terça-feira, 10 de abril de 2007

VIAGENS NO SCRIPTORIUM

Terminei uns dias atrás e, bom, não gostei muito não.
Fica difícil falar desse livro sem soltar spoilers demais, mas, a meu ver, a construção da realidade a partir da memória, a auto-referência (à própria vida e à obra pregressa) e as histórias dentro de histórias, elementos recorrentes na obra de Auster, desta vez não foram trabalhados a contento. Achei tudo um pouco apressado e mal-resolvido. Como bem comentou uma moça numa comunidade no Orkut, o texto da orelha instigou mais do que a história em si.
Auster é um dos meus escritores preferidos, e, embora ainda haja algumas lacunas recentes em minhas leituras (O LIVRO DAS ILUSÕES e DESVARIOS NO BROOKLIN), achei VIAGENS bem inferior do que a média que ele vinha mantendo.
Outra coisa que tem me incomodado um pouco, mas não é exatamente culpa dele, é a identidade visual que estão criando para seus livros. Quando saiu NOITE DO ORÁCULO, achei a idéia legal. Mas agora essas sobrecapas coloridas me cansaram.

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