No UDS de Orlando foi anunciado que, a partir da versão 11.04, o Ubuntu Desktop virá com a interface Unity, por padrão.
Quando houve a polêmica dos botões alguns meses atrás, não dei muita bola pro assunto e achei que os ânimos se exacerbaram à toa. Sou um keyboard cat, digo, guy, e posso ficar o dia inteiro me relacionando com o computador através do GNOME Do e de atalhos de teclado já incrustados em meu cérebro. Mesmo assim, aquilo não me parecia... certo. Os botões, naquela posição #Macbukakeska acabavam tirando minha atenção, e aquilo me incomodava. Além disso, quando que eu queria clicar num daqueles botões, ele não estava onde eu esperava. Mas um scriptzinho shell levou os danadinhos pra onde eles deveriam ficar, e costuma resolver minha vida quando eles teimam em voltar para o lado sinistro do monitor.
Acho o Unity é uma idéia muito boa para dispositivos com telas pequenas e/ou touchscreen. Contudo, não penso o mesmo em relação aos notebooks e desktops, e prevejo que o menu global à la Mac OS X vai me incomodar bem mais do que os botões canhotos. E claro, à medida em que a idade avança, minha paciência com tweaks diminui, na mesma proporção. Já estamos em 2010 e quero um sistema operacional que não me deixe notar sua presença. Só isso.
Tudo bem, vou esperar para ver. De repente, posso me surpreender. E, se não gostar, pulo fora do barco e cato outra distro que esteja mais de acordo com os meus preceitos estéticos e funcionais.
Quando Lord Shuttleworth disse que queria ultrapassar o Mac OS X em termos de eye candura, achei legal pra caramba. Porém, não sei se Canonical vai suplantar a Apple - em termos de experiência de usuário - lançando mão das mesmas ferramentas da concorrência.
E, se for pra ficar igual ao OS X, é melhor partir direto pro Mac4Lin, não? }:)
terça-feira, 26 de outubro de 2010
sábado, 23 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
ABIWORD, SALVANDO A LAVOURA [OU QUASE]
Ontem, depois de muito batucar o teclado do meu not-so-smartphone, decidi que era hora de migrar um documento para o notebook e finalizá-lo por lá. Você pode até não acreditar, mas eu escrevo muito no telefone, de um jeito, ou de outro.
Pois bem. Meu n-s-s tem o QuickOffice Premier (AM) 6, que pode criar e editar os novos formatos do Microsoft Office. Embora esses formatos sejam alvo de críticas pertinentes, eles tem muito em comum com o ODF, pelo menos em sua concepção estrutural.
O OpenOffice não costuma ter problemas de compatibilidade com os documentos que crio no telefone (até pela natureza franciscana do QuickOffice, que não permite muitas estrepolias).
Então, sempre que crio um documento no E63, opto por salvá-lo no Office Open XML, em vez dos formatos tradicionais (e já abandonados pela própria Microsoft). Depois converto para o subformato ODF equivalente e tá tudo certo.
Ontem transferi um documento de aproximadamente 720 palavras (duas páginas, mais ou menos) para o meu notebook. Esse documento já havia sido corrompido pelo próprio QuickOffice (algo que acontecia com muito mais frequência no E62), mas eu consegui fazer uma cópia, na qual vinha trabalhando desde então.
Ok. Copio o documento e tento abri-lo com o OpenOffice. Nada. Tento mais algumas vezes, tendo como resposta apenas mensagens de falha. Tento, então, importá-lo no Google Docs. Impossível importar o documento. Tento o Zoho Docs. Mesmo problema.
A situação não era desesperadora, veja bem. O documento original ainda estava no telefone, funcionando, e havia várias maneiras de extrair o conteúdo dele, salvando-o com outro formato ou, na pior das hipóteses, lançando mão do bom e velho Ctrl+C/Ctrl+V.
Mesmo assim, fiquei incomodado com aquilo e resolvi tentar uma outra alternativa: o Abiword, que para minha surpresa, foi a única ferramenta que conseguiu um resultado mais próximo daquilo que eu esperava.
Agora, um segredinho: nunca fui muito chegado no programa.
A ideia de um processador de textos stand-alone, rápido e multiplataforma sempre me soou muy interessante, entretanto, existem alguns aspectos técnicos - e até cosméticos - que me mantiveram à distância: a insistência deles em continuar com seu próprio formato específico, em vez de adotar o ODF foi uma delas. Também não gosto muito da cara do programa (frescura, eu sei).
Mesmo assim, até pouco tempo atrás sempre tive o Abiword instalado em minhas máquina. Mas, com exceção de umas poucas ocasiões, nunca usei o programa.
Como nos últimos tempos meu mantra é o KISS, recentemente fiz uma limpeza geral em meus computadores, e o Abiword foi uma das vítimas.
Contudo, dada essa nova descoberta, decidi que vou mantê-lo por perto, de agora em diante.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
HOMEM COMUM
Se você pretende ler esse livro em um futuro próximo, pode ser que eu vá dar um belo de um spoiler aí embaixo, então esteja avisado.
De qualquer maneira, acabei de ler agora, e fiquei meio aturdido com algo que, acredito, deve ter sido uma particularidade involuntária da edição brasileira: o livro termina em uma página ímpar. A página inteira foi ocupada pelo texto. O ponto final está no último lugar possível
E vou lá eu virar a página, em busca de mais um parágrafo, uma frasezinha, que fosse. E não há mais nada.
O final da história não é nenhum mistério, aliás, a história começa pelo final. Mas o final do livro é outra história (pfff...). E o livro termina assim, de repente. Não, não é um livro com final aberto, ou que deixa o leitor a ver navios. Termina, simplesmente. O que, dentro do contexto da história, faz todo o sentido. Afinal, o assunto ali é justamente esse, o Fim.