segunda-feira, 31 de maio de 2010

#DELL #WINDOWS7 #EPIC #FAIL

Ou ainda: crônica de uma entrega não-realizada.


Senta que lá vem história.



Em Outubro do ano passado comprei um notebook da Dell. O segundo em um período de 5 anos. Para ser mais preciso, um Latitude E6500 tunado, que me saiu bem carinho (digamos que foi bem mais caro que um MacBook Pro de 13", e mais barato que um de 15").


Realizei a compra através de uma Pessoa Jurídica. E é praxe que equipamentos comprados por pessoas jurídicas sejam entregues nos respectivos endereços comerciais. Mas, no meu caso, devido à natureza do meu trabalho (viagens constantes), devido ao fato da empresa estar sendo transferida e devido à diversos outros motivos, pedi que o notebook fosse entregue em meu endereço residencial, que fica em outro estado. Houve certa relutância do vendedor, mas essa era uma condição para que o negócio fosse fechado. Ele concordou, eu comprei e o computador foi entregue. Ok.

Alguns dias depois, me inscrevi no programa 
Dell Windows7. O computador veio com o Windows Vista Business, mas por eu tê-lo comprado pouco antes do lançamento do 7, tive o direito, como outros clientes, a um upgrade gratuito do primeiro para o segundo. Seria necessário pagar um valor aproximado de 35,00R$, referente às despesas de envio. Pra mim tava bom.
O processo de inscrição em si é um tanto quanto bizantino, e tive que esperar SEMANAS até saber se teria direito ao upgrade. Mas teria. Beleza.

MESES depois recebi o boleto referente às despesas de envio. Como gato escaldado tem medo de água fria, entrei em contato com a Dell para conferir em qual endereço o kit seria entregue. Era o comercial. Expliquei novamente a situação para a atendente 1. Ela concordou, cancelou o primeiro boleto e emitiu outro, dessa vez referente ao meu endereço residencial, que paguei na mesma data. Tava tudo certo. Era só esperar vinte dias e receber o Sieben em casa.

Vinte dias depois, a mesma atendente entra em contato querendo saber se eu tinha recebido a mercadoria. Não tinha. Ela me pediu que enviasse o comprovante de pagamento. Enviei. Ela se desculpou pelos transtornos e disse que no máximo, dentro de MAIS vinte dias eu receberia o tal Windows. Tudo bem.

Uma semana depois, me ligam da transportadora querendo confirmar meu endereço. Como eu temia, eles tinham o endereço comercial. Mais uma vez, dei o endereço residencial. Mas a transportadora só poderia efetuar a entrega com a autorização da Dell. Entrei em contato com a Dell. Falei com a atendente 1. Ela disse que iria verificar a situação. Mais tarde, recebo um email da Atendente 2, pedindo meu SERVICE TAG. Envio.


Se passam + vinte dias. Tento entrar em contato com as duas, mas não consigo falar com nenhuma.

Espero MAIS duas semanas (estão contando os dias?) e ligo para o serviço de pós-vendas. Falo com a atendente 3. Isso foi numa sexta-feira. Ela me diz que entrariam em contato comigo até na quarta da próxima semana. Ok.

Na segunda, a atendente 4 me liga. Não pude atender. Ela me envia um email, requisitando meu endereço residencial. Envio o endereço, pela sei-lá-gésima vez.

Entre a quarta e sexta-feira, tento falar com a atendente 4, para saber em que é estava aquela história, mas não consigo.

E então, sexta-feira, dia 28/05/10, às 17:24, recebo uma ligação da atendente 4. Ela me explica que não seria possível entregar o kit em um endereço diferente do meu endereço comercial. Quero saber por quê. Ela derrapa nas explicações, mas é veemente de que não seria possível. Tento argumentar que a EMPRESA JÁ TINHA SE COMPROMETIDO a entregar o kit em minha residência, mais de DOIS MESES ANTES. Ela continuou dizendo que não era possível. Pergunto como foi possível entregar um equipamento MUITO MAIS CARO, nas mesmas circunstâncias. Ela continuou dizendo que não era possível. Pergunto por que era possível entregar até a publicidade da Dell em meu endereço residencial. Ela continuou dizendo que não era possível entregar o kit. Desisti e pedi o reembolso das despesas de envio que paguei em MARÇO.
"Peraí, Massula! Esse mimimi por causa de um Windows? Mas cê não usa Ubuntu?"


Na maioria do tempo, sim. E, depois que eu comprei esse computador, consigo resolver a maioria dos meus problemas com a combinação Ubuntu+VirtualBox.

Contudo, existem casos onde tenho que rodar softwares que funcionam apenas no Windows em todo o esplendor do meu hardware (mais sobre isso qualquer dia desses) e, portanto, mantenho o Vista Business que veio junto com o notebook em uma partição nas redondezas.

E já que ia rolar o upgrade para o 7, pensei, por que não?

O que me chateou nem foi o fato de ficar sem um produto do qual estou me distanciando cada vez mais. Eu acho até que fui paciente desse jeito justamente pelo fato do 7 não estar me fazendo falta.

O que me deixou fodido da cara foi ter sido tratado como um idiota, principalmente no dia 28/05.


Se a regra tivesse valido desde o início, tudo bem, eu entenderia. Mas, porra, por que um atendente diz que pode e outro diz que não pode? E por que eles não podem entrega uma caixinha com um DVD, mas puderam entregar um notebook? E ainda, por que eles podem me envia folders e panfletinhos publicitários?
Entenderam o problema?

Até então, na minha cabeça, a Dell era a epítome da eficiência. Agora não é mais.

Fiquei muito decepcionado com o andamento do pedido e com o atendimento dado pela empresa que, pelo número de mal-entendidos e informações incorretas, conseguiu ficar em pé de igualdade com as operadoras de telefonia celular. E, para mim, isso é o fundo do poço.


Em contrapartida, houve um lado bom nessa quizumba toda: fui empiricamente convencido de que não devemos depositar nossos ovos numa mesma cesta, ou numa marca. Se ainda não tenho o que reclamar dos produtos da Dell, já não posso dizer o mesmo do atendimento ao cliente. Os produtos podem ser trocados, mas minhas impressões não.


Eu estava pensando em aumentar o nosso "parque tecnológico" com um netbook do mesmo fabricante. Estava. O netbook virá, mas certamente terá outro logotipo estampado na carcaça.


Sei que um gato pingado como eu não deve ser exatamente uma das prioridades de uma empresa do tamanho da Dell, mas não posso deixar de registrar minha queixa.


Adeus Dell. Foi bom enquanto durou.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

BORGES E OS ORANGOTANTOS ETERNOS, 2° ED.

Cheguei de viagem ontem. Surpresa.

Minha irmã me enviou um presente. Um livro. Ela sabe dos meus gostos. Moramos juntos por tempo suficiente.

O livro? A segunda edição de BORGES E OS ORANGOTANTOS ETERNOS. O único do Verissimo filho que li. E vou te dizer: adorei.

Mas aí é que tá. Eu JÁ tinha a primeira edição

Aparentemente, não há nenhum extra. A única diferença é a capa, que não faz questão de vincular o título à coleção dentro da qual foi originalmente lançado, LITERATURA OU MORTE. Na verdade, não há nenhuma indicação disso no livro, a não ser a mini-bio do escritor-personagem. Que seja.

Expliquei a situação para minha irmã, e, num primeiro momento, pensei em trocar o livro. Mas gostei da capa mais style1, (obra de Kiko Farkas e sua onipresente Máquina) e então, não sei. Grandes chances de eu ficar com esse e dar um sumiço na edição anterior. Chances maiores ainda de eu ficar com os dois. Coração de mãe.

Obrigado, rimãzinha. 

:* do gordo.

1[porque stylish é para fracos]

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O CÍRCULO DE OSSOS


Só mesmo o Mandarino para me fazer ler uma história cujo tema é fantasia medieval. História disponível em português E inglês, aliás.


A propósito, você também deveria dar uma lida. E depois batizar seus próximos filhos com nomes Inuítes/élficos como Hnuu ou Layaan.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

LIVROS, 13/05/10



Tava eu ontem (13/05/10, se você ainda não sacaram...) no mercado, à procura de um alicate que vi por lá uns dias atrás.
Não encontrei a ferramenta.


Mas na volta me deparo com uma banca de livros em promoção. 


Paro.


Mesmo tendo prometido a mim mesmo que não compraria mais livros esse ano (e nem nos próximos), perdi completamente o controle das minhas faculdades motoras e comecei a garimpar aquela montanha (estou sendo dramático, ok?) celulósica.


Tava até feliz porque esse ano o saldo dos livros lidos estava maior do que o dos livros comprados. A última vez que isso aconteceu foi em 2000. E garimpar banquinhas de promoção de livro em supermercados e megastores é meu equivalente moral a dar um pulo no sebo. 


Estou numa idade onde já não tenho saco ou disposição para tirar meu popozão do sofá com o objetivo de ficar escarafunchando livros empoeirados em corredores estreitos. A rinite também não ajuda. Mas se a montanha veio até mim, qual seria o problema de perder uns minutinhos ali?

Entre títulos de auto-ajuda e outros atentados à vida vegetal desse nosso 
planetão Terra, consegui achar alguns volumes que me interessaram. Consequentemente, trouxe-os para casa.

A lista:



ANDREI SIMÕES - PUTREFAÇÃO

Não conhecia o autor e muito menos sua obra. Mas o livro foi lançado na 
coleção Novos Talentos da Literatura Brasileira, que nos presenteou com algumas pérolas, mas também com coisa legal. A capa me interessou, o texto da quarta capa também, então resolvi conceder-lhe o benefício da dúvida. E, cara, tava só 4,90!

JOSÉ DOMINGOS BRITO (
ORG.) - POR QUE ESCREVO?/LITERATURA E CINEMA


Eu já tinha a primeira edição (1999) do livro POR QUE ESCREVO?, que como você já deve ter imaginado, é uma coletânea com depoimentos de vários escritores famosos, acerca de suas motivações literárias.


Mas essa edição que encontrei no mercado é a terceira, a mais recente, e como eu suspeitava, há bem mais extras do que na primeira edição. Não comparei uma com a outra para saber exatamente que extras são esses, mas uma olhada rápida já diz que a terceira edição tem quase cem páginas a mais, então meu palpite de que haveria mais bônus nessa encarnação estava certo.


POR QUE ESCREVO é o primeiro de uma coleção que totaliza cinco volumes. De lambuja, consegui trazer também o volume 4, LITERATURA E CINEMA, que a essa altura do campeonato você já deve ter deduzido que se trata de uma coletânea de depoimentos de escritores sobre a relação do cinema com suas obras e com a literatura em geral.


Pra quem se interessa pela mecânica da escrita, é um prato cheio. E, cara, cada um tava só 4,90! GLAUCO MATTOSO - POÉTICA NA POLÍTICA
Meu eu lírico não se dá muito bem com poesia. Mas Glauco Mattoso é uma exceção. E, cara, tava só 4,90!


P.S.: Por fora a edição tá legal, mas os cadernos se descolaram assim que abri o livro. Nem vou me dar ao trabalho de ir lá trocar. 


IAN MCEWAN - PRIMEIRO AMOR, ÚLTIMO SACRAMENTO & ENTRE LENÇÓIS


Essa é a tradução de uma edição inglesa de 1995 que junta os dois primeiros livros de McEWAN, ambos coletâneas de contos escritos na década de 1970. Como nunca li nenhum dos contos do cara, pensei: é nózes!


E, cara, tava só 4,90!

ROBERTO FREIRE - O MOMENTO CULMINANTE


Talvez minha admiração pela obra de Roberto Freire se deva ao fato de ter lido COIOTE em tenra idade. Pelo que diz a sinopse, é o primeiro romance policial dele. Não tinha conhecimento deste, ou disto. Nem sei se saíram outros do mesmo estilo. Mas é Roberto Freire é Roberto Freire. E, cara, tava só 4,90!

RICARDO 
PIGLIA - RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL


Piglia também é Piglia (estamos ficando redundantes, não?). Entretanto, confesso que até ontem não fazia a mínima ideia de qual era o mote de RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL. Mas sabia que o livro foi premiado, aclamado e saracoteado pela crítica e pelo público. Então pensei: por que não? E, cara, tava só 4,90! 


ALESSANDRO BARICCO - CITY


Desse nunca ouvi falar MESMO. Mas a capa é bonita, o título é sonoro e a sinopse me chamou a atenção. E, cara, tava só 4,90!


ALDOUS HUXLEY - CONTRAPONTO


Huxley dispensa comentários, e é outro pilar nas minhas referências literárias. Também li ADMIRÁVEL MUNDO NOVO quando estava numa idade muito mais impressionável, e até hoje me pergunto como o cara escreveu aquilo na década de 1930.


Esse aqui tem um valor especial porque é uma edição antiga mesmo, de 1987. Apesar disso, o acabamento estava impecável. Capa lisinha, sem marcas de nenhum tipo. Mas, chegando em casa e tirando o livro do plástico, surpresa: ao abrí-lo, assim como aconteceu como livro do Glauco, alguns cadernos também se descolaram.


Mas, ok, porque cara, tava só 9,90!

CONCEIÇÃO PENTEADO - 
PSICOPATOLOGIA FORENSE


Edição de 1996. Não faço a mínima ideia do conteúdo. Mas o título me interessou. E, cara, tava só 2,90!