quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A ARTE DE PRODUZIR EFEITO SEM CAUSA

Terminei ontem.

Mutarelli consegue, mais uma vez, tirar leite de pedra. Até faltarem umas trinta páginas para o final do livro, eu ainda tinha JESUS KID como meu preferido, mas quando acabou (ou será que começou?) o Efeito, minha opinião mudou.

Fiquei angustiado. Não há outra palavra. Outro livro que me causou efeito semelhante - e que me vem à cabeça agora - foi COMA, de Alex Garland. Mas em COMA o negócio demorou a bater, e a narrativa só fez efeito (estamos hilários hoje, não?) algum tempo depois. Basicamente, são histórias sobre homens presos dentro das suas próprias cabeças.

A parte gráfica do livro também deixa sua marca e tem o seu porquê. O que a princípio parece apenas um adorno também tem sua função entre as letrinhas.

Dizer mais sobre Efeito (com maíuscula, note) é entregar o ouro, mas quem não gosta de Burroughs, bom sujeito não é. Vale a pena, enfim.

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