segunda-feira, 7 de março de 2005

BEM, ESTOU ESCREVENDO UM LIVRO E...

...nada. Eu gostaria realmente de estar dizendo isso. Mas não estou. Por enquanto, contento-me em imaginar-me proferindo essas palavras. Pra mim já basta o título de escritor não-praticante. Por enquanto, como disse.

Mas...

Como pretenso amontoador de letras e idéias, navegando por esse lugar que não existe, costumo esbarrar com todo o tipo de pessoa que se possa reunir sob o rótulo de escritor. Uns, muito bons (e acho que não preciso ficar dando nomes aos bois, né? Os links - desatualizados, é verdade - falam por mim). Outros, dando os primeiros passos, como eu. Outros ainda, dando passos maiores que as pernas.

Mas...

Isso nos leva a outra questão, uma frescurite minha, talvez, que é a de achar que os textos publicados na internet são, sei lá, efêmeros.

Explico.

Efêmero, aqui, não tem qualquer conotação relativa à juízo de valor. A impressão é física mesmo. É como se aquilo tudo fosse desaparecer.

Não desaparece, claro. Vai ficar guardadinho aqui na cabeça, e, vez por outra, da turbulência disso que a gente chama de memória, vai surgir um ou outro fragmento capaz de colocar meu achismo sete palmos abaixo do córtex.

Mas...

Eu prefiro ler no papel.

“Mas não tem nada a ver”, “o que vale é a mensagem, não o meio”, “blá, blá, blá, blá”....

Não adianta. Eu não saberia explicar porquê, mas para mim é bem mais fácil reter informação impressa do que digital. É assim com quadrinhos, é assim com texto.

E isso, continuando aqui minha digressão notívaga, automaticamente me obriga a confessar um preconceitozinho que acredito que alguns de vocês devem ter também, que é o de achar, pelo menos num primeiro momento, um texto no papel mais nobre do que um texto na tela.

Todo dia quebro a cara e sou obrigado a recorrer a um slogan gravado à ferro e fogo no imaginário popular pelos nossos tão competentes publicitários, ou seja, tenho que rever meus conceitos.

De qualquer forma, eu costumo encontrar muita coisa que não valeria um centavo enfeitando estantes de livraria e, em contrapartida, muita coisa pela qual pagaria muuuuuuiiiitos centavos à deriva nesse lugar aqui.

Esquisito, não?

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