segunda-feira, 29 de agosto de 2005

DIGITADOR 01

Coluna nova do Hector lá no site d'A ARCA.

Quê que cê tá fazendo que ainda não foi lá?

O CHALAÇA

Zentem,

Amanhã o compadre Antonio Eder estará lançando aqui em Curitiba o livro O CHALAÇA, com arte dele e roteiro do André Diniz, e o evento vai ser lá na ITIBAN, que fica na Av. Silva Jardim, 845, Centro, às 18:30. Também haverá alguns exemplares da Manticore 3 (preview aqui), coletânea de horror-ficção da qual participei ao lado dos dois e de mais uma galera de gente lelé-da-cuca, e eu, em companhia do restante do Clã Massula, estarei lá, de bobeira.

Se forem de Curitiba, ou estiverem por aqui amanhã, apareeeeçam!

domingo, 28 de agosto de 2005

LOS SORIAS

Estava dando uma pesquisada prum post que deve dar as caras por aqui logo, logo, e não é que ao abrir o site da Gárgola Ediciones, me deparo com isto.

Fiquei, no mínimo, interessado.

Um pouco mais, aqui.

HIATO

Mais um hiato de algumas semanas, e, após completar mais uma primavera, informo que, como todo jovem de idade avançada, continuarei falando das mesmas coisas aqui.

segunda-feira, 1 de agosto de 2005

ASSASSINATOS NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

Pra me desintoxicar, na sequência do TRAINSPOTTING, veio esse.

Eu sempre gostei dos livros do Jô Soares. Dos seus romances, digo. E vamos esquecer o talk-show por enquanto, certo?

Quando li O XANGÔ DE BAKER STREET, achei-o deveras iconoclasta, pelo simples fato de colocar um ícone da cultura pop, sisudo, fleumático e normalmente associado à retidão de caráter vitoriana, dando um tapa num cigarrinho do capeta, ou ainda tendo um ataque de piriri, em meio a uma perseguição. Obviamente, eu via as coisas de maneira muito diferente em 1995.

O HOMEM QUE MATOU GETÚLIO VARGAS também caiu nas minhas graças. Era engraçada a maneira em que foi costurada a biografia do assassino hexadigital Dimitri Borja e todos os eventos que fizeram parte da história do período no qual viveu.

O gosto do Gordo por personagens bizarros em situações insólitas esbarra nas minhas próprias preferências literárias, e o cara é, pra não dizer outra coisa um erudito.

Mas acho que temos um padrão se formando aqui. A impressão que tive, lendo esse novo romance, é que ele é uma mistura dos dois anteriores. Os mesmos ingredientes, misturados em proporções diferentes é verdade, mas com o mesmo sabor. E a composição dos livros, obra da editora, presumo, também só contribui pra reforçar minha impressão. A mesma tipologia, a mesma diagramação, etc, etc.

É divertido? É, e talvez lhe valha algumas risadas. Eu dei as minhas, mas esperava mais. Mas penso que, como disse antes, as coisas tenham mudado muito nos últimos 10 anos.

Vamos ver o que o próximo livro - sobre o Império Romano, se bem me lembro - nos reserva.

E agora, vamos em direçao À ESPINHA DORSAL DA MEMÓRIA/MUNDO FANTASMO, do Bráulio Tavares.

TRAINSPOTTING

Terminei.

Como era esperado, a leitura me agradou, até o fim. Talvez pelo fato de Welsh ter construído a narrativa daquela maneira caleidoscópica, obrigando o leitor a, na maioria das vezes, inferir qual é a seqüência lógica – que existe, mas está devidamente maquiada - na maçaroca tragicômica formada pelas vidas de Renton e cia. Eu acho que TRAINSPOTTING realmente se tornou um “romance” da metade pra frente. As coisas pareciam mais esparsas no início do livro, dando a impressão de que Welsh resolveu amontoar todas aquelas histórias sob o mesmo teto bem depois de tê-las iniciado. Mas, como disse, eu apenas acho. E não vou ao Google pra saber qual é que é. Prefiro continuar com meus achismos.

Às vezes, inclusive, acho que esses buscadores, mesmo com todas as vantagens óbvias que trouxeram prum monte de gente como eu e você, acabaram com a graça de se afirmar categoricamente algo que é de seu total desconhecimento.

Mas, voltando ao livro, recomendo. Divertidíssimo, se é que você é capaz de achar graça na desgraça de mentirinha dos outros. E eu sei que cometi um atentado à língua-mae na frase anterior. Aliteração, acho.

O filme está todo lá. John Hodge, autor do roteiro da adaptação, conseguiu pinçar ótimos momentos, embora tenha feito alguns ajustes pra deixar tudo mais redondinho, e claro, tenha deixado muita coisa boa de fora, em prol dos sagrados cento e vinte minutos cinematográficos. De gelar os ossos, especialmente, me vem à cabeça NÃO PRECISA NEM DIZER (que está no filme) e SANGUE RUIM (que não está).