segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Até nunca mais, Privacidade. Foi bom enquanto durou.

Estamos quase em 2017 e não é segredo para mais ninguém que, pelos mais variados motivos, empresas e governos monitoram ostensivamente a população.

De qualquer maneira, não consigo deixar de me surpreender quando essa nova realidade bate na minha cara, tal qual um tijolo.

Costumo fazer minhas incursões pela internet utilizando vários combos de sistema operacional + browser, sendo que nos navegadores sempre tento, na medida do possível, usar ferramentas como o Ghostery ou o Privacy Badger.

Depois do computador novo, comecei a utilizar uma dobradinha que até pouco tempo me era desconhecida: Windows 10 + Edge.

Hoje, tava de bobeira na web, pesquisando sobre Chromebooks*.

Acabei esbarrando no site das Casas Bahia. Dei uma olhadinha rápida e fui fazer qualquer outra coisa.

Aí, poucos MINUTOS mais tarde, recebo o seguinte email...



Um representante das Casas Bahia me ofertando, entre outras coisas, um Chromebook.

Atentem para o fato de que apenas três modelos são oficialmente vendidos no Brasil, sendo que apenas um ainda é fabricado. Esse aí de cima, o Samsung Chromebook 3.

Se já é creep demais anúncios sobre temas pesquisados recentemente aparecendo dentro do Facebook (apesar de toda a plausibilidade técnica), levar uma propagandazona dessas no inbox me deixou cabreirão.

Porra, internet!

*:  Que sob determinada ótica, podem ser considerados, uma afronta direta aos princípios mais básicos de privacidade. Mas eu tenho um Chromebook, curto muito para determinadas atividades, e acho o conceito de thin clients descartáveis acessando esse computadorzão de Deus chamado internet bem interessante.

O único problema é o Google. :P

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Problemas na atualização do Ubuntu 16.04 para 16.10 (em máquinas virtuais)

Até alguns meses atrás, usei um computador bem surrado, rodando Mint Linux 13.

Ele ainda está vivo e passa bem.

Agora minha máquina atual está com dual boot entre o Windows 10 (que veio com ela) e o Ubuntu 16.04.

Estive muito tempo afastado do Ubuntu, mas o tempo está fazendo eu me acostumar ao Unity, então voltei a investigar o que se passa na distro GNU/Linux mais famosa do pedaço e que, verdade seja dita, me trouxe de volta ao mundo do Linux, já há alguns anos.

No geral, uso as versões LTS até que o suporte expire. Daí troco para a LTS mais nova, e assim por diante.

Mas como não sou de ferro, gosto de saber das novidades. Então mantenho algumas máquinas virtuais por perto, com as versões mais atuais do sistema.

O Ubuntu é uma das poucas distros que tem uma ferramenta de atualização automática (deixo de fora distros que são atualizadas no esquema rolling release).

Tentei atualizar algumas dessas máquinas virtuais, utilizando a ferramenta padrão do Ubuntu, e tive diversos problemas.

Tentei atualizar máquinas criadas usando tanto o VirtualBox como o VMware Player, mas acabei me concentrando no primeiro, visto que a minha ferramenta preferida.

Relato abaixo os passos que tive que dar para que essa máquina voltasse a funcionar. Talvez ajude alguém.

Todas as máquinas virtuais foram criadas com a ISO do Ubuntu 16.04.
  1. Iniciei a atualização da máquina através da ferramenta padrão do Ubuntu.
  2. O processo corre normalmente, até que a tela congela, durante a instalação dos pacotes.
  3. Forcei um reboot.
  4. Unity parou de funcionar.
  5. Descartei a máquina
  6. Fiz um novo clone da original, e reiniciei o processo, mas dessa vez não usei a interface gráfica. em vez disso, fiz a atualização pelo terminal.
    1. sudo apt-get update && upgrade
    2. sudo apt-get dist-upgrade
    3. sudo do-release-upgrade
  7. As coisas correram bem, mas lá nos finalmentes, o processo travou de novo, na descompactação do pacote libpoppler61:amd64 (0.44.0-3ubuntu2).
  8. Cancelei o processo com um Ctrl+C.
  9. Reiniciei.
  10. Embora meu papel de parede não estivesse aparecendo ao fundo. Até a tela de login, tudo ok. Mas após o login, o Unity se recusava a funcionar, e eu fiquei com uma tela que se limitava a piscar alguma coisa, de vez em quando.
  11. Reiniciei o Ubuntu, e antes de me logar, abri um console (Ctrl+Alt+1).
  12. Fiz o login, e através do comando lsb_release -a, pude confirmar que o Ubuntu já tinha sido atualizado para a versão 16.10, mas havia alguma coisa havia quebrado a interface gráfica.
  13. Forcei as atualizações novamente, através dos comandos listados no item 5 (com a exceção óbvia do do-release-upgrade).
  14. O sistema me informou que havia alguns pacotes quebrados, e que as dependências não poderiam ser baixadas. Forcei o update com o parâmetro -f.
  15. Os pacotes remanescentes foram baixados.
  16. Em certa parte dessa segunda atualização, a tela ficou toda preta. Um Ctrl+C me levou a tela de configuração da nova instalação do GRUB. Não entendi o motivo. Dei ok na opção padrão e a instalação prosseguiu de acordo com o esperado.
  17. Reiniciei o Ubuntu, e dessa vez meu papel de parede apareceu na tela de login. Bom sinal.
  18. Fiz o login. Fui recebido por uma tela negra, por alguns intermináveis segundos. Depois surgiu o desktop, normalmente.
  19. Usei a ferramenta padrão para verificar por alguma atualização remanescente. Fui informado de que ainda havia algumas atualizações quebradas.
  20. Pedi que o sistema instalasse esses pacotes remanescentes.
  21. Reiniciei, e por enquanto, está tudo bem.
Mesmo que o Ubuntu ofereça essa possibilidade de atualização automática, o consenso geral é que uma instalação limpa seja a escolha mais segura.

Eu tive problemas para atualizar uma máquina vitual que uso basicamente para testes, mas imagino as histórias de terror de usuários que passaram pela mesma situação em máquinas reais.

A título de observação, também tive problemas para atualizar outras versões do Ubuntu (Ubuntu Mate e Lubuntu), no mesmo esquema 16.04 => 16.10.

Então, o único conselho que posso lhe dar é: evite atualizar o sistema automaticamente. E poupe seu tempo atualizando entre versões LTS. Esse esquema de atualizações semestrais é intrépido demais para o meu gosto.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Escrevendo roteiros de quadrinhos em smartphones


Ray Spass, se preparando para continuar escrevendo seu roteiro (cinematográfico) em seu celular.
Annihilator 4, Grant Morrison e Frazer Irving.

Um livro, ou no nosso caso, um roteiro, pode ser escrito em um caderno, uma caderneta, um computador, um notebook, um tablet ou mesmo num smartphone.

(Tem gente que escreve em guardanapos também, mas não é o escopo desse post :P )

Ultimamente, existem apenas dois objetos que ficam nos meus bolsos praticamente o dia inteiro: minha carteira e meu smartphone, sendo que algumas vezes é apenas o smartphone.

Minhas leituras também estão concentradas em alguns poucos aplicativos que estão... no meu smartphone.

Na grande maioria das vezes, meu acesso à internet é feito através do meu smartphone.

Enfim, passo muito tempo com esses aparelhinho por perto.

Por outro lado, tenho uma vida um pouco atribulada: crianças pequenas e um trabalho com horários estranhos e que me faz viajar bastante. Fica difícil programar a minha "hora de escrever".

Roteiros de hq, pelo menos do jeito que escrevo, com divisão de páginas e painéis, são documentos segmentados. Podem ir sendo construídos aos poucos. Um painel aqui, um diálogo ali. O importante é não perder o ritmo.

E já que estamos condicionados a passar bastante tempo teclando em smartphones, por que não tentar unir o útil ao agradável?

Se não me engano, foi o roteirista brasileiro David França Mendes quem disse que o melhor programa de escrita é aquele que te mantém escrevendo.

Qualquer aplicativo pode ser utilizado: Google Docs, Simplenote, iA Writer, Microsoft Word, Evernote ou mesmo o bloco de notas do seu celular.

Mas penso que duas características devem ser levadas em conta:

  • Algum tipo de sincronização com a "nuvem", porque smartphones são equipamentos com alta probabilidade de quebra/desaparecimento.
  • Funcionar offline.
Eu uso o Quip.

É meio estranho tentar explicar como ele funciona, mas poderíamos dizer que é uma mistura de Office com WhatsApp.

Gosto do Quip porque:

  • É muiltiplataforma (Android, iOS, macOS, Web e Windows).
  • Funciona bem em um smartphone.
  • Funciona bem em desktops/notebooks, tanto via browser quando via clientes nativos.
  • Tem sincronização com a "nuvem", mas...
  • Funciona bem offline (com algumas poucas limitações).
  • Permite a inserção de elementos como links, imagens, tabelas, checklists e listas.
  • Permite que o roteiro seja rapidamente exportado para .docx ou .pdf, no próprio smartphone.
  • Permite que documentos sejam linkados entre si.
  • Caso o desenhista também use o Quip, ele pode ter acesso a um "diff" do documento, vendo o que foi alterado.
  • Ainda dentro da possibilidade do desenhista usar o Quip, também existe uma ferramenta de bate-papo/mensagem que cria uma conversa que fica amarrada àquele documento específico.
  • Interface bonita e simples.
Há alguns pequenos detalhes que me incomodam, mas para efeitos desse artigo, o principal “contra” é o fato dele ser um aplicativo pesadão, tanto em processamento quanto em espaço ocupado no dispositivo. Aparelhos Android mais modestos vão ter dificuldade para rodá-lo, se rodarem.

Voltando ao roteiro, tudo começa a partir de um modelo, criado no próprio Quip, que é duplicado, renomeado, e ajustado conforme necessidade.

Links, imagens, notas e a própria escaleta são colocados dentro do roteiro, e vão sendo reorganizados/absorvidos à medida em que o ele é construído.

Embora no Quip seja fácil criar links entre documentos, evito ficar criando arquivos diferentes para armazenar anotações, visto que a multitarefa não é exatamente uma prioridade no design de sistemas operacionais móveis.

Embora eu já tenha tentado usar tecladinhos bluetooth e outros apetrechos, hoje em dia não fico esquentando a cabeça com isso. A partir do momento em que se faz necessário levar outros acessórios, o lance de escrever com um negócio que cabe no seu bolso perde o sentido.

A escrita no celular é a fase do output. É onde a ideia tem que ser expelida o quanto antes da cabeça, para que não desapareça.

Depois, obviamente, é necessário revisar o texto no aconchego de um teclado e monitor normais.

Sinceramente, não sei qual seriam os limites desse método.

Estou escrevendo uma hq de vinte páginas assim, e acho pouco provável que um roteiro mais extenso pudesse ser composto dessa maneira, a despeito de alguns casos como o do escritor Taiyo Fujii, que afirma ter escrito boa parte de seu primeiro romance em seu iPhone.

Mas como levo a sério a 1º LEI DA EXEQUIBILIDADE QUADRINÍSTICA BRASILEIRA, acredito que ainda vou escrever muitos roteiros no meu smartphone. :D

RESUMINDO:

  • Um aplicativo que te mantenha escrevendo.
  • Um modelo (template) para agilizar um pouco as coisas.
  • Uma escaleta (outline) para servir de mapa.
  • Um jeito fácil e rápido para sincronizar com um "computador de verdade", para não sair do fluxo.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Maquiando o LibreOffice Writer

Uso o Writer desde a época em que era OpenOffice (tecnicamente, ainda é também, mas...).

De lá pra cá, muita coisa mudou, e migrei para o LibreOffice assim que o projeto foi lançado.

Mas uma coisa que vem me incomodando nas últimas encarnações do LibO é a aparência dos programas, em especial do Writer, que uso mais.

Então eu faço algumas mudanças, para torna-lo mais palatável a esses velhos olhos.

Os screenshots desse post foram tirados com o LibreOffice 5.1, rodando no Ubuntu Mate. Mas essas dicas servem para qualquer versão do programa.

Clique nos screenshots para ampliá-los.

Após uma instalação, o LibreOffice Writer costuma vir assim:


A primeira coisa eu faço é alterar os ícones, de Human para Galaxy, e o tamanho dos ícones, de grande para pequeno. Entendo que os íconezões são uma tentativa de deixar o programa mais amistoso a telas touch, mas eu prefiro eles menores e ocupando menos espaço na tela.


Depois, eu altero a cor de fundo do aplicativo (normalmente para Cinza 7), para que fique um contraste entre a "folha de papel" virtual e o fundo do programa.


Então, ficamos assim.


O próximo passo é remover os limites do texto e a régua superior, liberando um pouco mais de espaço na tela.


Depois, eu jogo a barra de ferramentas lateral da direita para a esquerda.


Por fim, eu "invoco" o Navegador, um dos recursos mais antigos e úteis do WhateverOffice, e encaixo ele do lado direito. Essa janela pode ser exibida/oculta com a tecla F5.

O navegador também está disponível na barra lateral, mas eu prefiro que ele fique separado das outras funções.


Então, em uma situação normal de uso, meu LibreOffice Writer fica assim.


Em algumas situações especiais, quando tô a fim de focar no conteúdo, habilito o modo tela cheia. Ctrl + Shift + J no Windows ou no Linux. Alguma variação disso nos Macs.


E quando preciso escrever alguns documentos técnicos, onde uso o já mencionado Navegador e também o editor de Estilos, pressionando apensa duas teclas de função, chego à essa configuração.


sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Big Man Japan

Ontem o Diego me enviou esse clip bizarro pra caralho.

Nos próprios comentários, descobri que não é um "vídeo encontrado", verdadeiro ou fake, mas sim uma cena do filme Big Man Japan.

Pelo trailer abaixo, deve ser o tipo de coisa que eu adoro. Procurarei.

sábado, 26 de novembro de 2016

Blogger 2016

Por essa eu não esperava (mais): deram um overhaul no Blogger.

PC de bolso

Acabo de tropeçar no anúncio de um PC de bolso que custa 89,90 R$.

Das duas, uma: ou era algo do tipo Arduíno, ou C.H.I.P., ou era um Live-USB.

Era um live-usb, rodando uma distro Linux que não faço ideia de qual seja.

O engraçado são os textos permeando o site. Algo do tipo:

"Compre agora, antes que as grandes empresas de informática o tirem do mercado!"

Não vou postar o link aqui, mas se não me engano, já vi esse mesmo produto, com outro nome e site em inglês.

Nada contra uma empresa facilitar a vida dos outros.

O problema é omitir o fato de que o produto que eles vendem pode, com os devidos conhecimentos, ser feito em casa, em meia hora, de maneira totalmente legal e gratuita.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Newsletters - Nov/2016

Eu adoro newsletters.

Ao contrário das migalhas espalhadas pelas redes sociais (e das pérolas escondidas pelo algoritmo do Facebook), seus textos costumam ter mais “sustância”. Ou podem ser também um amontoado de anotações de cunho pessoal, o que, dependendo do caso, não é menos interessante.

Curadoria, como dizem por aí.

Além disso, não precisam de feedback imediato. Estão lá, na caixa postal. A gente lê quando quer e quando pode.

Conversando com um camarada sobre isso (levanta a mão aí, Morevi!), acabei me lembrando de um antigo desejo de catalogar as newsletters que assino.

Tão na listinha aí embaixo.

Estou me referindo à newsletters escritas por PESSOAS, não empresas ou equipes. Se fosse contar essas, a lista seria bem maior.

Existe a possibilidade de eu ter me esquecido de alguém. Se for o caso, desculpe de antemão.

A ordem da lista não segue nenhum critério específico. Fui anotando à medida em que encontrava as danadas na minha caixa postal.

Certamente essa lista vai mudar. Será editada e repostada, se for o caso.

  1. Alliaverso - da escritora Alliah. Sem periodicidade.
  2. Orbital Operations - do escritor Warren Ellis. Semanal
  3. Milkfed - do casal de roteiristas Kelly Sue DeConnick e Matt Fraction. Semanal, acho.
  4. Sou meio vagabunda, mas sou boa pessoa - da Taizze Odelli. Sem peridiocidade.
  5. Restricted Frequency - do ilustrador/escritor Ganzeer. Semanal, acho.
  6. The Journal - do empresário Kevin Rose. Mensal. (não tenho o link pra assinar, hahaha!!!)
  7. Infodump - do escritor Julian Simpson. Sem periodicidade.
  8. Viver de Escrita - do escritor Rodrigo Van Kampen. Quinzenal.
  9. Newsletter do Douglas Rushkoff - do escritor/pensador/modelo e atriz Douglas Rushkoff. Mensal, imagino.
  10. Superfuzz - do roteirista Raphael Fernandes. Semanal
  11. Newsletter do Kieron Gillen - do roteirista Kieron Gillen. Semanal.
  12. Hypervoid - do escritor Alex Mandarino. Sem periodicidade, por enquanto.
  13. Metafoundry - da cientista Deb Chacra.
  14. Lista do Zé - do roteirista Zé Wellington. Mensal?
  15. Brain Pickings - da Maria Popova. Semanal.
P.S.: apesar de eu mal dar conta de consumir isso tudo aí em cima, aceito sugestões de outras newsletters bacanas... :P

domingo, 2 de outubro de 2016

Kalevala (Калевала) - Лучшую Спою Вам Песню (Luchshuyu Spoyu Vam Pesnyu)

Não costumo gostar muito do sub-gênero metaleiro que se costuma denominar de folk metal, mas existem as óbvias exceções, e dia desses esbarrei em mais uma delas.

Videoclipe com produção precária do início ao fim? Confere!
Pessoas que parecem genuinamente felizes (mais pela zoeira do que pela música)? Opa!
Musiquinha grudenta que dá vontade de sair sacolejando o esqueleto? Afirmativo!
Letras impronunciáveis e ininteligíveis em russo? Por certo!

Luchshuyu Spoyu Vam Pesnyu é minha música preferida da semana.



Se você gostou, o resto do disco pode ser ouvido aqui:

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

B. Recluse Occurrence

Você, paraquedista do Google que chegou aqui procurando por ninjas can't catch you if you're on fire, o que está fazendo que ainda não ouviu os miasmas sonoros do B. Recluse Occurrence, novo projeto do Carlos Morevi e da Татьяна Лемос?

http://brecluseoccurrence.bandcamp.com/releases

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Pássaros Artificiais - A Missão

Já falei de Pássaros Artificiais aqui e aqui

Essa HQ vem sendo gestada pelo Diego e pelo Antonio há sabe Deus quanto tempo.

Pois bem, ficou pronta.

De novo.

Porque o Antonio redesenhou a bicha.

Inteira.

Inteirinha!

Recebi esse artefato, ou melhor, essa relíquia, na semana passada.



Pássaros Artificiais é um projeto inovador. Subversivo até.

São 32 páginas de hq. O detalhe ao qual se deve prestar atenção é que essas páginas, apesar de numeradas, estão soltas. A numeração é só pra não deixar o leitor *muito* desorientado, pois a proposta é que a narrativa seja lida na sequência que melhor lhe aprouver. E que o leitor reembaralhe essas páginas e as leia outra seqüência. E em outra. E em outras, tal qual um tarô hipertrofiado.

Se não estou cometendo nenhuma bobagem matemática, calculando as permutações, são 263130836933693530167218012160000000 leituras possíveis. É.

E isso porque estou considerando apenas as páginas de hq propriamente ditas, já que no verso de todas as lâminas existem textos, depoimentos, trechos de roteiros e livros, que complementam a narrativa.

Mas, não é só isso!

Na compra de um dos 100 exemplares existentes, você também leva uma página, *datilografada* e exclusiva de um romance escrito especialmente para ser distribuído junto com a hq.

Pássaros Artificiais me lembra o Mutus Liber, na humilde opinião deste que vos escreve, a primeira história em quadrinhos feita (sem querer).

Mais informações podem ser encontradas no blog do projeto, ou então no Facebook.

Quase

Mas, claro, tinha que ter alguém pra atrapalhar... XD


terça-feira, 13 de setembro de 2016

Slayer - Trilogia Repentless

Acho que eu já disse isso por aqui, mas não custa repetir: bandas de metal tem o péssimo hábito de fazer clipes constrangedoramente ruins. Acho até que isso deve ser algum tipo de pré-requisito.

Mas eis que o bom e velho (mesmo) Slayer nos presenteia com um filme B hiperviolento dividido em três partes, que foram publicadas ao longo deste ano.

No primeiro clipe, Repentless, somos apresentados ao personagem principal, que eu vou chamar de Caolho.



O segundo, You Against You, que na verdade é uma "prequel", mostra como nosso amigo Caolho foi parar no xilindró.



E por fim, temos Pride In Prejudice, lançado semana passada, que fecha a trilogia e explica, na medida do possível, a treta toda.



Enfim, se você gosta de um filme B podrão, de trash metal old school ou, melhor ainda, dos dois, recomendo.

E já ia me esquecendo: os clipes tem participação especial de Danny Trejo. Sim, ele mesmo.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Meu Android - 07/2016

Oi!

De tempos em tempos atualizo esse texto e o publico em algum canto da internet.


Meu Android atual é um SAMSUNG GALAXY Note 4 (SM-910C). Sempre admirei a linha Note e até já expressei isso por . Mas sabe o quê? Deixando de usar o S4 que me acompanhou nos últimos anos, percebi que, para mim, o ponto de inflexão entre conforto e usabilidade são as telas de 5 polegadas. Mais do que isso pode, às vezes, ser incômodo.

Conforme comentei em um dos últimos updates, o meu Android anterior, um Galaxy S4, realmente recebeu o Lollipop, ou seja, foram três atualizações OTA. Nada mal, Samsung. A não ser pelo fato do Lollipop ter ficado totalmente estranho no S4, alterando alguns pequenos detalhes de usabilidade que me deixaram descontente. Além disso, o telefone sugava a bateria em poucas horas, ficou extremamente lento e resetava sozinho. Depois de muito confabular, e até mesmo tentar colocar outras ROMs, o problema acabou sendo resolvido com um factory reset.

Fiquei cabreiro em atualizar o Note, mas a curiosidade falou mais forte, então quando chegou um update OTA para o Android 5.1.1, não resisti e deixei a vida me levar.

Meu arranjo atual é composto por uma única tela inicial, com os aplicativos que eu mais uso no dock, e os outros aninhados em pastas/grupos. Menos telas significam menos toques para chegar onde quero. Também significa menos tempo de tela ligada e, ao longo do dia, acredito que o acúmulo desses décimos de segundos de economia melhorem a performance do aparelho de alguma maneira. Em situações de uso normal, minha bateria costuma chegar ao fim do dia com 40%.




APPS

Segue abaixo uma lista com os aplicativos que uso atualmente, na ordem alfabética exibida no meu telefone. Estou desconsiderando os que já vem instalados, a menos que eu tenha alguma utilidade para eles.

  1. 3G Watchdog - redundância, já que o Android já tem esse recurso nativo. Acho que nunca estourei o meu plano de dados, mas sou meio paranoico com esse tipo de métrica.
  2. Adobe Reader - alguns pdfs só são visualizados corretamente por essa coisa.
  3. AirDroid - aplicativo para transferência de arquivos entre um computador e o dispositivo. Muito, MAS MUITO prático.
  4. Amazon Appstore - Só instalei pra baixar um app de graça por dia. Até hoje foram uns três ou quatro. Só dois estão no meu celular. E, sinceramente, nem sei se a Amazon ainda dá esse boi. Pode me chamar de muquirana.
  5. Amazon Kindle - curto bastante.
  6. Apresentações (Google)
  7. Aviary
  8. Bandcamp
  9. Bosch Site Measurement Camera - uma espécie de Skitch, só que para técnicos. Permite a inserção de linhas de cota e ângulo em fotografias. Muito bom!
  10. CCleaner - eu gostava do Clean Master, mas ele ficou muito inchado. Foi substituído pelo CCleaner.
  11. Chess Free - Não sou exatamente um enxadrista, mas gosto de tentar vencer o computador, de vez em quando.
  12. Clipper - gerenciador de área de transferência. Embora alguns aplicativos lidem bem com isso, o Clipper é universal. Além disso, há a possibilidade de configurar snippets de texto, como endereços, e isso é uma mão na roda.
  13. ConvertPad
  14. Documentos (Google) - Está melhorando. Ainda prefiro o Quip no que diz respeito a processamento de textos, mas, ó.
  15. Dropbox
  16. Duolingo - cismei de voltar a estudar alemão. Donaudampfschifffahrtselektrizitätenhauptbetriebswerkbauunterbeamtengesellschaft!
  17. ElectroDroid - muito útil pra saber pinagem de cabos.
  18. ES File Explorer - Eu gostava do Astro. Aí mudaram a interface e ficou impossível de usar. Depois fui pro File Expert. Aí ficou mais bugado que o Windows Vista. Acabei esbarrando no ES. Gostei. Também tem algumas funções interessantes, como o backup de aplicativos (tenho um monte de apks guardados em algum lugar...).
  19. Evernote - Não curto muito o Evernote (preferia o finado Springpad, e agora, o Quip). Só instalei pro Skitch parar de me pentelhar. Mas o Skitch foi pra fita, então...
  20. Excel (Microsoft) - Começou tímido, mas estão adicionando novas funções a cada dia. Entretanto, acho lento, pesado e ainda prefiro o Planilhas. Assim como seus irmãozinhos Powerpoint e Word, mantenho no telefone por questões de compatibilidade mas, quem sabe?
  21. Firefox - Houve uma época na qual o Firefox tinha um lugar reservado no lado esquerdo do meu peito. Aí começaram os problema com o já famoso memory leak, e saiu o Google Chrome. Como sou promíscuo, larguei mão da raposa e fui atrás da carne nova. Mas, passados os anos, o agora mastodôntico Google Chrome está ficando tão (ou mais) lento que o antigo Firefox, e no meu notebook venho passando cada vez mais tempo na raposa. Além disso há(via?) o Firefox OS, assunto que muito me interessa. Então, embora não use a versão mobile do Firefox tanto assim, decidi deixá-o por perto, para saber das últimas traquinagens da Mozilla.
  22. Flickr
  23. Flipboard
  24. Go Free - juro que não teve nada a ver com a derrota de Lee Sedol
  25. Goodreads
  26. Google Chrome. Meu browser principal. Por enquanto.
  27. Google Drive - Eu usava o Google Drive mais para criar documentos no formato do Google. Para estocar arquivos comuns, prefiro o Dropbox. De uns tempos pra cá, esse aspecto do Drive ganhou aplicativos próprios (Apresentações, Documentos e Planilhas), e ainda mantenho o mesmo só para baixar eventuais arquivos compartilhados.
  28. Gmail - Gmail é vida.
  29. Google Inbox (by Gmail) - Estou experimentando, com um email do Google Apps que tenho. Mas, sei lá, ainda estou preferindo o Gmail.
  30. Google Keep - uso o Keep para notas rápidas e com data de validade, como listas de mercado, senhas da wireless, números de telefone e endereços que provavelmente só serão utilizados uma vez.
  31. Google+ - Já cheguei a achar que seria a salvação das redes sociais como as conhecemos. Depois das últimas notícias, cada vez mais me pergunto o que ainda faço por ali.
  32. Google Translate - ficou bem mais interessante depois que eles absorveram aquela tecnologia do World Lens.
  33. Hangouts - não fede, nem cheira. A única coisa que me emputece nesse aplicativo é a obrigatoriedade de se ficar online/visível. Ou seja, tenho que ficar fazendo logoff toda vez que termino de usar, se não sou surpreendido com mensagens de conhecidos que acham que estou de bobeira em frente ao notebook, nos piores momentos possíveis.
  34. HP All-in-One Printer Remote.
  35. HP ePrint - temos uma impressora wireless da HP no trabalho. Ótimo para impressionar colegas que confundem tecnologias suficientemente avançadas com magia (terceira lei de Clarke).
  36. IP Calculator
  37. Lanterna (sistema)
  38. Leitor Ótico (Samsung) - OCRzinho básico. Pra mim, quebrou o galho.
  39. LinkedIn - você já conseguiu trabalho DE VERDADE no LinkedIn? Só pra saber...
  40. Microsoft Outlook - durante muito tempo usei um clone aparentemente sancionado pela própria Microsoft (mas que tinha a interface do Windows Phone). Essa versão é o aplicativo da Acompli, renomeado após a empresa ser adquirida pela Microsoft. Funciona bem.
  41. Medium - Já tentei escrever no Medium, mas não deu muito certo. Mesmo assim, gosto de ficar garimpando uns textos ali.
  42. Michaelis - imprescindível.
  43. Música (sistema) - Acho que é o app de sistema que mais uso. Não vejo necessidade de um player dedicado. Mas aceito sugestões ;)
  44. Netflix - fiquei bastante tempo sem saber das benesses desse maravilhoso serviço. Ainda assisto pouco, mas pretendo corrigir isso.
  45. Office Lens - uma das coisas mais legais que a Microsoft lançou nos últimos tempos. Embora existam outros aplicativos que tenham funções semelhantes, o OL é que funciona mais redondo. Além disso, tem um puta OCR. Fiquei impressionado com a conversão de algumas fotos para documentos do Word.
  46. OneDrive (Microsoft) - paia, ainda mais com essa fuleiragem da Microsoft de ficar alterando o tamanho do armazenamento gratuito. Mas precisa estar no telefone pra fazer o meio de campo com outros aplicativos da Microsoft.
  47. OneNote (Microsoft) - eu até gosto, mas quase não uso.
  48. Opera
  49. Opera Mini - já te falei que gosto do Opera, né?
  50. Peel Smart Remote (antigo WatchON) - O simples fato desse app transformar o S4, e agora o Note 4, num controle remoto universal já resolveu um dilema doméstico que tínhamos por aqui. Dou DEZ estrelas!
  51. Pixlr Express
  52. Planilhas (Google) - Eu sou freela e costumo cobrar por hora trabalhada. Já tentei diversos métodos para controlar meus horários (e, principalmente, honorários) a partir de um dispositivo móvel. Ultimamente, eu vinha apelando para o princípio kiss, anotando horários e outras informações em uma nota do Google Keep (extremamente rápido, funcionamento offline sem nenhuma firula e sincronização gloriosa). Por um tempo, utilizei o Timesheet, que até recebeu algum destaque em uma das últimas encarnações desta lista. Entretanto, as duas abordagens geravam um retrabalho muito grande na hora de fazer meus relatórios. O Spreadsheets tem funcionado cada vez melhor no modo offline. Além disso a sincronização também está ficando mais confiável, e é a melhor alternativa na hora de dar um Ctrl+C/Ctrl+V em meus relatórios. Fora o fator customização (das planilhas, não do aplicativo), que é imbatível.
  53. Plants Vs Zombies
  54. Pocket
  55. PowerPoint - mesmo caso do Excel.
  56. PrinterShare
  57. ProtonMail - por enquanto, só testando.
  58. Quick PDF Scanner - passei anos sem entender direito qual era a desses pdf scanners, até o dia em que enviei um email cheio de imagens anexadas e meu interlocutor se atrapalhou todo. Em alguns casos, é melhor enviar um pdf com tudo organizado e comentado mesmo. Mas ultimamente tenho dado mais atenção ao Office Lens.
  59. Quip - O Quip, uma mistura de processador de textos, editor de planilhas e mensageiro instantâneo, deixou de ser apenas uma curiosidade produzida por uma startup com pedigree para se tornar um dos apps que mais uso durante o dia. Sério mesmo. Depois que eles adicionaram opções de exportação para vários formatos, mergulhei de cabeça.
  60. S Health (Samsung) - não sou do tipo que pratica esportes, mas fiquei viciado nesse contador de passos (que também estima a distância caminhada). Tempos atrás, por exemplo, descobri que caminhava mais de 1 km entre o estacionamento da fábrica e o local onde estava trabalhando.
  61. S Note (Samsung) - não estou usando a S Pen tanto quanto imaginei. Mas não se passa um dia sem que eu use o S Note. É muito melhor para fazer pequenas edições em fotos ou até mesmo layouts simples.
  62. S Planner (Samsung) - Acho melhor que o Google Calendar.
  63. Script (Celtx) - Já fui tiete do Celtx. Há muito tempo não uso a versão desktop e, sinceramente, não sei porque instalei esse app. Saudosismo, acho.
  64. Signal - mesmo caso do ProtonMail.
  65. Simplenote - adoro o Simplenote, mas ainda não consegui encaixá-lo na minha rotina. Anotações mais elaboradas vão para o Quip. Anotações efêmeras, para o Google Keep. Mas o Simplenote trabalha só com textos. E trabalha MUITO BEM só com textos. E, vocês sabem, o .txt é meu pastor...
  66. Skype - uso pouco, mas tem gente que só se comunica com isso.
  67. SoundCloud
  68. Spaces (Google) - a proposta do Spaces é bacana (compartilhamento de conteúdo entre pequenos grupos), e a implementação é muito bem feita. Entretanto, ainda não usei para valer.
  69. Spotify
  70. Tapatalk
  71. TeamViewer - “como é que faço para entrar na internet mesmo?”
  72. Telegram - uso muito.
  73. Twitter - não sei se é porque minha timeline no Twitter é muito doida (e isso não foi um elogio!), mas não se passa uma semana sem que minha opinião sobre o serviço vá de um extremo ao outro.
  74. TypeApp - uso com algumas contas de email alternativas que ainda tenho que manter. Sim, tenho vários emails. Mas estou considerando a possibilidade de migrar essas contas para o Outlook.
  75. Waze - já faz algum tempo que fui pego por essa mistura de Rede social + jogo + navegador. A utilidade do Waze é relativa, visto que depende da comunidade local de usuários, mas pelo menos em Curitiba, os resultados sempre foram muito bons. Consegui escapar de vários congestionamentos. Provavelmente será absorvido pelo Maps.
  76. Word - ver Excel e Powerpoint.
  77. World of Tanks - já te falei que sou viciado nesse jogo? É uma espécie de FPS, mas slow motion.
  78. WPS Office - A digievoulção do Kingsoft Office. Embora perca para outros aplicativos em vários quesitos, é o único app que manipula bem algumas planilhas do Excel que carrego comigo. As fórmulas são até simples, mas tem app que não entende, tem app que não deixa editar, tem app que muda o formato das datas, enfim...
  79. Yahoo Mail - Tenho um endereço paleolítico do Yahoo que nunca usei pra nada, mas fiquei curioso com essa nova versão tunada do Y! Mail. Instalei só pra ver se tem condições de competir com o Gmail.
  80. Youtube - TV o quê mesmo?
  81. Zoner AntiVirus - Acho ele bem rapidinho.

ACESSÓRIOS

  • Adaptador USB OTG - embora o Google desestimule a utilização de armazenamento externo, na minha área de trabalho é uma verdadeira bênção poder espetar um pendrive no celular e fazer a transferência de arquivos.
  • Capa (sem película)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Além do Note, também uso um telefone secundário, que por enquanto é o S4, mas dentro em breve será substituído por um Galaxy J5. Esse aparelho tem um número corporativo, e há um grupo bem menor de aplicativos instalados. O único que não tem contraparte no Note é o WhatsApp. Ou seja, tento usar o WhatsApp exclusivamente para trabalho. É difícil, mas sou brasileiro e não desisto nunca.

Demorei para aderir ao movimento, e ainda continuo achando que o WhatsApp leva um banho do Telegram em todos os aspectos, mas não tem jeito. Quase todo mundo usa e, quer queira, quer não, depois que eles adicionaram algumas novas funcionalidades, como o envio de documentos e as respostas diretas, se tornou muito útil para o gerenciamento de pequenas equipes.

Enfim, é isso, p-p-pessoal.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Troquei o Google Chrome pelo Vivaldi


Uso um sistema operacional “antigo” (mas ainda suportado), em um computador mais antigo ainda. O Linux Mint 13 (que é baseado no Ubuntu 12.04), tem suporte até Abril de 2017. Porém o Google decidiu puxar os fios um ano antes, e o Chrome não é mais atualizado nessas distribuições.

Com a minha idade e com meu tempo disponível, não sinto mais a mesma emoção em perder algumas horas formatando e azeitando um computador para deixar tudo funcionando como antes. Uso “até acabar”. Então optei pelo caminho mais rápido, que seria trocar de browser, em vez de sistema operacional.

Estou ciente de que terei que formatar o computador ano que vem. Mas ainda há muito tempo pela frente. E nesse interim, provavelmente haverá um computador novo.

Então, há algumas semanas, troquei o Chrome pelo Vivaldi.

O Vivaldi, como as versões mais recentes do Opera, divide o DNA com o Google Chrome, pois todos são baseados no Chromium. Ou seja, no frigir dos ovos, é o Chrome, sem maquiagem. Entretanto, enquanto o browser da Google se transformou em um verdadeiro Cavalo de Troia, espalhando coisas por todo o computador, o Vivaldi continua sendo “apenas” um browser, que é o que eu sempre quis.

Mas, e o Firefox?

Existem alguns serviços do Google que funcionam melhor no Vivaldi do que na raposa de fogo. Além disso, o Firefox também tem seus momentos rebeldes na minha máquina, como, por exemplo, não conseguir capturar conteúdo da área de transferência dentro de alguns serviços do Google, ou fechar inesperadamente na minha cara.

Eu gosto muito do Firefox e do que ele representa, e continuo usando em algumas situações específicas, mas minha navegação casual é toda feita através do Vivaldi.

A mudança, entretanto, não veio sem um custo. O Chrome traz o Flash embutido, na forma do PepperFlash. O Vivaldi, não. E a própria instalação do Flash em sistemas Linux sempre foi meio chata. Ou seja, no Vivaldi, boa parte da internet parou de funcionar. Não posso mais ouvir músicas no SoundCloud e ver gifs animados no Facebook. Até existem maneiras de se colocar o Flash no Vivaldi, mas eu nem tentei. Nos piores casos, onde não há escapatória, eu tenho o Flash instalado no Mint, e ele funciona relativamente bem através do Firefox.

Além disso, o Vivaldi é reconhecido como um browser não suportado por diversos serviços, então não posso, por exemplo, postar no Medium.

Os efeitos colaterais - e benignos - disso são que eu passo menos tempo no Facebook, e na internet, de modo geral.

Outra coisa que está me fazendo mudar de hábitos é o motor de busca padrão do Vivaldi, que é o Bing. Não mudei as configurações. Então, normalmente minhas buscas começam no Bing, e somente em caso de resultados insatisfatórios, vou para o Google.

Ainda sinto falta de diversos recursos do Chrome, como a possibilidade de se configurar perfis diferentes para acessar diversas contas do Google, ou outras facilidades que eles implementaram ao longo dos anos.

Mas, é como eu disse lá em cima: não me sinto mais inclinado a ficar perdendo tempo para me adaptar a novas tecnologias que não sejam realmente necessárias.

E, em tempo: ainda há a questão do Chrome barbarizar a bateria dos notebooks.

EM TEMPO: a preguiça falou mais alto, e ontem, 27/06/2016, acabei habilitando essa caralha desse Flash player no Vivaldi. Vejamos quanto tempo vai funcionar...

segunda-feira, 9 de maio de 2016

WARREN ELLIS, SOBRE A ESCRITA DE QUADRINHOS. DE NOVO.

Embora meu relacionamento recente com a feitura de histórias em quadrinhos esteja sendo, no mínimo, supérfluo, eu ainda costumo prestar atenção nesse assunto.

Na última edição da sua newsletter, Orbital Operations, Warren Ellis decidiu, mais uma vez, falar um pouco sobre seu processo para escrever quadrinhos.

Ele menciona dois pontos, en passant, mas acho que são dois conselhos, se posso dizer assim, muito úteis a quem pretende se aventurar no meio.

O primeiro assunto são pitchs, as propostas que os autores fazem às editoras.
But. There are simple rules to consider. Like this one -- the entire first page is not the useful part of your pitch. 90% of your pitch happens in the first three or four lines. You need to understand that most pitches are shit. The one that has an arresting, crackling opening paragraph is the one that gets read all the way through.

Above the title TREES in the pitch for that book is

What if aliens landed on Earth and just didn’t notice the human race?

That, then the title, then my name and Jason's, then into sketching out the idea.

Once upon a time

there were five crazy people

and they poisoned

the 21st Century.


That's the top of the INJECTION pitch document.
Em seguida, ele fala sobre construir roteiros a partir de anotações brutas, ou melhor, sobre jogar as ideias no papel o quanto antes, e deixar a formatação para depois.
Here's a bit of the rough from INJECTION 8:
FLASHBACK -

INT. A SCHOOLROOM - desks and chairs. VERY YOUNG VIVEK, a teenager, sitting on a chair next to the teacher's desk up front by the blackboard. Snow at the windows on the right of the panel, late winter afternoon. The TEACHER is female, 30s, attractive, dressed in black, somewhat severe, black hair.

Your method of reason is interesting, but flawed.

How? I've been turning the entire structure of the method around in my mind for six months. I see no flaw.

This is because you are unconsciously tainted by scientism, fiction and the arrogance of youth.

I mean, it's a fascinating revamp of inductive detection. But I can show you the flaw if you give me... thirty minutes of your time.

She passes him a large KEY.

Go and lock the door.


I know who's talking. I have an idea of how many panels that will break into. But it's in its raw form, just the information - I can fly through a job like that and then go back and break it down and rewrite it into script. Sometimes it's the best way to get it down, while it's all fresh and happening, without pausing for formatting and pacing and all that. Getting it down is the main thing. The fixing can happen later.
Para se ter uma ideia, o trecho descrito acima, roteirizado e desenhado, ficou assim:


É uma cena onde predominam os diálogos, então a versão formatada não deve ter mudado tanto em relação às notas.

Mesmo assim, é possível observar que todas as informações que importam para essa página estão lá.

Aliás, recomendo fortemente INJECTION. Ellis, Shalvey e Bellaire, todo mês me deixando curioso sobre o que acontecerá na próxima edição.

terça-feira, 5 de abril de 2016

SWISS ARMY MAN

Já tinha ouvido falar do filme com o Harry Potter peidorreiro, mas só agora consegui ver o trailer.

Acredito que gostarei.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

MILKFED CRIMINAL MASTERMINDS, INC.

Por um instante, achei que tinha ficado famoso.

Recentemente, descobri que Matt Fraction e Kelly Sue DeConnick, casal de roteiristas de hq americanos, estavam publicando uma newsletter, a MILKFED CRIMINAL MASTERMINDS, INC, que pode ser assinada nesse endereço.

Milkfed Criminal Masterminds, Inc.

Assinei na hora. Além de me amarrar em newsletters em geral, eu tinha um carinho especial por uma outra publicada por Fraction uns anos atrás, chamada E.M.P.I.R.E O.F W.A.S.T.E, na época em que ele estava publicando Casanova junto com os gêmeos Bá e Moon, pela primeira vez.

Ok.

Quando recebi a primeira edição, um pequeno detalhe me deixou extremamente curioso. Meu sobrenome estava escrito, num contexto completamente maluco, no cabeçalho da dita cuja.

Fiquei tão intrigado que imediatamente enviei um email querendo saber mais.

Não obtive resposta.

Fiquei imaginando que tipo de brincadeira seria aquela.

Passadas algumas horas, acabei me esquecendo do assunto.

Aí ontem recebo a edição mais nova. Dessa vez, apareceu meu primeiro nome, e tudo ficou claro.

Eles estão usando a boa e velha malas direta (mail merge).

Imagino que o sistema que dispara a newsletter deles tem alguns campos que são preenchidos automática e aleatoriamente com os dados que o destinatário preencheu quando fez o cadastro.

Se fosse algo do tipo "Hi, Márcio!", eu já teria me ligado mas, não...

E aí bocós desatentos ficam achando que estão famosos,  hahaha!!!

Well done, Kelly Sue and Matt. Well done. XD

segunda-feira, 28 de março de 2016

WARREN ELLIS, ESSE MAROTO

Na última edição de sua newsletter semanal, vovô Ellis republicou um texto no qual falava sobre The Wake, livro de Paul Kingsnorth. Grifos meus.
The whole thing is written in a constructed language, what Kingsnorth calls a “shadow tongue.”  It’s Old English, but the sentences are configured in the manner of Modern English.  It takes some work to get into, but once you find the rhythm, the contexts become clear, and I only had to google a few words to obtain complete clarity.  It is, in that sense, a modern book – one that needs a network connection to fully decode.  I don’t recommend reading it on your Kindle on a plane, because you might end up muttering “what the fuck is a fugol” too loudly and making the flight attendants look at you funny. 

sexta-feira, 18 de março de 2016

E O PROBLEMA DO MEU COMPUTADOR ERA O...

Já faz algumas semanas que meu computador vinha apresentando um problema estranho.

Basicamente, quando eu o conectava à internet, a atividade do HD aumentava muito, tornando era simplesmente impossível usar o bichinho.

E se o computador já fosse inicializado conectado na internet? Cheguei a cronometrar uma espera de cerca de dez minutos até que ele ficasse minimamente utilizável.

Meu setup não é dos mais comuns: uso um sistema operacional "velho", mas ainda suportado, em um computador mais velho ainda, mas que, até então, dava um banho de desempenho em muito novinho por aí.

Já tinha tentando monitorar o processo que estava causando esse travamento, sem sucesso. Mas ontem tive a presença de espírito para fazer mais alguns testes e acabei descobrindo o vilão da história.

E o Oscar foi para o... Dropbox!


Desabilitei a inicialização automática, fiz mais alguns testes, e era ele mesmo.

Agora tô pimpão!

Mais tarde, quando houver tempo e disposição, tentarei investigar as causas.

Embora o Dropbox seja considerado por muitos - eu incluso - como o melhor serviço de sincronização de arquivos, o fato é que meu uso atual é mais no smartphone do que no laptop, então não acho que o serviço vá me fazer tanta falta assim, pelo menos por enquanto.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

O DIA EM QUE O GOOGLE DOCS QUEBROU NA MINHA CARA

Uso o Google Docs desde quando o serviço ainda não pertencia ao Google e se chamava Writely.

De lá pra cá, muita coisa mudou, mas a ideia principal continua a mesma: um processador de textos que pode ser acessado de quase qualquer lugar e, nos dias de hoje, quase qualquer dispositivo móvel.

Estava trabalhando em um documento gigante, composto, basicamente, por texto. Com exceção de alguns hiperlinks, um sumário e cabeçalhos com formatação específica para indexação no sumário, não há nenhum elemento muito estranho. Não há imagens, tabelas, nem nada demais.

As estatísticas são essas:


Segundo o Help do Google Docs, um documento pode ter até 1,02 milhões de caracteres. O meu tem pouco mais de um terço desse valor.

Pois bem. A medida em que o documento ia sendo preenchido - boa parte do conteúdo veio da internet, mas tomei o cuidado de colar sem formatação - a aba específica daquele documento foi ficando cada vez mais lenta, até chegar no ponto onde demorava minutos para que um caractere digitado aparecesse na tela.

Depois começaram a aparecer mensagens como essa:



Ou essa:



Eu já tinha lido por aí sobre usuários que começavam a sentir limitações no Google Docs quando os documentos ultrapassavam a quantidade de 50000 palavras.

Mas como sou brasileiro e não desisto nunca, fiz outras experiências.

Tentei acessar de outras contas. De outros browsers. De outros sistemas operacionais. Com extensões. Sem extensões. E tentei diversas combinações diferentes envolvendo os elementos citados anteriormente.

O Firefox ainda me deu a dica:


Mas não entendi exatamente o que se passava nesse script. Aliás, JavaScript não é a minha praia.

A única configuração onde consegui trabalhar RELATIVAMENTE bem foi - quem diria - o Microsoft Edge, em modo InPrivate, no Windows 10.

Em contrapartida, consegui fazer o donwload do documento convertido para *.odt (LibreOffice), *.docx (Microsoft Word) e *.txt (qualquer editor de textos mequetrefe).

O arquivo exportado não passa de 270 KB, e funciona perfeitamente bem em todas as ferramentas offline que usei.

Importei o arquivo *.docx no Word Online e no Zoho Docs. O Word se saiu bem. O Zoho também fica travando.

O interessante é que tenho outros documentos monstruosos no Google Docs, esses sim com imagens, tabelas, e outras coisa que foram copiadas de sites e coladas com a mesma formatação, e nesses casos tudo funciona normalmente.  Esse por exemplo:

Páginas284
Palavras75588
Caracteres435915
Caracteres excluindo espaços366092

É bem maior do que o documento no qual estou trabalhando. A única diferença é que, no caso do documento acima, eu tenho apenas direitos de visualização. Não posso editá-lo.

Por fim, informei o erro ao Google. Vejamos.

UPDATE: agora eu consigo pelo menos editar o documento. Mesmo assim, ainda está muito lento.

Hub Keyboard, a Microsoft Garage Project