quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

WEARABLES

Eu ainda me surpreendo quando pego meu celular e me dou conta de que ele é um computador várias vezes mais potente do que o notebook que comprei em 2005 (e que ainda existe).

Mas, vou te contar, ainda não consegui me acostumar com a ideia do que se convencionou chamar de "wearables".

Coisas como smartglasses e smartwatches

No caso do primeiro, há uma série de interações sociais que precisam ser redefinidas. Afinal, será que aquele usuário com um Google Glass (carinhosamente apelidados de Glasshole) está me filmando? Se sim, o que ele vai fazer com aquelas imagens? E por que diabos esse maluco tá falando sozinho?!??

Já no caso dos relógios, a coisa seria menos incômoda, mas ainda traria uma dose de estranhamento.

No meu entender, os seres humanos, em geral, curtem vocalizar. Basta ver os usuários de Nextel, que em pleno 2015 ainda preferem colocar aquelas merdas no viva-voz, em vez de usarem como um telefone*.

Mas, voltando aos "vestíveis", apesar de ser muito legal ver OUTRAS pessoas fazendo isso, ainda acho estranho interagir com qualquer aparelho que seja via comandos de voz.

Iniciativas como o teclado Minuum (vídeo abaixo) podem dirimir um pouco isso, mas não é todo mundo que vai abraçar a ideia.



Outro aspecto que imaginei seria a camaradagem. Presumo que esses relógios espertos vibrem quando recebem notificações, mas não sei qual é a intensidade dessas vibrações. E, dependendo da sensibilidade da pessoa e das condições na qual ela está, pode ser que a mesma não sinta o relógio vibrando nem apitando. Então SEMPRE haverá aquele sujeito bem-intencionado, que vai te parar na rua só pra te dizer que seu relógio está piscando. Isso pode gerar situações engraçadas? Sim. Pode ser constrangedor? Mais provável.

* só dou um desconto para motoquei... digo, motociclistas, que normalmente estão de capacete. No mais

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