domingo, 22 de abril de 2007

VALIS QUANTO CUSTA




Tá bom. Fraquinha essa. Mas eu bem que tentei.
De qualquer maneira, aviso aos desavisados que já está à venda VALIS, um dos livros mais pancada de titio PKD, um dos padroeiros deste blog.
Tenho aqui uma edição espanhola, mas comprarei com prazer essa nova, da Aleph, que está fazendo um trabalho muito bom, aliás.

THE MAJOR RELOADED



O Hector dá mais detalhes sobre a nova encarnação do seu gibi, THE MAJOR, que também será publicado em português.
Mais detalhes aqui. Dá uma conferida lá porque, pelo que eu já vi do material, vai ser muito bacana.

PREVIEW PIXEL



Achei que isso não ia chegar por aqui, mas comprei anteontem. O bom sinal é que, se esta veio, virá também o resto.
Só depois é que me liguei que já tinha a edição 26 de 100 Balas, de onde tiraram a única hq desta edição. E nem as informações sobre os próximos lançamentos eram inéditas, mas, enfim, custou só 2,90 e fiquei feliz pela possibilidade de começar a ver material da Vertigo a preço de banca novamente.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

DE LA PLUMA DEL ASESINO: LAS OBRAS DE SEUNG CHO

O site Noticias24 publicou um roteiro de curta-metragem escrito por Cho Seung-Hui, assassino de Virginia Tech.

Pelo que disse uma professora, já dava para saber que ia dar merda pelo que o moleque escrevia. Tenho cá minhas dúvidas a respeito dessa observação, mas, enfim...

Ainda não li.

Surrupiado no BlogaCine

ATUALIZANDO: Dando uma lida por aí, parece que o cara já tinha um histórico meio cabuloso. Quando disse acima que discordava da afirmação da professora foi porque, no texto, dá-se a entender que ela chegou a essa conclusão unicamente pelo teor das histórias que Seung Cho escreveu.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

PDF NO CELTX

Uma dúvida frequente em fóruns e afins é sobre a única cagada que o pessoal do Celtx fez: deixar a conversão do roteiro para .pdf no modo "server side".
De maneira resumida, isso quer dizer que o seu roteiro deve ser enviado aos servidores deles para ser convertido em pdf e reenviado para você.
Obviamente, esse sistema gerou várias teorias da conspiração, que vez ou outra pipocam no fórum ou em listas de discussão, principalmente gringos, que tem verdadeiro horror à mínima possibilidade de terem suas idéias roubadas (mesmo que elas sejam pífias, insípidas e sem cor).
Eu cá já tenho a minha própria. Acho que, por enquanto, eles fazem isso apenas com fins estatísticos: dão uma escaneada no roteiro para saber COMO o pessoal está utilizando o software e não O QUÊ está fazendo. E também acho que quando finalmente sair o 1.0, ele devem agregar esse recurso ao programa.
O processo é rápido, mas necessita de uma conexão com a internet, e esse sim é o problema.
Mas é relativamente fácil contornar a situação, utilizando qualquer programa gerador de .pdf, como o PDF REDIRECT, que tem uma versão free e também faz a mescla de arquivos, útil no Celtx, uma vez que a capa do roteiro e o roteiro em si são criados como arquivos distintos e tem que ser impressos separadamente, a menos que se faça a conversão para .pdf de dentro do programa.
Existe ainda uma outra opção, que é exportar o roteiro para .txt, modificá-lo num editor de textos, salvá-lo como em outro formato e imprimi-lo/convertê-lo a partir daí. Nas versões preliminares do Celtx, fazer isso era uma tarefa um tanto quanto ingrata, contudo, da versão 0.98 em diante, basta abrir o documento em (quase) qualquer editor de textos.
No Wordpad a acentuação fica zoada. No MS Word 2003, ao se abrir o arquivo, ele pergunta qual deve ser a codificação do documento, e basta escolher "Unicode (UTF-8)". No Br/OO Writer , é necessário abrir o arquivo de dentro do programa, e selecionar o tipo do arquivo como "texto codificado (.txt)". Então será aberta a janela "Opções de filtro ASCII" e no campo conjunto de caracteres, deve-se selecionar a opção "Unicode (UTF-8)". No próprio Bloco de Notas, no Abiword e no EditPad Lite ele abre sem a necessidade de se selecionar a codificação. Vez ou outra um parágrafo escapa dos seus limites e é necessário fazer alguns ajustes manualmente, mas a grande vantagem é que se pode manipular o arquivo do jeito que se quer antes de convertê-lo para PDF.

ABUSE E USE, C&A

(o título sumiu, numa das minha edições posteriores)

C&A deve pagar R$ 45 mil a vendedora por câmera instalada em vestiário

Tomou, papudo?

DR. A:. VS DOKTOR SLEEPLESS

Vi hoje mais cedo que Warren Ellis já deixou online a página wiki (onde o conteúdo é criado pelos usuários) sobre seu mais novo brinquedinho: DOKTOR SLEEPLESS, uma série de ficção científica. Do jeito que ele vem falando nesse assunto ultimamente, parece que ele tem um carinho tão grande por ela como tinha por TRANSMETROPOLITAN. Será uma revista mensal, colorida, publicada pela Avatar.
Ele postou algumas artes em seu fórum, que achei muito bonitas.
Certo. Mas quem diabos é esse tal de DR. A:.?
O DR. A:. (escrito desse jeito mesmo) surgiu numa das minhas muitas viagens a trabalho. Em uma semana manuscrevi 34 páginas de roteiro (já com diálogos e divisão de painéis). Era, primordialmente, uma história de ação. Eu queria brincar com o conceito de "herói científico", e também com a idéia de um super-cientista que vez ou outra gosta de dar uns catiripapos em ciborgues, mutantes e outras cepas de super-vilões. Além disso, a história faria parte de algo maior (já que foi escrita numa época onde eu me dava ao luxo de alimentar minhas próprias esperanças quadrinísticas).
Como muitas outras coisas que comecei a desenvolver em diversos pontos da vida, acabei deixando de lado.
Mas então veio a mudança no início deste ano e das catacumbas do meu escritório surgiu o velho caderno laranja de capa dura onde comecei a delinear o personagem e seu universo.
Uns dias atrás, estava com coceira nos dedos, mas sem saber exatamente o que escrever, e acabou me ocorrendo a idéia de digitalizar aquele proto-roteiro que havia reencontrado.
Nesse processo, acabei integrando ao bolo algumas outras idéias esparsas que tive ao longo destes anos, podei aqui, poli ali, coisa e tal. No embalo, tive outras idéias mais curtinhas, que caberiam muito bem no meu adorado e idolatrado formato de 8 páginas, e deixei um pouco de lado a primogênita, até por motivos óbvios, já que é muito mais fácil se fazer uma hq de 8 páginas do que uma de 34.
E achei engraçado receber o email do Ellis logo no momento em que colocava o ponto final na sétima (de 8) página (s) da primeira hq do DR. A:., O GAFANHOTO TORNOU-SE PESADO.
Se você já leu o HOMEM DO CASTELO ALTO, pescou a referência (mas note a diferença no tempo verbal). Na verdade, eu deveria ter terminado esse roteiro hoje, mas estou seguindo à risca o meu MANUAL DO PROCRASTINADOR, então, amanhã termino no trabalho quando estiver no trabalho. Em minha hora de folga, claro.
Citei a obra do Ellis só pra fazer um contraponto. Acredito que as semelhanças vão pouco além dos nomes e do mal do qual nós dois padecemos: a tecnofilia. Vamos ver.

domingo, 15 de abril de 2007

EUROQUADRINHOS

Pedro "Hunter" Bouça, colunista do Omelete e mantenedor da lista EuroQuadrinhos finalmente colocou um blog no ar. O título é auto-explicativo e se a qualidade dos textos que ele postar no blog for a mesma dos da lista, uma visitinha periódica ao primeiro vai ser sempre uma boa pedida.

BRAZILIAN SABOR

Carlos Morevi mandou avisar:
"Finalmente estamos re-disponibilizando para download os 2 volumes completos do Brazilian Sabor. E mais, agora cada volume tem 2 opções de links diretos para serem baixados, sem precisar de cadastro como antigamente. Para conferir a homenagem que 27 bandas brasileiras fizeram ao Faith No More, basta acessar a seção 'Downloads'!"
Por aqui estamos em 37% e contando.

O MANUAL DO PROCRASTINADOR – 1

vulgo,

O PEQUENO MANUAL DE PROCRASTINAÇÃO PARA O ESCRITOR/ROTEIRISTA DILETANTE MIRIM

Não sabe mais como avançar naquela história?

Inicie outra.

E repita o procedimento quantas vezes achar necessário.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

MORREU KURT VONNEGUT

E foi ontem. Foda.

BUSCA NAS COMUNIDADES DO ORKUT

Sempre achei estranho que o Orkut, desenvolvido pela mesma empresa que criou o maior mecanismo de busca que se tem notícia, não tivesse ferramentas de pesquisa decentes, principalmente para encontrar determinados assuntos dentro de comunidades. Acertaram, finalmente.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

CHEMBOT!




Olha o T-1000 aí, gente! Chora cavaco!

1: (como seriam em português: quibot?)

2: (notícias como esta me lembram de que eu deveria frequentar mais os blogs da New Scientist)

3: (isso ainda vai dar hq, hein!)

TOP 10 FIREFOX EXTENSIONS TO AVOID

Just because an extension is popular doesn't mean it belongs in your Web browser.”

Eu uso duas destas extensões (NoScript, VideoDownloader).
Obviamente, existe o outro lado da moeda.

VAI UM PEN-DRIVE AÍ?



Já vi máquinas de refrigerante sendo marretadas porque engoliram R$ 1,50.

Imagina só o que vai acontecer quando os maluquinhos passarem o cartão nessa maquininha e não recebendo suas unidades de memória...

Isso tudo me lembra uma variante mais interessante desse negócio de vending machine, acho que já rolou até em SP: máquinas que vendem livros.

BRAZUMBI

Através deste post no blog do Hector, tomei conhecimento de ERA DOS MORTOS:


Que achei muito legal. E, bandeando por aí, acabei esbarrando também em CAPITAL DOS MORTOS, projeto similar.


Dá pra notar que ambos beberam em fontes recentes (EXTERMÍNIO e MADRUGADA DOS MORTOS) pela montagem nervosinha, que, entre outras coisas, ajuda a esconder bem a falta de recursos na maquiagem. Pelos trailers, CAPITAL parece ter a parte dos efeitos um pouco melhor cuidada. Além disso, a idéia da capital federal repleta de zumbis antropófagos é boa demais para passar batida.

Fiquei curioso e gostaria de ver os dois.

ATUALIZANDO:

como foi bem observado em letras garrafais nos comentários deste post, o primeiro vídeo que postei acima não é o trailer de ERA DOS MORTOS, e sim o teaser. O trailer real segue abaixo.

terça-feira, 10 de abril de 2007

SOFTWARES PARA FORMATAR ROTEIROS DE QUADRINHOS

Existe software para formatar roteiros para quadrinhos? E se existe, qual é o melhor?
Estas são perguntas frequentes em fóruns listas de discussão.
E eu, como programador profissional e escritor diletante, não escondo meu fetiche por processadores de texto. Devo ter uns vinte ou mais aqui em meu computador. Obviamente, só utilizo uns dois, mas sempre fico curioso a respeito das novas (e algumas vezes, velhas) possibilidades que surgem constantemente.
A vantagem dos roteiros para quadrinhos sobre seus primos mais abastados, os de cinema, é que os primeiros não estão presos a regras de formatação tão rígidas quanto os últimos. Contudo, para evitar confusões e mal-entendidos com os demais envolvidos na produção da hq, é necessário que se sigam certas convenções. E, tendo esses parâmetros simples em vista (deixar bem claro visualmente qual parte do texto é descrição, qual é diálogo, etc), podemos digitar em qualquer software fuleiro que consiga salvar um arquivo em .txt, mas aí caímos em outra questão, que é a parte braçal e repetitiva (nomes de personagens, indicações, etc) que existe na escrita de um roteiro.
Para contornar isso, existem duas saídas usuais: os processadores de texto mais parrudos, ou então programas específicos para formatação de roteiros de cinema.
A)Processadores de Texto
Antes do advento de formatadores de roteiro freeware, a opção mais utilizada pela maioria do pessoal eram os processadores de texto usuais, como o AbiWord, o BrOffice/OpenOffice ou o Microsoft Word (lembrando que os dois primeiros são freeware), normalmente turbinados com "Modelos" (ou Templates) feitos especialmente para este propósito.
Há ainda opções 'web-based' como o Google Docs, o Ajax Write ou o Think Free, mas estes exigem conexão constante com a internet (de preferência, banda larga), então acho que não vêm ao caso.
Para quem não sabe, neste caso Modelos são documentos-padrão, que podem ter associados a eles agrupamentos de Macros (sub-rotinas) que trabalham dentro do processador de textos, com a finalidade de automatizar certas funções. Por exemplo: ao invés de ter que escrever "PÁGINA X" toda vez que se for iniciar uma nova página, pode-se criar uma Macro que faça isso com apenas um clique do mouse, colocando as páginas na sequência correta, inclusive.
O lado ruim de se utilizar os Modelos é que estes nunca seguem um padrão, ficam desatualizados rapidamente (o que significa que nem sempre rodam em versões mais recentes do programa no qual são baseados), às vezes dão pau e, invariavelmente, a assistência técnica depende única e exclusivamente do humor do programador que os desenvolveu (isto, se você conseguir encontrar o cara).
O lado bom é que você continua podendo usar todos os recursos originais do processador de textos, como inserir objetos (notas, figuras, hiperlinks, tabelas), mudar estilos e fontes, corrigir a gramática e por aí vai.
Embora já tenha ouvido falar de Modelos para o OpenOffice Writer, infelizmente, até hoje só vi Modelos para roteiros de hq feitos para o Microsoft Word.
Um deles é o famoso Modelo do Steve Gerber, que NÃO funciona corretamente no Word 2000 ou superiores.
Outra opção, e essa eu recomendo, são o ScriptSmart Gols US e o ScriptSmart Gold EU, ambos disponibilizados no Writer's Room da BBC de Londres. São Modelos poderosos, com várias opções de formatação, incluindo os quadrinhos. Como os próprios nomes já dizem, um é específico para o mercado europeu enquanto o outro já segue as normas americanas. Aconselho a baixar e brincar com os dois.
A relativa facilidade para se fazer um Modelo torna fácil encontrar outras opções por aí, mas prevenir é melhor do que remediar, então só baixe e execute um arquivo deste tipo no seu computador se você tiver certeza absoluta da procedência dele, certo?
E sempre existe a opção de, no caso de você não confiar nos outros, criar seu próprio Modelo. Eu mesmo já fiz um, alguns anos atrás (mas sem macros) e que ainda utilizo quando vou escrever no Word.
B)Formatadores de Roteiro
Na outra face da moeda, estão os formatadores de roteiro, programas criados para trabalharem especificamente com roteiros de cinema. Não conheço nenhum formatador que seja dedicado à escrita de quadrinhos, mas é muito fácil se readaptar para utilizar os de cinema. Na verdade, quando me refiro a estes programas como formatadores, é somente para dar ênfase na característica que mais me interessa, porque a maioria deles têm muitas outras funções relativas à pré-produção de um filme, como a criação de orçamentos, cronogramas, definição de listas de diversos tipos e por aí vai.
Na indústria gringa de quadrinhos, o pessoal parece não se importar muito com roteiros escritos na formatação de cinema, e muitos profissionais famosos, como o marvel boy Brian Michael Bendis, fazem desta maneira.
A vantagem óbvia é que estes programas são desenvolvidos na intenção de automatizar o máximo a escrita repetitiva. Para centralizar o nome de um personagem no local correto, por exemplo, basta se pressionar a tecla TAB apenas uma vez. E ele entende que após o nome do personagem normalmente virá um diálogo, então já formata automaticamente o texto do diálogo, e assim por diante.
Há controvérsias sobre qual seria o melhor programa deste tipo, mas a disputa fica entre o Final Draft e o Movie Magic Screenwriter. Particularmente, acho melhor o primeiro, e alguns profissionais dos quadrinhos como Andy Diggle e Anthony Jhonston chegaram até mesmo a criar modelos próprios para ele (e que não têm nada demais, se querem saber).
Só que existe um pequeno problema: ambos são pagos. E não custam nada barato. Então, a menos que você queira utilizar uma versão ilegal ou desembolsar módicos 229 US$, não vai rolar.
Ainda do lado dos formatadores profissas existem o Sophocles (que acho superior ao Final Draft) e mais um porrilhão de outros programas, todos pagos, mas com versões trial que podem dar uma idéia do que eles oferecem. Um bom lugar para dar uma fuçada nas opções disponíveis é o site Roteiro de Cinema, que tem uma seção específica para o assunto, ou o verbete Screenwriting, da Wikipedia.
Já do lado freeware/opensource, temos o maravilhoso Celtx (será que alguém já percebeu que é a minha escolha pessoal?).
Entre as vantagens do Celtx está o fato dele ser totalmente gratuito e estar disponível em mais de 20 idiomas, o nosso português incluso. Além disso, ele se encaixa na categoria "para pré-produção", então também dispõe de outras ferramentas para organizar storyboards, fazer cronogramas de produção, descrever perfis de atores e tal. E a interface é bastante intuitiva.
Existem outros formatadores gratuitos, como o Page 2 Stage (também disponibilizado em português) ou o Blyte.
Dentro em breve, coloco um post mais detalhado - que vai se transformar numa seção do TXT - falando melhor destes e de outros programas.

VIAGENS NO SCRIPTORIUM

Terminei uns dias atrás e, bom, não gostei muito não.
Fica difícil falar desse livro sem soltar spoilers demais, mas, a meu ver, a construção da realidade a partir da memória, a auto-referência (à própria vida e à obra pregressa) e as histórias dentro de histórias, elementos recorrentes na obra de Auster, desta vez não foram trabalhados a contento. Achei tudo um pouco apressado e mal-resolvido. Como bem comentou uma moça numa comunidade no Orkut, o texto da orelha instigou mais do que a história em si.
Auster é um dos meus escritores preferidos, e, embora ainda haja algumas lacunas recentes em minhas leituras (O LIVRO DAS ILUSÕES e DESVARIOS NO BROOKLIN), achei VIAGENS bem inferior do que a média que ele vinha mantendo.
Outra coisa que tem me incomodado um pouco, mas não é exatamente culpa dele, é a identidade visual que estão criando para seus livros. Quando saiu NOITE DO ORÁCULO, achei a idéia legal. Mas agora essas sobrecapas coloridas me cansaram.

DEU NO BIGORNA

Uma notícia muito legal. Não vou falar o que é, sob o risco de vocês acharem que sou muito chato (o que não é verdade) e que estou querendo fazer hype (o que não é mentira).

E quem baixar por último é a mulher do padre!

quinta-feira, 5 de abril de 2007

CONTÁGIO.NING

Pessoal, embora nos últimos ano eu tenha me esforçado para reduzir meu tempo online (saindo de listas, comunidades do Orkut, etc) a idéia por trás do NING me pareceu boa demais para que eu abrisse uma exceção na minha jornada em direção ao eremitério digital.

A princípio o NING é um sistema de fóruns turbinado, onde se pode postar vídeos, fotos e até arquivos, mas entre as novidades, já achei interessante, por exemplo, um sistema de tags que pode conectar assuntos discutidos entre os fóruns.

Criei um destes e convido vocês a se juntarem à trupe. Ainda não faço muita idéia de como funciona a parada, mas a necessidade é a mãe da inveção, ou, no caso, da descoberta.

Espero vocês lá.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

ENQUANTO ISSO...

VBA=48 x Massula=0

QUADRINHOS NA REDE (E UMA IDÉIA)

Não é de hoje que se discute esse assunto, mas devido a algumas conversas em listas de discussão, em blogs e coisas que andei lendo por aí, resolvi dar meus pitacos a respeito do assunto.

Que a distribuição de quadrinhos pela internet, em formato digital seja o futuro, não nego. Detesto ler na tela, opinião compartilhada pela maioria dos dinossauros da minha idade, mas a molecada que é dez anos mais nova já não pensa assim, e imagino que essa situação tenda a se perpetuar daqui em diante.

Então a questão passa a ser: como distribuir hqs na internet?

De graça?

Pode ser. Mas aí é aquela história de tudo pela arte. E só a arte não enche barriga de ninguém. E vai chegar uma hora que você ou alguém que trabalha junto com você vai ficar de saco cheio. E vocês vão dar prioridade para outras coisas. E c'est finit.

Vender?

Não.

Se com quadrinhos impressos já existem equipes de nerds prontos para escanear, diagramar e até traduzir as histórias assim que elas chegam nas prateleiras, o que dizer de um produto que já está prontinho para cair nos torrents e p2ps da vida? E, como diz a sabedoria popular, caiu na rede é peixe. Num mundo ideal valeria o raciocínio de que quem lesse antes de graça e gostasse iria a seu site e pagaria pelo conteúdo, feliz da vida, não é? Contudo, pessoalmente, não acredito que seja assim. Eu mesmo já comprei muita coisa que li antes em “formato digital não-sancionado”, só que conheço um número muito maior de pessoas que lê quadrinhos na tela e não faz isso. Note que não estou fazendo uma pregação contra a leitura de scans e tal. Só acho que comercializar arquivos por si só não é um bom negócio. Para mim, a solução é outra

Vejamos um caso próximo a todos nós, que é André Dahmer, criador da tira de quadrinhos MALVADOS. Ele capitalizou seus quadrinhos de outra maneira. As tiras continuam sendo publicadas regularmente em seu site, e o acesso é gratuito, mas ele vende produtos correlatos, como camisas e impressões das tiras. É assim que o cara levanta seu dinheiro.

( Há uma entrevista onde ele comenta o processo detalhadamente, mas não me recordo do link. Quando encontrá-lo, faço uma atualização aqui.)

E acho que a solução vai por aí.

Uma outra possibilidade que enxergo é a de se conseguir patrocinadores. Empresas ou pessoas que vão anunciar na sua revista eletrônica, que terá distribuição gratuita. Funciona há séculos com a TV, não vejo porque não funcionaria com hqs. Obviamente, existe o possibilidade da perda de “liberdade artística” por causa do patrocínio, mas acho isso muito pouco provável. Primeiro porque hoje em dia existem mercadorias que se alinham com quase todo tipo de tema ou gênero. A questão seria encontrar alguém que tenha um produto sintonizado com o público alvo de sua revista.

Sei que falando assim parece fácil, mas não é. Contudo, não é impossível, e acho que já tá na hora do pessoal que faz e quer viver dos quadrinhos visualizar outros modelos de negócios.

AGORA, A MINHA IDÉIA.

A idéia, que pode ou não se enquadrar no assunto deste post, é algo que alimento há muito tempo, mas por motivos diversos não pude levar adiante. Seria uma revista, no formato Fell/Slimline. Pra quem ainda não conhece, Fell é uma revistinha bem legal, criada por Warren Ellis e Ben Templesmith, publicada pela Image. A grande cartada é que a revista, que tem um número de páginas desenhadas menor do que o usual no mercado americano, 16 contra as 22 normais, o que, consequentemente, torna seu custo menor do que as concorrentes. Além disso, há sempre uma seção de extras (correio, trechos de roteiros, sketches, idéias, enfim). A Image gostou do formato, criando a linha Slimline, e lançou outra revista nos mesmos moldes, Casanova, escrita por Matt Fraction e desenhada pelo brasileiro Gabriel Bá.

Já ouvi outras pessoas que também manifestaram interesse por esse modelo, como o Pablo ou o Hector, cada um com suas devidas variações.

A minha seria assim: uma revista de 24 páginas, sendo que 4 seriam as capas, 16 seriam para quadrinhos e mais 4 para os extras. Nos quadrinhos, e acho que a minha diferença se encontraria aqui, eu publicaria duas séries de 8 páginas cada. A revista já tem um nome provisório, e seria estreada por LIBRA, sobre a qual já falei aqui muitas vezes, e também sobre MANDRÁGORA, que também teve alguns comentários dedicados a ela no passado.

A idéia, a princípio, seria publicar em papel mesmo, mas cada vez mais me sinto tentado a fazer isso via rede.

Se vai rolar? Não sei.