteiro de Leonardo Melo. Arte de Joelson Souza. Arte final de André Caliman.
Embora o roteiro precise de algumas revisões (o termo “minha cabeça” aparece três vezes seguidas onde poderia ter sido facilmente substituído) e o twist do final me tenha soado um pouco forçado, depois de Invisíveis, foi a hq que mais me agradou, pela escolha de se contar a história sob o ponto de vista da vítima do tal sequestro, literalmente. Os autores souberam explorar isso e criaram um efeito bem interessante.
CAMPO DE FEIJÃOTRAÇÃO – 4 páginas
Roteiro de Leonardo Melo. Arte de Anderson Xavier.
Não sei porque, mas ainda continuo achando que humor puro e simples não casa bem com histórias de outros gêneros, e justamente por isso tenho a impressão que esta hq ficou deslocada na edição, e foi a que menos gostei.
Além disso, na terceira capa, há duas tiras de Chico Félix, que funcionam, mas também me dão a impressão de estarem deslocadas na revista.
Quanto à parte gráfica, o pessoal da QUADRINHÓPOLE está de parabéns. 32 páginas em papel couchê, preço bom (3 mangos), e capa fodida de José Aguiar. Que venham mais.
Lançamento (corre que ainda dá tempo):
20 de Outubro (HOJE!!!!)
A partir das 19:00h, no Memorial do Largo da Ordem, em Curitiba - PR
Valeu pelo elogio e pelos comentários!
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