quinta-feira, 20 de junho de 2013

CHROMEBOOK: UM MÊS DEPOIS



Há pouco mais de um mês, botei minhas mãos num Chromebook. Como você já deve ter percebido, meu interesse por esses bichos e pelo Chrome OS não é recente.

Eu espero muito de um computador, principalmente dos meus. Faço uso ostensivo de máquinas virtuais e outras ferramentas que são notoriamente vorazes no que diz respeito a recursos computacionais. Sou freelancer, então o notebook com o qual trabalho também é aquele com o qual me divirto.

Como já disse por aqui antes, minha área profissional é Windowscêntrica por natureza. E as coisas estão num ponto em que considero cada vez mais abandonar a falcatrua que uso há anos (virtualizar o Windows dentro de uma distro Linux) e voltar pro dual-boot.

Isto posto, à primeira vista, um Chromebook não seria para mim, certo?

Mais ou menos. 

Se minhas necessidades profissionais exigem muito, as minhas necessidades pessoais não exigem quase nada. Como a grande maioria dos mortais hoje em dia, se estou na frente de um computador, sem (e às vezes COM) obrigação, eu passo a maior parte do tempo dentro de um browser. E foi pensando nisso que eu decidi encomendar um Chromebook.

Esse modelo foi trazido por um amigo, que estava vindo dos EUA. Algum tempo antes eu já tinha tentado com outro camarada, que voltou da Alemanha justo na semana que os Chromebooks foram lançados por lá.

O modelo que eu tenho é o Samsung Series 03, mais conhecido apenas como Samsung Chromebook. É esse aqui, ó.

Comprado SEM custo Brasil, na cotação atual, esse modelo não é caro. O que não quer dizer que 500 mangos sejam dinheiro de pinga, pelo menos não para mim.

Sei que há toda uma questão envolvida no fato de se deixar dados pessoais em servidores alheios, fora do nosso controle. Contudo, o fato de saber que não há nada realmente importante armazenado localmente me traz uma certa tranquilidade, que eu não tenho quando estou manuseando meu outro notebook. Além disso, não existem partes móveis no computador. Não há HD para morrer repentinamente (já passei por isso e é muito triste, acreditem em mim). Ele é bem leve. Não há ventoinha. O bichinho é bem silencioso. Meus genitais não são carbonizados quando estou usando ele no colo. E, como o Google insiste em dizer, o bicho é rápido. Bem rápido.

Mouses Wireless funcionam. HUBs USB funcionam. O modo offline dá pra quebrar um galho.

Dadas as características desse modelo, acho que preciso de dois acessórios para completar minha experiência:

> Um adaptador Ethernet (RJ45) <> USB: eu viajo bastante. Além disso, não costumo trabalhar no mesmo local mais do que algumas semanas. E é muito comum eu ter que recorrer a conexões via cabinho azul (é, amigas e amigos, eles ainda existem). Além disso, isso faz parte do meu plano maléfico de TENTAR trabalhar só com esse bichinho.

> Um modem/roteador 3G, daqueles que cabem no bolso, tipo esses aqui: seria o reverso da moeda da situação aí de cima. Se em alguns lugares a internet é só na base do cabo, em outros ela simplesmente não existe. E aí tenho que apelar para a minha boa e velha conexão 0,003g. Mas não é possível (pelo menos com a versão atual do ChromeOS) utilizar um modem USB, o que exige que eu tenha que fazer tethering, que costuma resolver o problema por alguns minutos, mas não é das soluções mais eficientes se eu necessitar ficar conectado por mais de 30 minutos (telefone: EM CHAMAS!).

Em relação ao uso geral, ainda tenho mais algumas observações:

- Perfis de usuário: no Chrome para desktops existe a opção de se adicionar vários perfis, ou seja, é possível manipular várias contas diferentes, cada qual com seus devidos aplicativos, configurações e favoritos. No Chrome OS esse recurso é implementado de uma maneira um pouco diferente, visto que não existem perfis, mas sim usuários, e cada usuário tem que fazer logins separados. Enquanto é possível contornar isso utilizando o modo-pornô, digo, as janelas anônimas, ou então associando outras contas à conta principal, não funciona tão bem quanto na versão desktop, visto que os aplicativos, configurações e favoritos serão sempre os da conta principal.

Eu, por exemplo, tenho que gerenciar três contas de email que, de uma maneira ou de outra estão ligadas ao Google. No meu notebook "normal" isso fica relativamente fácil, pois posso ter três instâncias do Chrome rodando ao mesmo tempo, com três perfis diferentes. Já no Chromebook...

- Com apenas 1 conta configurada, o espaço disponível para armazenamento local é de 9,8 GB, ou seja, o sistema operacional toma em média 6 GB. A medida que mais usuários vão sendo adicionados, o espaço de armazenamento local vai diminuindo. Mas, nesse caso, armazenamento local é o que menos importa, né?

- Movido pelo ímpeto aventureiro, habilitei o dev channel. Só para passar raiva. Alguns serviços, como o Google Drive, simplesmente pararam de funcionar. Para voltar ao stable channel, só há duas opções: ou o usuário aguarda o stable alcançar o a versão atual do dev, ou o usuário terá que fazer um system recovery no dispositivo. Nas circunstâncias nas quais me encontrava, a primeira opção não era viável. Existe uma diferença de dois releases entre o stable e o dev, então eu teria que esperar no mínimo 3 meses até que isso ocorresse. O recovery foi fácil, mas tem alguns macetes. Primeiro, tentei fazer usando um microSD dentro de um adaptador SD. Não funcionou. Depois, usando esse mesmo microSD dentro de um adaptador USB, funcionou.

- Após o system recovery, os apps fixados no iniciador (a barra inferior) também são sincronizados, mas o papel de parede não é. Fiquei sem entender, visto que até o Android sincroniza o papel de parede (desde que a opção seja habilitada pelo usuário).

- Venho considerando cada vez mais meter um Ubuntinho dentro dele. Mas, até agora, a preguiça falou mais alto.

- Até agora, a coisa mais produtiva que fiz com ele foi escrever um roteiro de hq.

- Quando volto a usar meu note normal, sempre perco uns quinze minutos até meu cérebro de dar conta que os gestos que funcionam no trackpad do CB NÃO funcionam neste.


6 comentários:

  1. Olha o tipo do gadget, totalmente engessado: http://www.amazon.com/gp/product/B0039NLVB2/ref=as_li_ss_tl?ie=UTF8&camp=1789&creative=390957&creativeASIN=B0039NLVB2&linkCode=as2&tag=s601000020-20

    Pena que não mandam pros trópicos, queria um só pra poder desmontar

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    1. Embora não esteja na mesma categoria do Wikipedia Player aí de cima, eu tenho um fetichezinho é nisso aqui, ó:

      http://www.neo-direct.com/default.aspx

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  2. Me lembrou etiquetadora de cabo de rede http://www.oreidasnets.com.br/app/config/513//Imagens/Produto/grd_pt2.jpg

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    1. Hahaha!!! Pode crê! Parece mesmo!

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    2. De nada:

      https://www.youtube.com/watch?v=L1NcCGUKz7A&feature=youtube_gdata_player

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    3. E tem mais:

      http://youtu.be/_V5VRT5JL18

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